A Pianista escrita por LariChan
Notas iniciais do capítulo
Fala galerinha! Beleza?
FINALMENTE A FIC TÁ NO FIM (aaaleluia, aaaaleluia...) /o/ Eu ainda não sei ao certo quantos capítulos terá (acho que mais uns 5, ainda não sei). Mas mesmo assim, agradeço quem está acompanhando ^^
Chega de blá blá blá e bora lê~
Estava ansiosa para ir ao festival de Fim de Ano com o Tatsuo. Não tinha certeza se o Hayato e a Naomi iam também. Ao chegar em casa, mamãe e o sr. Jonson estavam jogando um jogo de dança no vídeo game.
– Cheguei... – disse eu.
– Seja bem vinda de volta, querida! – disse mamãe sem tirar os olhos do jogo.
Encarei os dois. Realmente eles pareciam umas lacrais dançantes. Bom, falo pela mamãe, porque até que o sr. Jonson dançava bem.
– Quer jogar, Ayumi? – disse o sr. Jonson parando de dançar e se jogando no sofá exausto, afrouxando a gravata que estava usando. – Nossa, Cristo, que calor... – disse se abanando com as mãos.
– Hã... Não, obrigada. Estarei na cozinha colocando alguma coisa no estômago.
– Tem espaguete na geladeira, querida! – disse mamãe ainda vidrada no jogo.
– Ah, valeu.
Fui até lá e abri a geladeira. Mexi em todas as prateleiras tirando potes com conservas e alimentos dentro até achar o espaguete. O sr. Jonson aproveitou para pegar um copo d’água também, puxando assunto comigo.
– E então, como está o colégio? – ele virou o conteúdo da jarra no copo de vidro.
– Um saco, mas bem.
– Fez algo de legal no clube em que você participa? – ele tomou um gole d’água.
– Mais ou menos... O meu professor, digo, o professor dos meus amigos acabou ganhando troféus e prêmios da Rússia e dos Estados Unidos da América. E ele acabou ganhando um piano.
– Sério?! Mas que bacana! – ele voltou a colocar a jarra d’água na geladeira e o copo na pia. Nesse momento, mamãe é invocada na porta da cozinha.
– Como é o assunto aí? – disse ela aparecendo apenas com a cabeça molhada de suor.
– Toquei piano hoje com meus amigos. – disse eu.
Vi sua expressão no rosto. Choque? Ela acabou correndo em minha direção e segurou minhas mãos com suas duas mãos.
– Mas que legal, Ayumi! E o que você tocou?
– Não sei. Toquei uma música lá que você sempre tocava para mim quando pequena. O professor acabou falando o nome da música, mas eu não lembro. É de um coreano.
– River Flows in You! – disse mamãe. Na verdade, acho que ela gritou.
– Ah, do Yiruma, não é? – o sr. Jonson arregaçou as mangas da blusa social até a altura dos cotovelos. Todo mundo nesse planeta conhece essa música?! Só eu que não?! – Que pena, gostaria de ter escutado você tocando...
– Estou tão feliz que você esteja se dedicando em alguma coisa! – disse mamãe me abraçando.
– Mas e o colégio? – perguntou o sr. Jonson. Mamãe olhou para ele e levantou uma das sobrancelhas, como se ficasse óbvio que eu não me dedicasse ao colégio.
– Enfim... Mãe, no dia do Festival de Ano Novo eu não estarei em casa okay? O Tatsuo me convidou para ir junto com ele e eu aceitei. Vai ter fogos de artifício!
– Ah, o seu namorado?
Corei.
– Ele não é meu namorado! Somos só amigos, okay? – disse eu cruzando os braços na altura do peito.
– Um amigo que beija? Na boca? – o sr. Jonson colocou lenha na fogueira.
– Sim. Somos amigos... Amigos íntimos. Pode não? – disse eu tentando me safar do assunto. Mamãe e sr. Jonson riram.
– Sem problemas. E você tem algo para vestir ou vai de seifuku? – disse mamãe analisando minhas roupas.
– Blusa, calça jeans e tênis. Se estiver frio, um casaco por cima.
Mamãe olhou estranha para mim, como se eu fosse um E.T. ou coisa parecida. Ela puxou-me pelos pulsos escada acima até seu quarto. Ela colocou-me sentada na cama e entrou no seu armário. O armário... Urgh, senti um calafrio na barriga subir até o coro da minha cabeça.
– Mãe, o que você está procurando? – perguntei olhando para dentro do armário tentando achá-la.
– Isto! – disse mamãe depois de um tempo saindo de dentro do closet com um tecido vermelho nas mãos.
Mamãe abriu o tecido e eu pude analisar melhor o que era. Era um kimono tradicional japonês. Ele era lindo! Havia detalhes de templos japoneses e flores Sakura em uma parte estampada com a coloração da bela flor. Mamãe me forçou a usar, eu não fiz chilique porque eu realmente estava encantada com o kimono. Mamãe depois em seguida colocou uma faixa larga sob os peitos, fazendo um laço elegante nas costas. Ela prendeu meu cabelo colocando uma espécie de tique-taque de flor sakura na lateral. Por um momento, achei que aquela flor fosse de verdade.
– Terminei! – disse mamãe orgulhosa.
– Uou, mãe... É lindo!
– Que bom que gostou, pois é seu. - Olhei para ela admirada arregalando os olhos e abrindo a boca. – Bom... Era meu. Usei-o quando eu tive meu primeiro namorado e ele me convidou para ir em um festival de Ano Novo.
Nesse momento o sr. Jonson aparece na porta. Acho que ele ouviu mamãe dizer “primeiro namorado”. O sr. Jonson olhou para mim e assobiou.
– Caracas... - sibilou - Você está linda, Ayumi! – disse sr. Jonson - Olha, se eu fosse o seu amigo íntimo – ele deu entonação fazendo aspas com os dedos das mãos -, pegava faz tempo! Pena que agora sou casado.
Mamãe riu, mas deu um soco no braço dele. Corei e agradeci. Eu acabei retirando o kimono, dobrando e depois guardando no meu guarda roupa. Também desfiz o penteado e coloquei a presilha no meu porta-treco. Desci até a cozinha para comer o meu espaguete que mamãe havia guardado, porque eu ainda não havia jantado. Estava morta de fome. Arrumei-me para dormir e ao deitar na cama não esperava o amanhã chegar. Dizer adeus às aulas. Rapidamente, mergulhei em um sono profundo, levando-me a sonhos.
Estou em uma sala. Uma sala mobiliada. Saí à procura de alguém. Chamei por alguém. Ninguém me respondeu. Andei mais alguns passos e entrei em uma sala mal iluminada. Novamente, voltei a chamar por alguém. Que lugar é esse?, pensei. Escutei o barulho de algo. Não madeira, mas sim corda. Como se alguém estivesse brincando de cabo-de-guerra, levando a corda aos seus limites. Segui o som e dei de cara com uma porta. Hesitei em abri-la. Toquei na maçaneta e ela abriu. Não conseguia ver seu interior devido à falta de iluminação. Um cheiro muito forte veio ao meu olfato. Um cheiro de metal, corda e madeira. Entrei no cômodo escuro e senti meus tênis pisarem em algo viscoso. Olhei para minhas botas e passei o dedo para ver o que era. Sangue! Continuei andando, depois de uma hesitação. A porta bateu em minhas costas, lançando um barulho de chave entrando e sendo virada na fechadura. Andei de costas, assustada com quem poderia ter entrado na sala.
Senti algo tocar na minha nuca. Algo gelado e molhado. Andei para frente. Sem olhar para trás, toquei minha nuca. Sangue? Olhei automaticamente para trás, vi um par de pés. Não só pés, mas sim pernas, joelhos, coxas e uma pessoa inteira. Uma criança estava enforcada naquele local. Não contive o grito. Pude reparar que essa criança não tinha dedos das mãos. Cai de joelhos, chorando. Senti uma mão pegar no meu ombro direito.
– AHHH!! – senti meu corpo se levantando como um grande espasmo. Passei a mão no rosto e novamente, eu estava sonhando. – Que inferno de sonho foi esse?!
Isso já estava grave demais. O que estava acontecendo comigo?!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ayumi... sinto-lhe informar que você é DO-EN-TE MININA :v Ok não... E aí, o que acharam? Curiosos? Kyaah, o próximo capítulo eu espero ser fofo UwU Tatsuo... Ayumi... Vendo fogos de artifício... Juntos... Aí vai a autora no meio da história e empurra os dois ("Now, kiss!")
E só para explicar o que é "Seifuku", é o tradicional uniforme japonês (com meias longas, saias, daquele estilo "marinheiro" etc...)
Enfim... espero que tenham gostado!!
Até a próxima!
Chu~