Finding Love escrita por Alice Prince


Capítulo 12
Capítulo 12 Confiança Perdida


Notas iniciais do capítulo

O que dizer...
Devo começar com pedidos de desculpas, não. Eu só quero que entendam, assim que comprei um novo not, as provas de fim de ano vieram com tudo, então larguei tudo e fui estudar, passei uns dois dias quase sem dormir, direto fazendo questionários e trabalhos finais, devo admitir quase morri quando vi o tempo que estava sem escrever, mas então depois de toda a loucura em fim eu estou aqui, de volta, e o melhor meu esforço valeu apena estou passada de ano gente.
Esse não é um capítulo de tamanho adequado para o tempo que demorei, mas prometo que o próximo será maior, promessa que prometo cumprir euhue.
Bom chega de enrolações, espero que não tenham esquecido de mim, que não me abandonem.
Boa leitura.
PS: Estamos de capa nova!



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Matthew era quem estava entrando pala grande porta de madeira clara da ala hospitalar, ainda com o uniforme da escola ele caminhava em direção á cama de Alice com uma expressão séria e preocupada no rosto, a garota teria deixado um sorriso transparecer no rosto se o choque de descobrir que a voz que ouvia era de seu pai já tivesse deixado seu corpo. Mas assim que a distancia entre o garoto e ela foi se tornando menor a cada passo que ele dava a tensão foi diminuindo, e assim que ele chegou à cama em que Alice se encontrava tratou de envolver o rosto dela em suas mãos, a garota fechou os olhos.

— Fiquei sabendo que passou mal, dei um jeito e vim correndo... — sussurrou Matt.

— Não foi nada, tenho algo mais grave para me preocupar agora, e você é a pessoa que vai me ajudar— falou a morena encarando o garoto seriamente.

— Vou logo avisando, não sou nada barato, mas estou disponível— Alice sorriu fraco, mesmo quando a situação não era muito boa Matthew dava um jeito de fazê-la sorrir, era o jeito que ele encontrava de mostrar que estava lá para ao que precisasse. A garota suspirou e massageou os olhos com as costas das mãos.

— Pago qualquer coisa— com um sorriso na face ela uniu seus lábios, um beijo breve entre os dois foi o bastante para que as coisas amenizassem um pouco na cabeça de Alice— Agora, foco. Madame Pomffrey não vai me deixar sair até descobrir o que aconteceu para minha dor de cabeça, e creio que ela não vai conseguir descobrir tão cedo, posso passar a noite aqui, mas agora tenho prioridades... Preciso que em tire daqui.

Alice escutou com toda sua atenção o plano do moreno, ele planejava deixar com que todos estivessem em suas salas comunais para que assim pudesse busca-la lá porta da ala hospitalar, ele não sabia por que ela precisava dele para fazer tal coisa, era simples, apenas sair andando porta a fora, mas assim que olhou fundo nos olhos dela percebeu que algo não estava certo.

— Conheço esse olhar, tem algo a mais não é? — falou ele sentando na cama ao lado da garota, ela suspirou pesadamente e o fitou, passou uma das mãos na testa dele para afastar alguns pequenos fios negros de cabelo que estavam sobre sua testa.

— Olha só para você, todo preocupado comigo— começou ela com um sorriso nos lábios rosados—, quem viu a gente na Copa Mundial não diria que seriamos... Hum.

— Amigos com benefícios? — completou ele rindo-se pelo nariz, a morena concordou com um aceno de cabeça, os dois ficaram alguns minutos sentados, apenas apreciando um o sorriso do outro, ficariam assim a noite toda se Madame Pomffrey não os tivesse interrompido e mandado Matthew para o salão principal, pois o jantar já estava para começar, Alice mal havia visto o tempo passar, eles se despediram rapidamente e Matthew saiu pela porta da ala hospitalar. Mas é claro que não ficariam muito tempo sem se ver, pois o plano dos dois seria posto em pratica logo.

[...]

Severo passava despreocupadamente as paginas do O Profeta diário, com a atenção nas chamas que crepitavam na lareira que ele sempre tratava de deixar acesa, sabia que enquanto ela estivesse quente aquele lugar, com sua poltrona de sempre, seria seu ponto de escape, onde ele podia ser apenas Severo Snape, um homem que tinha preocupações maiores do que qualquer outro, que tinha escolhas a serem tomadas a todo instante.

Ele observou a poltrona surrada ao lado da sua com uma pequena almofada jogada, forrada com retalhos, ele lembrava bem, um retalho de cada roupa que deixará de servir em Alice, ela tinha tratado de fazer a decoração da pequena almofada ela mesma, não era a coisa mais bela da sala, na verdade podia se dizer que a desmerecia. Mas para Severo aquele era um dos seus tesouros que ele não abandonaria por nada, era uma forma de se lembrar de sua filha, uma forma de manter vivas as lembranças da infância de Alice. Lembranças das quais o homem lutava para não esquecer. Escutou fracas batidas em sua porta, levantou e andou sem pressa em direção ao barulho, nem ao menos se interessava em perguntar quem era, o dia fora tão cansativo...

— Alice, o que esta fazendo, deveria estar na ala hospitalar, descansando—disse ele assim que pode ver quem estava parada em frente a sua porta, de braços cruzados Alice exibia uma expressão difícil de decifrar, a garota olhou para seu pai e, sem ao menos lhe dirigir a palavra adentrou o cômodo, silenciosa sentou-se em sua poltrona.

— Você deveria ter aparecido por lá, deveria ao menos procurar saber o que aconteceu— com a voz tremula, ela soltou tudo de uma vez só, sentindo uma pequena ponta de raiva lhe subindo pela garganta. Seu pai não havia comparecido depois do que havia acontecido com ela, e sabia que se ele ao menos tivesse perguntado sobre ela, Madame Pomffrey a teria lhe falado alguma coisa.

— Alice eu...

— juro que se você falar que teve um dia puxado, ou que estava com a cabeça cheia de coisas eu saio por aquela porta e você não vai falar comigo por muito tempo—Alice esbravejou, sentindo um aperto em sua garganta.

— Então apenas me conte, sabe que você é a coisa mais importante na minha vida— falou Severo sentando em sua própria poltrona, mas não confortavelmente, estava tenso, não gostava da atitude que a filha estava tendo, não gostava de ter que tentar se redimir por algo que sabia que estava errado de sua parte. Não ter ido vê-la foi sim uma idiotice.

— Você me contaria qualquer coisa, não é mesmo, qualquer coisa que fosse importante que eu soubesse, quer dizer, você prometeu; sem mentiras— a voz de Alice soou como uma ironia, seca e firme, ele não havia visto ela assim desde que ela descobrirá a verdade sobre a mãe e o irmão— Ainda se lembra disso?

Severo fechou os olhos e suspirou, havia algo na voz da garota que soava como se ela já tivesse descoberto algo, e estava apenas esperando para que ele tomasse a iniciativa de contar a ela, de cumprir a promessa de não mentir. Ele sabia que isso era uma afirmação, conhecia Alice, mas não estava acostumado com esse lado dela.

Talvez ali, naquela sala, em sua sala, naquele momento, só agora ele estivesse enfim notando que ela não era mais a pequena Alice que estava ansiosa para ingressar em Hogwarts, a melhor escola de magia do mundo, ele se lembrava de sua voz fininha repetindo isso no primeiro dia em que chegou, lembrava-se da luz que iluminava seus olhos, a alegria em sua face. Agora ela não era mais aquela maninha.

Ele via a sua frente uma adolescente, bonita, quase uma mulher, tão madura no modo de falar, tão diferente. Ela ainda era a mesma, mas com tudo que havia acontecido ele sabia que ela havia mudado, não confiava inteiramente nele, e isso o incomodava.

Odiava ter que ocultar coisas de sua filha.

— Sabe que sim, contaria tudo a você, é minha filha. Enquanto ao que aconteceu mais cedo, não deve se preocupar, estava delirando, a dor nos faz ver coisas, Alice, nos faz fazer coisas— ela levantou o encarando e ficou parada e frente a sua poltrona, pegou sua almofada e a abraçou, logo depois voltando a sentar.

— Espero que guarde isso por muito tempo, demorei em fazê-la... —a sombra de um sorriso passou sobre seus lábios, a garota manteve seu olhar sobre ele, talvez um pouco mais calma, mas continuava estranha— Quero que me conte, teve alguma mulher enquanto eu era criança?

Ela pode observar a expressão de seu pai mudar de um Severo cansado e exausto um homem totalmente perturbado com tal pergunta, não entendeu por que isso o havia afetado, era apenas uma simples pergunta.

— Por que pergunta isso? —ele elevou a voz até demais para o gosto de Alice— Isso não interessa a você, Alice. Não quero que volte a falar sobre tal coisa— levantou-se rapidamente e caminhou até a porta, abrindo-a logo em seguida—Agora ou vá para a ala hospitalar ou para sua sala comunal, não gostaria que sua casa perdesse pontos, não é mesmo?

Com raiva ela levantou de sua poltrona e deixou com que sua almofada caísse no chão, sem ao menos se importar com isso ela andou a passos largos até a porta e saiu sem olhar para seu pai. O modo como ele havia agido com ela a deixou mais do que mal, mais do que enraivada. Havia a ferido de uma forma diferente.


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Notas finais do capítulo

E isso marca minha volta, que se deus quiser vai ser por muito tempo, tenho medo de ter perdido vocês, pois em minha outra fic, apenas uma pessoa continuou comigo, Line, você é demais, obrigada por estar comigo, espero te ver aqui, e as outras também, amo muito vocês, estou com saudades de responder seus comentários.
Beijoss e até.