On the Way escrita por Liz


Capítulo 4
Romance Sangrento




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Damon poderia apostar que a estranha garota na sua frente estava querendo zombar dele e de seu irmão. Seu pai não parecia ser o tipo de homem que deixava um caso ter consequências maiores. Na verdade, ele não parecia ser o tipo de homem que tinha casos.

Pensar nisso fazia sua cabeça doer. Lena Gray não poderia ser sua irmã. Existiam apenas dois irmãos Salvatore e não três. Não tinha a irmã Salvatore.

Mas, se o que Lena estava dizendo era verdade, tinha muito mais coisa para ser descoberta. A garota não parecia ser um anjo que apareceu para salvá-los de suas confusões, estava mais para o diabo em pessoa. Se ela conhecia a Katherine, era realmente o diabo em pessoa.

No momento, o que mais perturbava sua cabeça era o relacionamento dela com Katherine. Como Katherine havia cruzado o caminho de Lena? Como ela descobrira que seu pai tinha outra filha? Quando? E o que ela ganharia com isso?

– Quando você conheceu a Katherine? – Stefan fez a pergunta que estava entalada na garganta de Damon.

– Em 1865 – Lena respondeu suavemente. – Katherine me encontrou depois de forjar a própria morte para enganar vocês e como estavam tão apaixonados, caíram fácil, fácil.

– Ela te transformou? – Damon perguntou.

– Seria muito ironia do destino a Katherine ter transformado nós três, não é? – Lena se divertiu. – Os dois irmãos Salvatore e a bastarda. É uma piada. Só que sem graça.

– Gostei disso – Damon falou. – Essa coisa de bastarda. Combina com você, ruiva.

– Foi a única vez em que se encontrou com ela? – perguntou Stefan impacientemente.

– Deus! Vocês gostam de perguntar. Não precisam saber quantas vezes eu me encontrei com Katherine ou se me meti ou não nos problemas dela ou se ela me meteu em problemas. Acho que isso responde todas as perguntas de vocês, não é?

– Sim – Damon indagou. – Vocês tem um passado juntas. Acho que estou começando a acreditar nessa coisa de que somos irmãos. Temos o mesmo mau gosto. Nossa vida traçada com a da Katherine. Isso só pode ser brincadeira!

Parecia que eles estavam se entendendo. Um passado ligado pelas maldades de Katherine Pierce. Será que Lena teve seu momento assassina? Stefan era o estripador e Damon já desligara sua humanidade incontável vezes.

– Vamos ver se temos mais coisas em comuns – Damon quis saber. – O Stefan tem a fama de estripador e eu sou o anti-herói da história. O que nos conta sobre seu passado, ‘’irmãzinha’’?

Lena estava prestes a abrir a boca quando porta de entrada quase foi arrombada. Os três se assustaram e fixaram seus olhares nas duas figuras que passavam pela porta. Uma garota da mesma estatura de Lena, mas com os cabelos escuros na altura dos ombros e uma expressão assustada. Com o braço envolta do pescoço dela estava Klaus, com a fúria saindo pelos ouvidos. A respiração do híbrido estava fora de controle e qualquer movimento errado poderia significar a morte.

– Klaus – Stefan cumprimentou sem muito sentimento. – Se veio pedir sua família de volta em troca da vida dessa garota, perdeu o sem tempo.

Mas Klaus ignorou completamente Stefan. Nem parecia notar que ele ou Damon estava ali. Seus olhos estavam em Lena e os olhos dela nele. Klaus poderia estar mirando na garota para poder pegar sua família de volta, mas a cada segundo que se passava a expressão do rosto dele se acalmava e a de Lena só ficava em fúria.

– Klaus – ela sussurrou.

***

Hotel, 1930

Klaus acariciava os cabelos de Lena como se eles fossem o precioso ouro encontrado em uma mina que ninguém acreditava dar alguma riqueza. Ela gostava daquilo. Não conseguia pensar em viver sem aquilo. Já fazia três anos e ainda parecia que tinha sido ontem. O Vampiro Original que Lena acreditava ter fama de mal e ser um assassino em série, não passava de um belo e ótimo amante.

Os lábios dele foram parar em seus ombros, fazendo o percurso até a sua boca. A mão dele estava em seu quadril, puxando-a para ele, fazendo com que suas peles nuas se encontrassem.

– Já te disseram que você tem uma língua mágica? – Lena sussurrou e sorriu. Era impossível não sorrir quando estava com Klaus. Era impossível resistir a qualquer investida de Klaus.

– Me disseram que eu tenho muitas coisas mágicas – Klaus respondeu, sua boca indo de encontra a de Lena. – Você concorda?

– Eu acho que estaria morta se não concordasse – Lena retrucou, e atraiu a atenção de Klaus. – O quê? Eu sei que você gosta de ser o temível Niklaus Mikaelson!

– E você gosta do temível Niklaus Mikaelson? – ele perguntou e um rápido sorriso invadiu seus lábios.

– Talvez – ela deixou a dúvida no ar.

Jogou Klaus para o outro lado e se levantou da cama. Era estranho pensar que toda vez em que ela estava com Klaus, sua fome aumentava. Para ele, nada tinha limites. Matava qualquer um sem nem se importar com a pessoa. Lena matava aqueles que não mereciam viver no mundo. Por isso, sua lista era quase tão grande quanto à de Klaus.

Olhou-se no espelho rapidamente para ver os cachos ruivos bagunçados e seu corpo nu. O rápido pensamento de que em 1865 ela se sentiria envergonhada passou por sua mente. Eram outros tempos, outros problemas. Naquele ano, ela só tinha que se preocupar em fugir das investidas e da fúria de Katherine que não durou muito tempo. Apenas lhe tirou a pessoa mais importante na sua vida: sua mãe. Por isso, Lena nunca a perdoaria, e por isso e mais, Katherine lhe devia alguns favores. Não eram como amigas, mas sim como duas pessoas com interesses distintos, mas que necessitavam da mesma ajuda.

Naquela época também, tinha que se torturar com dois nomes: Damon e Stefan. Durou muito tempo até que Lena se sentisse bem para não tocar e esquecer esse assunto. Esquecer os dois irmãos que ela nunca queria ter tido. Mas sempre tinha algo que a cutucava. Um deles era saber que Klaus já conhecera Stefan e que Rebekah Mikaelson, a irmã mais nova, já tinha se apaixonado por ele. Lena sabia que Klaus mantinha os irmãos em caixões apenas por sentir medo da rejeição da família mais uma vez. O único que estava salvo era Elijah, com quem Lena cruzara uma vez na sua vida anos atrás.

– Vejo que não sou só eu que gosto de te admirar – Klaus a tirou de seus devaneios. – O que está pensando, amor?

– Que eu estou com muita fome – disse ela sorridente. Aproximou-se da cama e o vampiro rapidamente se aproximou de Lena, agarrando pela cintura e passando os lábios pela barriga dela. – Sorte a minha que eu trouxe o jantar – falou ela, ainda acariciando os cabelos claros de Klaus.

Lena saiu do aperto de Klaus e abriu a porta do quarto. Uma garota loira, com a raiz do cabelo escura e baixa entrou. Ela não se incomodava de estar nua na frente dela e nem Klaus parecia se importar. A garota estava completamente hipnotizada e hoje seria sua última noite.

Ela empurrou a garota para a cama e deixou que suas presas saíssem. Mordeu o pescoço da garota, compartilhando-a com Klaus. Enquanto se aproveitava do sangue da garota, Lena podia sentir a boca de Klaus em todo o seu corpo. Ele tirou o rosto dela do pescoço da garota e Lena ficou contrariada.

– Klaus – ela reclamou – ainda tem muito mais.

Pegou o pulso da garota e mordeu, se aproveitando das duas coisas ao mesmo tempo. Bruscamente, Klaus jogou o corpo da garota de lado ao perceber que estava morta e beijou Lena mesmo com todo o sangue ao redor da boca dela. Eles nunca se cansavam um do outro. Sempre queriam mais e mais e nunca estavam satisfeitos se não tivessem o que queriam. Mordiam e beijavam um ao outro e a única coisa que ouviam eram suspiros de prazer.

***

– Lena! – Alya gritou. – Fale para esse estúpido me soltar!

Damon e Stefan fitavam Klaus e a garota sem entender nada do que estava se passando. A única coisa que Lena conseguia fazer era olhar para Klaus e deixar que as lembranças fluíssem em sua mente sem nenhum medo, nenhuma culpa. Ou quase nenhuma culpa. Era perturbador se lembrar de como Klaus ficara ao pensar que ela estava morta. Ele matou dezenas de pessoas só para tentar esquecer. Mas tinha que ter sido daquele jeito. Klaus era possessivo demais. Queria que todos fizessem o que ele queria, queria que todos quisessem apenas ele.

– O que você fez, Alya? – Lena esbravejou, mas sua voz caiu em um sussurro. – O que você fez?

– Você não pode mais fugir! – Alya berrou. – Algum dia ele saberia que você não morreu naquele incêndio. E quando ele soubesse, tentaria te matar, mas não conseguiria. Ele fez isso comigo!

– Lena – Klaus falou com a voz dura – por que você fez isso? Você fingiu durante quase setenta anos!

– O que é isso? – Damon falou. – Vocês – ele apontou para Klaus e depois para Lena – se conhecem?

– É por aí – Lena respondeu.

Klaus jogou Alya no chão em um passo, chegou perto de Lena. Ela não era muito mais baixa do que ele. Os dois se encaravam e Lena ainda não conseguia acreditar que seu dia poderia ter ficado pior do que aquilo. Nunca pensara em rever Klaus novamente. Nunca deu atenção para os comentários que faziam sobre ele. Mas é claro que era verdade. O Híbrido Original. Klaus lhe contara algumas coisas sobre sua vida passada. No fundo, ela só não queria admitir. Porém, Alya sabia e queria ir atrás. Ela queria a vingança que nunca poderia ter. Queria a vingança por Klaus tê-la matado e a única opção que sobrara fora aceitar a transição, já que morrera com o sangue de Lena em seu organismo.

Ainda fitando o homem na sua frente, Lena sentiu a raiva do híbrido ao vê-lo enfiar a mão em seu peito, pronto para arrancar seu coração. Claro que Klaus a mataria depois de descobrir a mentira. Só que ela não imaginava que ele ainda teria tanta raiva e se lembraria dela depois de tantos anos.

– Você não quer fazer isso – ela murmurou.

Só ela sabia que ele não deveria fazer isso. Era para o bem dele, de Alya, dos irmãos Salvatore e da própria Lena. Klaus não podia fazer isso.

– Por que não? – Ele tirou a mão de seu coração e depois de seu peito. – Você fingiu por todo esse tempo! E eu não gosto de ser enganado.

– Você matou a minha melhor amiga – Lena berrou. – O que queria que eu fizesse?

Klaus olhou para Alya.

– Ela está aqui, não está? – ele falou sem a dureza de antes. – Você a escolheu, Lena. Como eu sabia que escolheria. Nunca estive errado.

– Está sim! – Alya gritou. – Você não pode matar a Lena! Ela é mais poderosa do que você, Niklaus. Sua hora chegou, Original.


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Notas finais do capítulo

Não seja um leitor fantasma e comente a história!
Acompanhe minha outra fic: http://fanfiction.com.br/historia/532194/A_Escuridao_Celestial_-_Anjos_Mortais/



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