On the Way escrita por Liz


Capítulo 15
Traidora


Notas iniciais do capítulo

O capítulo demorou mais do que o previsto para ser postado, mas finalmente está aqui! *-*
A Lena aprontou muito dessa vez!



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– Oi, amor – cumprimentou em tom casual. – Nós precisamos conversar. Um assunto sério e muito lindo, cheio de sangue e sexo. Na verdade, eu não sabia que essas palavras combinam até conhecer você.

– Você – James disse suavemente. – Eu esperava um cumprimento melhor.

Lena estreitou os olhos para ele.

– Eu não vou te beijar ou transar com você – ela falou, recostando o corpo contra a parede de fora. – Aliás, vai me convidar para entrar ou não?

James recuou e a convidou para entrar. Lena sorriu carismática e deu um passo á frente. James poderia dizer que ela estava se sentindo vitoriosa.

– Eu prometo que não vou pedir nada – ele indagou, sorrindo de orelha a orelha. – É só se você quiser.

Lena se virou para ele.

– Deus, não! – ela negou, mas um sorriso perverso surgiu em seus lábios, um sorriso que não chegou aos olhos cinzentos sem vibrações nenhumas. – Vim fazer o pagamento. Alya disse que você foi muito prestativo hoje.

– É claro que eu tenho perguntas, mas ela me garantiu que você me recompensaria por não perguntar.

Ela bufou. Cruzou os braços, mas desistiu do gesto e caiu no sofá, soltando um suspiro exagerado, cansado até. James se perguntou se ela estaria arrependida por ter pedido ajuda a ele.

– Estou sem ideias no momento. Dinheiro não serve?

– Uma resposta – ele respondeu imediatamente.

Lena arqueou uma sobrancelha e esperou pela resposta.

– Você se lembrava?

A expressão de Lena não-me-importo-com-isso mudou para uma séria, tão séria que ela desviou o olhar.

– Me lembrava do quê? – perguntou.

– Você sabe do que eu estou falando – James retrucou, colocando as mãos nos bolso da calça preta. – 1860. Um dia depois do seu aniversário. Eu tinha ido te visitar para te agradecer e acabei perdendo a cabeça. Eu nunca teria me esquecido disso.

Lena demorou a responder, tempo necessário para James ter certeza de que ela se lembrava e o odiava por isso. Será que ela nunca esqueceu daquilo?

– Eu não me lembrava – respondeu ela. – E se me lembrasse, nunca teria passado aquele tempo com você. Além do mais, foi por causa das minhas lembranças que eu pedi sua ajuda. Não sou apenas eu que guardo segredos, James.

– Sente raiva?

– Ah, não! Eu não sinto raiva. Acredite, eu até gostei um pouquinho. Você é bonito, o tipo de cara que deixaria qualquer garota louca. Na verdade, eu sinto raiva por nunca ter percebido. Quantos anos você tem?

Foi a vez de James desviar o olhar. Ele se afastou o suficiente para a porta aberta estar na visão de Lena.

– É melhor você ir.

Mas Lena foi mais rápida e o pegou pelo braço. Ela estava claramente nervosa e sedenta por respostas.

– QUANTOS ANOS VOCÊ TEM? – ela berrou.

– EU NÃO SEI! – ele berrou de volta. – Apenas me lembro dos últimos trezentos anos, mas eu sei que tem mais! E sei que daqui a algum tempo, eu não vou me lembrar de nada do que aconteceu aqui.

Lentamente, Lena afrouxou seu aperto e tirou a mão do braço dele.

– Eu tenho coisas maiores para me preocupar do que com os seus lapsos de memórias – disse ela. – Eu espero que eu nunca mais tenha que me encontrar com você.

– Aconteceu alguma coisa naquele... Hm... Dia?

– Noite, você quer dizer. E sim, aconteceu. Eu tive uma noite muito quente, que eu realmente prefiro esquecer.

Antes que James pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, Lena desapareceu de sua frente.

***

Uma semana foi o suficiente para chegar a lua cheia.

Bonnie agora estava em sua frente, colocando o Anel em seu dedo anelar direito e até jurou fidelidade. Lena reprimiu uma risada de orgulho e satisfação. Nesse tempo em que Lena gastou tentando usar Bonnie, ela deixou seu caminho limpo e a guerra entre Klaus e os Salvatore continuou sem ela.

Melhor assim.

– O que tenho que fazer agora? – a bruxa perguntou, ansiosa por mais comandos.

Lena deu uma olhada para a janela. Era o início da lua cheia.

– Uma semana – a ruiva respondeu. – É o máximo que temos. Até lá, tenho muitas tarefas para você.

– O que você quiser.

Lena sorriu vitoriosa.

– Quero que liberte todos os Originais.

Bonnie não expressou nada em seus olhos escuros.

– Posso fazer isso agora, mesmo.

– O que há no outro caixão?

– Não sei. – Foi tudo o que ela respondeu.

Lena deu voltas pelo quarto. Alya prometera voltar assim que se sentisse forte o suficiente. Alguns corpos mutilados foram encontrados na saída de Mystic Falls, e Lena se sentia furiosa cada vez que Alya fingia inocência. Havia também a questão sobre James. Não o vira desde aquela noite e nem sentia vontade de se aproximar. O caminho parecia livre para ela.

– Traga-o para mim – Lena ordenou, cruzando os braços. – Assim que Alya chegar, você partirá. Espero que não demore.

Bonnie assentiu.

– O que mais deseja?

– Quem é o mais fraco, Damon ou Stefan?

– Stefan não bebia sangue humano – ela respondeu, ainda em sua postura rígida e imóvel. – Mas depois que começou a andar com o Klaus, ele começou. Damon sempre bebeu sangue humano.

– Ótimo. Assim que Stefan perceber o sumiço dos caixões, você vai trazê-lo aqui. – Lena encarou Bonnie silenciosamente. Definitivamente, ela estava se segurando para não comemorar. – E Elena, a cópia da Katherine?

– Não a vejo desde ontem.

– De quem ela realmente gosta?

Bonnie não respondeu. Pela primeira vez desde que colocara o anel, Lena a viu ficar em dúvida. A ruiva desconfiou que nem a própria Elena sabia dessa resposta.

– Tudo bem – Lena suspendeu a resposta. – É apenas isso, por enquanto. E lembre-se, quando perguntarem onde você conseguiu esse anel, responda que era de sua ancestral, Emily, e que recentemente você o achou, desconfiando que ele fosse muito poderoso.

Antes que Bonnie pudesse assentir para a ordem, Alya chutou a porta do quarto para que fosse aberta, e logo depois, para que se fechasse. Parecia estranhamente irritada, jogando a bolsa de um lado e os saltos prateados do outro. Sem se preocupar com a presença de Bonnie, ela tirou a blusa ensaguentada e teve um pouco de dificuldade ao tirar a calça jeans apertada.

– Pode abrir a boca agora, por favor? – Lena pediu, irritada.

– Um policial me abordou – respondeu imediatamente. – Tentei hipnotizá-lo, mas ele usa verbena. Tive que matá-lo, mas ele resistiu muito. Foi enterrá-lo e levei um tombo horrível. Resumindo: matei um cara, matei um policial, tive que enterrá-los e ainda esconder o carro da polícia.

– Que noite difícil você teve – Lena debochou.

– Nem me fale. – Pela primeira, Alya pareceu perceber a presença de Bonnie. – O que ela está fazendo aqui? Pensei que o ritual já tivesse acabado.

– Sim, já acabou. Mas preciso que ela faça algumas coisas para mim agora e quero que você a acompanhe.

Alya bufou.

– Por que a parte difícil é sempre minha? – Lena encarou Alya, e teve certeza de que sua expressão era de matar. – Ok. Tudo por um bem maior. O que tenho que fazer e por que você não pode fazer?

– Você vai acompanhar Bonnie para libertar os Originais e trazer o caixão trancado para mim – respondeu ela. – Já eu, vou procurar por uma pessoa.

– Quem?

Lena sorriu maliciosamente.

– Ah, alguém que me deve favores.

Alya inspecionou Lena por tempo suficiente para compartilhar o sorriso.

– Klaus não vai gostar disso, bonitinha – ela indagou, os olhos atentos no guarda-roupa. – Mas como eu não gosto, apoio totalmente essa sua ideia. Só não me lembre de que todos os caminhos levam para o mesmo final. – Alya pegou um vestido preto curto e largo, passando-o pela cabeça. – Você vai ficar bem?

– Claro. Bonnie vai trazer o meu remédio em breve.

***

– Então, Bonnie – Alya se segurou para não gritar –, onde estão os caixões?

Bonnie não respondeu. A única pessoa a quem ela tinha que responder era Lena Gray, não a acompanhante que ela mandou. As bruxas deveriam estar escondendo os caixões, mas elas não esconderiam de Bonnie. Ou esconderiam?

– Olhe de novo.

Alya continuou encarando Bonnie, e mesmo relutante, ela olhou de novo. Bonnie quase suspirou de alívio ao vê-los ali, no mesmo lugar de sempre.

– Vamos logo com isso.

Bonnie caminhou para o meio de caixões e Alya foi para o outro lado. Rapidamente, as duas abriram os caixões e tiraram as adagas dos primeiros vampiros do mundo. Alya havia jogado as adagas no chão, mas Bonnie se recusou. Isso deveria ser importante para Lena.

– Acho que devemos ficar com isso – disse Bonnie. – Podemos controlá-los.

– Talvez Lena queira isso, afinal.

As duas pararam no caixão trancado.

– Rápido! – Alya quase gritou. – Se eles acordarem, estamos ferradas.

Alya pegou impulso e levou o caixão para fora. Bonnie olhou para os lados, procurando por alguém. Ela não sabia quanto tempo demorava a que eles realmente despertassem, mas faria de tudo para cumprir as ordens de Lena. Ajudando Alya, Bonnie levou o caixão para a sua nova casa.

***

Klaus planejava tramar seu próximo passo contra Stefan Salvatore o mais rápido possível. O acordo contra Lena não valeria de nada, no final das contas. Ela era apenas um pedra em seu sapato, e não seria um problema contra os objetivos dele.

Não deveria ter se passado horas, ou nem mesmos minutos. Klaus ouviu passos atrás de si. Restou apenas olhar para trás para ver seus dois irmãos mais velhos e o mais novo. Finn, Elijah e Kol estavam em sua frente.

Novos passos surgiram. Klaus se virou mais uma vez para ver Rebekah em seu vestido vermelho. Realmente, ela estava furiosa.

– Irmãos...

E todos os quatro cercaram o Híbrido Original.


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Notas finais do capítulo

A Família Original quase reunida novamente ! Será que a Lena pretende completá-la?



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