Beauty and the beast escrita por SundaeCaramelo


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Agora as coisas vão começar a acontecer. Espero q gostem ;)



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POV Anna

As coisas aconteceram muito rapidamente. Em um minuto eu estava quase morrendo, em outro fui salva por um monstro, e o rei começou uma luta com ele, enquanto os soldados invadiam o castelo e não sabiam o que fazer comigo, porque estavam apenas esperando o comando de seu chefe.

Eu estava atordoada com tudo o que estava acontecendo, mas ainda assim, quando eles se distraíram eu consegui fugir. E corri. Corri o mais rápido que consegui, sem nem olhar para trás. Só parei para tomar fôlego quando tive certeza de que estava bem longe deles.

Encostei no tronco de uma árvore e escorreguei até me sentar no chão. Só aí, tentei processar tudo em minha mente. E me lembrei que Bela estava sendo levada para o castelo daquele patife. Me lembrei que a fera que tinha me salvado ( que embora fosse uma fera era importante para mim, já que ELE TINHA SALVADO A MINHA VIDA) podia já estar morta à essa hora, que o castelo podia ter sido completamente destruído e principalmente, que eu estava completamente perdida, no meio da floresta, no meio da noite.

Levantei e tentei me localizar. Mas era difícil lembrar se aquele lugar era conhecido no meio da escuridão. E eu não tinha nem uma tocha, nem um lampião. E havia tantos bichos na floresta. Mas parada eu não podia ficar.

Segui em frente, literalmente. Eu já estava cansada, o frio estava de congelar a alma e estava quase desistindo de tudo e me deixando morrer ali mesmo. Quando eu vi luzes acesas. E encontrei a entrada da aldeia.

Corri para dentro de casa desesperada e encontrei minha família. Nos encaramos por um instante, com lágrimas nos olhos. Então eu os abracei. E comecei a chorar quando abracei meu irmão.

– O que foi Anna? - ele perguntou calmamente, ainda me abraçando. Tive que explicar a história rapidamente, entre soluços.

– Andrew, eu preciso fazer alguma coisa. - finalizei, olhando para ele. Ele me encarou meio perturbado, como se não soubesse o que me dizer. Eu também não sabia o que fazer. Eu só sabia que queria, e precisava ajudar Bela. Ajudar ao monstro salva-vidas. E derrotar aquele... prefiro nem dizer.

Ele me abraçou de novo como forma de consolo, enquanto os outros me encaravam com um misto de admiração e de pena. Ficamos um tempo assim, até ouvirmos uma algazarra começando lá fora. Minha mãe foi para a janela ver o que era.

– Deus meu! - foi a única coisa que ela exclamou. Claro que quisemos ver também o que era. Corremos para a janela também, e depois de uma leve discussãozinha com a minha irmã mais velha para conseguir um lugar, eu vi. Eu vi aquela multidão de aldeões inconformados, tentando consolar uma mulher que chorava ao saber que sua filha seria enforcada no dia seguinte.

Enquanto minha mãe e minhas irmãs murmuravam coisas como: " Que horror!", ou " Eles já não tem o que querem? Por que tem que continuar sacrificando os outros?", eu colocava os neurônios para funcionar.

Toda aquela gente ( praticamente a aldeia inteira ) estava revoltada com a guerra e faria qualquer coisa para evitar que aquela jovem fosse enforcada no dia seguinte. E com certeza, o que eles queriam fazer não era apenas conversar com os soldados... Era destruir aquele reino. Ou pelo menos aquele rei. Tantas famílias com suas filhas aprisionadas, por um motivo tão bobo. O que a sede de vingança deles iria provocar se, por acaso, alguém dissesse à eles onde os soldados estavam?

Eu não costumava ser vingativa. Nunca gostei dessas coisas. Mas aquela situação pedia isso. Era a raiva dos aldeões ou o sofrimento de Bela e a morte de uma inocente.

Sem pensar ( e sem escutar minha mãe pedindo para eu voltar para dentro de casa), saí determinada pela porta da frente, acendi uma tocha, venci a multidão para chegar ao centro, subi em algumas caixas de feno que estavam em frente à casa do pedreiro e comecei:

– Pessoal, eu entendo a raiva de vocês. E estou aqui para ajudar. Eu posso impedir a morte dessa garota.

– Como, se você é só uma outra moleca possivelmente da mesma idade que ela? - debochou um velho resmungão que tinha implicância comigo desde a infância. Todos riram da minha cara.

– Ótimo, não vão me levar à sério? É realmente uma pena, porque eu sei onde os soldados estão.

Todos se calaram. Sorri satisfeita e continuei:

– Eles estão na floresta. Dentro de um castelo. Bela foi capturada. Eu sei que vocês não gostam muito dela, mas ela é um ser humano também. E o plano é acabarmos com todo o exército, ou pelo menos terminar essa guerra e conseguir resgatar todas as jovens que foram presas. Eu posso leva-los até o castelo. Quem vem comigo?

– Eu vou!- o pai de Bela ergueu a mão.

– Eu também. - disse outro senhor. E aos poucos, todos os aldeões estavam comigo.

– Ótimo. Agora vamos, antes que seja tarde! - desci do palco improvisado, para encarar os rostos perplexos de toda a minha família, menos o de Andrew, que demonstrava aprovação. Sorri para ele e segui em direção á floresta, com o pai de Bela bem ao meu lado.

Fui guiando - os pela floresta até chegar no lugar onde eu me lembrava que ficava a entrada para o castelo. Mas não havia nada lá.

Como assim? A entrada estava ali há poucas horas! O povo estranhou o fato de eu ter parado repentinamente, mas não me importei. Será que a entrada só aparecia na presença de Bela? Hm, mas ela não estava ali. De repente, tive uma ideia:

– Tem algo de Bela aí? - sussurrei para o pai dela. Ele me encarou confuso, mas me entregou uma fita de cabelo que ela sempre usava.

Segurei -a perto de uma das trepadeiras à minha frente e funcionou exatamente como pensei que iria funcionar. O portal se abriu.

Sorri e chamei o resto do pessoal. E seguimos para o castelo. E para a luta.

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POV Bela

Chorei o caminho inteiro. As lágrimas caíam sem que eu pudesse segurar. Minha vida estava acabada. Eu nunca mais veria Nicholas. Iria me casar com um maluco detestável. E nunca mais veria meu pai ou Anna ou qualquer pessoa que eu amava.

E o pior não era apenas isso. Era pensar que Nicholas poderia estar morto no chão há essa hora, e todos os criados mortos também. Só de me lembrar disso, eu voltava a chorar.

Eu apenas me arrastava e seguia os soldados, exausta, derrotada e deprimida. O vento soprava com força. A luz do lampião de um deles era fantasmagórica. E pelas trovoadas que comecei a escutar, parecia que ia chover à qualquer instante.

De repente, depois de o que deve ter sido uma hora de caminhada arrastada, um dos soldados, o mais velho, falou:

– Ah, quer saber? Eu não aguento mais!

Paramos de andar. E ele retirou uma adaga do bolso da calça.

– Olha, sei que esse choro está chato, mas acho que o rei iria querer que ela chegasse viva ao castelo! - alertou o outro, enquanto eu encarava aterrorizada aquela adaga.

– Não, eu não vou mata-la! - Ufa! - Vou soltá-la - finalizou ele, cortando a corda que segurava meus pulsos. Eu o encarei incrédula.

– Mas você será castigado., - retruquei, reunindo forças não sei de onde para conseguir falar.

– Isso não importa. Não aguento mais você chorando e sofrendo. Não quero uma rainha triste. Vá. Vá atrás de quem tu amas! - respondeu ele, me deixando com vontade de abraça-lo.

Agradeci, me despedi e corri em direção ao castelo. Talvez ainda houvesse chance de ver Nicholas vivo, ao menos uma última vez. Talvez houvesse chance de dizer tudo à ele.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo! Capítulo estilo girl power, da parte da Anna, pelo menos. Bjs e até o próximo meu povo. Ah, e fantasminhas, eu suplico que apareçam! O próximo sai depois de amanhã. bjs ;)