Tudo que ele não tem escrita por , Lis


Capítulo 2
Um - Anna


Notas iniciais do capítulo

Hey! ♥ boa leitura!



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T E I M O S I A

                                {s.f.   Característica ou comportamento da pessoa teimosa,  obstinada, persistente, que não desiste facilmente}     

 

Eu sou uma pessoa teimosa.

Claro, essa é uma péssima forma de apresentação e não é lá uma grande qualidade, porém é um fato: eu gosto de coisas impossíveis, não arredo o pé para confusões e posso ser até um tanto agressiva quando quero (e quase sempre eu quero). Outro fato é que quase ninguém sabe disso.

Além de teimosa, sou conhecida por ficar sempre quieta no meu canto, ou seja, a garota estranha que fica encostada na parede e tira notas altas na maioria das vezes. As pessoas não sabem que além de estranha eu posso ser um pouco maluca, nem que só por eu tirar boas notas não quer dizer que eu não tenha um eterno vício em séries (Bones e Outlander são as queridinhas do momento), um amor incondicional por livros e que eu talvez faça algumas loucuras. Porém, isso é uma coisa que elas não deveriam saber.

E que, por mim, nunca ficariam sabendo.

Todavia, se o mundo fosse como eu desejo eu estaria enrolada no meu cobertor assistindo Grey's Anatomy o dia inteiro, então claro que chegou o dia em que meu lado agressivo e teimoso assumiu o controle.

E esse dia foi exatamente hoje.

— Você sabia que nem em um milhão de anos eu imaginaria que estaria com você aqui hoje? Sabe, você me surpreendeu, linda. – comenta a versão mal elaborada de ser humano que acabou de estragar minha vida.

Abro um sorrisinho quando vejo que seu nariz continua sangrando e o olho direito está ainda mais inchado. O soco não foi trabalho meu, mas nunca pensei que me alegraria tanto com o sofrimento alheio.

— Uau! – respondo – Devo ficar feliz por você nunca ter me imaginado na cadeia? Isso realmente melhorou minha situação, hein.

Ele está sentado no chão e seus cabelos castanhos são bagunçados estilo Dustin de Stranger Things. Mesmo com os ferimentos, o sorriso sacana se mantém em seus lábios.

— Você é bem chata, sabia?

— Meu objetivo de vida nunca foi ser divertida.

— Uma pena. – declarou – Melhoraria muito nosso momento na cadeia.

Bufei. Eu deveria saber hoje de manhã, quando acordei sem despertador, o dia estava bonito demais e eu quase ouvi passarinhos cantando, que absolutamente algo ia dar errado. Eu não sou uma princesa da Disney e acordar com essa situação é tremendamente suspeito, porém quem disse que eu liguei? Pois é, eu sou uma burra que fez questão de sair de casa em um momento como esse. Agora aqui estava eu. Atrás das grades.

O ser humano que eu detesto começa a rir.

— Ah, amore, não me olhe assim com esse ódio mortal. Daqui a pouco sairemos daqui e você pode contar isso como uma experiência de vida.

— Você é tão idiota, Matheus.

— E você é tão fria.

— Isso vai pra nossa ficha, sabia? Não que você se importe.

Ele sorri.

— Você é muito mais que uma ficha criminal, Branca. – responde – Todos sabemos disso.

— Interessante saber que você tem tantos apelidos pra mim.

— Tenho mais se quiser. – fala com malícia – Alguns mais apreciativos.

Ergo as sobrancelhas quando o segundo garoto que me fazia companhia na cela resmunga:

— Calem a porra da boca, vocês dois – Theo Gonzalez se senta e me olha – Nós sabemos que ela só foi um desvio de percurso, Matt.

— É melhor você calar a boca antes que eu te acerte outra vez. – respondo – E dessa vez eu estou com raiva.

Ali sim estava a minha obra prima: supercílio esquerdo inchado, lábio inferior cortado e sinto que ainda fiz algo mágico com suas partes masculinas considerando o jeito como ele as protegia.

— Eu não tenho medo de você.

— Mas deveria. – rebato e fico feliz com seu revirar de olhos.

— Você é uma cretina, Anna Clara Bennet - xinga com um sorriso sujo na cara - Ah, se você soubesse o que eu poderia fazer com você...

— Mas não vai - completa Matheus em uma tentava falha de me proteger de algumas palavras idiotas. Típico.

Observo novamente meu cenário atual que em nada se parece com as prisões até que bonitinhas de Orange Is The New Black e franzo a testa pois a situação penitenciária do Brasil estava realmente catastrófica. Depois de alguns minutos um policial aparece em frente às grades.

— Finalmente, Jorge! – exclama Theo e se levanta junto com Matheus.

— Meu Deus. – sussurro, também me levantando e tirando a sujeira do jeans – Quero nem imaginar a frequência que você vem a esse lugar pra saber o nome do policial.

Jorge abre a porta e todos nós saímos da cela, caminhando rumo à sala do delegado. Depois de um corredor cheio de homens me olhando com a testa franzida e sorriso desejoso, finalmente vejo adultos familiares que nos olham com expressões tediosas, revoltadas e...
meio alegres?

Ah, merda.

Papai se levanta assim que me vê. O corpo magrelo que sustenta seus cabelos de fios grisalhos, os olhos surpresos e o sorriso maroto como se eu tivesse acabado de voltar das férias e não de uma cela. Ele me abraça, dando-me tapinhas nas costas e ri sem me soltar.

— Pai?

— Ah, Anna! Sabe quanto tempo eu esperei por isso? De ver você finalmente fazer algo de revolto contra a sociedade? Você é uma adolescente, minha filha! E a maioria dos adolescentes se revolta nesse período da sua idade, claro que geralmente o ato revolto é as drogas, mas...

— Meu Deus do céu! – uma mulher exclama e o terninho azul comportado junto com os cabelos presos em um coque elegante quase a faz diferenciar de Matheus – O que você pensou que estava fazendo, Matheus Stahelin? Isso é pra chamar atenção? É isso?

O menino ao meu lado, que ainda mantém a mão no nariz sangrando, sorri.

— Sabe mãe, existem formas mais sensatas de chamar atenção.

A mãe revira os olhos e o puxa para se sentar.

— E esse nariz? Jesus, o que houve com seu olho?

Mordo o lábio, meu rosto é puxado pra mais perto e observo os grandes olhos do meu pai me revistar de cima a baixo.

— Está machucada? Devo dizer que na próxima vez que for fazer algo radical, ia ser bom se fosse uma coisa menos agressiva, Clara.

— Pai, digamos que não foi algo planejado...

— Mas não se preocupe. Eu estou muito orgulhoso!

Ergo as sobrancelhas, mas rio mesmo assim, já acostumada com seu jeito.
Estou prestes a perguntar o quanto eu estou ferrada com a polícia, quando um homem alto e barbudo sai de uma sala pequena, junto com um casal particularmente elegante.

Olho pra Matheus, que mantém o olhar cético, e vejo a mulher elegante fazer um gesto para que Theo o siga e ele o faz sem questionamentos. O delegado, que ainda está com uma postura firme, olha pra mim e depois para o menino sentado junto com a mãe.

— Anna Clara Bennet e Matheus Stahelin. – chama - Interrogatório.

***

Quem vê de longe deve está me achando uma maluca agressiva e totalmente estranha. Talvez a causa de eu estar em detenção explique minha loucura e agressividade. É uma história, no mínimo, interessante.

Pra começar, tudo aconteceu na minha biblioteca pública preferida. Tal lugar que é meu pequeno paraíso e fonte de conhecimento e que nunca - jamais - eu me imaginaria cometendo algum delito. Porém, uma aposta estragou esses planos da minha imaginação.

— Uma aposta?! - exclamou o Sr. Moura, o delegado, que me encarava com o ar surpreso - Vocês incendiaram uma livraria por causa de uma aposta?

Reviro os olhos.

— A aposta não foi minha! - esclareci - Eu nunca queimaria livros!

— Ah, que linda, será um pássaro? Um avião? - exclama Matheus - Não, apenas é Anna Clara Bennet, a salvadora de livros.

Encaro-o totalmente zangada.

— Você já é um idiota, Matheus. Mas seria muito bom se você fosse um idiota de boca calada.

— Vem calar. - respondeu - Ah é, esqueci! Você está  ocupada demais batendo em policiais.

Mordi o lábio com força porque senão eu iria esmurrar o outro olho dele. E não iria parar por aí.

Sr. Moura ergueu as sobrancelhas.

— Qual era a aposta?

— Fazer sexo na biblioteca.

— Como é que é?!

Matheus bufa ao meu lado.

— Essa não era a aposta!

Viro-me pra ele.

— Sério? Theo e Larissa em um momento de coito era só um bônus? Ou você iria entrar também pra fazer um ménage?

— Senhorita Anna! – o delegado parece horrorizado.

— Ah, claro, iria até te levar junto pra fazermos uma suruba.— ri irônico e eu arregalo os olhos.

— Seu...

— Se não pararem vou trancar os dois na cela e vocês só sairão daqui amanhã.

Calo-me na mesma hora e me xingo mentalmente. Você tem que se controlar, Anna. Lembra-se das aulas de ioga que papai te fez fazer? Use-as pra alguma coisa!

Matheus parece ponderar a resposta por alguns instantes,  mas morde o lábio e dá de ombros.

— A aposta era roubar um livro da biblioteca. Algum importante, mas só pegar e sair. - fala.

Surpreendo-me e encaro Matheus.

— E o sexo?

— Houve mesmo sexo? - o delegado nos olha realmente espantado.

— Foi Theo e Larissa - Matheus responde com um suspiro - Foi ele querendo inventar coisa. Eu roubaria o livro enquanto Theo fazia uma rapidinha na biblioteca porque aquele cara é maluco.

— Aposta idiota. - murmuro.

— Você nem era pra está aqui, garota!

— Concordo, adoraria está em casa estudando pra prova de história que vai ter na segunda.

— Como se você precisasse. - Matheus revira os olhos.

O delegado tinha cabelos grisalhos e um cavanhaque estilo Antônio Bandeiras. Devia ter quase 60 anos e nos olhava como se quisesse nos trucidar.

— Certo, uma aposta. Como é que de furto e atentado ao pudor você foram parar em um incêndio?

— Culpa da Anna - Matheus fala, ao mesmo tempo em que eu pronuncio:

— Culpa do Matheus.

O homem suspira e me olha.

— Anna? Como você entrou nessa história?

Mordo o lábio inferior e relato minha breve ida à biblioteca naquele sábado à tarde. Como fui para a minha sessão favorita de exatas e ouvi suspiros, gemidos e ganidos que com certeza não eram da bibliotecária Bianca arrumando os livros.

Trombei com Theo e Larissa em pleno ato. O vestido tomara-que-caia da garota estava erguido e Theo suspirava em seu ouvido. Era como uma versão em 3D dos romances eróticos da sessão Hot.

Pobre Pitágoras, Newton e outros matemáticos e físicos que estavam presenciando aquela cena em frente aos seus livros.

Com o encontro eles se afastaram na mesma hora.

— Porra, Anna! - Theo urrou.

Eu estava com raiva. Caramba, aquilo era uma biblioteca e não um motel Afastei - me para chamar o segurança quando Matheus veio correndo com um livro nas mãos e me segurou na mesma hora.

— Não faça isso! Não seja estúpida, só foi uma rapidinha.

— Ah, por favor! Você não manda no que eu devo ou não fazer!

Empurrei-o para tentar sair, mas ele me segurou firme.

— Anna...

Larissa já tinha saído correndo e Theo nos olhava com um tanto de diversão. Vi quando ele enfiou a mão no bolso e trouxe consigo um isqueiro vermelho.

— Talvez eu possa tornar essa aposta ainda mais divertida. - comentou enquanto pegava um dos livros na mão e riscava o isqueiro. - Vamos ver se sua palavra ainda vale de algo, Matt.

Quero declarar a todos aqui o tamanho ato de terrorismo desse cara porque, convenhamos, estávamos em uma biblioteca e para todas as pessoas sãs que eu conheço queimar livros é um ato de tortura. É definitivamente algo insano.

— Theo, que porra você está fazendo? - foi Matheus quem falou.

— Apenas tornando as coisas mais emocionantes para nossa aposta.

Em questão de segundos o papel começou a pegar fogo e não só ele. O garoto ergueu o isqueiro ligado e balançou o braço em direção às lombadas de trigonometria.

—Imbecil! - Matheus urrou e foi pra cima do garoto - Isso não faz parte do nosso trato, seu porra!

As fileiras - uma a uma - começaram a se unir ao fogo e vi que gritos viam em nossa direção quando corri em direção ao extintor. Caramba! Eu só tinha vindo pegar um livro emprestado!

Matheus e Theo continuavam sua chuva de socos e chutes. Em pleno incêndio os dois idiotas só pensavam em se matar.Eu comecei a usar o extintor e vi uma Bianca afobada em sua saia, camisa cor de giz e saltos me olhar em completo horror. Estava pronta pra explicar a ela todo o acontecido, porém foi aí que eu me virei.

Anna Clara Bennet, você lê muitos livros. E sabe que definitivamente você não é uma das mocinhas dele. Você não é uma vampira, bruxa, semideusa e muito menos uma nephilin. Isso aqui não é um livro escrito por Cassandra Clare!

Mas diabos eu senti quando o murro de uma mão atingiu meu rosto no lado esquerdo. E vi, com um pouco de dor e uma ira que nunca vi em mim, o cara que me olhava notadamente surpreso.

E, bem, eu parti pra cima dele.

— Espera, voltando. - o delegado interrompe meu relato com um franzir de testa - Você deu uma surra em Theo Gonzalez?

Tento não sorrir. Porque, caramba, nunca fiquei tão feliz em bater em alguém.

— Exato.

— Ele mereceu. - Matheus comenta e com a lembrança toco o hematoma em minha bochecha que provavelmente iria ficar roxo.

O delegado coça os cabelos.

— E porque inferno você bateu no policial, Anna Clara?

Matheus ri enquanto eu ruborizo.

— Ele apareceu do nada. - é o que eu falo.

O cara ao meu lado, que era propulsor do meu ódio mortal, suspira e vejo-o estalar os dedos da mão esquerda antes de começar:

— É que assim, quando eu vi a Anna dando uma surra no Theo eu achei que estava tudo beleza.

— Mas aí você tinha que aparecer na minha frente e me empurrar! - interrompo com raiva - Eu não teria me virado e batido na primeira pessoa a minha frente se não fosse isso.

Ô maluca, não me culpe por você ter dado um soco no nariz do policial! - responde.

— Você me empurrou do nada! – me viro para o Sr. Moura - Eu pedi desculpas assim que vi a burrada que eu fiz, juro.

Matheus gargalha.

— Tinha que ver a cara dela, parecia que tinha batido em Jesus Cristo.

Dou um tapa no seu braço.

— Cala a boca!

Ele bufa.

— Anna, para de ser idiota! Não falei nada demais.

— Mas me empurrou! E roubou um livro! E era cúmplice do Theo com toda aquela bosta.

Ele revirou os olhos. Parecia nem notar que ainda estava ferido, que seu nariz ainda estava sangrando e que seu olho parecia maquiagem de Halloween.

— Eu empurrei você porque ele ia te bater, sua maluca! Theo é um babaca.

— Ele... O quê?!

Matheus me encara. Os olhos verdes ardendo em fúria.

— Você só bateu tanto no Theo porque ele se conteve, mas ele sabe como dar uma boa surra, Anna. E ele é imbecil o suficiente pra bater em mulher. Ele simplesmente ia revidar.

Não sei o que falar por uns bons minutos. Mas que porra de heroísmo era aquele?

— É um pássaro? Um avião? Não, apenas Matheus, o novo superman— é o delegado que quebra o gelo com uma risada - Que aventura a de vocês! Parece filme!

Encaramos Sr. Moura gargalhar do nada e rir ainda mais enquanto anota algumas coisas no papel a sua frente. Nem parecia a pessoa horrorizada com o sexo na biblioteca há alguns minutos atrás.

Depois de um tempo de risadas, ele pede que nossos pais entrem na sala. Thiago Bennet, vulgo meu progenitor, é o primeiro a se sentar e sorri pra mim completamente animado. Acho que meu pai nunca ficou de frente para um delegado.

— E então? Está tudo como combinamos? – a mulher ao lado de Matheus é quem pergunta.

Noto que alguns fios começaram a se desprender do coque elaborado e ela ficava bonita assim, meio bagunçada. Ficava mais natural. Noto o suspiro de descontentamento soltado por Matheus e ergo as sobrancelhas para a pergunta.

— O que está combinado?

Sr. Moura coça o cavanhaque e me olha atenciosamente.

— Anna, o policial que você 'bateu sem intenção' reconheceu seus diversos pedidos de desculpa e resolveu não prestar queixa. – suspiro aliviada com esse anúncio – Porém, aceitei a sugestão da senhora Luiza Stahelin de que vocês dois podem fazer serviço comunitário por um mês, já que não é uma coisa que serve só como punição, mas também como meio de socialização.

— Como é que é? - Matheus se exalta - Mãe, qual é!

Luiza sorri como se estivesse realmente satisfeita.

— Espera - chamo - E o Theo? Ele foi o responsável por tudo isso! Não estaríamos aqui se não fosse ele e sua babaquice de queimar livros.

— O Sr. Gonzalez resolveu a questão sobre os danos causados à biblioteca com uma quantia bastante generosa, livrando assim...

— Ah, por favor! - exclamo - Ele fica impune por causa de quantia generosa? Isso é o mínimo que ele poderia fazer!

Matheus gargalha. Tipo, do nada.

— Não sei onde você estava esse tempo todo, Anna, mas as coisas no Brasil funcionam assim.

— Matheus, por favor! - Luiza exclama.

— Só estou falando verdades, querida mãe. Eu já sabia que isso aconteceria.

— E por que se meteu com tudo isso então? - Luiza intervém - Uma aposta pra furtar um livro, Matheus! Que idiotice!

— Concordo. - comento e seus cabelos castanhos se bagunçam com a rapidez com que ele me encara. Os ferimentos fazendo com que sua expressão se tornasse a de um cara amargurado e aterrorizante.

— Quer saber por que me meti com tudo isso, dona Luiza? Foi por sua causa, Anna Clara Bennet! Não sei se já ouviu falar, mas Theo Gonzalez não é flor que se cheire e ele é louco por uma coisinha chamada 'virgindade feminina' - ele pisca - Sabe como é, ? Theo conseguiu a pureza de Helena Sanchez, uma menina que tinha pose de santinha e agora ele quer mais. Então está  rolando um boato de que a senhorita pode ser a próxima a não resistir aos seus encantos.

Meu pai agarra meu braço instantaneamente. E eu avermelho de raiva.

Foda-se Theo Gonzalez! Nunca pedi pra você ser meu herói, Stahelin. Ele nunca conseguiria nada comigo. – respondo – Você não tinha que se meter com isso.

— Eu não disse que ele ia tentar com permissão - murmura.

— Isso é uma acusação bem séria, rapaz. - o delegado alega.

Ele sorri e se levanta, como se não tivesse falado nada demais há alguns minutos atrás.

— Mas do que adianta, senhor? Se algumas notas de grana podem comprar a justiça? - vira-se e sai da sala, mas antes ergue os olhos pra mim - Vai ser divertido passar um mês contigo, docinho.

Sr. Moura suspira com o comentário e encara os que ficaram.

— Bom, o serviço comunitário começa na segunda.

 


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Notas finais do capítulo

Nervosismo é eufemismo para o que estou sentindo no momento, então peço que comentem o que acharam. Nem que seja pra dizer que odiou, que eu sou burra por ter feito essa nova versão, ou que eu sou piradinha por ter estragado a história.
Mas, pra quem gostou: Digam-me também, porque vocês são os primeiros a ler isso aqui e eu estou quase ficando louca.
Antes de mais, agradeço por terem lido e agradeço as pessoas que comentaram na primeira versão do primeiro capítulo: Midnight, Karine Gonçalves, Lari, Narelly Fell, Blue, Daughter of Sun, Duda, Kah Lovegood e Day. Espero não ter decepcionado vocês e fico grata pela força que me deram em 2014 (ou em qualquer data que tenham comentado) ♥
Beijos e até mais!


PS: Esqueci de falar que vocês são maravilhosos! Foi muito bom ver que tanta gente ainda espera capítulo e apoia isso aqui. Muito obrigada, de verdade.



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