Finding Love escrita por Alice Prince


Capítulo 4
Capítulo 4 A conheço de algum lugar...


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei, mas foi apenas por indecisão de saber se fazia ou não esse capítulo, acabou que me apaixonei por ele.
Boa leitura.



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Alice estava totalmente eufórica, a copa havia começado, e os mascotes do time Búlgaro estavam para entrar, o que será que estava por vir, ela , assim como senhor Weasley curvou-se para frente, tentando ter uma visão melhor.

Veelas!— exclamou senhor Weasley, Alice não sabia oque eram, mas estava decepcionada, mulheres, então aqueles eram os mascotes? Além de ser um pouco machista era desnecessário, mas tinha que admitir elas eram as mais belas moças que ela já vira, e aquilo de certo modo a fez com se sentisse estranha, envergonhada. Ajeitou-se inquieta na cadeira, olhou para o lado, podendo assim analisar todo o camarote, os garotos tinham o olhos vidrados como se estivessem hipnotizados, até mesmo o pai de Rony, “a senhora Weasley não vai gostar nada disso”.

Bufou, percebeu que nenhuma das garotas estava realmente interessada naquilo, voltou a olhar pra frente, mas não prestava atenção nas veelas, olhou para baixo, para seus pés, balançou-os como uma criança pequena, não ligava para esse comportamento, era bem mais interessante uma “dança” de pés do que de veelas. Resolveu então cutucar a perna de Matthew que olhava para o campo com um olhar vidrado e despreocupado.

Cutucou-o de leve, e nada, novamente um pouco mais forte, mas o garoto parecia não sentir, parecia não pensar em nada, então ela se irritou, deu-lhe um chute forte que fez com que o garoto acordasse de seu “transe”.

— Ai, por que você fez isso?— indagou Matthew agarrando a perna e olhando de relance para Alice, a garota murmurou um “para você acordar, seu inútil”, mas ele não lhe dera muita atenção, voltou a atenção a dança que ficava cada vez mais rápida, o todos os garotos pareciam quererem se jogar do camarote.

***

O jogo havia se iniciado, todos iam à loucura com os lances rápidos das belíssimas vassouras de ambos os times. Alice mal conseguia acompanhar o jogo direito, os jogadores voam em tal velocidade pelos ares que pareciam apenas vultos, verdes e vermelhos, a cada gol Alice e os demais levantavam os braços, comemoravam e sorriam de tal forma que seus sorrisos pareciam ter aderido aos seus rostos.

E quando Victor Krum foi atingido por um balaço e o juiz parecia não ter visto Matthew não agira de uma forma boa, levantou-se e se aproximou da borda raivoso, como se o juiz fosse capaz de vê-lo ali, esbravejando e o xingando, Natalie que até então mantinha-se controlada apenas apreciando a partida ao lado de Gina, levantou-se e acalmou o garoto que estava vermelho.

— Ei, é melhor ter mais calma, olhe em volta, estamos em um camarote com o Ministro, controle-se da próxima vez— aconselhou Alice quando ele voltara a sentar-se ao seu lado.

— Só que não haverá próxima vez, Krum vai pega-los, você vera— explicou o garoto com certo brilho em seus olhos que se mantinham vidrados no jogo, ele falava sem ao menos olha-la, ela o mirou por uns instantes, "confiante, espero que ele saiba perder".

E então o que Alice previa desde antes que a partida começasse aconteceu, a Bulgária podia ter Krum, mas a Irlanda havia ganhado a Copa Mundial, e o que já estava bom havia de ficar ainda melhor, os jogadores do time derrotado estavam subindo as escadas do camarote em que se encontravam, suados e ofegantes, Alice viu todos eles passando, e se acomodando por entre as fileiras de cadeiras para poderem apertar a mão de Cornélio Fudge. E atrás ensanguentado vinha o grande Victor Krum, Matthew sorria como uma criança em uma loja de doces e, com Alice não era diferente, mais uma vez, a menina procurou o braço do garoto, assim que o enorme apanhador chegou mais perto, Alice intensificou mais o aperto sobre o braço do garoto.

— Pretendo chegar em casa com os dois braços— anunciou Matthew para que só Alice ouvisse, a garota lançou lhe lançou um olhar descontraído, mas não soltou seu braço, queria provoca-lo. O garoto a encarou moveu o braço, bufou, mas não voltou a se pronunciar.

***

Todos já estavam cansados e suas energias já não lhe serviam para nada a não ser para deitar e dormir, pelo menos com alguns, Harry e Alice, em barracas diferentes observavam o teto de lona amarelada da barraca, as luzes ainda eram fortes lá fora, e as comemorações estavam longe de acabar.

Os olhos de Alice estavam começando a se fechar quando a cantoria e a festa das pessoas do acampamento se transformam em gritos, e passos apressados, pessoas correndo. A garota levantou-se tão rapidamente que se esqueceu de que estava na parte superior do beliche, caiu com um baque surdo.

— Ai—queixou-se levantando, Hermione e Gina já estavam levantadas, Hermione tinha os cabelos bagunçados e Gina terminava de colocar um casaco por cima da camisola rosa fraco que vestia.

— Alice vamos— Hermione a apressou, a garota deu-se de conta que estava com um de seus pijamas, fofos, ela vestia uma camiseta larga, cinza fraco com um desenho de uma girafa, um short um pouco curto com estampa de oncinha e botas também cinzas peluciadas, agradeceu por não ser uma camisola.

Saíram às pressas da barraca e encontraram um completo caos lá fora, pessoas correndo e gritando por todos os lados, barracas desmoronando, sendo devoradas pelo fogo, e bruxos estranhos. Gargalhando e caminhado solenemente, com suas capas negras como a noite e seus capuzes sobre suas cabeças cobrindo-lhes os rostos, Alice procurou por Harry que se encontrava junto de Rony e os demais Wesleys.

Senhor Weasley ordenou que fossem para a floresta enquanto ele e seus filhos mais velhos iriam ajudar, Fred pegou Gina pela mão a puxando para dentro da floresta com os outros logo atrás.

E então Alice não viu de onde, nem como não havia visto, mas algo havia a atingido na cabeça, ela caiu com a força do impacto, começou a sentir-se tonta, e os sons a sua volta foram ficando cada vez mais baixos, pode ouvir passos se afastando, era Harry, junto com os outros, eles voltariam para ajuda-la, ela sabia. Tentou levantar, mas algo a impediu, mãos pousaram-se sobre seu tórax, sua visão estava embasada, mas aguçou a audição o máximo que pode.

— O que você fez, seu idiota? — uma voz que ela pode distinguir como sendo de uma mulher perguntou com raiva.

— É só a porcaria de uma garota— respondeu a voz, soltando uma risada, Alice sabia que era um homem, e pelo visto parecia achar graça da situação.

— Não foi para isso que viemos, temos um objetivo, lembra-se, ou seu cérebro é tão pequeno que é incapaz de armazenar mais do que seu próprio nome— a mulher disse, Alice percebeu que a mulher era quem tinha as mãos sobre ela.

— Sua ... É só uma menina, vamos embora, não se pode nem rir mais— indignou-se o homem de voz fria e rude, Alice sentiu o toque cessar, e ouviu as duas pessoas caminhando para longe, abriu os olhos forçando-se a enxergar, pode ver suas capas negras arrastando pelas folhas secas, eram dois dos bruxos encapuzados que vira.

A tontura voltou com mais força assim que investiu em uma fracassada tentativa de se levantar, deitou-se no chão novamente, a pancada que havia recebido fora mais forte do que imaginava, sabia que Harry e os outros já deviam estar longe, se não teriam feito alguma coisa, teriam notado os bruxos encapuzados.

***

— Alice. Alice— uma voz a chamava e mostrava preocupação, não estava mais no chão, mas sim em movimento, nos braços de alguém, mas de quem— ela esta acordando, olha— anunciou a voz para outro alguém, abriu os olhos, e assustou-se, estava sendo carregada por ninguém menos que Matthew.

— O que esta fazendo? — indagou com a fala fraca, olhou a sua volta e ao lado do garoto que a carregava com certa dificuldade estava Natalie, com os olhos arregalados a garota esboçou um sorriso ao ver o olhar da amiga.

— Por Merlin, quer fazer o favor de segurar-se em mim agora que acordou do seu sono de beleza, Prince— ordenou o moreno, irritado e fazendo um grande esforço para não olhar para mais nada além do caminho a sua frente, tentava não tropeçar, por que se o fizesse levaria Alice com ele.

— Me obrigue— desafiou Alice, tinha um dos braços nas costas do rapaz, mas não o agarrava, com a mão livre tocou a testa de onde uma vinha dor latejante.

— Ótimo, então espero que você escorregue, estou tentado te ajudar, coopere— ele parecia inquieto, Alice obedeceu, agarrou-se ao pescoço de Matthew, agora com vergonha da roupa que vestia, se ao menos estivesse com um enorme casaco lhe cobrindo as pernas. “Maldito bruxo, não tinha ninguém melhor para golpear”.

A menina notou que agora tudo estava calmo, não havia mais pessoas correndo para todos os lados, estava tudo silencioso, e podiam apenas ouvir pessoas conversando dentro de suas barracas, as que não foram consumidas pelo fogo, queria dizer que podia andar, que não havia necessidade em ser carregada, mas era mentira, sentia-se fraca, não sabia que um golpe na cabeça era capaz de provocar aquilo, um galo bem feio sim, mas ficar tonta a ponto de não andar...

Estavam chegando á barraca dos Weasleys, e o clima não parecia estar bom por lá, podia-se ouvir gritos, alguma coisa sobre um elfo que não era maluco, e o que surpreendeu Alice foi que a voz era de Hermione, quando irromperam na velha barraca Harry que estava em uma discussão com senhor Weasley veio ao encontro dos três.

— Alice, onde você se meteu, estávamos preocupados, oque é isso na sua cabeça, esta machucada... — Harry disse tudo rápido demais, o pai de Rony estava o impedindo de sair para procurar a irmã, disse que ele próprio iria fazê-lo, mas o garoto estava recusando-se a ficar esperando.

— Algum bruxo daqueles encapuzados quis se divertir e me acertou— disse ela enquanto com a ajuda de Carlinhos, que era aparentemente mais forte que Matthew, ela foi colocada em uma das camas.

— Um Comensal— confirmou senhor Weasley.

— Na verdade havia dois, um homem e uma mulher, ela parecia preocupada por ele ter feito o que fez, e, eu podia jurar que conhecia a voz dela de algum lugar... — a garota vez um enorme esforço para lembrar-se, vasculhou toda sua mente, mas não conseguia lembrar-se de onde aquela voz lhe era conhecida.

Continuaram conversando por mais um tempo, pelo que lhe fora contado, a Marca Negra havia sido conjurada e ela sabia a quem a marca pertencia, sabia que não era vista a treze anos, e temia que a cicatriz de Harry ter ardido e agora a marca retornar significassem algo.

— É parece que vou ficar aqui, a barraca em que eu e Nat estávamos foi queimada— comentou Matthew, o garoto agora parecia recuperado, e nada inquieto.

— Você pensa que eu não vi— disse Alice num tom baixo, o garoto a olhou sem entender— você olhando para minhas pernas— segredou ela com divertimento.

— Eu estava ocupado demais tentado te carregar, você pesa mais do que parenta sabia— brincou, mas estava nervoso, então ela havia reparado em seus olhares, mas o que podia fazer, ele era um garoto e garotos fazem isso.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram eu espero de todo coração que sim, esta sendo legal escrever uma Alice crescida :3
Bjss e até prometo não demorar tanto desta vez.