A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi, galerinha! Tudo beleza?
Mais um capítulo está feito (*u*)/ -"eeeeee a Larissa não demorou mil anos para postar um novo capítulo!!! iuupii" ok, deixe a brisa passar u.u
Bom, espero que gostem ^^



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No dia seguinte, ao acordar, desci as escadas escorando-me na parede para não cair. Não sei se era sono ou se era real, mas juro que tinha escutado barulho de panela na cozinha. Meu coração pulou, onde senti meu sangue gelar e sair das coxas e ir para o peito. Corri até a porta e encontrei mamãe cozinhando o arroz e fritando alguns peixes. O cheiro, ótimo; a cor, bem douradinhos. Até parecia serem de programas culinários.

– Mãe! – exclamei – Que bom que você levantou! Eu já estava ficando preocupada...

Minha mãe estava mais muda e pálida do que um cadáver. Olhei fixamente para seus olhos e eles estavam de cor, mas lá no fundo eu percebia um pequeno brilho. Aquela imagem, aquele perfil da mamãe... Acho que nunca mais irei esquecer (ou dormir, talvez).

–Ah, perdão. Bom dia. Hã, mãe, como se sente? Está melhor, certo? Está até cozinhando! - tentei brincar.

Quase que grito “VÁCUO” para ver se ela me dava atenção. A cozinha estava um silêncio que arrepiava até a espinha, a não ser o barulho da água do arroz borbulhando e a água do peixe cair no azeite da panela fazendo pequenas explosões para fora da panela. Como ela não se queimou, faço a mínima ideia.

Minha mãe não olhava para a panela, apenas para frente, para a janela. Da janela, dava para o pátio da frente do vizinho do nosso lado esquerdo. Olhei para seus olhos e tentei seguir o "trajeto" invisível. E para onde mamãe estava olhando? Exatamente, para o pátio do vizinho. Espera... tinha alguém lá... Fitei na pessoa até minha visão se ajustar e tentar perceber quem era. Era o sr. Jonson. Christopher Jonson. Ele era da Inglaterra e passou a ser meu vizinho a uns dois ou três meses. Sim, atravessou o mundo. O sr. Jonson era um homem alto, magro - mas forte -, com cabelos loiro-escuro e seus olhos eram uma cor mel. Um homem muito bonito para falar a real. Lembro da primeira vez em que ele se mudou e nós levamos uma mini cesta básica para ele.

Foi naquele momento em que eu saquei tudo: mamãe estava afim do sr. Jonson. Eu estava louca para brincar com ela; como os irmãos fazem uns com os outros ou ficam repetindo: "Você está a fim do fulano... Você está afim do fulano... Você está afim do fulano...". Nesse caso, sim; Fulano é lindo. Brincadeirinha. Eu dirigir-me até a mesa e sentei-me em uma das quatro almofadas que havia. Então, por milagre, minha mãe se mexeu. Eu levei um susto, pois já estava acostumada com seu perfil "congelado". Ela foi para o lado esquerdo indo até o armário suspenso de aço inox e pegou uma tigelinha de porcelana. Pegou uma colher na gaveta e começou a encher a tigela com um pouco de arroz.

– Oi mãe - arrisquei cortando aquele silêncio viciado.

Ela levou um susto deixando a tigela cair e se espatifando em mil pedacinhos.

– Ai que susto, Ayumi! - disse tirando os cacos maiores do chão.

– Hã... mãe, não me viu aqui antes? Eu até fiquei na sua frente. Eu falei com você.

–Oh, sério querida? Perdoe-me se não dei atenção. É que estou com a cabeça um pouco cheia. Poderia ajudar-me a limpar isso?

Levantei e fui pegar uma pá e uma vassoura. Entrei na dispensa e vasculhei armário por armário e prateleira por prateleira. Alvejante, sabão de roupa, desinfetante, cloco, sacos de lixo, amaciantes, água sanitária, detergente, sabão em barra, esponjas, tira-manchas... Tinha de tudo! Menos o que eu queria. Aquela dispensa até parecia alguma cópia do armário de Nárnia. Como o sr. Jonson estava ainda em seu quintal, aproveitei para ir perguntar se ele tinha alguma vassoura ou pá para emprestar. Sai pela porta dos fundos rapidamente chegando em seu quintal.

–Oi! Bom dia, hã... A... - ele hesitou.

–Ayumi. - completei -Bom dia para o senhor também!

–Isso! Ayumi. Como vai, garota?

–Bem... tudo bem. Hã, sr. Jonson, posso pegar emprestado a sua pá e sua vassoura? É que eu não achei em casa e vim pedir para o senhor.

–Mas claro! Só espere eu ir pegá-la, O.k?

Fiquei esperando. Enquanto isso, no seu canteiro do lado direito bem próximo à cerca de madeira pintada de branco, tinham rosas vermelhas. Lindas. Nunca vi flores tão bem cuidadas como as dele. Provavelmente estava tirando os espinhos delas. Depois de um tempo o senhor Jonson volta com uma pá em uma mão e a vassoura na outra.

– Aqui está. Não precisa ter pressa para devolver.

Como aquele homem era uma perfeição... Seu sorriso perfeito. Seus dentes brancos e retinhos. Fiquei pensando se todos os ingleses eram daquele jeito. Agradeci e voltei para casa. Enquanto eu caminhava, ele continuou ali, me olhando com um sorriso meigo e inocente até ele voltar a podar as rosas. Cheguei em casa e não achei minha mãe na cozinha. Sumiu novamente... Terei que caçá-la de novo? Espero que não.

– Mãe! - gritei - Aqui está a pá e a vassoura.

– Ayumi! - Ela surgiu, brotou que nem uma batata, na porta da cozinha - Onde estava o material?

– A nossa pá e nossa vassoura não faço a mínima ideia de onde esteja. Esse material aqui é do sr. Jonson. Pedi emprestado e ele aceitou.

Vi a pele da mamãe corar, tão fofa...

– Oh, agradeça-o por mim.

– Ah, eu não. Agradeça você... Já fiz demais pedir para ele. Tem mais mico pegar emprestado do que devolver. Vai ser bom você falar com alguém além de mim - optei.

Ela ficou um pimentão e arregalou os olhos. Se alguém discordar que ela não estava afim do sr. Jonson, se interne, pois o Óbvio agradece. Ela limpou os cacos e foi entregar o material. Ela às vezes hesitava, mas continuava. Depois de um tempo, eu, xereta como sou, espiei da janela sua ação. Mamãe ria e se divertia com o sr. Jonson.

O que será que eles falavam? Até a hora de mamãe entrar em sua casa. Opa! Sinal Vermelho!


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Notas finais do capítulo

Galerinha, esse capítulo sem dúvida precisa de continuação, né? Então estarei postando o mais rápido possível o Capítulo 6. Espero que tenham gostado!
Chu~



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