A Punição escrita por Bookworm


Capítulo 13
Paris...


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Bem, primeiramente quero me desculpar por não ter postado no dia normal, é que deu problema na minha internet e só consegui arrumar ontem (dia 30) pouco antes da escola :/
Vamos aos agradecimentos agora:
Quero agradecer a diwa da Nick por ter recomendado a fic, se papai noel me der meu Poseidon eu divido ele com você *u*
E também quero agradecer a Gabriele Gomes por ter feito uma capa decente para a fic (era pra eu ter trocado semana passada mas eu esqueci :v )
Em geral quero agradecer todas as pessoas que acompanham a fic, vcs tem um lugarzinho reservado no meu core



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Quarta-feira

Poseidon acordou sentindo o cheiro de morango que o travesseiro de Atena exalava. Ela não estava na cama e ele provavelmente aproveitara o espaço livre para ficar esparramado. Ao abrir os olhos ele viu uma bandeja de café da manhã sobre o criado mudo com waffles, panquecas, uma xícara de café e dois bilhetes. Um dos bilhetes tinha a caligrafia elegante de Atena e o outro a detalhista de Afrodite. Ele bebeu um gole de café e optou por ler o de Atena primeiro.

“O café foi um pedido de Afrodite. Quando acordar estarei na biblioteca

Atena.

PS: Obrigada por ontem. Bom café da manhã. ’’

Ele deu um sorriso involuntário ao terminar e passou para o outro.

Bom dia!

Como foi o passeio de ontem? Aliás, como foi a noite de ontem? Nenhum chilique ou algo do tipo espero.

Enfim, eu estou tão feliz! Hefesto e eu estamos bem graças a vocês dois, mesmo que tenha sido de uma forma indireta (sim, eu espionei) e já que não posso dar o ar da minha graça para comemorar, vou fazer do dia de vocês o mais romântico possível! (nem adianta reclamar porque eu senti o clima durante minha espionagem).

Para começar, quem acordar primeiro faz o café preferido do outro e leva na cama (não é obrigatório). Não vou pedir que passem o tempo livre juntos, mas eu também acharia isso maravilhoso (suspira). E, como Londres não tem o título de cidade mais romântica do mundo, vocês pegarão um trem até Paris.

Eu recomendo (leia-se ordeno) que olhem a caixa de correio antes de ir, lá terá um cadeado que vocês prenderão na Pont des Arts ao fim do dia antes de pegarem o trem de volta para casa.

Tenham um dia maravilhoso,

Afrodite. '

O ego de Poseidon se inflou quando ele leu que o café na cama não era obrigatório e que mesmo assim ela tinha feito, mas depois ele decidiu que isso era uma bobagem e que ela só fizera isso como uma forma de agradecimento por ele ter sido legal na noite anterior.

Depois de escovar os dentes e lavar a pequena louça ele tomou uma ducha rápida e foi ver Atena. Ao chegar lá a encontrou sentada numa poltrona perto da escrivaninha com pelo menos três livros ao seu lado e outro chamado Treze à Mesa em suas mãos. Ele sentou-se silenciosamente na poltrona à sua frente e ficou observando as reações dela.

Ela mordia os lábios com um pouco de força a mais que o recomendado fazendo com que eles ficassem vermelhos enquanto tentava fingir que não sabia como o mistério era resolvido, porém ao olhar rapidamente para cima do livro encontrou Poseidon a observando com um sorriso divertido no rosto.

— Bom dia. – disse com o coração um pouco acelerado por conta do pequeno susto.

— Bom dia senhorita Holmes. – respondeu ainda sorrindo.

— Bem, nesse livro o detetive é Hercule Poirot. – comentou com um sorriso torto.

— Eu sei. Mas senhorita Poirot fica feio, Holmes é mais chique. – retrucou com uma piscadinha. — Esse é aquele que lorde Edgware é assassinado em uma biblioteca? Bem sua cara mesmo. – completou com um dar de ombros e um sorriso por conta da cara de espanto que Atena fizera.

— Quem é você e o que fez com Poseidon? – perguntou de brincadeira.

— Digamos que existe um deus dos mares que tem uma biblioteca em seu palácio e que só leu esse livro porque certa deusa da sabedoria o levava para todos os conselhos olimpianos. – respondeu em tom de mistério.

— Deixa eu ver se entendi. – disse fechando o livro e o colocando junto aos outros. —Você tem uma biblioteca no seu palácio por influência minha? – perguntou em tom surpreso.

— Chocante não é mesmo? – respondeu sorrindo. — O resto da noite pra você foi tranquilo? – questionou mudando drasticamente de assunto.

— Sem pesadelos. – respondeu olhando-o nos olhos. — Obrigada mais uma vez.

— Não precisa agradecer. – disse pegando sua mão. — Tive alguns também durante as guerras dos semideuses, sei como é tentar acordar e não conseguir. – murmurou fazendo círculos com o polegar nas costas da mão dela.

— Esse assunto está ficando muito melancólico. – disse por fim. — O que achou do nosso querido bilhetinho?

— Sei que está ficando meio repetitivo pra nós dois, mas... Dá pra acreditar nessa mulher?! – respondeu exasperado. — Só acho que quem deveria comemorar a felicidade dela é ela mesma!

— Não me surpreendo com mais nada depois de hoje. – retrucou com um dar de ombros. — São... Dez da manhã. – disse olhando o relógio ali perto. — Se conseguirmos pegar o trem das onze chegamos lá mais ou menos uma da tarde. Como tomei banho ao acordar só vou trocar de roupa e poderemos ir. – disse antes de sair da biblioteca.

***

Mesmo sendo primavera, o tempo não estava tão agradável quanto deveria ser, mas por não saber se em Paris estava igual, Atena havia vestido uma calça legging com botas de cano médio e um vestido preto com detalhes branco que ia até o meio das coxas parcialmente coberto por um casaco também preto. Poseidon usava um sapato preto com calça jeans escura e uma camiseta cinza por baixo de uma jaqueta preta.

— Estamos muito chiques. – disse Poseidon antes de abrir a caixa do correio.

— Isso tem cara de que foi Hefesto que fez. – comentou Atena apontando para o cadeado feito em bronze celestial com um tridente e uma coruja entalhados. — E eu também acho que estamos muito elegantes, chiques, como você mesmo disse.

— Vamos aparatar ou ir de táxi? – perguntou guardando o cadeado no bolso do casaco.

— Vamos aparatar. – respondeu pegando a mão dele e saindo dali.

***

Ao chegarem a St. Pancras eles rapidamente compraram seus bilhetes e entraram no trem que partiria em alguns minutos. Entraram na cabine e sentaram-se um do lado do outro, Atena na janela e Poseidon com um braço por cima de seu ombro conversando banalidades durante boa parte do caminho. Porém depois Poseidon pediu para sentar-se na janela e dormiu com a cabeça encostada no vidro e com um braço em volta da cintura de Atena, que estava com a cabeça em seu ombro olhando a paisagem.

Ela estava gostando dessa proximidade que estava tendo nos últimos dias com Poseidon, mas não admitiria isso em voz alta nem se Gaia acordasse de novo. Não daria esse gostinho para o ego dele. Não mesmo. Também não admitiria que estava se acostumando a dividir a casa com ele ou que adorava o cheiro de maresia que ele exalava.

Em meio a esses pensamentos ela olhou para cima e o observou por um tempo. Lábios carnudos, queixo proeminente, cabelos lisos, barba por fazer... Qualquer mulher o classificaria como lindo e sexy, mas Atena o classifica apenas como “tentador demais para uma deusa casta”. Ela nunca reparara direito em sua beleza porque ele era insuportável, mas agora com essa mudança de comportamento ela não tinha como evitar. E isso não era nada bom.

A chegada à estação a tirou de seus devaneios e ela acordou Poseidon.

— Poseidon acorda. Já chegamos. – disse se desvencilhando dele e sacudindo-o de leve.

— Incomodei você enquanto dormia? – perguntou ao se espreguiçar.

— Não. Você encostou a cabeça no vidro. – respondeu. — Prefere ficar por aqui ou pegar mais um trem para chegarmos do outro lado do Sena? – perguntou enquanto ajeitava por puro impulso a gola do casaco dele.

— Mais um trem não fará tanta diferença, pelo menos lá é mais perto da torre. Vamos. – disse pegando sua mão e se repreendendo mentalmente por estar pegando o vicio de andar de mãos dadas com ela.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? E dessa nova tarefa?
Comentem *u*
Até o próximo.