Tudo que ele não tem escrita por , Lis


Capítulo 10
Nove - Anna


Notas iniciais do capítulo

Heyy, seres humanos! Como vocês estão? Espero que esteja tudo certinho.

Estou tão feliz que estou conseguindo ser regular com as postagens! Não vou garantir isso sempre, mas quando eu puder sempre farei isso,viu? E bom, vocês são maravilhosos demais! O feedback no último capítulo me ajudou muito e eu fico imensamente feliz que gostaram do desenrolar da história a partir daqui. Adoro ouvir teorias também, tá? Vamos interagir e nos ajudar hahaha com fé, juntos, isso tudo dá certo! No mais, só tenho a agradecer a vocês ♥

Bom, eu ri muito escrevendo esse capítulo e ainda acho uma loucura a guinada de coisas que aconteceu. Juro que as vezes os personagens têm vida própria.

AVISO:

Esse capítulo contém mensagens de texto e eu fiz da seguinte maneira: as mensagens do Matheus são centralizadas e em negrito, enquanto as da Anna são centralizadas e em itálico. Eu acho que dá pra entender, mas qualquer coisa me avisem que eu mudo, certo?

Boa leitura!



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S U R P R E S A

(s.f  fato ou coisa que surpreende, que causa admiração ou espanto.)

 

 

Encaro a figura transcendente de Simone de Beauvoir no livro de sociologia. Pisco uma vez. E depois a segunda. E apesar de amar a ativista francesa, fecho o livro e me jogo na cama atrás de mim. Minha mente imediatamente tenta voltar há alguns dias atrás quando dancei de verdade com Matheus. Mas eu reviro os olhos e mando ela se lascar.

Caramba, como aquele menino me confunde!

Não bastasse os meus sentimentos confusos em relação a seu pedido de desculpas na instituição. Ou mesmo o embaralhado de questionamentos que ele respondeu quando me revelou o que aconteceu no dia da morte da minha mãe. Ainda tinha a maldita aposta na biblioteca que me fazia querer ser Sherlock e desvendar aquilo tudo.

— Clarinha? - Meu pai chama e bate uma vez na porta de madeira, antes de abri-la. Olho ele entrar no quarto, tirando-me dos meus devaneios e ele imediatamente franze a testa para minha posição na cama.

— Esse é aquele momento da adolescência que os jovens não tem vontade de fazer nada, ouvir nada e falar nada? - questiona.

Ergo as sobrancelhas. Tiago Bennet era outro que me deixava confusa. Não me levem a mal, eu amo meu pai, mas seu modo de interpretar minha vida desde que minha mãe se foi está esquisito. Que dirá, estranho.

— Eu acho que não. - respondo e ele me analisa antes de se sentar na cama ao meu lado.

— Então por que você está assim? Se deu mal em alguma matéria? O crush te largou?

Rio com sua menção a "crush" e fecho os olhos por um momento.

— Pai, eu já passei de ano, lembra? E eu não tenho crushes.

— Ora, Anna! Claro que tem! Todo mundo tem!

Abro os olhos e sorrio quando ele alisa meus cabelos.

— Você tem, pai?

— Eu? Ah, não. Isso é coisa dos jovens de hoje. Na minha época, isso se chamava paquera, sabe? Eu flertava bastante na minha adolescência, sua mãe pode lhe contar sobre isso, quando eu fiz pra ela uma coisa e...

Sento-me na cama no mesmo instante.

— Pai, a mamãe morreu, lembra? Ela não pode me contar.

Seus olhos se arregalam por um momento, como se aquela fosse a primeira vez que ele soubesse disso. E depois sua expressão suaviza para o sentido apático de novo.

— Verdade - concorda.

Toco seu braço e sorrio. Mesmo que o que eu mais queira é fazer uma careta. Não era a primeira vez que aquilo acontecia e eu sabia que provavelmente não seria a última.

— Mas você pode me contar, sabia?

Ele balança a cabeça e seus olhos ganham imediatamente brilho de novo.

— Ah, meu Deus, Clara! Esqueci que o Tempa vem jantar hoje com a esposa. - Ele fala, referindo-se ao nosso vizinho monge que eu nunca soube como ele conheceu - Tenho menos de uma hora pra preparar algo, querida. Mas não se preocupe, será um dos melhores pratos!

Levanta-se com rapidez e sai do quarto animado.

— Claro - murmuro baixinho quando ele se vai.

Pego me celular e encaro a tela brilhante. Mordo o lábio e aperto no contato de Matheus.

Você ainda não me contou o que aconteceu naquele dia, Stahelin.

Exponho minha curiosidade e minha frustração. A tela pisca com a notificação.

Qual parte do dia? Da nossa dança maravilhosa ou do modo que você não me soltou nem quando a música acabou?

Reviro os olhos, mesmo sabendo que ele não verá.

É que a música estava tão chata que eu quase cochilei, sabe? Seus braços são tão moles quanto uma gelatina.

Hahahaha que mentirosa, Bennet. Mentir faz mal, sabe? Corrompe a alma.

Falando sério, eu quero saber.

Você saiu correndo após a dança. Por isso não contei.

Mas vai contar?

Ele demora pra responder e eu pisco uma vez pro teto, impaciente.

Por acaso, vc tá preocupada comigo?

Estou curiosa.

preocupada?

Suspiro e analiso.

Talvez.

Amanhã eu conto.

Conte-me hoje.

Saio da cama, olho o short curto e a camisa cinza que estou vestindo. Com preguiça de colocar uma calça, pego um moletom folgado que foi do meu pai e coloco por cima.

Hoje? Aonde?

Verifico a hora, pego o dinheiro do ônibus, calço meu All-Star surrado e desço as escadas.

Aí. Tô indo aí.

A resposta vem imediatamente.

Tá maluca? Vai vim de quê?

De ônibus, Stahelin. De que mais?

Ele demora um pouco pra responder e eu aproveito o momento pra falar alguma desculpa sobre o jantar ao meu pai. E caminho rápido pela sala.

Espera. Vou pegar o carro da minha mãe emprestado e a gente vai pro shopping.

Essa hora da noite?

Foi você que inventou de sair essa hora da noite, Bennet. Vou pegar você.

Só quando ele falou um "até logo" que eu percebi que ele não tinha meu endereço e eu não sabia como diabos ele faria pra me encontrar. Porém, não tenho tempo de raciocinar sobre isso, pois vinte minutos depois um sedã negro estaciona na minha porta e buzina. Olho pra trás e vejo meu pai continuar sua tentativa de jantar desesperada. Ainda preciso saber o que está acontecendo com você, pai. Grito uma despedida e entro no veículo. Olho pra Matheus, que imediatamente acelerou o carro quando eu entrei e está prestando a atenção no trânsito a sua frente.

— O que vamos fazer? - pergunto.

O sorriso se irradia em seu lábios e ele pisca pra mim antes de retornar sua visão da pista.

— Está na hora de realizarmos alguns sonhos daquele pessoal. O nosso acordo vai começar a ganhar frutos, Anna.

***

Quando entramos no aglomerado de lojas percebo o tempo que não vou a um shopping. Não que eu apreciasse o centro consumista, mas desde que minha mãe morreu e eu foquei nos livros na tentativa fraca de ignorar as loucuras do meu pai, minha vida social - que já era deprimente - foi pro lixo.

Observo com curiosidade Matheus caminhar por entre as lojas de departamento e parar na sessão de papelaria. Ele entra e volta alguns minutos depois com uma sacola, fazendo o mesmo ato em locais específicos. Só quando terminamos de comprar tudo que ele achou necessário, sentamos em uma das mesas da praça de alimentação com sanduíches.

— E então? - questiono quando observo seus olhos me analisarem atentamente.

— Tenho uma coisa pra você. - ele fala e morde o lábio inferior - Mas você tem que usar hoje.

— Usar? Eu pensei que você fosse me dar respostas.

Ele sorri.

— E eu irei, apressadinha. Mas antes precisamos efetivar nosso acordo, lembra? E tem um local que eu quero ir com você.

Olho o relógio no meu celular e depois encaro com um arquear de sobrancelhas a sacola que ele me estende.

— São quase 22:00 de uma sábado à noite, Stahelin.

O sorriso se estende em seu rosto com meu comentário. O mesmo sorriso que ele dava quando ia comentar algo malicioso ou ter uma ideia insana. Ele se levanta da cadeira onde estava sentado pra se espreguiçar demoradamente.

— Exatamente.

— Não tem nada aberto a essa hora. Exceto hospitais, delegacias e...

— Nada de algemas e remédios, relaxe. - interrompe e ri da minha ansiedade - Eu preciso fazer uma coisa e falar com você. Acho que nesse local pode ser mais fácil.

Franzo a testa e tento inspecionar sua expressão para enxergar alguma pista do que estar por vir.

— Você está me enganando.

Ele faz uma careta quando pega as sacolas da mesa e me incita a levantar.

— Eu não sou mais aquele cara do nono ano, Anna. Já disse. - continuo com a mesma expressão e ele ri - Você me chama de implicante, mas quem mais faz isso é você, sabia? Você ganhou um presente, o mínimo que se deve fazer aqui é pegar e agradecer.

Demoro uns segundos para fazer isso, mas no fim acabo pegando o maldito pacote. Ele me acompanha até a porta do banheiro e se encosta em uma das vigas, claramente me esperando. Quando enfim estou dentro de uma das cabines, reviro os olhos e tiro o moletom junto com o short folgado.Logo, abro a sacola e pego o que tem dentro.

A primeira coisa que minhas mãos tocam é uma pedaço de pano minúsculo que se assemelha a uma calcinha. A outra coisa que vem junto é o sutiã de renda que acompanha a outra peça. Ambos completamente negros e pequenos.

Encaro desconfiada o amontoado de tecido transparente que sobrou e arregalo os olhos quando vejo que esse tecido é apenas uma sacolinha que comporta um - grande e rosa -órgão genital masculino artificial. Um vibrador.

Ah, meu Deus.

Matheus Stahelin me deu um pênis!

Engasgo na mesma hora e antes que eu abra a porta para gritar com o ser maluco que é meu parceiro de dança, ouço uma gargalhada masculina do outro lado da porta. Uma gargalhada masculina conhecida no banheiro feminino!

— Olha, Branca - a voz odiável fala tentando controlar o riso - Eu acho que eu posso ter misturado as sacolas.

— Você acha?! — questiono enfática. - Era isso que você queria que eu usasse?

Ele ri e eu vejo seu braço estender outro pacote pra mim por cima da porta.

— Se você quiser usar, eu não questionaria. - responde - Mas eu comprei um pra você também. Adoraria te ver usando.

Reviro os olhos e escancaro a porta. Jogando o foda-se para o como ele conseguiu entrar no banheiro feminino sem ser massacrado por um punhado de mulheres.

— Ah, que maravilhoso! Você comprou um vibrador pra mim e ainda quer me ver usando? - revolto-me segurando o pênis rosa - Cada vez mais me surpreendo com suas fantasias, Stahelin.

Sei que tem alguma coisa errada quando vejo seus olhos totalmente arregalados e a expressão risonha que desaparece aos poucos. Os glóbulos esverdeados que descem por todo o meu corpo, em especial minhas pernas.

— Bom, eu não tenho muitas. Mas com certeza ver você de calcinha se tornou uma dessas fantasias. - seus olhos sobem momentaneamente para meu rosto - Uma das melhores.

Merda. Dou um passo pra trás e tranco a porta, enconstando minha testa na madeira fria. Eu estava de calcinha branca e regata, mas mesmo assim a situação era vergonhosa. Sei que Matheus não está mais rindo porque ouço sua respiração perto da porta do outro lado.

— Branca?

— Cala a boca.

Sei que ele está sorrindo. Matheus era uma das únicas pessoas do mundo que sorria com as minhas grosserias.

— Ei, está tudo bem, ok? - ele murmurou do outro lado - Você é linda. Só, por favor, pegue a sua sacola. Daqui a pouco o shopping fecha e ainda estamos aqui.

— Eu não quero outro pênis de borracha, Stahelin! - bufo - De que cor é agora? Azul?

Ele ri.

— Eu não estava falando do vibrador, Bennet. E sim da lingerie. Comprei uma pra você também.

Reviro os olhos, mesmo ele não podendo me ver.

— Você não precisava comprar isso pra mim.

— Mas eu quis - a sacola continua a balançar no ar, segurada pelos seus dedos - Já que eu estou dando a roupa, por que não o que vai por baixo também? Vamos lá! Minha mão está cansando.

Puxo o pacote pra mim com um grunhido. Abrindo o plástico e encontrando uma lingerie ainda mais bonita que a outra. O sutiã azulado cheio de detalhes juntamente com uma calcinha da mesma cor exatamente do meu tamanho. Do lado das peças, um vestido estava milimetricamente dobrado.

O tecido brilhoso, mas ao mesmo tempo discreto, de um tom azul-marinho. Nele, os detalhes dos bordados se destacavam nas alças finas e no busto que depois se abria para a saia rodada um pouco mais curta do que as que eu geralmente usava. As costas, praticamente nuas, eram trançadas por linhas de tecido azul transparente.

Acho que seria o vestido mais trabalhado que eu teria no guarda-roupa.

— O azul-marinho me lembra seus olhos. Eu sempre os comparei ao mar no fim da tarde ou a uma tempestade. Dependendo do seu humor - ele ri sozinho - Eu espero ter acertado no tamanho e que ele combine com seu tênis.

Passo os dedos pelos detalhes nas alças e ergo as sobrancelhas.

— Aonde vamos? De verdade?

Ouço seu suspiro.

— Anna, eu irei responder tudo que você quiser saber. Mas daqui a pouco os seguranças vão nos expulsar.

Pondero sobre colocar a lingerie e vejo se a porta está bem trancada antes de tirar o resto da minha roupa. Um dia eu teria que fazer uma lista das coisas que eu estava fazendo esse mês que, se eu fosse a Anna de antes, nunca faria. E, por incrível que pareça, sinto-me melhor agora.

Matheus pode ter sido o maior empecilho da minha vida, mas ao mesmo tempo ele me ajudou com uma coisa: Estava cansada da Anna boazinha, a Anna rotulada, contida e comportada. Claro que tudo isso começou com uma explosão de agressões entre estantes de uma biblioteca, mas eu me cansei das amarras.

Quando você passa muito tempo entre classificações sociais, você se acostuma com o rótulo. Faz dele suas características. Todos esquecemos que somos mais que uma etiqueta, que temos mais facetas do que a "nerd" e o "bad boy". Quando nós reconhecemos isso e nos libertamos dos limites que nos prendem em um arquétipo da sociedade, somos nós mesmos. Eu queria voltar a ser mais eu mesma.

Depois de um tempo abro a porta. Como não estávamos em um provador, eu não havia me olhado no espelho e não sabia como eu estava. O sorriso que já se indiciava nos lábios de Matheus se estende quando ele me analisa, dos pés à cabeça, como se tivesse inspecionando uma obra de arte.

— Posso levantar a saia pra saber se a calcinha ficou boa também? - sussurra e eu reviro os olhos.

— Vou nem responder isso - murmuro - Idiota.

Ele ri quando segura meus dedos e me puxa pra mais perto. Estendo a sacola com o vibrador e ergo as sobrancelhas.

— É pra você? - pergunto.

Seus olhos se arregalam.

— Claro que não, mulher!

Rio de sua expressão e ajeito um pouco meu cabelo no espelho.

— Vai que essa era mais uma das suas fantasias. Custava nada perguntar.

Matheus se posiciona atrás de mim e sei que ele gosta do que vê só pelo olhar deslumbrado que atinge sua expressão.

— É pra outra pessoa. Mas se você quiser algum, pode ter um real - sussurra no meu ouvido e meu cotovelo vai pra trás em seu abdômen instantaneamente. Cafajeste.

— Caralho, Anna!

Ele grunhe com a pancada. Mas sei que não foi tão dolorosa, pois controlei a força. Aproximo-me dele e reviro os olhos porque sei que foi apenas uma provocação idiota e que eu não deveria ter reagido.

— Eu não... Não reago bem a aproximações desse tipo.

— Eu estava brincando - ressalta.

Olho para o meu reflexo no espelho. Minhas bochechas coradas com o esforço e o vestido que quase me torna outra pessoa.

— Desculpe-me.

Matheus suspira, pega alguma coisa no bolso e estende pra mim. Pego o tubo negro de batom e franzo a testa, já rindo de novo.

— Sério? Você esconde um batom nos bolsos? Tem certeza mesmo sobre o vibrador?

Ele bufa.

— Deveríamos parar de falar desse pênis de borracha, sério.

Abro a tampa e encaro a cor escarlate. E antes que eu possa pensar em colocar, Matheus pega a coisa da minha mão, coloca as sacolas em um canto da pia, encara meus lábios e enconsta o batom em mim.

— O que você...

— Shhh - sussurra - Quieta.

Ergo as sobrancelhas, mas ele coloca uma das mãos na base do meu pescoço, enquanto a outra desenha delicamente meus lábios em vermelho. Encaro os olhos verdes sérios e focados que não desviam do meu rosto.

— Se eu fosse deixar você passar, iríamos passar mais um ano no banheiro. - murmura - E você está bonita demais pra ficar enclausurada em um cubículo do shopping.

Quando ele termina, fecha o tubinho com a tampa e me analisa.

— Onde você aprendeu a passar batom?

— Em um cabaré perto da minha casa. - fala distraidamente.

— Sério? - murmuro.

— Claro que não, Anna! - ele ri e bagunça meus cabelos um pouco - Quem você acha que eu sou?

— Não sei - respondo - As vezes acho que eu não te conheço de verdade.

Tento me virar pra ver como estou, mas ele me pega pela mão e segura as sacolas na outra.

— Vai conhecer algum dia - afirma e me puxa para a saída - Agora vamos!

Somos praticamente os últimos a sair do shopping. Quando finalmente Matheus acelera pela estrada quase vazia percebo que ainda não sei pra onde diabos ele está me levando.

— Conheço essa sua expressão - ele fala ao meu lado - É quase um "estou caindo na artimanha do Matt"

— Eu espero realmente que não seja uma artimanha.

— E não é - conclui - Olha, Branca, vamos fazer o seguinte, ok? Lembra que eu disse que estamos fazendo uma parte do acordo? Eu comprei umas coisinhas que vão ajudar o pessoal na clínica e agora iremos colocar em prática mais uma das teorias da dança.

Faço uma careta.

— Não me diga que você vai levar aquele pênis de borracha pra clínica. O doutor Lucas vai te matar!

— Docinho, eu adoro você dizendo "pênis", mas podemos parar de falar desse maldito vibrador?!

— Não me chame de docinho!

— Ok - responde - docinho.

Bufo e enconsto a cabeça no vidro frio.

— Afinal, qual é o local em que se pratica uma teoria da dança?

Ele estaciona no exato momento em que falo e fito a fachada luminosa que aparece a nossa frente. Uma fila de pessoas esperando na porta da entrada.

— Anna Clara Bennet, eu te trouxe em uma boate. - sorri pra mim e estende a mão - E o melhor dessa parte da teoria da dança é que não importa teoria em lugares assim: o que vale é dançar.


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Notas finais do capítulo

Espero demais que tenham gostado!
Até mais,


PS: Para os leitores de Amor em Trânsito (meu conto de 5 capítulos), o capítulo bônus vai sair sim! Só vai demorar um pouco hahaha mas decidi fazer isso como um presente pra vocês.
PS2: É uma coisa linda ver os leitores antigos voltando! Que saudade de vocês! Dessa vez um agradecimento especial pra minha xará Li. Obrigada por continuar comigo aqui ♥



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