'’— Afrodite realmente pensou em tudo. Vamos entrar? – perguntou Poseidon estendendo a mão para Atena.

— Vamos sim. – respondeu ela pegando a mão dele. ’’

***

Domingo

Depois de entrarem, ela percebeu que ainda segurava a mão dele, então rapidamente a soltou, o deixando surpreso por terem dado as mãos afinal.

Atena estava se perguntando o porquê de ela ter aceitado segurar sua mão quando ele quebrou o silêncio.

— Vamos explorar a casa? Eu vou lá em cima e você olha aqui embaixo.

— Parece uma boa ideia. Vamos. – respondeu ela.

— Ok então

Pov. Atena

Ah meus deuses, não acredito que eu realmente vou passar uma semana com o Pescador... Por que as pessoas quietinhas sempre recebem os piores castigos? Di Immortales! A semana nem começou direito e já estou me arrependendo! Quando eu retornar ao Olimpo Afrodite e eu teremos uma conversinha. Vamos explorar essa maldita casa afinal.

***

Atena saiu da sala e à direita encontrou uma sala de jantar com decorações de cores claras e uma mesa com lugar para seis pessoas no centro. Logo a frente havia a cozinha, era decorada em branco e cinza, com eletrodomésticos de inox e uma porta discreta que dava pra dispensa. Voltando à sala, ela reparou na decoração pela primeira vez, tinha paredes em tons pastéis, uma tv de 42 polegadas (Não sei pra que tanto exagero) em uma delas, um sofá grande e uma poltrona perto de uma lareira.

Lá fora havia um pequeno canteiro de flores, uma mesinha de quatro lugares e um gramado com dois balanços (N/A: dá pra ser mais clichê? Acho que não :v ).

***

Pov. Poseidon

E lá vamos nós com a semana da tortura... Acreditem um cara como eu não vai aguentar passar a semana com uma mulher como ela. Eu não podia arrumar uma inimiga mais feia não? E que insanidade foi aquela de pegar na mão dela? Poseidon, até o fim da semana você enlouquece. Vamos ver o que temos nessa prisão.

***

Ao subir as escadas, Poseidon entrou em uma porta à esquerda e descobriu que havia uma biblioteca lá. ‘’Atena vai gostar daqui’’ foi seu pensamento ao fechar a porta do cômodo. Ao lado dessa porta havia outra que dava para uma sala de música. À direita tinha a sala de jogos e uma ‘pequena’ locadora (N/A: que nesse caso não é bem uma locadora pq eles não vão alugar os filmes, mas vamos deixar assim mesmo por falta de nome melhor).

E por fim, no final do corredor havia o quarto, que tinha uma cama king size coberta com lençóis em tons de azul abaixo da janela, uma porta que dava para o banheiro, um grande guarda-roupas e uma tv.

No caminho de volta à sala Poseidon pensou no quão ultrajada e irritada Atena ficaria ao descobrir que eles dividiriam a cama. Ele sorriu com o pensamento.

— E então, o que temos aqui embaixo? – perguntou ele franzindo as sobrancelhas e se sentando na poltrona.

— Vejamos, tem a sala de jantar à direita, a cozinha, a dispensa e lá fora um gramado com algumas flores em volta. E lá em cima? – questionou ela se sentando no sofá.

— Sala de jogos, sala de música, locadora, biblioteca... – Atena deu um sorriso capaz de curar câncer com essa palavra. — E um quarto. – o sorriso diminuiu.

— Peraí! Você disse UM quarto? Como assim um quarto? - perguntou ela em tom ultrajado.

É. Poseidon acertou no palpite. Ela é quase a personificação do ultraje agora.

— É a vida Atena. Teremos que dividir a cama, não que eu me importe é claro. Você é minha ‘inimiga’ mas ainda é do sexo feminino e já que vou ficar trancafiado aqui com você... – Poseidon levou uma almofadada na cara. — Tá maluca mulher?

— Eu é que pergunto! Eu sou uma deusa casta, Poseidon. – respondeu ela se levantando.

— Mas não jurou pelo estige.

— Tive meus motivos. E eles não são da sua conta.

— Mas...

Para alívio de Atena um bilhetinho cor de rosa apareceu o calando.

— Vou ler primeiro. – disse ela.

— Ok.

'’Queridos,

Espero que tenham gostado da moradia que logo chamarão de lar. E sim, terão que dormir na mesma cama. Essa é uma tarefa obrigatória de todos os dias, mas eu também deixo fazerem coisas pervertidas se quiserem. Ok, me desculpe Atena.

Enfim, como hoje é domingo e eu sou muito legal, a tarefa vai ser assistirem a um filme juntos na sala. Os ingredientes para a pipoca estão no armário de cima e se preferirem, tem refrigerante na geladeira.

Só para avisar, papai ainda está uma fera com vocês.

Beijos,

Afrodite.

PS: Atena, por favor, não passe maior parte do dia naquela biblioteca ou vou trancá-la. O objetivo desse castigo é fazer vocês viverem em harmonia juntos, então coopere.

E Poseidon, tente não dar muitas indiretas não-puritanas para Atena.’’

— Dá pra acreditar nela? – disse Atena passando o bilhete para Poseidon. — Pelo menos teve a decência de pedir desculpas.

— Então quer dizer que dividiremos mesmo a cama? Creio que não poderei nem encostar em você sem ser xingado certo? – perguntou arqueando as sobrancelhas.

— Você crê certo, Poseidon. Se não se importa (já que não fará diferença nenhuma) eu estou indo conhecer a maravilha que tem lá em cima. E antes que pense besteira, estou me referindo à biblioteca. – disse ela cortando a resposta que ele daria a ela.

— Tudo bem então. Vou jogar.

Por exigência de Atena, Poseidon subiu primeiro. Ele ficou um pouco desapontado já que não poderia observar o corpo da deusa, mas nada que uma partida (ou várias) não melhorassem.

Quando Atena abriu a porta da biblioteca, seus olhos brilharam com tamanha perfeição. Afrodite conseguiu reproduzir uma réplica da biblioteca do Olimpo. Ela parecia uma criança quando ia a um parque de diversões, um sorriso curador de câncer estampado em seu rosto. Com isso ela se esqueceu do ser marinho do outro lado do corredor e começou a ler.

Na sala de jogos, Poseidon se perguntava como Afrodite conseguiu trazer a perfeição para aquele lugar. Tinha uma estante lotada de jogos e uma enorme tv. Ele logo se animou e começou a jogar God of War só pelo prazer de espancar os outros deuses.

Após algumas horas ambos ficaram com fome e desceram para comer.

— Então. – começou Poseidon se sentando na poltrona. — O que teremos para o almoço? Sim, você terá que cozinhar já que meus talentos para a cozinha se resumem em pipoca e brigadeiro. – explicou ele ao ver o olhar afiado dela.

— Não sei. Posso fazer uma pizza, não estou com vontade de cozinhar. – disse ela por fim.

— Então vamos. Quero ver a minha chef preferida preparar meu prato favorito. – disse ele com um leve sarcasmo.

Chegando à cozinha, Atena descobriu que não precisaria se esforçar tanto, Afrodite deixara um presentinho na mesa da cozinha que dizia:

'’ Como eu disse, hoje é domingo e eu sou legal. Aproveitem a lasanha.

Afrodite. ’’

— Poseidon! – chamou Atena. — Afrodite nos deu um almoço decente, vamos comer.