A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Hola muchachos! Qué te passa?
Mais um capítulo está pronto (*0*)/ E isso graças a chegada das férias. Exato, sexta acaba a tortura (bom, para alguns...).
Espero que gostem desse capítulo!
Bora ler~



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Hoje acordei uma hora mais cedo para chegar a tempo na casa da Naomi. Vesti uma calça jeans, uma blusa branca regata sem estampa e coloquei um casaco jeans por cima. Vesti minhas meias e coloquei meus tênis All Star Chuck Taylors. Liguei para Naomi para avisar que já estava a caminho. Peguei minha mochila, minha bicicleta e lá fui eu.

Ao chegar em sua casa, apertei a campainha e a voz grossa falou novamente:

–Residência Shon. Quem gostaria?

–É a Ayumi, amiga da Naomi.

Então a voz se calou e o enorme portão abriu. Na porta, o mordomo estava me esperando.

–Bom dia, senhorita Yang – disse o homem.

–Bom dia para o senhor também.

–A senhorita Shon está em seu aposento. É só subir as escadas. Sabe onde fica?

–Ah; sim, sim. Claro. Obrigada.

Subi as escadas e cheguei ao seu quarto. Bati na porta e esperei alguém abrir. A maçaneta virou e a porta abriu.

–Ayumi, entre. Desculpe-me pela demora. Tive que descer na lavanderia e perguntar para a empregada se estava pronta.

–Oh, muito obrigada. Não precisava de tudo isso. Era só me dar uma qualquer amassada mesmo.

Entregou-me a saia e então minha ficha caiu na hora. Havia me esquecido que a Naomi é menor do que eu. Não é tanto assim, mas menor ela é. Como eu não pensei nisso antes??? Mas que droga! Não podia recusar agora que ela fez tudo isso por mim e de eu ter enchido seu saco. Foi onde a Naomi me levou até o banheiro.

–Prontinho. Aqui é o banheiro. Se quiser usar o creme ou condicionador fique à vontade.

Espera! Tomar banho? Fiquei sem jeito e disse que não precisava que eu já tinha tomado um em casa. Mas até que seria legal tomar banho naquela banheira enorme dentro daquele banheiro gigantesco *u* [Ayumi... olha a luxúria, cria... "Eu sei... ;--;"].

Ela me levou novamente para o quarto e disse que eu poderia me trocar ali. Ela saiu e fechou a porta. Abri minha mochila e retirei de lá minha blusa, gravata, meia e sapatos. Vesti tudo e coloquei, por fim, a saia. Eu parecia uma prostituta com aquela saia. Como havia ficado curta! Seu final havia ficado na metade da minha coxa, mostrando meu lindo ferimento no joelho. O curativo estava todo cheio de sangue. Decidi tirar para não causar uma imagem tão chamativa assim. Tinha uma casca bem grande em meu joelho. Eu mal conseguia dobrar os joelhos. Fiquei um bom tempo olhando para mim mesma através do espelho. Quando a Naomi me chama:

– Ay, está tudo bem com você? Se demorar mais um pouco vamos nos atrasar...

– Ah, claro. Só estou com uns probleminhas aqui.

Então a porta abriu e eu levei um susto.

–Estou entrando, se tiver algo para esconder esconda logo – disse com as mãos nos olhos.

–Esse é o problema. Não dá.

–O que? –tirou suas mãos dos olhos e olhou para minha saia. – Oh... ficou curta demais... Desculpe-me. Esse era o tamanho maior que eu tinha.

– Não precisa se preocupar.

–Senhoritas, você têm que ir. Se não perderão o horário. – disse Kotah, seu mordomo.

–Vamos, Ayumi? – ela suspirou e ficou com uma cara de culpada.

Não sei por que ela estava se culpando, não era culpa dela... Mas eu só tinha duas opções: Ir com a micro-saia ou ir com a calça jeans e não poder entrar no colégio. Mas acho que tanto de um lado quanto de outro eu estaria encrencada mesmo... Mas arrisquei com a saia do uniforme. Talvez eles percebessem que ela encolheu ou sei lá o que... Talvez eles com um bom coração percebam que com o uniforme curto não deixei de seguir as leis do colégio.

Eu às vezes ficava incomodada e puxava a saia para baixo. Ao chegar ao colégio acho que a saia esticou de tanto eu puxar. Estava quase na altura do joelho. Entramos na portaria e todo mundo estava já nas salas. Subimos aquelas escadas que nem loucas. Chegamos à porta e o professor já tinha começado a explicar. Todo mundo olhou para nós, acho que não tinha mico maior do que aquele. Não, espera... Tem sim: eu com a minissaia. "-.-

–Apressem e tomem seus lugares o mais rápido possível! –gritou o sensei Takamura.

O sensei Takamura era um ótimo professor, mas também muito exigente. Um senhor de idade com cabelos grisalhos mas em boa forma. Baixo e com olhos negros como a escuridão. Tinha uma mente mais sábia do que os antigos mestres de Kung Fu.

Tinha meninos olhando para mim, fiquei sem jeito e corada. Tentei puxar a saia o máximo possível antes de sentar.

Ao chegar no recreio, fomos à sala de música encontrar o Tatsuo. Não sei por que mas comecei a ter uma arritmia forte. Batemos na porta e então ela abriu. Vi seus lindos olhos e seu belo sorriso sorrir para mim. Seu cabelo bem ajeitado e arrumado. Tenho certeza que fiquei corada naquela hora.

–Ayumi! Naomi! Que bom revê-las. O que fazem aqui? Hoje vocês não têm aula, tem?

–Não. Temos não. –respondeu a Naomi. – Viemos aqui porque precisamos da sua ajuda.

–M-minha ajuda?

–Sim. –respondi. – Não é muito do seu interesse e não tem nada a ver com isso, mas a Naomi me obrigou a vir.

– Podemos entrar Tat? - pergunta delicadamente a Naomi.

ESPERA AÍ! QUEM É ELA PARA CHAMAR O TATSUO DE “TAT”??? O QUÃO ÍNTIMO ELES SÃO? '-' Mas deixando o ciúme de lado, nós entramos na sala e sentamos nas cadeiras.

–Então, menina... Qual o problema? –perguntou gentilmente.

–Hmm... é minha mãe. Ela teve uma espécie de “ataque” e ficou toda estranha.

–Verdade. A sr. Yang passou mal e ficou deitada por um dia inteirinho na cama –completou Naomi.

–Minha nossa! Sentiu tontura, ânsia ou algo assim?

Com essas palavras o Tatsuo até parecia ser um médico haha >.

–Isso que eu gostaria de saber. Estávamos comendo quando eu inventei de pegar meu bloguinho de anotações. Então ela leu alguma coisa e do nada ficou paralisada. Pálida. Disse que já havia terminado a refeição e que iria deitar um pouco. Mas ela nem comeu um onigiri todo!

–Hmm... Estranho... Talvez algo escrito no caderninho poderia tê-la deixado assustada ou surpresa.

–E tinha... –Naomi começou a dar uma risadinha.

Cutuquei seu braço com meu cotovelo, fazendo-a dar um gritinho e massagear o braço.

–Poderia ver o caderno? –perguntou estendendo sua mão e dando um pequeno sorriso.

Mas claro... QUE NÃO! Se ele visse o que eu havia escrito, eu estava morta. Eu estaria me declarando para ele, mas de uma forma indireta. Suspirei e então entreguei o caderno. Talvez ele nem perceba o nome dele ali... Se ele perguntar, eu tenho um plano: Como eu era nova, não sabia direito o nome das pessoas e por isso eu anotei o nome. E se perguntar dos corações, falo que já tinha antes. Perfeito!

Ele folheou o caderninho todo minunciosamente. Ele chegou à página que tinha seu nome. Ele não disse nada. Ficou ali corado e sem falar por um tempinho.

–Tatsuo? Você está legal? –Naomi perguntou.

–Ah, claro; sim, sim. Eu hã... Estava... – hesitou – lendo o que você escreveu.

Então senti meu mundo cair. Sim, ele leu e percebeu seu nome.

– Olha, esse nome foi só para decorar, pois sou muito ruim com nomes. E os corações eu já havia feito. Achei o caderno sem decoração, então desenhei algumas coisinhas nele, isso não é nada de... –fui interrompida por ele.

– Não é isso. Estava lendo sobre a menina.

Minha arritmia diminuiu. Mas eu ainda percebia que eu e ele estávamos corados. Que mico eu passei...

–Então, Tat... Achou alguma coisa? –perguntou a Naomi.

–Sim. Ela se surpreendeu com o nome que tinha no caderno. Se não foi com o meu, foi com Emi. – ele é tão fofo corado... Queria tirar uma foto para durar mais. Mas eu também corei, pois ele tinha falado em bom tom de voz sobre o seu nome.

–Hmm... Ela se surpreendeu com a Emi? –perguntou confusa a Naomi.

–Sim. Para que ela possa ter ficado tão surpresa, essa garota era alguém importante para sua mãe, Ayumi. Ela era alguma filha, irmã, prima ou algo parecido?

–N-não que eu saiba... Essa tal de Emi é a menina que morreu aqui no colégio.

–Então é isso! –disse confiante, mas calmo.

– Isso o quê? – pergunta a Naomi ainda confusa com o caso.

– Ayumi, sua mãe tem proximidade com a Emi. E provavelmente ela soube que Emi morreu. E por isso quando pegou seu caderno para ler, leu o nome “Emi”; fazendo seus pensamentos voltarem ao passado.

– Então Emi é alguém próximo da minha família? –perguntei querendo confirmar minha linha de raciocínio.

–Exatamente.

– Agora só falta nós saber quem realmente Emi foi para sua mãe, Ayumi – opta Naomi.

O sinal do colégio toca, soando em todos os cantos dos corredores.

–Meninas, tenho que me apresar. É maratona em Educação Física e não posso me atrasar. Espero ter ajudado.

–Ajudou e muito! Muito obrigada, Tatsuo. –Agradeci.

– De nada. Foi simples e fácil. Agora tenho que ir.

Ele acabou arrumando suas coisas e me dando um pequeno beijinho na bochecha. Senti meu sangue ferver e mais uma vez a arritmia me atacar. Só rezava para não cair dura no chão. '-'

–Boa sorte na maratona! Se esforce! –Disse a Naomi abraçando-o.

Então o problema não foi o nome do Tatsuo no caderno, e sim o nome da Emi. Depois da aula, convidei a Naomi para ir em casa comigo falar com minha mãe. Eu sabia que sozinha não conseguiria falar. Ela acabou aceitando o convite. Mas primeiro tínhamos que ter um plano (sim, sou mestre em planos u.u): falamos que temos que fazer as lições de casa. Depois, propositalmente, colocamos o caderninho aberto com o nome da Emi aparecendo – e claro do Tatsuo, mas isso não vem ao acaso. Esperamos ela pegá-lo e veremos a sua reação. Se começar a chorar ou alguma coisa assim... Sabemos que ela era alguma coisa da falecida. Contei esse meu plano para a Naomi e ela apenas me respondeu:

– Por que, gentilmente, apenas falamos com sua mãe sobre isso?

– Não... Simples demais.

– Então... '-' Algo simples.

Como a Naomi não é de brigar por alguma coisa, ela acabou aceitando mesmo assim meu plano. Ao chegar em casa, abri a porta e vi a mamãe limpando o chão com um esfregão.

Aquela era a hora de começar a desvendar esse mistério.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? *Precisando de continuação "-.-* Eu sei, eu sei. Por isso estou continuando, mas agora estou criando e postando mais contínuo essa fic. Ainda tem muita coisa pela frente =D
É isso, galerinha. Espero que tenham gostado.
Chu~



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