Finding Love escrita por Alice Prince


Capítulo 14
Capítulo 14 Confiança


Notas iniciais do capítulo

Opa, calmem, deixem-me tirar as teias de aranha aqui.
Pronto!
Bom, vocês sabem, fim de ano, passeios, viagens, família, enfim.
Demorei, sim, mas trouxe um capítulo que compensa, bem gradinho :3
Espero, novamente, que não tenham me esquecido, por favor, eu sei que já disse mil e uma vezes, porem vou dizer de novo, isso vai mudar, eu tinha passado tanto tempo sem escrever em Finding Love que tinha perdido a linha de raciocínio, mas opa, peguei a safada de volta, e agora não largo mais.
Boa leitura!



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Harry estava sentado solitariamente em um canto na mesa da Grifinória, sem a mínima vontade de comer, o prato completamente intocado, de canto podia observar Rony conversando calmamente com Simas, ele não parecia nem um pouco interessado em olhar para Harry, ou sequer tentar saber se o amigo passara bem, Harry sentia-se imensamente enraivecido por isso, queria o amigo de volta, mas não seria ele a correr atrás, se Rony queria manter aquilo daquela maneira, assim seria.

— Hey, Harry— pode ouvir a tímida voz de Natalie chamar, virou-se e viu a Corvina parada atrás dele com Matthew ao seu lado, os dois exibiam sorrisos em suas faces— Podemos sentar?

Ele sorriu de volta e indicou com a cabeça para que os dois sentassem, eles assim o fizeram, um de cada lado de Harry, embora sorrissem .

— Então, você viu a Alice, não a vi o dia todo, esta tudo bem? — perguntou Matthew, parecendo um pouco preocupado, o que Harry sabia que era uma tentativa falha de tentar esconder que estava muito preocupado. O modo como Alice e Matthew se relacionavam alegrava Harry, os sorriso que o Corvino arrancava dela deixavam o moreno feliz.

Ver a irmã daquele jeito acalorava seu coração, mesmo na situação em que se encontrava. Natalie estava calada, como sempre fora de costume, ela mantinha um sorriso convidativo no rosto, como se quisesse passar a ideia de que estava ao lado de Harry.

— Ela só pode estar na ala hospitalar com Hermione— informou Harry lembrando-se do que acontecera mais cedo com a amiga, a raiva que sentia ainda ardia em si, sabia que teria feito coisa pior, falado coisa pior caso Alice não tivesse explodido e despejado seus sentimentos em seu pai na frente de todos, o garoto ficara um pouco chocado com tais revelações da garota, pois sempre pensou que ela e o pai tinham uma ótima relação, mesmo depois do que aconteceu no terceiro ano, quando descobriu que Alice era sua meia irmã— Mas ela esta bem, o problema foi com a Mione— disse Harry rapidamente assim que viu a expressão no rosto de Matthew.

Então Harry contou aos dois sobre o que ocorrera, as expressões dos Corvinos deixavam aparente que se preocupavam realmente com Alice, ele achou que a qualquer momento Matthew sairia da mesa e correria pelo castelo a procura da garota, mas ele o alertou que talvez fosse melhor esperar até a manhã do próximo dia.

— Harry, tenho certeza de que tudo ficará bem, sei que deve estar nervoso com a chegada da primeira tarefa do Torneio, mas você é bom, vai se sair bem— Natalie o surpreendeu com suas palavras que soaram normais, sem nenhum vestígio de timidez.

— Obrigado, Nat. É bom saber que tenho pessoas por perto que acreditam em minha palavra— disse Harry lançando um olhar ao moreno a seu lado.

— Não somos simples pessoas, cara, nossos amigos—disse o Corvino dando um leve tapa nas costas de Harry que o olhou e sorriu sem jeito. De fato eram amigos, e isso o confortava.

...

Harry havia acabado de adentrar a sala comunal da Grifinória, completamente distraído, nem se dera ao trabalho de observar o local para verificar se havia alguém. Quando começou a subir lentamente as escadas sentiu uma mão se fechando em seu pulso. Virou-se rapidamente, assustado, logo um suspiro de alivio foi liberado de sua garganta, era a irmã quem o estava segurando. O olhar no rosto da menina deixava claro que estava impaciente e cansada.

—Não quero que diga como foram as coisas com meu pai, uma palavra sobre ele e eu grito— começou a garota fazendo com que Harry se sentasse ao seu lado no antigo sofá em frente a lareira— Quero apenas conversar com meu você, como irmãos normais fazem ao fim de um dia puxado cheio de aulas chatas.

Harry a olhou tentando manter a expressão normal, mas era quase impossível, Alice encontrava-se em seu pior estado, cabelos desarrumados em um rabo de cavalo totalmente desgrenhado, roupas amarrotadas, coisas que enlouqueceriam garotas de sua idade, mas que pouco importavam para a morena.

—Você esta um verdadeiro lixo— disse ele em voz baixa, a garota o olhou fundo nos olhos antes de lhe jogar uma almofada direto no rosto, Harry a pegou e jogou-a de volta—Não tenho culpa se não consigo conter minha boca.

—Você é um amor de pessoa, sabia disso? —falou Alice com a voz carregada de sarcasmo, logo depois cruzou as pernas e encarou o irmão— É por isso que eu te amo, Harry, sempre tão sincero.

Os dois conversaram descontraidamente por algum tempo, sentados no sofá de frente para a lareira que se apagava gradativamente, como se o fogo fosse se retirando para seu descanso noturno, quando sentiram o sono chegando, os dois irmãos despediram-se e subiram para seus dormitórios.

[...]

Alice estava saindo de mais uma entediante aula de história da magia acompanhada por Harry e Hermione, alguns dias haviam se passado desde que o incidente com Hermione havia ocorrido, a garota nem sequer tocara no assunto direito, e nenhum dos amigos o fez em respeito a ela.

Harry lhe contara sobre a conversa que teve com Matthew e Nataile naquela mesma noite, a garota achou impressionante o fato de os Corvinos se entenderem bem com o irmão longe de sua presença. Na verdade isso a alegrou muito, na maioria das vezes em que tirava parte de seu tempo para ficar com Matthew ela via Natalie puxando Hermione e Harry para um canto para conversarem, a morena sorria cada vez mais com tal coisa.

Natalie não era mais a garota tímida que ela conhecera há um ano, agora via que a garota estava mais sorridente e feliz, passava mais o tempo com as pessoas, e se relacionava bem com seus amigos, Alice sentia certa coisa quando pensava no quanto a vida da amiga era complicada, as duas não tiveram infâncias fáceis, talvez por isso tivessem um entendimento melhor dos sentimentos uma da outra.

— Chegou a conversar com seu pai depois do que aconteceu aquele dia?— quis saber Hermione enquanto os três andavam pelos corredores. Alice fez uma carreta com a pergunta da amiga, ergueu as sobrancelhas e abriu lentamente a boca— O que ela esta fazendo?

— Se ouvir sobre o pai dela de novo ela grita, então isso já responde sua pergunta, não é mesmo?— alertou Harry rapidamente antes que a irmã emitisse algum som que os deixasse sem graça. A garota apenas sorriu para os dois e continuou a caminhar com os amigos.

— Vejam, parece que o traidor de sangue com cabeça de cenoura decidiu sair do quarteto— puderam ouviram uma voz esganiçada zombar atrás deles, nem ao menos precisaram virar para poder saber a quem pertencia. Pansy estava parada com duas de suas amigas Sonserinas, um sorriso malicioso brincando nos lábios finos e esbranquiçados da garota.

— É uma pena que essas suas “amigas” não tem essa sorte toda— rebateu Alice virando-se lentamente para encarar Pansy que com os olhos fuzilou a morena a sua frente, mas, pelo contrario do que seria em outro dia, ela tinha cartas na manga, convencida ela ergueu as sobrancelhas.

— Repare, Prince, eu ao contrario de você não sou uma dissimulada com um irmão fracassado e um pai que não liga para mim, e o pior, minha mãe não esta morta, ao contrario da sua que você nunca conhecerá— com um tom incrivelmente frio a Sonserina disse todas as palavras em alto e bom som, para que todos que passavam por eles pudessem ouvir.

Alice sentiu um arrepio percorrer por toda a extensão de seu corpo, como se fossem pequenos e afiados espinhos, por alguns segundos ela permaneceu calada, apenas manteve seus olhos grudados nos da garota pálida a sua frente.

Harry e Hermione encaravam a amiga, esperando para que ela tomasse sua pose de sempre perante aos comportamentos de Pansy, respondesse a altura e acabasse com o a pequena discussão. Mas isso parecia não estar ocorrendo naquele momento.

— Isso não é muito maduro, Pansy... — começou Alice sentindo um forte aperto em seu peito e um nó formando-se em sua garganta, respirou fundo tentando manter-se inexpressiva— Pense, ao menos a pouca família toda problemática que tenho me ama— com isso a morena se retirou a passos largos e passados, Harry e Hermione apenas apreciaram o desprezo no rosto da Sonserina antes de seguirem com seu caminho também.

Os dois haviam notado que aquilo, de certa forma, havia afetado a amiga, pois nunca haviam a visto daquela forma, tão distante, normalmente, ela nunca dera a menor importância as palavras que saiam da boca de Pansy.

...

Alice andava sem prestar muita atenção para onde seus pés a levariam, em sua cabeça as palavras frias de Pansy ecoavam sombriamente, como sussurros. Nunca de fato as palavras da garota a afetavam, mas ela havia tocado em um ponto difícil de ser ignorado, esquecido.

Podia ouvir de longe pios baixos das corujas, olhou em volta e se deparou com os terrenos de Hogwarts, era impossível não sentir-se livre ao observar aquelas terras. Continuou andando em direção ao corujal, era tarde, o sol começava a se por no céu que adquiria uma bela cor alaranjada, o vento não se fazia presente naquele fim de dia, e Alice agradeceu por tal coisa.

Quando adentrou o local logo avistou algumas corujas que dormiam calmamente em seus poleiros, penas e algumas outras coisas cobriam o chão do Corujal, Alice observou as pequenas aves por um tempo, vez ou outra acariciava alguma que apenas descansava.

Logo ouviu um pio alto, e voando acima dela estava Wisty, sua coruja, que estava maior e mais forte, as penas mais negras do que antes e os olhos brilhando em um amarelo quase dourado, mesmo no ambiente que recebia uma má iluminação.

— Hey, garota— ela saldou assim que a ave pousou sobre seu ombro esquerdo, dando leves bicadas em Alice,

Ficou ali por um tempo, sentada em um dos degraus da escada, com a corja negra sobre o colo, acariciando-a, viajando em pensamentos.

Seu pai, e o quanto sentia falta de ouvi-lo falar, de ouvir suas ordens, a falta de sua companhia. E o torneio tribruxo... O evento cada dia se tornava mais próximo e ela o havia esquecido quase que por completo, sentia-se incrivelmente mal por isso.

— Vem sendo um pouco egoísta comigo, senhorita Evans— fechou os olhos e sorriu ao ouvir a voz de Matthew ecoar por entre as paredes de pedra do local— Eu sinto a sua falta, e olha o que faz, fica aqui sentada no meio do coco das corujas.

— Matt, se você for mais romântico que isso eu juro que casaremos ao fim deste mês— mesmo que estive para baixo ela não deixou de brincar com o Corvino, pois adorava ver os lábios dele se curvarem em um sorriso torto. Wisty voou de volta para seu lugar assim que o garoto sentou-se ao lado de Alice no estreito degrau.

— Harry me contou o que aconteceu, esse foi o ultimo lugar que pensei em procurar— informou ele olhando para a garota, podia notar que em seus olhos havia tristeza, ela estava realmente magoada.

— Sei que não devo me importar com o que ela diz, mas não foi só isso sabe. Esta certo, eu nunca poderei conhecer minha mãe, e você não faz ideia do quanto isso me machuca— desabafou a morena encostando sua cabeça no ombro de Matthew, podia sentir as lagrimas brotarem em seus olhos e escorrem por suas bochechas.

Ele afastou-se um pouco, fazendo com que assim ela perdesse seu apoio, quando se recompôs tratou de baixar a cabeça, não queria que ele a visse chorando, o que fora em vão, delicadamente ele segurou-lhe o queixo e o ergueu, fazendo com que seus olhares se encontrassem.

— Não consigo ser durona toda hora— disse ela sentindo mais lagrimas molhando seu rosto, Matthew tratou de limpa-las com a palma da mão que logo depois usou para acariciar o rosto de Alice, ela o encarou e logo depois olhou novamente para baixo, achando impossível olha-lo por mais algum segundo enquanto suas lagrimas desciam sobre sua face.

— Você precisa parar de fazer isso, sabe— suspirou Matthew deixando com que sua cabeça pendesse para um lado, a garota voltou a olhar para ele, exibiu um pequeno sorriso enquanto limpava as lagrimas que ainda insistiam em cair.

— De fazer o que, Matt? — indagou ela baixinho o fitando.

— Você consegue ser linda de qualquer maneira, brava, sorrindo, chorando— respondeu ele se aproximando dela, Alice sentiu as bochechas corarem, ainda se aborrecia com isso, achou que depois de certo tempo isso iria parar de acontecer, mas parecia que seu corpo não estava a fim de obedece-la.

Sentir os lábios dele selados aos seus a fazia sentir-se bem de uma forma que era impossível de explicar, a levava a um nível muito acima da felicidade.

...

Alice e Matthew caminhavam e direção ao grande salão para o jantar, as mãos entrelaçadas e nos lábios sorrisos cumplices.

Assim que passaram pelas grandes portas de carvalho do salão automaticamente Alice olhou para a mesa dos professores ao fundo, e lá estava seu pai, a expressão mais fechada do que o normal, quieto como sempre, mas em seu olhar Alice viu surgir uma ira quando ele avistou o Corvino ao seu lado e apenas o viu fechar ainda mais a cara quando seu olhar recaiu sobre as mãos dos dois.

Ela não admitiria se perguntassem, mas sentia-se extremamente mal pelo que estava acontecendo entre ela e o pai, sentia a falta dele, mas ela tinha uma coisa chamada orgulho, que ela não iria ferir, e ela sabia que herdara isso de Severo.

Assim que os dois se aproximaram da mesa da Grifinória avistaram Natalie, Harry e Hermione, os três estavam envoltos em uma conversa um tanto quanto, passada para a garota.

— Não fui eu que comecei — dizia Harry de modo teimoso — O problema é dele.

— Você sente falta dele sim! — impaciente Hermione respondia — E eu sei que ele sente falta de você...

Antes de sentar Matthew olhou para Alice, esta revirou os olhos e bufou de maneira bem audível arregalando os olhos, ainda não conseguia entender por que os dois amigos estavam de mal, eles sempre estiveram juntos em todas as situações, ela achava que era uma grande infantilidade da parte de Rony não acreditar nas palavras de Harry.

— E vocês estão nessa droga de conversa de novo— bufou Alice ao se largar ao lado de Natalie— Matthew você é um garoto, por que não da um jeito nesses dois, Rony e Harry são uns cabeças ocas.

— Com licença, mas eu estou aqui— falou Harry olhando para a irmã que sorriu irônica.

Naquela noite, os cinco conversaram sobre o Torneio Tribruxo e a tarefa que se aproximava cada dia mais, a tensão começara a tomar conta de todos, Harry sentia-se nervoso com tudo, e por alguma razão que desconhecia ele havia dito aos amigos Corvinos sobre a carta que Sirius lhe enviara na noite passada, despejara suas magoas e angustia em cima deles sem se importar com o fato de que no ano passado nem ao menos os conhecia. Sentia que podia confiar nos dois.

Harry via ali dois novos amigos, dos quais ele daria de tudo.


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Notas finais do capítulo

E, pois é, eu estou enrolando, enrolando, mas as coisas vão começar a andar em um ritmo mais acelerado de agora em diante.
Deixem que eu comente uma coisa aqui, EU AMO MATTICE, MORRO POR ESSES DOIS!
Loucuras a parte; espero que tenham se agrado com o capítulo, e queria saber uma coisinha, vocês aprovariam um capítulo com Pov de algum personagem? Se sim, de qual?
Beijoss