Tudo que ele não tem escrita por , Lis


Capítulo 18
Parte dois


Notas iniciais do capítulo

Senhoras e senhores, bem vindos à parte dois dessa história!
Antes de tudo, devo agradecer as três pessoas maravilhosas que comentaram no capítulo passado: Mdsgeo, Bella e Daughter of the sun ♥ obrigada demais! E claro, agradeço também a todos que leram.
Devo falar que esse capítulo é um bônus INDISPENSÁVEL pra história. Mais uma vez reflito aqui meu cuidado com essa parte mais delicada da história, esse ''bônus'' contém algumas coisas pesadas, mas necessárias para compreender um pouco mais essa personagem tão incrível que é a Helena. Essa é a única parte da história que não tem romance entre os protagonistas ou mesmo coisas engraçadas, esse espaço hoje é da Helena e ela PRECISA ser ouvida. Então preparem o coração e tenham a mente aberta, viu? Converso mais nas notas finais hahahaha boa leitura!



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P A R T E   D O I S
CONSEQUÊNCIA

 

Epígrafe

"Você não vai pensar sobre mim? 
Eu estarei sozinho dançando,
Você sabe disso, baby... 
Conte-me suas preocupações e dúvidas, 
Entregando-me tudo, por dentro e por fora. 
O amor é estranho, tão real no escuro.
Pense nas coisas ternas 
Com que estivemos ocupados.
A mudança lenta pode nos separar 

Quando a luz entrar dentro do seu coração, baby... 

Não se esqueça de mim
Não, não, não, não, Não se esqueça de mim.
[...]
Vou desmontar você em pedaços,
Nos construiremos novamente, juntos..."

— Don't you (forget about me), Simple Mind.

 

E-mail enviado à Matheus Stahelin e Anna Clara Bennet em quatro de novembro às 17:55.

 

De: lenasanchez@email.com
        Para: annacbennet@email.com; matheusstahelin@email.com.
                                             (sem assunto)

 

Um fato antes de começarmos esse e-mail: eu irei morrer hoje.

Anna e Matheus,

Sei que deveria começar esse e-mail com alguma saudação gentil, como minha mãe e pai sempre me ensinaram. Mas não quero lembrar dos meus pais agora, mas sim de algo mais doloroso, algo que, segundo Anna, pode ajudar a penalizar Theo Gonzalez pelo que fez comigo.

Não se surpreendam com o relato frio, já chorei demais por causa disso, mas me sinto vazia agora. Oca. Uma carcaça humana que não tem mais lágrimas pra chorar ou motivação para avançar. Eu estou parada no tempo. Porém, vocês não estão aqui para ouvir minhas divagações e sim uma história, um tanto trágica considerando minha possível morte, mas reveladora.

Era começo de agosto quando tudo começou. O pesadelo. Eu não era tão próxima de vocês, mas sei que sabem o quão religiosa eu sou, todos na escola sabiam. Por eu ser líder de torcida da equipe de basquete, os meninos me olhavam muito e a fama de santinha religiosa pegou em mim após eu dizer que só teria relações sexuais após meu casamento. Nunca entenderei como as pessoas ligavam a minha posição de líder de torcida com teor sexual, mesmo com todos sabendo a minha escolha, eu era assediada, comentada pelos corredores, um alvo de aposta dos meninos para ver quem pegava a Helena primeiro. Era nojento e machista que eu, como mulher, deveria desistir do hobbie que eu gostava para enfim me ver livre dos comentários. Por esse mesmo motivo eu era corajosa nessa época, nunca desisti de ser líder de torcida, apesar do constante assédio.

Dora e Marina, minhas tão adoradas "amigas" apenas riam dos comentários, não entendendo minha rejeição e até mesmo criticando minha posição. Mas até aí eu sabia lidar, eu era corajosa e comentários maldosos não me abalavam. Venho de uma família extremamente religiosa em que meus pais, arcaicos em seu jeito de ser, rejeitavam a minha prática de esportes e o uso de roupas consideravelmente curtas para eles. Nunca entendi como o modo que eu me vestia ou me comportava poderia interferir no amor de Deus por mim, mas, assim como no colégio, eu me resignava a respeitar as decisões dos meus pais, vestindo roupas mais largas e compridas para o bem deles, não o meu.

Eu tenho um irmão, o Peter, por quem eu nutro um amor muito grande e hoje uma mágoa ainda maior. Aqui em casa ele não era criticado e poderia praticar esportes e sair com garotas... Era homem, afinal.  Não são muitos que sabem, mas Peter começou a usar drogas na transição de maio para junho, em uma das festas de Theo. Eu sei porque estava lá, já que Peter deveria cuidar de mim nas festas, o que geralmente não acontecia.  Não sei qual foi o motivo aparente, talvez a pressão para ser melhor na natação ou pra se enturmar com os colegas, talvez algum tipo de carência que meu irmão tinha, só sei que que quando percebi já estava acontecendo.

Naquela época eu não gostava de Theo e tudo isso piorou com o vício de Peter em suas festas. Meu irmão me fez prometer que eu não iria contar a ninguém, sabendo tanto quanto eu que se papai soubesse nunca iria perdoá-lo. Eu era ingênua e gostava de acompanhar minhas amigas nas festas e, em meu íntimo, pensei que com um tempo ele pararia de usar, ainda mais por causa das competições de natação. (nessa época, Peter não participava muitos das competições porque você era o favorito, Matheus. Não sei se o Greg sabe sobre o vício dele, mas por favor ajude-o, não faço ideia do que pode acontecer quando eu me for)

Enfim, em um dado momento, Theo começou a controlá-lo com as drogas e tudo desandou. Eu me desdobrava para cobri-lo para nossos pais e ajudá-lo, porém um dia meu pai descobriu. Já era fim de agosto quando cheguei em casa uma noite com Peter e vi meu pai na poltrona junto com minha mãe. Eles sabiam. E foi uma catástrofe. Peter levou uma surra e me culpou, mesmo que nosso pai também tivesse me batido por encobri-lo. Aquela noite foi quando Peter saiu de casa e, pela primeira vez, não voltou. 

Nem no dia seguinte. Nem no depois desse. Nem no próximo.

Eu passei uns dias em casa de castigo, não podendo procurá-lo. Mas assim que consegui sair, fui até a casa de Theo. Eu sabia que de todos era pra lá que ele iria, era lá que tinha a droga. No começo de setembro, Theo me mostrou o estado do meu irmão e tocou em minha bunda enquanto falava. Já tinha percebido que ele era como os outros, porém ele nunca tinha tentado avançar. No dia seguinte para ver meu irmão ele me tocou em lugares que me fizeram sentir nojo, dizendo coisas como "você ainda vai ser minha" ou "eu serei o cara que vai tirar essa famosa virgindade, vadia". Permaneci corajosa e implorei ao meu irmão pra ele voltar pra casa, todavia, em seu estado de torpor, Peter nem mesmo ligou. Desesperada, contei a situação aos meus pais, mas estes também não queriam saber do filho drogado e pecador.

Os dias começaram a passar devagar desse jeito, eu indo visitar meu irmão com preocupação, sendo tocada com insistência por Theo e sendo mantida presa por rédeas curtas por meus pais. Visitava Peter no período da escola porque meus pais não me deixavam mais sair, com medo de sua filha se tornar mais uma drogada nas festas. Minhas amigas se distanciaram e quando vinham falar comigo comentavam com interesse sobre meu provável relacionamento com Theo, rindo da minha cara de nojo toda vez que aquele escroto era mencionado.

Tudo realmente aconteceu no dia 26 de setembro. Lembro perfeitamente da data. Eu estava saindo da escola quando Theo me ligou dizendo que Peter estava tendo uma overdose e eu precisa ir correndo até sua casa. Pedi pra ele chamar ajuda, mas ele apenas reafirmou que eu teria que ir até lá senão algo poderia acontecer.

Peguei um ônibus e cheguei na casa. Theo estava me esperando com o carro na porta. Pensei que entraríamos na casa e ajudaríamos Peter, mas ele apenas me mandou entrar no veículo e calar a boca. O carro era um Ecoesport preto, sei porque é igual ao carro do meu pai. Rejeitei e perguntei por meu irmão, ele riu chamando Peter de "idiota" e me mostrando uma foto horrível de meu irmão jogado no chão, magro e com vômito, bebida e droga ao redor. Theo me falou que se eu quisesse ver Peter vivo novamente deveria entrar no carro.

Entrei. Saímos do condomínio dele e fomos pela rodovia principal. Tinha outra cara dirigindo, Theo estava ao lado, no banco do passageiro.  Além disso, eu estava sozinha atrás. Perguntei por meu irmão, Theo disse que se eu quisesse que Peter ficasse bem teria que calar minha boca. O carro tinha cheiro de bebida e o motorista dirigia em alta velocidade, tomando aos poucos uma cerveja, enquanto Theo estava com uma garrafa de vodka.

Os vidros eram escuros e eu não conseguia visualizar direito para onde estávamos indo. Tentei ligar pra alguém discretamente, mas meu celular estava descarregado. As trancas das portas devidamente trancadas me fizeram questionar novamente Theo para onde estávamos indo, o que o fez se inclinar no banco de trás e dá um tapa em eu rosto, mandando mais uma vez eu ficar quieta.

Naquele momento eu compreendi que estava perdida. Minha bochecha ardia, não sabia o que tinha acontecido a Peter, meus pais pensavam que eu ainda estava na escola. Minhas amigas nem ligavam mais pra mim. Não tinha ninguém pra me ajudar naquele momento, ninguém iria me procurar. Quando o carro parou, Theo se inclinou e falou algo para uma mulher. Notei que iríamos entrar em algum lugar e quis gritar quando a vi a placa de um motel em um canto. O nome era Feitiche e eu nunca tinha estado em um lugar como aquele.

O motorista colocou o carro pra dentro em uma vaga e eu me encolhi no banco quando a porta do meu lado abriu, revelando um Theo bêbado e com um sorriso enviesado no rosto. "Você quer que seu irmãozinho morra, Helena?" perguntou e eu balancei a cabeça. "Ótimo, então você será minha hoje" ele concluiu enquanto me puxava pelo braço com força e me levava para um dos quartos. 

Quando vi o quarto e a grande cama centrada nele acho que eu estava em estado de torpor. É estranho, sabe? Eu tinha certeza do que iria acontecer, estava morrendo de medo e ao mesmo tempo letárgica porque eu não queria que aquilo acontecesse, mas eu não sabia o que fazer pra evitar. Estamos tão acostumados a ver essas notícias, não é? Na TV ou na internet, nos temas de redação que estudamos na escola. ESTUPRO. Várias vítimas noticiadas todos os dias, alguns se revoltam, outros julgam. Nós nunca pensamos que vai acontecer com a gente até chegar a hora.

Meu Deus, eu quis TANTO fugir. Eu comecei a chorar silenciosamente, Theo ainda conversou com uma funcionária do motel antes de nos trancar dentro do quarto. Não consigo me lembrar quanto tempo se passou depois dali. Desculpe se não consigo detalhar melhor como aconteceu. Meu coração se apertava por Peter, meus dedos tremiam e acho que eu quis tanto fugir daquele lugar, que acabei por fugir de mim mesma em um determinado momento.

Theo me mandou beber algo, disse que faria as coisas ficarem melhor, que com sorte eu não me lembraria de nada. O líquido tinha gosto amargo e me fez ficar sonolenta. Ele tirou minhas roupas. Ele me jogou no colchão. Ele me fez sentir nojo. E depois ele me fez sentir dor. 

Dor.

Muita dor.

Não sei quantas vezes foram, não sei realmente em que posições tudo aconteceu, não sei nem como eu consegui sentir alguma coisa. Eu estava TÃO vazia, eu estou vazia. Eu não era mais Helena, eu era um corpo. Um objeto. Uma coisa tocada e remanejada que ele virava e revirava para seu bel prazer. Eu não gritei, não consegui. Não me lembro nem se preservativos foram usados, apesar de que depois ele me garantiu que se preveniu para que não acontecesse alguma merda pra chamar de filho. Eu me senti tão suja, eu me sinto tão suja. Desculpe-me... Estou divagando novamente.

Naquele momento Theo tirou algo de mim. Algo que com um caos que estava a minha vida, com a repressão do meu pai, com os comentários na escola, com os problemas do meu irmão... Theo arrancou o último alicerce que segurava meus cacos de vidro. Ele terminou de me quebrar.

Eu não me lembro de como tudo terminou, só sei que depois de um tempo eu continuava sentada na cama e alguém tinha me vestido novamente. Os lençóis estavam manchados de vermelho, mas acho que isso seria típico para uma primeira vez, não é? O motorista de antes agora estava no quarto também, junto com Theo e outras duas garotas. Todos me pareciam familiares, mas não fixei o olhar em alguém o suficiente pra lembrar de algo. Theo sorriu pra mim e alisou meu rosto, mandando eu parar de ser dramática e me levantar logo. Eu nem mesmo tinha escutado ele mandar eu me levantar antes.

Porém, mesmo quando eu fiquei em pé, seus dedos não me soltaram e ele deixou bem claro que eu não iria denunciá-lo senão ele mandaria divulgar fotos de como  teria acontecido e ''todos irão ver seu corpo deliciosamente nu, Helena'' ele falou. Além disso, ele acabaria com Peter caso eu fosse a polícia.

Quando entrei no carro para me levar de volta pra casa, meu irmão estava lá. Vivo. Seu rosto estava marcado por uma surra e ele ainda parecia alguém doente por causa do vício. Mas ele estava vivo! Por um momento, mesmo me sentindo vazia, eu senti alívio ali. Alívio porque ele estava bem e nada tinha acontecido. Até Peter desviar o olhar de mim e se fixar nas manchas roxas e vermelhas que agora haviam pelo meu corpo. O alívio se deu lugar ao vazio rapidamente quando notei seu olhar feroz e ao mesmo tempo vergonhoso. Ele estava com vergonha. Eu vi. Estava claramente furioso com Theo, mas a vergonha pelo que tinha acontecido era palpável. '' Você não devia ter vindo atrás de mim desse jeito, Helena'' foi a única coisa que ele falou  antes do carro começar a se locomover.

Na minha casa, minha mãe foi a primeira a me ver. Ela sabia. Em seus olhos eu li a decepção no momento em que ela me encarava. Eu não era mais a garotinha pura que ela tinha criado aos olhos de Deus. Não. Agora algo diabólico habitava em mim, segundo sua crença. ''Eu disse que andar por aí com aquelas roupas  parecendo uma puta ia dar nisso, Helena'' foi o que ela falou. Eu não consegui responder e logo que Peter entrou na sala, ela o acusou de não saber me defender . Naquela noite, quando meu pai enfim chegou em casa, eu me senti uma intrusa na minha própria família e, mesmo contando o que eu consegui, meus próprios pais me culparam pelo acontecido, preferindo consultar milhares de psiquiatras e pastores para ''me curar'' e me fazer esquecer, do que... Simplesmente me acolher e me abraçar.

Eu me senti tão sozinha. Eu sabia no fundo que não foram minhas roupas que fez Theo me violentar, ou mesmo alguma atitude minha. Porém, considerando o jeito que todos agiam, eu realmente parecia culpada. Era inacreditável. Fui forçada a voltar a escola algumas vezes, mas não aguentei o julgamento e os comentários sobre eu estar "fazendo drama por causa de uma transa". Não suportei o olhar silencioso de Theo quando me encarava sem nenhum remorço ou a preocupação exacerbada de Peter em me proteger de todos e procurar esquecer o que aconteceu.

NÃO DÁ PRA ESQUECER O QUE ACONTECEU. Como eu poderia

E eu fiquei assim, nesse limite de dor e vazio até me enclausurar em meu quarto e não sair mais. Meus pais encararam meu confinamento como uma coisa boa, esperando que um tempo sozinha com Deus  poderia fazer minha mente clarear sobre os acontecimentos.

A única vez que alguém falou comigo normalmente desde aquele dia foi quando você chegou, Anna. Naquela breve conversa que tivemos, vi em você a única pessoa no mundo que tentou estender a mão pra mim sem julgamentos e passar segurança. Desculpe se reagi mal quando você começou a falar sobre tudo que Matheus tinha feito. Na verdade, devo um agradecimento a você, Matheus. Pelas fotos e por tentar deter Theo. Já o julguei mau um dia, mas com o relato de Anna sobre você, só posso agradecer por alguém ter feito algo pra proteger ela do ato horrendo que aconteceu comigo.

Depois do que conversei com você, Anna, percebi que mesmo eu não aguentando muitas coisas mais, ainda restava um pouco da minha coragem de antes. Porque, apesar de tudo, eu não poderia deixar Theo fazer algo assim com outras meninas. Eu não queria essa dor que eu senti para mais ninguém desse mundo. Antes eu estava tentando proteger Peter. Mesmo com tudo, ele ainda é meu irmão e eu sinto sua culpa pelo que aconteceu,  mesmo que ele prefira esquecer e "superar". Não ligo mais para as fotos, apesar de não querer ser exposta, mas fiquei protelando minha ajuda a vocês pela ameaça a Peter que Theo faria algo com ele. (aqui deixo mais uma vez minha súplica a vocês de ajudarem Peter. Ele não era assim. Não antes desse ano. A criação machista do meu pai fez mal a ele, mas ele sempre foi bom pra mim. Recuperem o antigo Peter, não o deixem cair comigo, por favor)

Com minha decisão tomada, deixo aqui então essas palavras para vocês. Essa não é uma carta de despedida e sim uma denúncia à Theo Gonzalez pelo que fez comigo e uma denúncia à sociedade patriarcal pelo que ela faz com suas meninas. Deixei em anexo a esse e-mail um áudio contando minha parte dessa história, espero que isso sirva como meu depoimento à polícia para que Theo seja punido. Salvem outras garotas, não deixem Theo ou outro babaca pervertido pegá-las.

Espalhem essa mensagem para que pais não sejam como os meus pais e não reprimam seus filhos pelos que eles são, independente de religião, gênero, orientação sexual ou QUALQUER OUTRO FATOR. Não merecemos ser reprimidos. E o que deixo a vocês, meus queridos "amigos" da escola ou outro grupo social o qual eu participavaé que não julguem. Não façam com mais ninguém o que fizeram comigo. Não falem do que aconteceu como se soubessem pelo que passei. Acolham,  pois, vocês nunca sabem o que está acontecendo com a pessoa que está do seu lado.

Aos meus pais e irmão, eu os perdôo. Mesmo sabendo que irão me culpar e que você, mãe, irá me considerar uma pecadora por tirar minha própria vida, eu ainda assim os perdôo. Porque, o meu Deus é justo e misericordioso e é liberta de mágoa à  vocês que eu me junto a Ele.

Quanto a vocês, Anna e Matheus, meus oficiais destinatários dessa mensagem, deixo o meu claro obrigada. Confio que vocês saberão o que fazer com o que falei nessa mensagem e peço desculpas por não poder ajudar mais. Aqui deixo uma nota especial que não precisa ser compartilhada com todos:

Espero que, no fim, o que eu vi quando Anna relatou como te conheceu, Matheus, prevaleça. Pois, de todas as emoções, o amor com certeza é a mais poderosa para vencer essa loucura que o nosso mundo vive hoje.

Com amor e em paz,

Helena Sanchez

 

OUÇA A DOR DO OUTRO, FIQUE ATENTO AOS SINAIS. 

ABRACE, ACOLHA,  NÃO JULGUE.

E pra quem está com o coração pesado, precisando desabafar com alguém e ter apoio emocional, o CVV (Centro de Valorização da Vida) está aí pra isso.

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Notas finais do capítulo

Quase chorei escrevendo? Sim, quase chorei. Nunca senti essa relação tão grande com uma personagem e espero que vocês tenham compreendido mais a Helena, como também o grande símbolo que ela ainda representará para a história, independe do que aconteça. Mais uma vez tentei ao máximo não romantizar nada, porém como essa história é feita por e para vocês, peço que me digam caso eu tenha cometido alguma falha, pois críticas construtivas são MARAVILHOSAS.

''Lí, e nessa segunda parte, como vai ser?''
Vamos ver o que acontece hahaha mas digo que seguirei junto com vocês nessa jornada. Já temos capítulo garantido na terça e tentarei AO MÁXIMO manter a postagem regular pra terça a cada 15 dias, pode ser? Queria deixar semanal, mas não garanto escrever/revisar/postar semanalmente, não estudando feito uma louca hahaha.

''Lí e essa tristeza? Quero romance, quero rir, quero justiça!!''
Calma, jovem gafanhoto. Teremos risos, tretas, romances, algumas lágrimas... A parte dois está recheada e feita especialmente pra vocês. Tem alguma coisa que vocês querem ver nessa segunda parte? Aceito sugestões de ideias, vai que eu encaixe no roteiro...

Finalizo com meu agradecimento especial à vocês por me acompanharem por dezesseis capítulos na parte um (efetivamente desde fevereiro) e continuarem comigo ♥

Até terça, meu povo! Amo vocês.



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