On the Way escrita por Liz


Capítulo 5
Para o Caminho Sombrio


Notas iniciais do capítulo

Então, demorou um pouquinho, mas finalmente chegou! :)



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– Alguém mais poderoso do que o Klaus? – Damon zombou. – Estou começando a adorar isso!

Lena olhou com desdém para Damon, mas rapidamente sua atenção voltou para Klaus. Alya realmente adorava falar e demais! A única coisa que pediu para ela foi para guardar segredo de algo que ela precisava descobrir mais, mas Alya não podia entender isso. Tinha que espalhar para todos, tinha que enfrentar Klaus e alimentar essa sede de vingança por ele tê-la matado e a única alternativa que restou foi Alya ter virado vampira.

Klaus gargalhou.

– Lena? Mais poderosa do que eu? – Klaus não se intimidou. Ele nunca se intimidava com nada. Sempre era o mais poderoso, o que podia derrotar tudo e todos. – Ela não passa de uma vampira fraca e inútil! Quantos anos ela tem? 170?

– 175 – Lena corrigiu. Seu olhar se concentrou em Alya. – Alya, pare de falar mentiras. Ninguém é mais poderoso do que o Klaus, nem mesmo uma vampira fraca e inútil.

– Pensa que pode mesmo esconder isso deles? – Alya apontou para Damon e Stefan. – Não pode, Lena! Ele está se aproximando e você sabe disso.

– Quem está se aproximando? – Stefan se intrometeu.

– Ninguém – Lena retrucou.

Lena ignorou Klaus completamente e passou pelos irmãos Salvatore, pegando Alya pelo braço e caminhando até a porta. A última coisa que ela queria era ouvir os desabafos e desculpas de Klaus por tudo o que ele passou ou aguentar as perguntas de seus novos e velhos irmãos.

O que a fez se interromper no seu caminho foi duas garotas passando pela porta. Uma era alta, de cabelos castanhos lisos e olhos da mesma cor. Atrás dela estava uma garota mais baixa, pele morena, cabelo escuro e liso também. Tinha um olhar mais que preocupado e ele se tornou assustado ao se fixar em Lena. A outra garota tinha seus olhos em Klaus e também ficou assustada.

– Ai meus Deus! Klaus?

Katherine Pierce estava na sua frente agora?

– Katherine? – Lena indagou, sem esconder sua surpresa.

– Não, ruiva – Damon explicou – ela é a Elena. A garota com o mesmo nome e mais bonita. – Ele se virou para Elena. – E sim, é o Klaus. Mas ele está com problemas com a garota ali, que por acaso diz ser a nossa irmã. Ela já cruzou o caminho da Katherine, então eu acredito nisso.

– É você! – a garota mais baixa gritou. – É você – falou para Lena.

– Eu? – Lena ficou confusa.

– Você conhece a Katherine – Klaus observou. – O que mais você não me contou, Lena?

– Que confusão é essa? – Elena perguntou, procurando respostas em cada um dos presentes. – Eu vim aqui porque Bonnie está tendo sonhos estranhos e encontro uma garota que me confundiu com a Katherine e conhece o Klaus e diz que é irmã de vocês – apontou para Damon e Stefan. – Alguém pode me explicar isso?

Klaus se jogou no sofá, com aquele olhar perverso que Lena conhecia perfeitamente bem.

– Eu explico, amor – disse ele. – Lena é uma vampira de 175 anos que conhece a Katherine e pelo o que eu entendi, é irmã desses dois idiotas. A amiga dela, Alya, também é uma vampira, que me odeia e me distanciou da Lena. E agora, ela está com um papo de que Lena é mais poderosa do que.

– Então você pode nos ajudar? – Foi a única coisa que Elena conseguiu falar.

Mas Lena ignorou completamente a garota. Ela queria saber sobre a outra garota, sobre o que ela sabia. Quase ninguém sabia sobre ela ou tinha pressentimentos com ela. Ela sabia de algo e teria que falar.

– Se apaixonou pela bruxa Bennett? – Damon provocou.

– Quem é você? – Lena perguntou para a garota.

– Bonnie – ela respondeu. – É você, eu tenho certeza! Eu nunca poderia me esquecer dos seus olhos. É com você que eu venho sonhando. Você é a chave!

– Que chave? – Stefan perguntou.

Lena não podia deixar que mais gente se envolvesse nessa história. Ela já tinha problemas demais do que deixar que aqueles idiotas entrassem neles e causassem ainda mais. Apenas Alya sabia e assim continuaria.

– Nenhuma – Lena respondeu. – Eu vou continuar o meu caminho. É muito estranho ficar olhando para uma sósia da Katherine, apesar de você ser mais gentil e burra. Venha, Alya. Os Salvatore tem muito que conversar com o Klaus.

Sem que pudesse ouvir os últimos gritos de Klaus, Lena saiu correndo da casa dos Salvatore. Ela não precisa ouvir perguntas e não precisava ter que explicar nada para ninguém. Estava claro que Bonnie não sabia de muita coisa e continuaria assim. Teria que procurar respostas em outro lugar, enquanto arrumava um jeito de dar uma bela volta em Damon e Stefan.

***

A chegada em Mystic Falls demorou menos do que o previsto. Era sempre assim. James sentia que tinha que ir a algum lugar e por mais que tentasse fugir, não conseguia. Na última vez que tentou fugir, matou mais pessoas do que poderia contar. Ele ainda contava com a sorte de que ela fugisse mais uma vez.

No dia seguinte, James tentou ignorar a sensação de que ela estava perto e decidiu seguir o mesmo caminho que seguira na cidade anterior. Seria o novo professor de História do colégio Mystic Falls High School, não importasse se existia alguém no cargo.

James se apressou. Comeu uma simples maça no caminho até o colégio. Pelos seus instintos, ele sabia que o colégio o fazia se afastar de seu verdadeiro caminho. E em uma cidade tão pequena como aquela, não seria difícil de encontrá-la.

Vários adolescentes estavam a posto, conversando sobre um garoto que acharam bonito, ou sobre a garota que beijaram na noite passada. Ele não se importou com alguns olhares neles. A maioria eram garotas e além de tudo, ainda abriam um pequeno sorriso. Não era a primeira vez que aquilo acontecia e seria mentira dizer que ele não gostava daquilo. Porém, tinha problemas maiores do que isso.

No caminho a sala do diretor, James trombou com um homem. Alto, cabelo claro. Deveria estar na faixa dos trinta ou até quarenta anos. Tinha um olhar sincero e acolhedor.

– Desculpe – o homem pediu. – Meio distraído. Cuidar de crianças não é muito fácil.

– Eu acho que te entendo – James respondeu e entendia um pouco, realmente.

– É novo aqui?

– Sim – James respondeu, depois de hesitar. – Procurando oportunidades.

– Alaric – ele respondeu, se apresentando. – Professor de História. Não me parece um adolescente procurando um novo colégio.

– James – retrucou. – Não. Eu... Acabei de me formar.

– Bom, boa sorte – Alaric desejou e continuou o seu caminho.

Alaric parecia ser um cara legal. O problema era que era o professor de história do colégio, e graças á isso, se tivesse que roubar o trabalho de alguém, seria dele. James precisava de coisas para se distrair e nada melhor do que fazer o que ele havia feito nos últimos 300 anos: fugir.

***

– Lena?

Alya apareceu do lado de sua cama. Graças á enorme língua da garota, Lena teve que conseguir um quarto de hotel, com duas camas. Alya era sua melhor há quase cem anos e já se acostumara tanto com a presença dela, que seria estranho perdê-la de uma hora para a outra. Seria pior perdê-la para Klaus.

– Você é uma idiota – Lena indagou e virou para o lado. Apesar de gostar tanto de Alya, algumas atitudes dela eram imperdoáveis. Ficar com os Salvatore fora a melhor proposta que recebera nos últimos meses, mas sempre tinha alguém para estragar. No caso, eram dois. Ou até três, ou quatro. Alya querendo vingança contra Klaus. Klaus tentando matá-la. A cópia da Katherine pelo qual Damon e Stefan se apaixonaram de novo. E tinha Bonnie. Lena precisava achá-la. – Qual foi a única coisa que te pedi? Não tente se matar.

– Eu não tentei me matar – Alya se defendeu. – Eu tentei me vingar. Você precisava ver a cara dele quando me viu. Lena, ele estava com uma foto sua! Lembra-se daquela que vocês tiraram em um baile de máscaras em 1936? Foi naquela época que nos conhecemos – ela bateu palmas. – O bastardo estava triste e com raiva. Eu entendi algo com caixões e família no caminho que levei para encontrá-lo. Acho que ele ainda gosta de você.

Lena se virou para Alya.

– Klaus? – ela ficou surpresa. – O Klaus ainda gosta de mim? Deixa de bobeira, Alya. Ele odeia ser enganado e traído e quando isso acontece, fica mais forte do que já é. Ele tem mil anos! Você tem quase cem anos. Um décimo do que ele tem.

– Isso serviria para você ver que ele não mudou. E nunca vai mudar. – Alya se levantou e pegou algumas roupas no guarda-roupa. – Se você ainda tinha alguma esperança disso, destrua ela. Se ainda tem esperanças de estar com ele, por favor, me mate.

Lena se ajeitou na cama, de modo que pudesse olhar para Alya.

– Mas... Você tem que admitir – disse ela. – Ele é muito gostoso.

– Lena e seus caras gostosos – Alya zombou. – O seu irmão é gostoso. Aliás, os dois. Meu Deus, o que ela aquilo? Duas carnes frescas prontas para serem devoradas. Você curte um incesto?

– Isso é nojento – Lena se retraiu. – E eu nem sei se eles são realmente meus irmãos. Não confio na Katherine. Só vamos saber se isso é verdade quando der certo.

– Eu experimentaria o sangue deles – Alya se divertiu. – A boca, a pele... Tudo!

– Eu não te quero como cunhada – Lena provocou.

Ela também se levantou da cama e foi ao encontro de Alya no guarda-roupa improvisado das duas. Na verdade, parecia um armário de cozinha, mas foram a única coisa que conseguiram encontrar em pouco tempo.

Lena se sentiu tonta. Ela começou a tossir, tossir e tossir. Tossiu sangue e a tontura só aumentou. Alya a segurou e gritou seu nome várias vezes. Não era a primeira vez que sentira isso, mas estava tão forte. Seu tempo estava definitivamente acabando.

– Tem que procurá-los, Lena – Alya avisou.

– Eu sei – respondeu. – Só preciso de um pouco mais de tempo. Só isso.

***

Damon perambulou pela casa dia e noite, noite e dia. A palavra irmã zumbia na sua cabeça como as dores que bruxas provocam. Nem seu próprio pai sabia daquilo. Nem Damon, nem Stefan poderiam ter pensado na possibilidade de terem uma irmã, muito menos mais velha.

Ela queria algo e Damon descobriria o que era. Nem que sua atenção tivesse que ser desviada de Klaus.

– Pensando na nossa nova irmã? – Stefan perguntou ao entrar na sala de estar.

– Sim – Damon confessou. – Ela quer uma coisa e eu vou descobrir. Se ela soube de nós há tanto tempo e só nos procurou agora... Tem algo aí, maninho.

– Você se preocupa com a Lena e eu com o Klaus – Stefan falou decidido.

– Eu sempre fico com a parte mais difícil e chata – Damon fingiu tristeza e caiu no sofá.

A conversa foi interrompida pela chegada de Elena. Logo após a chegada dela ontem, a irmã ruiva e amiga que odiava o Klaus foram embora. Bonnie não parecia bem e Elena teve que levá-la embora. Agora, estava de volta, mas desta vez, com Caroline.

– O que estão fazendo aqui? – Stefan perguntou.

– Viemos saber sobre a irmã Salvatore – Caroline franziu o cenho. – Uma irmã Salvatore? Meu Deus, que história é essa? Isso não é verdade, é?

– Matt me ligou ontem – disse Elena. – Ele me disse que a encontrou no Grill e que a trouxe até aqui. E o que era aquela história dela com o Klaus?

– Klaus? – Caroline se espantou. Essa parte da história ela ainda não sabia. – O nosso Klaus? O Híbrido Original criador de híbridos?

– Lena conhece Klaus – Stefan observou. – Pelo o que eu entendi, ela fingiu a própria morte porque ele matou a melhor amiga dela.

– Ele mereceu – Damon concordou. – Mas deixem isso comigo. A Operação Quem é Lena Gray fica nas mãos de Damon Salvatore. A outra continua com o meu irmãozinho.

– A história do Klaus? – Caroline perguntou e Stefan assentiu. – Klaus vai nos matar se não souber onde eles estão. Você já pensou nisso?

– Ele não vai matar – Stefan concluiu. – Se matar, nunca vai descobrir onde a família dele está.

– Eu não quero ficar aqui sem fazer nada – Elena disse, decidida. – Não quero ficar parada enquanto uma estranha chega e o Klaus ameaça acabar com a gente.

Caroline concordou.

– Podem ajudar – Damon aceitou. – Isso parece ser mais complicado do que parece.


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