On the Way escrita por Liz


Capítulo 2
Conflitos e Surpresas




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Convencer o estranho Matt Donovan levá-la ao encontro de Damon e Stefan Salvatore foi mais fácil do que Lena poderia imaginar. Havia chegado a Mystic Falls apenas duas horas e sua procura durou menos do que o previsto. A carranca em seu rosto era visível até para Matt. Odiava estar ali naquele momento. Ela não queria estar ali. Eles não sabiam de sua existência e nem ela queria saber deles. Maldita Katherine Pierce.

Matt abriu a porta da mansão sem cerimônia. Sim, estava aberta. Qualquer um poderia entrar, dar uma festa, fazer merda e ir embora dando pulinhos de alegria. Seriam esses os garotos que ela procurava? Katherine tinha mesmo razão em tudo o que falara?

A mansão era antiga. Paredes, portas e móveis escuros e antigos. Provavelmente, deveria ser a maior mansão que ela pisara em sua vida. Na verdade, era a única. Lena nunca gostou de lugares grandes. Preferia os menores, assim, nada se perdia da sua vista.

Bebendo na sala de estar, estava um cara de cabelos pretos e olhos azuis, vestido inteiramente de preto. A sua frente, um cara de cabelo mais claro e olhos verdes, vestindo uma camisa de botões azul clara e jeans. O cara de cabelos pretos olhou com desdém para Matt, e sua expressão se tornou mais confusa ao ver Lena.

– Isso não é um motel, Donovan – o cara de cabelos pretos repreendeu. – Leve suas garotas para outro lugar.

– Damon – Matt chamou – a garota quer falar com vocês.

– Quem é você? – o outro perguntou, fixando seus olhos em Lena.

– Lena – ela respondeu. – Pelo o que ele me contou no meu caminho, você teve uma namorada com o mesmo nome, mas não diga nada sobre isso, porque se eu contasse cada garota que já encontrei com o mesmo nome, você ia ficar pirado.

Damon deu de ombros.

– Elena é mais bonita – falou. – Mas o que você quer? Esse belo corpo aqui não está à venda.

– Até porque se você vivesse disso, já estaria morto – Lena retrucou.

Matt tentou esconder um sorriso.

– Fala logo o que quer e saia daqui, ruiva – Damon mandou.

Lena se aproximou dos irmãos e sentou-se no sofá, mas longe dos dois. Matt ainda ficou parado, pouco distante da porta, apenas observando os dois.

– Se você é o Damon – Lena apontou para Damon – você deve ser o Stefan – apontou para o outro. Pois bem, eu tenho algumas palavrinhas para dizer e espero não ter que demorar muito com vocês.

– Donovan, saia – Damon mandou. – O assunto é particular. Isso é: não inclui você.

– Eu a trouxe até aqui – Matt protestou.

– Já fez o seu trabalho, pode ir – Lena o despachou.

Matt não insistiu mais e saiu.

Um silêncio percorreu o trio e nenhum parecia desconfortável com a situação. Nem a própria Lena. Ela poderia ser gentil, mas Damon não parecia ser um cara gentil, então isso estava fora de cogitação. Stefan deveria ser parecia com o irmão. Katherine não lhe disse sobre como os dois eram. Deveria.

– Giuseppe Salvatore – Lena falou, atraindo a atenção dos irmãos. – Parece familiar, não?

– Você conhece o nosso pai? – Stefan perguntou, mais confuso do que se podia dizer.

– Claro, babaca – Lena respondeu bruscamente. – Ele...

– Eu não quero saber sobre o meu querido pai – Damon falou sarcasticamente. – Temos problemas maiores, como esconder caixões de um híbrido em fúria!

– Já te disseram que você é muito desagradável?

– Se você conhece o nosso pai... – Stefan concluiu – você... você é uma vampira?

***

Local desconhecido, 1865

Um vulto passou ao redor de Lena.

Outro vulto e um arrepio percorreu seu corpo. Sua mãe, Barbara Gray, sempre lhe avisara sobre os perigos de andar sozinha á noite. Mas as palavras de sua mãe nunca tiveram efeito algum.

Uma sombra apareceu na sua frente. Estava distante, mas ficava cada vez mais próxima. Lena percebeu que era uma mulher vestida como a época mandava. Além de Lena, que alma penada poderia vagar pela noite?

– Srta. Gray – a mulher sussurrou ao se aproximar. – É um prazer conhecê-la.

– Quem é você? – Lena perguntou.

Os arrepios pelo seu corpo só aumentaram. Suor descia pelas suas têmporas, apesar do ar frio a sua volta. A mulher a sua frente não parecia sentir o frio. Aliás, não parecia sentir nada. Mesmo com a proximidade, Lena ainda não conseguia ver os cabelos, os olhos, o formato do rosto. Pela voz, Lena percebeu que ela deveria ser jovem e pela postura, deveria ser ter a mesma idade.

– A pergunta é: por que você está aqui? – a jovem perguntou. – Está do lado errado do jogo, queridinha. Está muito longe de onde tem que estar.

– Você deve ser uma ilusão – Lena tentou se convencer.

A mulher se aproximou mais. Mesmo no escuro, Lena conseguia vê-la agora. Tinha a pele em um tom moreno bem claro, cabelos castanhos cacheados e um olhar... um olhar perverso.

– Não, querida – a garota respondeu. – Eu sou real. Muito real.

– Coisas reais têm nomes.

A garota sorriu.

– Meu nome é Katherine Pierce.

***

– Quantos anos você tem? – Damon perguntou, desconfiado.

– 175 anos – Lena respondeu suavemente.

Damon e Stefan fixaram seus olhos em Lena. Não sabia o que eles realmente queriam saber, mas Lena sabia que eles queriam saber de alguma coisa. Era tão horrível estar ali, se lembrar dos piores momentos da sua vida, saber que poderia ter alguma coisa relação com os Salvatore.

Tudo o que queria agora era voltar para Nova York, ou até ir para Los Angeles, quem sabe até ir para a Europa? Mas algo a prendia àquele lugar. Algo de que ela não podia fugir.

– Por que está aqui, Lena? – Stefan perguntou bruscamente. – Escuta, eu tenho caixões para esconder de um híbrido e não tenho tempo para ouvir suas histórias de vida.

– Eu concordo com o meu irmão, ruiva – Damon deu um rápido sorriso enquanto falava. – Pode seguir o caminho até a porta e tchau!

Lena suspirou.

– Meu pai era Giuseppe Salvatore! – Lena elevou a voz. – Tempo antes de você nascer, Damon, minha mãe teve um romance nada lento com o seu pai. Aliás, nosso pai. Infelizmente.

– Você é... – Stefan começou.

– Sim, Stefan. Eu sou sua irmã.


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