A Pianista escrita por LariChan


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Oolá povo bonito, beleza? Consegui fazer mais um capítulo que acabou de sair do forno hoje (acordei às 09:00 para fazer sabagaça. Estou tão orgulhosa de mim mesma ;w;), por isso que saiu mais cedo xD
Enfim... Novamente, quero agradecer àquelas pessoas que estão acompanhando a fic até aqui. Saibam que eu fico muito feliz em poder concluir a história e saber que alguém leu ^~^
Agora chega de blá blá blá e bora lê?~



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Fiquei surpresa por ele ter chegado finalmente à uma conclusão sozinho. Seus belos olhos verdes me encaravam, eu tentei desviar o olhar, mas parecia uma missão impossível.

– Sério?! E quem foi? – perguntei ansiosa pela resposta.

– Bem... Digo que não sei exatamente quem matou. Mas tenho uma ideia de onde chegar à conclusão.

Continuei olhando fixamente para ele.

– Oras, então vamos ao local.

– Não podemos ir agora...

Senti uma leve hesitação na sua voz. O que ele estava guardando para si?

– Então... Que dia?

– Não sei...

– Tatsuo..? O que você está guardando?

Ele olhou para mim um pouco espantado. Como sempre, disse um simples “nada”.

– Eu só preciso... Que você confie em mim e que possa me seguir.

– C-claro. Mas porque você acha que eu não iria confiar em você?

Ele, novamente, hesitou.

– Você não gostará da minha conclusão. Ficará brava comigo. Talvez... Nem falar comigo novamente.

Já estava com medo dele falar “Eu matei Emi Akemi em mil novecentos e bolinhas, ainda pretas e brancas”.

– Juro a você que não ficarei brava. Tatsuo, somos amigos, não? Talvez mais do que isso... – disse eu baixinho.

Ele hesitou.

– Apenas... Confie. Mas posso dizer algo à você: você está envolvida no caso..

Voltei toda minha atenção a ele.

– Ein?

– Digo, sua família... Pode estar envolvida.

Não pude acreditar no que estava escutando. Nesse momento, os fogos de artifício estouraram no céu, colorindo a enorme parede cor azul escura com pontos brancos brilhantes.

– Ei! Não fale coisas absurdas! E não é hora de brincadeiras – eu me levantei. – Boa piada, Tatsuo – eu dei umas risadinhas abanando a mão no ar. – Agora fala sério...

– Não estou brincando. Estou falando sério – pude ver que estava falando a verdade através dos seus olhos, que pareciam uma janela aberta, uma passagem para ver além da sua alma.

– Não acuse minha família assim! E você ao menos conhece minha família.

– Posso explicar como eu... – eu o interrompi nervosa.

– Explicar nada! Tatsuo, isso não é uma brincadeira! Isso é caso sério! Caso de polícia!

Ele se levantou e segurou em meus ombros com força.

– Largue-me! – disse mexendo meus ombros e braços para ele soltar, mas fez com que ele apenas apertasse com mais força.

– ESCUTE-ME, AYUMI! – ele me chacoalhou um pouco. Ele acabou me beijando, talvez para que eu calasse a boca por um momento. Meti um tapa em sua face quando eu separei meus lábios dos seus bruscamente, fazendo colocar a mão na lateral do rosto. – Ayumi...

– O que você pensa que está fazendo...? Eu odeio, simplesmente odeio, as pessoas que falam mal da minha família. Não se meta na minha família falando coisas absurdas! Agora vai dizer que o sr. Jonson foi cúmplice e eles convidaram a sra. Lee para participar. Ela recusou e os dois fizeram da senhora idosa uma peneira?! Ou quebraram o pescoço dela propositalmente?!– disse com gozação.

– Pelo amor de Deus, deixe-me explicar! – ele disse com voz alta.

– EXPLICAR O QUÊ? – Disse com um nó enorme na garganta. Eu queria chorar.

– Como eu cheguei nessa conclusão, caramba!

Eu não estava a fim de falar nada com ele, simplesmente ir em bora. Mas fiquei e escutei.

– Fale – disse seca.

– Obrigado. – ele suspirou. Passou a mão entre os cabelos e fechou os olhos por um momento, depois abriu. – Primeiramente, acabei falando com meu avô sobre aquilo que eu havia falado com você de espíritos falarem com as pessoas através de sonhos ou de visões. Ele acabou concordando. Ele já presenciou várias coisas desses negócios “sobrenaturais”. Lembra-se do menino ruivo que nós acabamos procurando no colégio inteiro que você havia falado que ela havia relatado coisas que iam acontecer? – eu assenti revirando os olhos – Enfim... Aquele garoto é um dos Escolhidos. Aquele que tem o dom de avisar às pessoas do que irá acontecer. Pesquisei a fundo sobre Emi, e cheguei à conclusão que ela era uma das Escolhidas. Mas como ela acabou morrendo cedo, sua alma está à procura de alguém que possa libertá-la.

– Do que você está dizendo?

– Dos sonhos que nós tivemos – ele continuou -, isso quer dizer que Emi, através dos nossos sonhos, ela pode demonstrar o que ela presenciou para que nós, que ainda estamos vivos, possamos liberar sua alma. Ayumi, você pode achar que eu estou louco, mas poderei provar a você.

Não sabia realmente se acreditava nele... Metade minha acreditava, outra não. Uma parte queria correr para os braços dele e chorar e outra queria dar um chute em seu estômago. Acho que sou bipolar '-'

– Ayumi, não precisa acreditar em mim, já disse...

– Eu... – hesitei – acredito – falei depois de um tempo – em você.

Vi um sorriso confortador em seus lábios.

– Mas o que você pretende fazer agora, Sherlock Nagashima? – disse eu com um nó na garganta.

– Vamos ao local em que tenho em mente. Ayumi, confia em mim? – ele fixou aqueles lindos olhos verdes nos meus. Tenho inveja daqueles olhos, claros, reluzentes. Enquanto os meus são dois pares de botões castanhos escuros.

Eu suspirei. O que fazer?! Fiquei repetindo isso para mim mesma várias vezes.

– O “espírito da Emi” falou para você? – dei um ar de zombação.

– Quase isso... – ele corou – Esses dias eu tive um sonho estranho, novamente.

Ele também! Eu queria compartilhar o pesadelo que eu havia tido, mas acho um pouco perturbador para falar nesse exato momento.

– E quando você pretende fazer isso? – perguntei.

– Depois de amanhã.

Tão direto.

– Por que depois de amanhã? – perguntei.

– Ainda não tenho certeza. Lembro-me do sonho da mesma garota que tocava o piano me mostrar vários números. Passei minha manhã inteira tentando desvendar o que poderia ser aqueles números.

– Acha melhor o Hayato vir junto? – perguntei.

– Não mesmo – respondeu rapidamente.

Nesse momento, o Hayato acordou, levantou-se colocando a mão direita na testa.

– Ai meu estômago... O que aconteceu? Perdi o show de fogos de artifício?

– Você comeu, vomitou (que ainda por cima foi na piscina dos peixes...), dormiu e sim, perdeu o show – respondeu Tatsuo.

– Ai, droga... Aposto que eu perdi vocês se beijando à 00:00, né?

Nem pensei, meti com força a minha bolsinha na cara do menino, fazendo ir para trás. Bem que o final de ano poderia ser desse jeito, ao invés de uma briga...

– Você parece bem, para quem vomitou... – disse Tatsuo.

Hayato se levantou colocando a mão no nariz e ajeitou os óculos.

– Que nada... Ainda me sinto um pouco enjoado. Eu vou para casa. Desculpe-me pessoal.

– Estamos indo em bora também. Já está bem tarde (ou cedo). E cara, é melhor você não voltar para casa sozinho. – disse Tatsuo ajudando o amigo a se levantar, colocando o seu braço em volta do seu pescoço e segurando-o pela cintura.

– Há alguma coisa que posso fazer para ajudar? – perguntei.

– Não... Só chame um táxi. Deixar-te-ei em casa primeiro e levarei esse ser vomitado para casa.

Acabei chamando o táxi e eu fui a primeira a ser entregue. Disse boa noite ao Tatsuo e para o Hayato, que já estava babando novamente encostado com a cabeça no ombro do amigo. Abri a porta e vi mamãe e o sr. Jonson dormindo no sofá da sala. Retirei os chinelos, fechei e tranquei a porta. Peguei duas cobertas, cobri o sr. Jonson, e depois mamãe. Olhei para seu rosto. Tão calmo... Acho que ela estava sonhando que estava em um campo de flores num pique nique com ursinhos fofos de pelúcias. Ela realmente parecia um anjo. Retirei seus óculos e coloquei na mesinha de centro.

O que fazer? Contar no dia seguinte à mamãe e ao meu padrasto que eu e meu amigo, menores de idade, vamos futricar um local de assassinato? Tentei esquecer disso tomando um banho quente e indo para a cama, esperando o dia de amanhã chegar.


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Notas finais do capítulo

*w* Ai como eu amo o Hayato rsrsrs' É nóis, querer ver o casal se pegando, mas pena que só saiu treta ;x;
Pois é galerinha... é isso. Espero que tenham gostado. Vão tirando suas conclusões do que os números que a menina no sonho do Tatsuo queria dizer :v (ok, talvez não).
Chu~



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