Finding Love escrita por Alice Prince


Capítulo 11
Capítulo 11 A luz na escuridão


Notas iniciais do capítulo

Gente mil desculpas, demorei demais eu sei.
Mas estou sem computador, Ele até havia sido arrumado, mas sabem, parece que o técnico quer apenas me ferrar, paguei 60 reais no maldito conserto, que não adiantou de nada. O not continua a se desligar de dois em dois minutos. Assim eu não posso nem ligar por que tenho medo dele acabar queimando.
Mas estou aqui, em uma porcaria de Lan House para não deixa-los na mão. Por que moa vocês ^^
Espero que não me matem pela demora.
Boa leitura.



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Alice viu o irmão sair andando por entre as mesas, ele parecia perdido. Ela ainda não conseguia acreditar que alguém tivesse tido a audácia de escrevê-lo no Torneio, qual era a ideia, fazer com seu irmão fosse feito de bobo na frente de toda a escola... Ou pior. Vê-lo machucado. Morto.

A garota estremeceu com o pensamento, desde que o garoto era um bebê alguém o queria ver morto, por que tal coisa mudaria agora. Mas não podia ser Voldemort, ele deveria estar longe, e muito fraco para tentar algo. Ela não desgrudou os olhos da porta pela qual Harry passara durante todo o resto do banquete, esperando para vê-lo e poder conversar com ele, mas ele não veio. E eles tiveram que sair sem ele. Contra a vontade Alice foi arrastada por Matthew e Hermione para fora do salão.

— Já disse que vou esperar o Harry aqui, vão, eu fico.— a garota insistia a cada dois passo que dava para fora do lugar. Mas os dois amigos estavam confiantes em leva-la, pois conheciam a Alice e sabiam que ela botaria a boca em qualquer um que perto dela fala-se sobre Harry ter inscrito seu nome no Cálice por que quis.

— Acho que vou indo na frente, vou deixar os dois conversarem um pouco.— disse Hermione assim que chegaram á um corredor, a garota deu um sorriso para a amiga e os deixou, pensando que era a melhor coisa, já que o garoto iria acalma-la.

— Hey.— o garoto falou assim que ficaram a sós, Alice olhava para trás, na esperança de ver Harry, mas nenhum barulho podia ser ouvido.

— É só que, tudo que de ruim que pode acontecer com o Harry acontece sabe. Esse Torneio não é uma boa coisa. Os campeões sabem muito mais coisas que ele, e mesmo sabendo eles ainda sim iram se ferrar...— a garota desabafou tudo de uma só vez, o garoto fez uma careta tentando compreender tudo que fora dito. Pôs suas mãos em torno do rosto dela e guiou seu olhar para ele selando seus lábios logo em seguida.

Alice se pôs nas pontas dos pés e passou seus braços pelo pescoço do garoto, acariciando seu cabelo negro e arranhando sua nuca de leve com as unhas. O beijo dele tinha um sabor de menta que ela não cansava de experimentar, sabia que podia beija-lo por horas e mais horas sem que isso se torna-se monótono. O beijo foi sessado com relutância pelas duas partes, mas seus corpos precisavam do maldito ar.

— Você tem que parar com essa mania de sempre tentar dar um jeito nas coisas com beijos, Matt.— anunciou a morena cruzando os braços e o olhando, com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Se quiser, eu paro.

A garota em resposta o puxou para mais um beijo rápido, o que fez com que ele se calasse pelo resto do caminho que seguiram de mãos dadas, em alguns momentos eles se encaravam, com sorrisos maliciosos brincando nos lábios.

— Bom a deixo por aqui. Espero que se comporte, não vá arrancar a cabeça de ninguém, tudo bem?— o garoto brincou assim que chegaram a grande escadaria. Despediram-se com um beijo e seguiram seus caminhos para lados opostos.

Harry subia sem a mínima pressa as grandes escadas á caminho da sala comunal, pensava em tudo que havia acontecido a algum tempo atrás. Quem poderia tê-lo inscrito no Torneio, por que o teria feito.

Pensou nos amigos e na irmã, se estariam esperando ele sentados em frente á lareira, prontos para apoia-lo, como sempre o faziam.

Quando deu por si já estava parado em frente ao retrato da Mulher Gorda, ela estava acompanhada, conversavam baixo, e quando o viram fizeram perguntas que ele não estava disposto a responder, foi preciso repetir a senha mais de duas vezes até que a Mulher Gorda entendesse que ele não queria falar.

Tomou um enorme susto quando atravessou o buraco do retrato, teve a sensação de estar sendo carregado por muitas pessoas, elas davam tapas em suas costas riam, e assoviavam, felizes, estavam comemorando por ter um campeão de sua casa. Depois que o colocaram no chão começaram a lhe oferecer doces, amendoins e cerveja amanteigada. Eles pareciam não perceber que o garoto não estava a fim de comemorar. Insistiam em perguntar como ele conseguira enganar o Cálice, e Dumbledore. Em uma de suas tentativas de escapar pela escada que dava para o dormitório dos garotos Lino Jordan que de alguma maneira havia conseguido a bandeira da Grifinória, enrolou-a no garoto que nada pode fazer.

— Harry! Harry!— ele escutou a voz delica de Alice gritar por entre todos os presentes na sala.— Sai da minha frente, que droga. Idiota!— sua voz podia ser delicada, já ela não se podia dizer o mesmo. Ela parou á sua frente, os cabelos presos em um coque desajeitado.

— O que aconteceu com você?— ele indagou olhando o estado em que a garota se encontrava, parecia ter lutado em uma batalha.

— Quase morri tentando fazer eles pararem com isso.— explicou ela abrindo os braços para mostrar o local.— Eles todos acreditam que você conseguiu de alguma forma vencer a linha etária de Dumbledore. Embeices.

— Obrigado por tentar!— agradeceu ele pondo a mão no ombro dela que lhe retribuiu com um sorriso.— Onde estão Rony e Hermione?

— Hermione esta vindo ai, Rony esta lá em cima. Aquele idiota.— bufou ela revirando os olhos, no mesmo instante Hermione chegou, ela estava séria, e explicou para o amigo que Rony estava crente de que ele tinha se inscrito no Torneio, mas estava mais bravo pelo amigo não ter lhe contado sobre tal coisa.

No domingo de manhã Alice acordou junto com Hermione que tinha intensão de buscar alguma coisa para Harry comer sem ter que ir para o grande salão. Ela sabia que o garoto não gostaria de ter olhares postos sobre ele, alguns felizes, outro nem tanto.

Naquele dia Alice não se desgrudou do irmão em quase nenhum instante, não estava preocupada com o que Matthew poderia pensar, ou qualquer outra coisa, queria poder distrair Harry o máximo possível, queria que ele ficasse um pouco calmo e esquecesse pelo menos naquela domingo que ele era um dos campões.

— Harry. Sabe o seu sonho?— perguntou ela distraidamente enquanto os dois estavam sentados em volta ao lago, apreciando a bela vista. Ele apenas a olhou e assentiu.— Não andou tendo mais nenhum depois daquele?— sua voz deixava claro que agora estavam entrando em um assunto mais delicado, por que ele pode perceber que a irmã estava começando a ficar tensa, sua fisionomia mudou, o assunto a preocupava.

— Não, Alice. Não voltei a sonhar com aquilo de novo. E agradeço por isso. Mas creio que não deve se preocupar, com certeza não é nada.— ele sabia que não era verdade o que havia acabado de sair de sua boca. Ele também estava preocupado com o que o sonho podia vir a significar. Mas precisava deixa-la calma, não queria ver a irmã preocupada.

— Mas os meus sonhos não pararam, Harry. Continuo sonhando quase todas as noites. Só que são diferentes, e apenas ouço vozes, estou em uma escuridão completa. E continuo apenas ouvindo as vozes de um homem e de uma mulher. Discutindo.— ela disse pondo uma mecha de seu cabelo castanho escuro para trás da orelha. As vozes... Ela sabia que as reconhecia de algum lugar, mas sempre que tentava pensar de onde sua mente levantava um muro, impedindo-a de prosseguir.

Eles conversaram sobre tudo que Alice já havia presenciado nos seus sonhos estranhos, tentaram ao máximo compreender o que podiam significar aquelas brigas, quem seriam aquelas pessoas, e por que Alice as ouvia. Mas era quase impossível conseguir ligar aquelas conversas sem sentindo a alguma coisa.

— Vamos parar de falar sobre isso, minha cabeça vai explodir daqui a pouco.— disse ela levantando do chão em um salto e ficando de frente para o garoto que se mantinha sentado olhando para a irmã que agora cobria o sol.— O que acha de se divertir agora?— perguntou ela sorrindo maliciosa.

— Eu não gosto desse sorriso, Alice...— começou o garoto observando o sorriso dela se intensificar ainda mais com suas palavras. A garota meteu a mão no bolso direito e retirou de lá um pacote de feijõezinhos de todos os sabores, balançando-o a sua frente.— Alice, não.

— Deve morder de primeira, sem primeiro sentir gosto nem nada. É a graça da coisa. Vai amarelar, Potter?— ela o provocou sorrindo, jogou o pacote em seu colo e voltou a sentar, agora de frente para o garoto.

No dia seguinte, onde as aulas começariam novamente e Harry daria de cara com o resto da escola, da qual ele sabia que não o acolheriam como o pessoal da Grifinória, ele e Alice foram juntos para a aula de Herbologia, onde Hermione tratou de sentar entre Harry e Rony para manter as coisas amenizadas, e Alice sentou de frente para os três tentando deixar o clima menos pesado. O que foi um pouco impossível, por que todos os alunos da Lufa-Lufa que estavam na aula junto com eles não olhavam para Harry com uma boa cara, e a professora também já que sua casa era Lufa-Lufa, ela estava um pouco distante de Harry. Alice não estava gostando nem um pouco disso, por que todos insistiam em uma coisa que era obvia, Harry não era bobo de por o nome do maldito Cálice. Por que era tão difícil de acreditar?

A aula a seguir não traria nenhuma alegria, como era de costume, Trato das Criaturas Magicas sempre fora uma aula boa, onde podiam ver Hagrid, mas os Sonserinos sempre os acompanhavam, se as coisas já não eram boas antes, agora com Harry como campeão seriam quase insuportáveis.

Assim que chegaram a cabana de Hagrid puderam avistar Malfoy, com seus amigos logo atrás, o loiro tinha no rosto o seu conhecido sorriso sarcástico, Alice revirou os olhos assim que viu que ele se aproximava para falar alguma coisa, que com toda certeza não seria boa.

— Ah, olha só, se não é o campeão. — disse ele a Crabbe e a Goyle assim que estava perto o bastante para ser ouvido. — Se quiserem autógrafos é melhor pedir um agora porque duvido que a gente vá vê-lo por muito tempo... Metade dos campeões do Torneio Tribruxo morreram... Quanto tempo você acha que vai durar, Potter? Aposto que só os primeiros dez minutos da primeira tarefa.

Alice se irritou, na verdade já estava há muito tempo irritada com o Sonserino. Desde que ela e Matthew haviam começado a ficarem juntos Malfoy sempre que os via tratava de dizer alguma besteira. E certa vez disse perto de Snape, o que não rendeu boa coisa, onde uma feia discussão se estendeu a noite toda, entre pai e filha, e o quanto Snape não confiava em Alice, acreditava no que ouvia sair da boca de Draco. A garota nunca havia brigado de tal forma com o pai até então, e prometeu a si mesma que se vingaria do garoto, talvez aquela fosse a hora. Já que Matthew não estava por perto, ele a impediria de fazer alguma coisa, ele era certas vezes correto demais.

— E você acha que duraria quanto tempo seu imbecil?— começou na garota caminhando em direção ao Sonserino que a encarrou com o mesmo sorriso ainda nos lábios.— Aposto que quando visse qual seria a tarefa se borraria todo, como sempre faz. Você só fala, mas nunca faz nada para mostrar o quanto é superior a todos.

Todos os alunos se aglomeraram em volta, observando cautelosos a briga que se iniciara, Alice andou mais um pouco para ficar totalmente de frente ao garoto.

— Você me da tanto nojo Malfoy. Você é um...— ela não conseguiu terminar a frase, sentiu uma forte dor de cabeça, respirou algumas vezes, tentando afastar a dor.— Um...

— O que foi, Prince. Esta com algum problema. É isso que acontece com quem tenta confrontar um Malfoy. É bom que aprenda a se portar diante de seus superiores. Sua...

Mas no mesmo instante em que Malfoy completaria sua frase um grito agudo de Alice o fez se calar, a garota com as mãos na cabeça se ajoelhou, a dor agora era aguda, e sua visão estava embaçada demais para distinguir os vultos a sua volta.

— Meu deus, isso dói muito...— gemeu ela sentindo as fortes mãos de Hagrid erguendo seu corpo do chão.— Faça parar.

E no mesmo instante tudo silenciou e escureceu, era como se ela estivesse em um de seus sonhos novamente, mas desta vez ela estava acordada por que ainda podia sentir o vento em seus cabelos e sentir que estava no colo de Hagrid, mas a sua visão não era a antiga cabana do meio-gigante e sim a escuridão. A tão conhecida escuridão.

— Não pode fazer isso. A decisão não é apenas sua.— ela ouviu a tão conhecida voz feminina que sempre ouvia gritar desesperada.

— Não. Você não decide nada da vida dela. E pela manhã a quero fora dessa casa. Pegue suas coisas e vá.— a voz masculina gritou em resposta, ele estava muito bravo, Alice podia ouvir os passos fortes dele.

— Vai me expulsar de minha própria casa?— a mulher agora chorava, e uma luz começou a clarear tudo, como se Alice estivesse caminhando em direção as vozes.

— Essa casa nunca foi sua. Só quero o melhor para ela, e você não esta inclusa nisso. Não quero mais ouvir nenhuma palavra sobre isso.— concluiu ele decidido de sua escolha.

Ela estava chegando perto, cada vez mais perto de poder ver os rostos dessas pessoas, cada vez mais perto de descobrir o que era tudo aquilo.

— Alice. Alice.— uma voz a chamava de longe.

—Alice, acorde.— era Hagrid, ela abriu os olhos e viu a luz do sol por entre as arvores, viu o rosto barbudo do gigante entrando em seu campo de visão.— Por Merlin, o que aconteceu com você?

— Eu... Apenas senti uma dor de cabeça muito forte, não é nada. Estou bem, prometo.—mentiu ela levantando, todos ainda se encontravam aglomerados em torno dela. Observando tudo, murmurando uns para os outros.

— Mesmo assim Hagrid, ainda acho que deve leva-la até a ala hospitalar.— Hermione surgiu por entre os alunos da Grifinória.

E assim ele o fez, não saiu do lado da garota até que Madame Pomfrey lhe garantisse que estava tudo bem, então contra vontade ele voltou para sua cabana onde os alunos ainda o esperavam, receosos do que estaria por vir, sabiam que Hagrid lhe daria alguma tarefa com os explosivins.

Alice estava deitada em uma das camas da fria e solitária ala hospitalar, com os olhos fechados ela tentava lembrar o que vira quando a luz iluminou o local onde estava em sua visão. Continuou tentando por minutos, que para ela pareceram horas e horas. Mas então, ela acabou adormecendo. E voltou a acordar por conta do barulho da porta sendo aberta. Uma única coisa brilhava em sua mente.

— Pai. Era você o homem. Meu deus era ele.— sussurrou para si mesma, antes de virar para poder ver quem havia acabado de entrar.


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Notas finais do capítulo

Confusos?
Espero que sim, esse capítulo serve exatamente para isso. Deixa-los confusos muahaha
Eu não sei quando vou voltar, mas espero que para quinta já tenha meu computador de volta ok.
Beijoss e até.