Say Something! escrita por Izzy


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeee hoje teve Perinaaaaaaaaaa socorroooooo, desculpa me empolguei mas cara até que enfim!!!! Amanhã não posso perder!

Parei, aqui está mais um capítulo, espero que gostem, não sei ainda quando postarei o próximo.



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Karina POV

_E então esquentadinha, vai me dizer o porquê saiu de casa escondida ou não?

Eu não queria falar sobre isso, morro de vergonha da maneira como meu pai age as vezes, e sei que isso só iria encher esse idiota de novos insultos a meu respeito, mas cara, eu estava no quarto dele, ele estava me escondendo ali, o mínimo que eu podia fazer era dizer o motivo.

_Quando eu cheguei em casa ontem meu pai surtou quando eu disse que tinha ido ao cinema com o Zé. E o fato de eu ter saído de casa sem dar satisfações a ele também não ajudou em nada minha situação, resumindo, não posso ir a academia por um tempo, e hoje ele não queria me deixar sair, só que eu não queria ficar em casa, então decidi sair escondida, não pensei, porque sempre quando eu saio eu vou para a academia e como ele está lá, não poderia ir, então não sabia para onde ir, e acabou que estou aqui com você.

_Nossa, acho que você nunca falou tanto comigo sem soltar nenhum insulto no meio de uma frase, como você acabou de falar.

Ele ri.

_Desculpa ai, mas seu pai é pirado.

_Eu sei, amo ele, mas surtar só porque fui ao cinema com um cara é demais, até parece que eu sumi e voltei grávida ou coisa parecida.

_Sabe... – ele diz.- isso pode acontecer um dia.

Taquei uma almofada na cara dele.

_Mas você gosta dele?

_Ãhn? – pergunto.

_Do Zé? Você gosta? – Pedro estava com uma expressão estranha ao fazer essa pergunta.

_Nunca havia pensado nele além de um amigo, então... Sim eu gosto, porém, como um amigo e nada mais.

Pedro sorri.

_Mas você foi a um encontro com ele.

_Não foi um encontro, quantas vezes vou ter que falar isso?

_Sei, vai dizer que ele não te beijou?

O que era isso? Um interrogatório? Algo me dizia que eu devia parar por ali e não responder mais, porém, como nunca sigo meu instinto é óbvio que eu tinha de responder, esse garoto conseguia tirar respostas de mim, e eu não estava gostando disso. E pior, ele me fazia querer responder, como se eu devesse me justificar.

_Beijou, mas não foi um encontro.

Ele parou de sorrir na hora. Isso me deu uma satisfação tremenda. Finalmente consegui tirar aquele sorrisinho do rosto dele.

_Vocês vão sair de novo? – Ele pergunta num tom de voz tão baixo que quase não ouvi direito.

_Claro que não, eu e ele? Não, nunca.

O sorriso estava de volta. DROGA!

Pedro POV

Então aquele cara a beijou. Que merda, por que me importo? E porque estou aliviado que ela não sairá com ele novamente? Ah, eu não posso estar gostando da esquentadinha!

_Nossa ele deve beijar mal pra caramba.

_Lógico que não, de onde você tirou isso? – Ela pareceu sem graça.

_Você ficou bem indignada quando perguntei se sairiam novamente.

_Não é isso, é só que não rola, não significa nada.

_Então ele beija bem?

Eu realmente queria saber? Deixe-me pensar... NÃO!

_Beija ele que cê vai ficar sabendo.

_Ele não faz meu tipo, mas bem que você podia me mostrar como é.

Ela me olha indignada. Mas a indignação logo deu lugar a um olhar de provocação.

_Então eu faço teu tipo?

Merda, como responder a isso sem dar a ela a satisfação de me ganhar em um argumento?

_Eu não disse isso. – Isso foi o melhor que pude fazer? Argh, odeio perder pra esquentadinha.

_Isso é o melhor que conseguiu pensar? Meu Deus, ta tudo bem com você? Ta com febre? – ela colocou a mão em minha testa, eu me aproveitei da proximidade e segurei sua mão, ela me lançou um olhar confuso, mas eu não falei nada, ela tentou puxar a mão, mas eu segurei com mais força, olhei em seus olhos e me perdi em pensamentos, queria beija-la, mas não sabia se devia, estávamos nos entendendo, beija-la provavelmente estragaria tudo. Olhei em sua boca e qualquer dúvida ou incerteza se esvaiu de minha mente. E então a beijei. De inicio ela não correspondeu, coloquei a mão em sua cintura a trazendo pra mais perto de mim e ela cedeu, queria que esse beijo durasse pra sempre, não foi um beijo de amor, e sim um beijo de desejo, nós não nos amávamos, mas com certeza nos queríamos, e naquele momento o que me veio a cabeça não foi o quão bonita ela é ou o quanto eu queria estar com ela minha vida toda, não. A única coisa que me veio à cabeça era que eu a queria, queria tanto que doía. Eu a desejava, e sabia que ela também me desejava. Mas então meu celular tocou.

Karina POV

O que foi isso? Eu acabei de corresponder ao beijo desse babaca? Ta, talvez ele não fosse tão babaca quanto eu pensava, mas eu não deveria ter correspondido o beijo, ele vai achar que gosto dele ou coisa assim, e eu não gosto. Eu não gosto certo? Merda por que ele tem que beijar tão bem? Esse foi provavelmente o melhor beijo da minha vida. Nunca havia sido beijada com tanto... não sei, desejo? Mas por que logo ele? Droga, eu tenho que ir embora daqui, não sei como vou conseguir olhar pra ele de novo depois disso. O idiota conseguiu me deixar sem graça, me pergunto se é isso que ele queria o tempo todo. Espero que não, senão quebro a cara dele.

Tento sair de fininho enquanto ele fala no celular, mas ele entra em minha frente para me impedir. Eu bufo e me sento na cama dele.

Ele desliga o celular.

_Era o João, só pra reclamar. – ele diz sem olhar pra mim, pelo visto eu não era a única sem graça no recinto.

_Então, acho que vou indo, meu pai nem vai notar que sai.

_E como você vai entrar em casa? Pelo poste?

Então estávamos de volta às provocações? Que bom. Sem conseguir me conter sorrio e dessa vez não me importa que ele veja, e ele sorri de volta.

_Definitivamente não. Vou sei lá, entrar e pronto.

E é então que me lembro, eu tranquei meu quarto pelo lado de dentro e deixei as chaves lá, merda, como eu sou burra, não acredito que fui tão estupida, maldita personalidade impulsiva.

_O que foi? – Pedro pergunta, eu devo estar com a maior cara de terror porque ele me olha preocupado.

_Eu sou muito burra. – é tudo o que digo.

* * *

Contei o que aconteceu, Pedro está rindo, ou melhor, gargalhando.

_Quer parar com isso moleque?

_Desculpa, mas é engraçado vai, você tem que admitir.

Okay, é um pouco engraçado, eu fui idiota, mas isso não significa que eu esteja afim de ver esse imbecil rindo da minha cara.

_Não, não é, como eu vou fazer pra entrar no meu quarto sem deixar que meu pai fique sabendo que sai? Eu to morta!

_Relaxa esquentadinha, a gente da um jeito.

_Até parece.

AAAAAAAAh não consigo pensar em nada, em nenhum plano, nada.

_Já sei. – diz Pedro.

_O que? – digo esperançosa.

_A gente pega a escada que a gente usou aquele dia pra tirar sua irmã do poste. – nós rimos com a lembrança – e dai você entra por onde saiu, que tal?

_Não dá, a essa hora tem muita gente na rua, alguém vai ver e falar pro me pai.

_Então espera pra ir embora quando não tiver ninguém na rua. Simples assim.

_Cara cê pirou? Não é nem meio-dia ainda. Até que horas vou ter que ficar aqui?

_Provavelmente o dia todo.

_Merda.

_O que? Não gosta da minha companhia? – ele se faz de ofendido.

_Cala a boca, o assunto é sério mané.

_Você tem duas opções, ou você fica aqui até acabar o movimento na rua, ou você vai embora com o rabinho entre as pernas e ganha mais uns dias extras de castigo.

Ele tem razão, já falei o quanto eu odeio quando ele tem razão?

Eu não respondo.

Será que se eu for pra casa e meu pai ainda não tiver chegado eu consigo convencer a Bete a me ajudar? Não ela vai ficar puta da vida comigo. E mesmo se ela ajudasse como iriamos abrir meu quarto? O único jeito é esperar aqui mesmo.

_Você não está pensando sobre o assunto está? – Pergunta Pedro.

_Eu estava, mas decidi esperar. Mas não aqui, se eu quisesse ficar trancada num quarto o dia todo é óbvio que eu estaria no meu próprio quarto, não acha? Então por favor, me ajuda a sair daqui sem ser vista que eu dou um jeito no resto depois.

_E onde é que a gente vai?

Quê?

_Desculpa ai mais eu não te convidei pra ir comigo, a única coisa que eu to pedindo é que me ajude a sair daqui sem ser vista.

_Eu não vou ajudar se eu não puder ir com você.

_Nossa cara cê ta parecendo um chiclete grudado no meu sapato, sabe aqueles que grudam e não sai de jeito nenhum?

Ele ri.

_Você é quem sabe, ou vou junto ou nada de ajuda.

_Ta bom, mas vamos logo.

_A essa hora meus pais estão lá embaixo então você vai ter que ser esperta.

_O que eu faço? – Só assim mesmo pra eu fazer algo que esse babaca manda.

_Você vai descer pelo restaurante e se alguém te ver fala que se perdeu, fala que tava procurando o banheiro.

_Aham, até porque eu sou uma burra né, cara eles sabem que eu sei onde é o banheiro.

_Verdade, ah já sei, vamos fazer uma cena.

_Atuação é com a Bianca.

_Relaxa, comigo como protagonista ninguém vai reparar em você.

_Nossa humildade passou longe em colega.

_Colega? Quer dizer que somos colegas agora?

_Ai cara isso não vai dar certo.

_Então fica aqui.

_Não tem nada pra fazer.

_Eu arrumo alguma coisa.

Ai que saco, não quero ficar aqui, não depois daquele beijo...

_Ótimo – digo sarcasticamente. – Ficar no seu quarto o dia todo com você é a única coisa que eu queria pra hoje.

_That’s what she said.

_Que?

_Não acredito. – ele diz.

_Que foi moleque? Pirou?

_Cê não conhece The Office?

_Não, que isso?

_Ah não sei... Apenas o melhor seriado de comédia do universo?

Ele parece legitimamente ofendido por eu não conhecer esse seriado.

_Sei. – Sinceramente? Não sei o que responder, ele está agindo como se eu fosse uma criminosa apenas por não ter assistido esse seriado.

_Então esta resolvido o que vamos fazer hoje.

_O que?

_Vamos assistir The Office.

_Sério isso? Ah fala sério cara, não to afim de ficar vendo tv o dia todo.

_Você vai gostar, e depois vai me agradecer, quer apostar?

_Sei não. - respondo.

_Ta com medinho de perder a aposta é?

_Óbvio que não, ai vamos logo com isso então, já to ficando louca aqui com você.

_That’s what she said.

_Quer parar com isso cara? Sério, ou você para ou eu vou embora gritando falando que você me trouxe aqui a força.

_Se fosse o contrário tenho certeza que todos acreditariam mas como não é...

_Coloca logo esse negócio pra gente ver.

E então me sentei na cama dele, e ele foi buscar os dvds, quando ele volta me assusto com o tamanho da caixa que ele traz.

_Cara quantas temporadas tem isso?

_Nove. Mas relaxa, se você gostar eu te empresto o que não der pra ver hoje pra você assistir em casa.

Ele coloca o primeiro dvd, começamos a assistir.

Eu não estou gostando, to achando super sem graça, não sei o que ele ve nisso.

_Cara isso ta um porre, tira pelo amor de Deus.

_Calma esquentadinha, tenha paciência, a primeira temporada é chata mesmo, mas quando você se acostumar com os personagens você vai amar.

***

Horas se passaram, já estávamos começando a terceira temporada, e detesto admitir, mas realmente esse seriado era muito bom, estava me divertindo, eu fazia de tudo pra esconder minhas risadas de Pedro mas ele sempre me pegava rindo.

_Ta bom eu admito, essa série é boa.

_Boa? Que tal incrível?

_Exagerado. – Era realmente incrível mas eu não admitiria isso pra ele, detesto quando ele está certo sobre alguma coisa.

_Exageradooo jogado aos seus pés eu sou mesmo exageradooo..

_Tirou essa do fundo do baú em. – Eu ri. Droga.

_Os clássicos são os melhores. – Tenho que concordar, mas não digo nada.

_Enfim, acho que já posso ir embora.

_Você quem sabe, mas o restaurante ainda ta aberto.

_Ai cara, como vou fazer?

_Já sei. – ele se levanta e começa a revirar uma gaveta, pega uma camiseta e joga em minha direção. – Veste isso.

_Pra que?

_Só veste. Já volto. – ele sai do quarto. Odiava fazer o que ele pedia mas pelo que parecia ele tinha um plano então vesti a camiseta. Quando ele voltou, estava com um boné na mão.

_Agora coloca isso.

Coloquei, estava ridícula e morrendo de vergonha.

_Pra que isso em?

_Você vai sair daqui disfarçada, acho que ninguém vai notar que é você, basta fingir que é um amigo novo meu, beleza?

_Sei não. Não sei se vou conseguir, e se alguém perceber?

_Posso ser sincero?- ele pergunta e eu faço que sim com a cabeça.

_Você é toda durona, tenho certeza que vão acreditar.

_Ei, durona é a mãe.

_Você disse que eu podia ser sincero, tenho certeza que não vão desconfiar.

Apesar de emburrada concordei com o plano.

_Leva isso, mas toma cuidado em, isso ai é tipo meu bem mais precioso. – ele diz me entregando a caixa de dvds.

_Achei que seu bem mais precioso fosse, sei lá, sua guitarra?

_E é, mas, ela não gosta de ser tratada como um objeto então...

Reviro os olhos.

_Vamos logo.

E então saímos de seu quarto. Quando chegamos no restaurante quase ninguém nos nota até que a irmã de Pedro o chama.

_Eai maninha, demorou na casa da sua amiga em, senti saudades.

_Você é tão dramático, era aniversário dela, então a gente foi ao parque.

_Que legal maninha, olha aqui, tenho que ir, mas depois quero saber de tudo em.

_Quem é esse? – ela pergunta olhando pra mim.

_Ah é só um amigo da Ribalta, veio emprestar uns dvds.

_The Office? Você nunca empresta esses pra ninguém.

Ai meu Deus, ela vai me reconhecer, eu estava a beira de entrar em pânico.

_A maninha, to tentando desapegar das coisas materiais sabe. – ele diz e sua irmã começa a rir.

_Você? Até parece.

Ela se afasta de nós. Respiro aliviada, não falo nada até nós estarmos fora do restaurante.

_Cara achei que ela ia me reconhecer. – digo respirando pesadamente.

_Mesmo se reconhecesse, ela não falaria nada.

_Sei. – Tiro o boné e devolvo pra ele. Peço para que ele segure a caixa de dvds, e quando estou tirando a camiseta ele diz.

_Que cê ta fazendo? – Ele olha para os dois lados.

_O que parece que eu to fazendo?

Tiro a camiseta e entrego a ele. Eu estava com a minha regata por baixo. Ele fica sem graça. Percebendo seu desconforto começo a rir.

_Olha, toma cuidado com meus dvds em. – ele diz me entregando a caixa.

_Vou riscar todos, um por um.

Ele arregala os olhos e empalidece.

_Relaxa mané, até parece que eu avisaria se eu fosse fazer isso mesmo.

_Não brinca com isso não esquentadinha.

_Ai cara, ninguém merece, um fanboyzinho.

_haha engraçadinha. Mas como você vai fazer pra entrar em casa?

_O jeito é encarar seu Gael.

_Corajosa você.

Realmente, eu não fazia ideia do que falar assim que eu chegasse em casa.

_To indo. –digo – assim que eu ver tudo te devolvo os dvds, intactos. Mas sabe se você me chamar de esquentadinha outra vez talvez nem todos voltem pra você tão intactos assim.

_Não, Karina, Ka.ri.na. – ele diz pausadamente. E eu começo a rir.

_Tchau. – digo e antes que eu possa fazer qualquer coisa ele me da um selinho e sai correndo. Abusado. Se eu não tivesse segurando a caixa com os dvds dele...

_Idiota. – grito, mas acho que ele não ouviu.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, o que acharam? E o que acharam da novela hoje? Eu to SURTADA, sério shdiauhsfisagdasiudg i can't even



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