The Psychopath escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 14
Capítulo 14 - Não tão louco


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, desculpas mais uma vez pela demora ~e tanta~ para postar o capítulo. Uma parte foi sim, devido as provas finais, o natal e tudo mais, mas uma parte foi por pura preguiça... Mas finalmente consegui vencer a preguiça e aqui está o novo capítulo para vocês.

Espero que gostem!



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POV Violet

– Vi, por favor.. – Tate implorou. – Precisamos sair daqui.

Eu fiquei olhando para ele por um tempo. Eu não sabia mais o que fazer, se eu ainda podia acreditar nele ou se ele era mesmo um psicopata como meu pai havia dito “Frio, cruel, manipulador, sem sentimentos”. Mas eu ainda lembrava o “lado doce” dele. O jeito que ele sorria, o jeito que ele me abraçava, o jeito que ele queria me proteger de tudo.

– Vamos. – Murmurei.

Ele me puxou pela mão, me levando até a porta dos fundos.

– Precisamos de um carro. – Ele disse, andando pelo estacionamento do hotel.

Ele andou até um carro preto, quebrou o vidro da janela com uma barra de ferro e destravou.

– Entra. – Ele disse, depois de sentar no lado do motorista.

– Para onde vamos? – Perguntei.

– Vamos sair da cidade.

– Tate, eles estão atrás da gente, é impossível sair da cidade.

– Temos que tentar, não podemos ir para outro lugar.

{...}

POV Ben

– Onde eles estão?! – Perguntei.

Eu já estava irritado. Estava a mais de uma semana sem noticias de Violet, e quando finalmente descobriram o paradeiro dos dois, eles os deixaram escapar.

– Uma atendente do hotel ligou para a polícia, dizendo que havia os encontrado. Mas eles não chegaram a tempo, eles sumiram de novo. – Michael respondeu.

– E como você deixou?!

– Ben, você precisa se acalmar. Eu irei mandar os policiais bloquearem a saída da cidade, para que eles não fujam. Tudo vai ficar bem.

– Eu espero. – Suspirei.

{...}

POV Tate

Eu peguei um atalho em direção á saída da cidade. Eram oito da noite e Violet dormia no lado do passageiro.

Mais á frente, vi as luzes das viaturas.

– Droga. – Murmurei.

Violet acordou e olhou para mim, assustada.

Eu dei ré, voltando para a cidade. Os policiais começaram a nos seguir e com sorte consegui despistá-los. Continuei dirigindo e vi á alguns metros várias viaturas, bloqueando o caminho.

– Se entregue, Tate! – Um policial na frente de um dos carros gritou.

– Tate.. – Violet murmurou.

– Não! Eu não quero fazer isso, não quero voltar.

– Não tem mais nada que nós possamos fazer agora.

– Você quer voltar para a casa dos seus pais? Viver uma vida que você odeia?!

– Não, mas.. – Ela suspirou. – Eu não quero que nada de ruim aconteça a você, se nos entregarmos agora, talvez eles não prendam você e nem te internem num hospício.

Ela abriu a porta do carro.

– Violet, não. – Protestei.

Ela foi em direção a um policial e ficou conversando com ele. Saí do carro, indo em direção á eles quando dois policiais vieram na minha direção e me arrastaram até uma viatura, me obrigando a entrar.

– Soltem-no! – Violet gritou. – Você prometeu que não iriam fazer nada contra ele!

Violet tentou ir até o carro em que eu estava, mas o mesmo policial a segurou.

– Vamos. – Disse um dos policiais que me levou até o carro.

Ele fechou a porta e eu continuei vendo Violet pela janela do carro. Ela tentava se soltar, mas ele ainda a segurava, impedindo-a de vir até a mim.

Eu não fiquei surpreso, já esperava por isso. Mas o que me preocupava era Violet, ela não iria conseguir suportar mais nem um dia naquela casa e eu sabia que não seria fácil me livrar da polícia.

{...}

POV Violet

– Você prometeu que não iria o deixar ser preso! – Gritei, já dentro do carro.

– Mas ele não vai. – O policial disse. – Creio que ele irá para um hospício, de acordo com o diagnostico do seu pai e do seu antigo psiquiatra, que por acaso “desapareceu” três meses depois de iniciar a terapia de Tate. Ele tem uma longa ficha criminal, cheia de assassinatos em geral, mas ele é uma pessoa doente. A prisão não é o lugar dele, não irá adiantar de nada prendê-lo, somente fará com que ele sinta mais ódio ainda e mate mais pessoas.

– Uma longa ficha criminal? – Perguntei.

Eu só sabia de dois crimes que Tate havia cometido. O assassinato da atendente de hotel e a agressão contra um dos seus colegas de escola.

– Você vai voltar para Califórnia, será uma longa viagem. Quando chegar, Michael irá explicar tudo.

– Michael?

– Sim, ele é um policial. Ele comandou a busca por vocês.

– E oque irá acontecer com Tate?

– Bem, essa é uma pergunta difícil. E, além disso, não posso dar informações sobre ele á você.

– Eu tenho direito de saber. – Protestei.

– Eu não sei o que irá acontecer com Tate Langdon, acredite. E mesmo se eu soubesse, não poderia contar á você. Arriscaria meu emprego.

{...}

Desembarquei do avião e segui em um táxi até a minha casa, acompanhada por policiais. A viagem demorou umas dez horas.

Á alguns metros, vi a minha casa. Uma mansão de três andares cor de salmão, no estilo vitoriano.

Meu pai estava na frente da casa, conversando com um policial. Desci do táxi e assim que ele me viu, sua expressão mudou de preocupação para alívio.

– Violet. – Ele disse indo em direção á mim.

Olhou para o policial e pediu que nos deixassem a sós por um momento.

– Violet eu fiquei tão preocupado..

– Bela atuação.

– Como você pode ser tão fria?!

– Você deixou Tate ser preso. Você sabe o que pode estar acontecendo com ele agora?

– Ele mereceu, ele é um monstro, Violet.

– Ele não é nada disso. Ele é doente, ele não tem consciência do que faz.

– Isso não pode redimi-lo.

– Eu não queria voltar! Será que você não percebe isso? Eu estava lá porque eu quis.

– Violet, por favor. Você não podia viver com um psicopata.

Cruzei os braços. Não adiantava tentar explicar nada para ele, ele nunca entenderia. Ele só conseguia ver Tate como um monstro, sem ter noção de que ele poderia ser mais cruel do que Tate.

– Chega disso. – Suspirei. – Cadê a mamãe?

– Ela está dormindo. Pensei que seria melhor assim, já que seria uma emoção muito forte ela te ver de novo, principalmente no estado em que ela está agora.

– Você é louco? Não pode deixar a minha mãe dopada todo o dia.

– É melhor para ela.

– Você está a matando.

Dei as costas para ele entrei na casa. Subi para o andar de cima e fui até o quarto de minha mãe.

O estado em que ela estava era deprimente, ela estava com olheiras escuras e muito pálida. Parecia ter envelhecido uns dez anos.

Eu a chamei, mas ela não acordou, o remédio deveria ser muito forte. Meu pai entrou no quarto.

– Onde está Tate? – Perguntei.

– Eu não sei.

– Como não sabe? Você que mandou prendê-lo.

– Eles não me disseram, e se eu soubesse, eu não lhe diria. Você iria atrás dele.

– Você é um idiota.

– Mas você não vai. Você vai para um colégio interno, lá não vai poder cometer suas loucuras.

– Oque?! Você é louco?! Eu não irei de jeito nenhum.

– Eu estou apenas lhe protegendo. Espero que entenda algum dia.

– Vai se foder.

Eu saí do quarto e corri para o meu, assim que cheguei, me joguei na cama.

Ele não poderia fazer isso, ele definitivamente queria acabar com a minha vida. Já bastava ele ter colocado Tate na cadeia, ou num hospício, seja lá onde ele esteja. Eu não sabia o que fazer. Não tinha mais ninguém, nem Tate ou a minha mãe.

{...}

Tate POV

– Que lugar é esse? – Perguntei, ao descer do carro.

– O lugar onde você deveria estar. – Um dos policiais disse, com ironia.

Estávamos em frente á um prédio, parecia ser muito velho. Tinha uns três andares, sua pintura estava desbotada e o gramado estava num tom de amarelo, ressecado.

– Vem, garoto. – Um policial me puxou até a entrada.

Tinha um homem em frente á porta de entrada. Aparentava ter uns 50 anos, era alto e tinha cabelos grisalhos.

– Oh, estávamos esperando por você. – Disse ele.

– Tome cuidado. – Disse o policial. – Ele não aparenta ser tão cruel quanto realmente é.

– Ele não me parece cruel, senhor Richard. Parece-me apenas um jovem doente, confuso.

– Talvez.. Mas talvez não, por isso lhe disse para tomar cuidado.

– Eu lhe garanto que ficarei bem. – Ele riu.

Richard foi em direção á viatura, indo embora.

– Vamos entrar. – Disse ele.

Subimos dois lances de escadas, indo até um corredor cheio de portas. Ele abriu uma das portas.

– Você vai ficar aqui.

Tinha uma cama de solteiro, com os lençóis num tom de azul-claro e uma pequena janela com grade.

– Eu removi os cobertores da cama, já que alguns pacientes tentaram se enforcar com ele.

– Você não irá me colocar em uma camisa força ou algo do tipo?

– Não me parece que você precise disso.

Sentei-me na cama.

– Além disso, você não me parece tão “louco” como os policiais descreveram. – Disse ele. – Mas quanto a todos aqueles crimes que cometeu...

– Eu não sou louco.

– Então por que cometeu todos aqueles crimes?

– Eu não consigo controlar, eu nasci assim. É como se fosse um instinto, um instinto que lhe diz para matar todos ao seu redor, sem parar.

– Mas você pode parar se você quiser. Por que não para?

– Eu quero, mas não é tão fácil como parece. Aquela sensação que eu sinto quando eu os vejo gritarem, implorarem por suas vidas.. O sangue. É como se eu fosse um animal, como se eu não pudesse me controlar.

– E você não se sente arrependido de tudo isso, cansado?

– Não. Isso é o que eu mais acho estranho, eu não consigo sentir nada. Eu não senti nada quando eu matei todas aquelas pessoas e nem senti nada quando fui pego.

– E quanto a garota, a menina que você sequestrou. Por que você a sequestrou? Pretendia mata-la?

– Não.. Eu apenas queria protege-la, tirá-la daquela vida que ela tinha, por isso a levei comigo.

– E por que fez isso?

– Porque eu a amava. – Admiti.

– Então você não é tão frio assim. – Ele sorriu. – Mas quando você “a levou consigo” você sabia que ela corria perigo, que vocês seriam pegos. E por que continuou fugindo?

– Eu não queria desistir, eu só a queria fazê-la feliz, até o último momento.

Um homem entrou no quarto.

– Senhor Adam, um paciente novo acaba de chegar.

– Certo, já irei até lá. – Disse ele, indo em direção à porta. – Espero que fique bem, Tate.

Ele saiu e trancou a porta.


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem se gostaram/se não gostaram.. Só para eu poder ver o que acharam



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