A Punição escrita por Bookworm


Capítulo 12
Chocolate


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Só queria dizer que estou postando na terça pq não terei tempo na quarta :v
Beijos no core e divirtam-se!



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Atena sentiu seus pelos da nuca se eriçarem quando Poseidon colocou as mãos em sua cintura e se repreendeu mentalmente por isso. Ela até pensou em não cumprir sua parte da aposta, mas depois lembrou que era super certinha e ficava quase subindo pelas paredes quando deixava de resolver suas pendencias, por mais absurdas que fossem. Então ela colocou sua mão esquerda no pescoço dele e a direita no rosto, acariciando a barba que estava nascendo, fechou os olhos ao mesmo tempo em que ficava na ponta dos pés e beijou-lhe a bochecha, se afastando logo em seguida com um sorrisinho vitorioso no rosto.

Poseidon sentiu uma corrente elétrica passando por seu corpo quando ela acariciou seu rosto e outra quando os lábios dela encostaram em sua bochecha, mas quando ela se afastou ele estava se sentindo... desapontado?

— Tem certeza que você é a deusa da guerra justa? – questionou saindo do estado de choque e sentando-se à mesa.

— Tenho. Mas o que meu título tem a ver com a aposta? – respondeu olhando nos olhos dele com um sorriso brincalhão.

— Bem, mesmo que estejamos disputando por uma tigela de sucrilhos, vai ser uma guerra, logo, essa aposta também foi uma. Eu fui o vencedor e você trapaceou. – retrucou devolvendo o olhar.

— Primeiro: você não come sucrilhos. Segundo: você não especificou o lugar que eu deveria beijá-lo, logo, eu podia fazer isso em qualquer lugar de minha escolha. – respondeu com um sorriso torto.

— Sabe quantas mulheres gostariam de perder essa aposta comigo? – perguntou ultrajado.

— Sim. Eu sei que são muitas que querem beijar você, mas eu não sou uma delas e também não quero dar meu primeiro beijo por causa de uma aposta Poseidon. – respondeu em tom de tédio, porém corando levemente com o acréscimo de informação dita.

— Você ainda vai ceder aos meus encantos, corujinha. – comentou presunçoso. — Peraí. Você nunca beijou? – questionou espantado.

— Hã... Não. E pelo o que eu saiba isso não é crime. – respondeu dando de ombros.

— É que eu achei estranho você nunca ter beijado. – disse um pouco corado.

— Por qual motivo? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

— Por causa daquele seu namoradinho. Qual era o nome dele mesmo? – disse com um tom sarcástico. — Lembrei! O nome era Joseph. Você o conheceu logo após a conquista de Atenas. Um nome incomum naquela época. Enfim, achei que ele havia te beijado durante o tempo que vocês namoraram. – deu de ombros.

— Ele era de família tradicional, muito respeitoso e inteligente. Acho que foi isso que me deixou atraída por ele, mas ele nunca me forçou a nada, nossa relação era à base de intelecto e poesia. – respondeu cabisbaixa. — Podemos parar de falar dele, por favor? – perguntou com os olhos brilhando, dessa vez não era de felicidade nem algo do gênero.

— Claro! Desculpe-me se toquei em um assunto delicado. – disse pegando a mão dela que estava sobre a mesa.

— Sem problemas. – murmurou. — Vamos pra casa? Estou louca pra tomar um banho. – perguntou com uma feição um pouco mais alegre.

— Só se eu tomá-lo com você querida. – disse com um sorriso malicioso. — Talvez isso compense o fato de você ter me enganado. – explicou levantando-se em seguida.

— Idiota. – disse dando um soco no braço dele, porém com um sorriso. — Quando eu perder minha castidade isso acontece ok? Eu até massageio seus cabelos. – disse em tom de deboche.

— Olha que eu vou cobrar hein. – respondeu sorrindo.

— Certo. Vamos aparatar, não estou com paciência para taxis de novo. – falou guiando-o para uma parte deserta dali.

***

Assim que apareceram na porta de casa, Atena subiu e deixou a banheira enchendo enquanto decidia se colocava seu pijama ou se colocava uma roupa casual. Resolveu que colocaria o pijama e se trancou no banheiro.

Já Poseidon ao ver que Atena havia subido, rumou à cozinha para fazer brigadeiro de panela, que ele deixaria esfriando enquanto tomava banho e comeria vendo um filme depois. Ao terminar ele colocou a panela sobre a pia e subiu para a locadora.

Atena saiu do banheiro depois de alguns minutos e encontrou Poseidon esparramado na cama olhando para o céu estrelado através da janela.

— Não seria muito mais fácil você ir até a janela e olhar o céu de lá? – perguntou ao se sentar na cama.

— Eu estava lá, mas você demorou muito então vim esperar deitado. – respondeu desviando o olhar das estrelas e focando em Atena.

— Ah. Vou ler agora, até depois. – disse ao se levantar.

— Até. – respondeu e rumou ao banheiro.

***

Atena tentava a todo custo ler “Tragédia em três atos’’, mas sua mente voltava sempre para a conversa que tivera com Poseidon mais cedo e ela tinha que ler o parágrafo de novo. E quando ela não pensava na conversa, pensava em Joseph, e isso era algo que ela definitivamente não queria que acontecesse. Então ela fechou o livro e desceu a fim de se distrair dos pensamentos com tv.

Ao chegar na sala, ela encontrou Poseidon deitado no sofá com uma panela no colo assistindo 300: A Ascensão do Império. Atena se sentou na poltrona e ficou observando a cidade de Atenas queimar.

— Por que você assiste o filme se já sabe que os gregos ganham? – questionou desviando o olhar do filme para o deus dos mares.

— Quero ver como os mortais reproduzem os acontecimentos. – respondeu dando de ombros.

— Entendi. E quais são os absurdos que acrescentaram nesse filme? – questionou novamente ao mesmo tempo em que roubava a panela dele.

— Temístocles mata o rei Dario na batalha da Maratona, eles só usam o elmo como forma de proteção e Temístocles faz uma visita à Artemísia, se é que me entende. – respondeu contando nos dedos e com um sorriso malicioso.

— Ok. Isso quase ficou pior que a adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes. – disse e foi à cozinha pegar uma colher limpa. — Talvez até tenha ficado pior. – completou ao voltar.

— Por que cargas d’água você pegou outra colher? – perguntou apontando para a colher que estava na mão dela.

— Porque você já tinha colocado a outra na boca. – respondeu revirando os olhos.

— Tá, mas minha colher também encostou no brigadeiro e você não fez mais só por causa disso. – retrucou com uma sobrancelha levantada e um sorriso bobo no rosto.

— Oh céus! Por que raios você está tentando me fazer ficar com nojo de comer seu brigadeiro? – perguntou colocando a colher na boca.

— Como você mesma disse... PORQUE ELE É MEU! – gritou levantando do sofá. — ME DEVOLVE MEU BRIGADEIRO! – gritou de novo, pulando na poltrona que Atena estava fazendo-a cair para trás por causa do peso.

— Seu maluco! Eu tive um mini-infarto aqui! – disse dando um soco no peito dele.

— Me. Devolve. Meu. Brigadeiro. – pediu pausadamente. — Devolva ou as consequências serão desastrosas. – completou com um sorriso maldoso.

— Quer de volta? Pois então tome! – retrucou passando o dedo sujo de chocolate no nariz dele e depois tentando aparatar dali. — Ótima hora para descobrir que não podemos aparatar em casa. – resmungou revirando os olhos.

— Me diga que você não passou chocolate em mim. – pediu com um olhar psicopata.

— Eu não passei chocolate em você. – obedeceu com um sorriso.

— VOCÊ PASSOU CHOCOLATE EM MIM! – gritou ele ainda com o olhar psicopata. — Meu precioso brigadeiro está na minha face! Mulher vou fazer você se arrepender disso. – disse passando brigadeiro no rosto dela com os quatro dedos.

Atena empurrou a poltrona com o pé e inverteu as posições, ficando por cima dele e roubando a panela de novo.

— Afrodite me disse outro dia que chocolate hidrata a pele. – debochou passando mais brigadeiro no rosto dele, que inverteu as posições.

— Ela me disse que ele é afrodisíaco também e já que somos ‘casados’, poderíamos aproveitar não acha? – falou em tom sedutor, se aproximando devagar.

— Vou recusar essa. – respondeu dando uma piscadinha e invertendo as posições uma última vez para conseguir se levantar. — Vou lavar o rosto e escovar os dentes. – completou com um bocejo.

— Também estou exausto. Vou só esperar você terminar pra eu me limpar e ai a gente dorme. – avisou, reprimindo uma gargalhada.

— O que foi agora criatura? – questionou com as sobrancelhas levantadas.

— Você está hilária com esse chocolate no rosto. – respondeu soltando a gargalhada, porém sendo calado com uma almofada.

— Idiota. Como se estivesse perfeito. – murmurou ao subir as escadas.

***

Ambos já estavam deitados, porém Atena estava tensa nos braços de Poseidon.

— Anda Atena, eu prometi que não faria nada não prometi? – disse tentando um último apelo.

— Certo. – respondeu um pouco insegura, porém relaxando logo em seguida.

— Obrigado. Boa noite Atena.

— Boa noite Poseidon e... Obrigada. – disse com um pouco de vergonha.

— Por...?

— Por me distrair de algo que me afligia. – respondeu baixinho.

— Não foi nada. – respondeu com um bocejo. — Até amanhã.

— Até.

***

Poseidon acordou no meio da noite com Atena apertando sua camiseta e chorando baixinho enquanto aninhava a cabeça no peito dele.

— Atena acorda você está tendo um pesadelo. – disse sacudindo-a. — Atena! – tentou novamente.

Ela acordou e sentou-se na cama, ofegante. A luz da lua deixava seus cabelos loiros quase brancos e faziam suas lágrimas brilharem, ela estaria linda se não fossem as lágrimas e sua cara de assustada. Poseidon secou suas lágrimas e a abraçou forte.

— Quer me contar o que houve? – perguntou olhando-a nos olhos e secando as lágrimas que insistiam em cair.

Atena negou com a cabeça.

— Tudo bem. Vou fechar as cortinas. – disse soltando-a e voltando um instante depois. — Pronto. Deite-se. – pediu abraçando-a pela cintura enquanto ela colocava a cabeça em seu peito e entrelaçava suas pernas.

— Obrigada Poseidon. – agradeceu dando-lhe um beijo na bochecha e voltando a posição anterior.

— Não foi nada. – respondeu apertando levemente o abraço. — Boa noite corujinha. – disse beijando seus cabelos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Teorias sobre Joseph? Adoraria ler o que vocês pensam sobre ele :3
PS: Quando eu vi que as visualizações e os acompanhamentos da fic aumentaram eu fiquei tipo: I'm so fancy B| :v Obrigada pessoas! Até o próximo *u*