On the Way escrita por Liz


Capítulo 10
Um Novo Caminho


Notas iniciais do capítulo

Finalmeeeeeeeeeeeeeeente chegou!



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Nova York, 1866

Lena Gray só conseguia delirar pelas ruas da cidade estranha. Nem se lembrava de como havia chegado àquela cidade ou como tinha sobrevivido por um ano. Ela não se lembrava de muita coisa, mas se lembrava de como tudo começou. Logo depois de ser espancada por Katherine, Lena havia ganhado o sangue dela para se curar. Primeiro, ser espancada. Depois, curada. Tão irônico esse destino.

Ela havia sido hipnotizada para destruir Damon e Stefan Salvatore. Porém, no caminho, Lena foi morta ‘’acidentalmente’’ – apesar de ela ainda acreditar que aquilo tudo aconteceu por algum grande motivo muito estranho. Logo depois daquele dia da sua morte, Lena nunca mais havia visto Katherine Pierce. Grande sorte.

Somente a placa indicava a localização de Lena. Nova York. Ela nunca pensou que estaria em Nova York algum dia de sua vida. Sua mãe, Barbara Gray, adorava dizer que aquela era a cidade das perdições, apesar de nunca ter conhecido a cidade. Lena se achava um pequeno bicho do mato, pois sempre vivera nos arredores de uma cidade recém construída por famílias fundadoras que ela nem fazia questão de saber quem eram.

Lena nunca havia conhecido o pai. Sempre vivera com a mãe e os avós. Sempre se sentira sozinha, apesar de viver cercada por pessoas que conviviam naquele lugar com ela. Só que nunca imaginou que seria o objeto para destruir dois garotos daquela cidade. Salvatore.

E ela só queria distância.

O vestido cor de vinho que usara já estava todo rasgado. O espartilho apertava cada vez mais o seu corpo, apesar de ela ter certeza de que não engordara há mais de um ano. Os sapatos foram abandonados meio caminho atrás, depois de ela se divertir com a velocidade de vampiro e matar três homens que caminhavam solenemente pelas aquelas ruas estranhas.

Ela não se importou.

Mesmo de longe, Lena conseguia ouvir o barulho da cidade. Não sabia de muita coisa, apenas que era uma vampira, pois Katherine havia lhe dito como funcionava. O resto, ela foi descobrindo aos poucos e mesmo que a ânsia por sangue a dominasse, Lena sentia saudade de casa.

– Lena!

Aquela voz soou como uma pancada na cabeça dela. Ela reconheceria aquela voz de qualquer lugar, pois nunca a esqueceu. Por tanto tempo, ela sonhou com o dia em que a ouviria de novo e nunca imaginou em que a ouviria naquela cidade.

Lena se virou.

– Mãe?

Sim, era Barbara Gray. Era sua mãe. Os mesmo cabelos escuros presos pelas presilhas, os vestidos claros e justos, a estatura média, o rosto fino e os olhos suplicantes e carinhosos. Lena correu para ela, sem se importar com nada a sua frente ou o que poderia acontecer. Se jogou nos braços da mãe e se permitiu chorar. A saudade era a única coisa que lhe restara depois de tanto tempo.

Logo ao abraçar a mãe, Lena sentia a sede incontrolável. Ela não sabia como resistir, pois nunca se permitiu resistir. Era raro quando ela não matava suas vítimas. Mas não podia matar sua mãe. Ela era preciosa demais para um fim tão drástico. Ela tinha que se controlar.

Mas não conseguiu.

Virou o pescoço de Barbara para o lado, deixou suas presas saíram e as cravou no pescoço de sua mãe. Lena queria parar, mas era impossível. Ou não.

Sentiu uma dor em sua cabeça tão forte, que parou imediatamente e caiu de joelhos no chão, as mãos na cabeça, como se tentasse acabar com ela. Lena conseguiu olhar para cima e viu sua mãe. Uma das mãos estava para frente e a mão estava aberta, apontada para ela. O sangue ainda descia pelo pescoço e se não fosse pela dor em sua cabeça, Lena teria ido para cima de sua mãe novamente.

– Mãe – Lena lamentou. – Mãe, o que é isso? Mãe!

– Eu vou cuidar de você, Lena – Barbara dizia. – Vou cuidar de você. Vai voltar a ser a minha filha que carreguei nos braços, vai voltar a ter sentimentos e aprender a se controlar. Eu preciso de você, Helena. Eu preciso muito.

***

Damon cruzou a sala com Stefan e Klaus atrás dele. Era muito estranho pensar que seu grande inimigo estava naquela casa, ajudando-os com uma estranha cheia de mistérios que dizia coisas muito malucas e que só deixava tudo pior do que já estava.

– Eu sei – Klaus quebrou o silêncio, caindo no sofá. – Ela é difícil.

Difícil? – Damon ironizou. – Você simples diz que ela é difícil? Helena Gray é o ser mais complicado, maluco, sarcástico, misterioso e complicado de novo. Ela não é difícil!

– Calma, Damon – Stefan pediu. – Lena vai falar algo. Ela tem que falar algo. Ou podemos deixá-la para morrer.

Klaus ficou rígido.

– Você não pode matá-la sem saber os segredos dela – disse ele. – Já pensou que pode ser algo com vocês dois? Porque eu sim.

Damon semicerrou os olhos para Klaus. Não era possível aquilo, era?

– Você ainda gosta dela – Damon concluiu.

Stefan olhou de soslaio para Damon, que não retribuiu. Seu olhar estava em Klaus e ele queria respostas. Klaus sabia de muito também e poderia ajudar bastante, se fosse o jeito dela.

– Ela disse que a avó de uma bruxa conhecia a mãe dela – Damon relembrou. – Então, tecnicamente, a avó era uma bruxa. Se ela conhecia a mãe da Lena, tem chances de ela ser uma bruxa também, certo?

– Sim – Klaus confessou, com um meio sorriso no rosto. – A mãe de Lena, Barbara Gray, era uma bruxa e muito poderosa. Sabe aquele cordão preto com uma pedra dourada que ela tem? – Damon e Stefan assentiram. – Uma vez ela me disse que ganhou da mãe em 1866. Ele era poderoso e tinha sido feito pela Barbara. Protegia Lena de qualquer mal que você pode imaginar. Mordidas de lobisomens, hipnose de Originais, estacas de madeira, vampiros mais fortes... A única coisa que de que ele não a protegia era da verbena. Lena costumava chamá-lo de amuleto. O colar que ela usa para andar na luz do sol foi feita pela mãe também. Antes de ganhá-lo, ela passou mais um de ano sem andar pelo sol.

– Eu nunca ouvi falar nada de ‘’pedras douradas’’ – disse Damon.

– Não é ‘’pedra dourada’’ – Klaus enfatizou as últimas palavras assim como Damon. – É um feitiço que nem ela sabe o que é, mas que a mãe fez. O grimório que Barbara tinha foi queimado por ela pouco antes de Katherine a matar, em 1866.

Stefan ficou desconcertado.

– Katherine matou a mãe de Lena?

– Sim – Klaus respondeu suavemente. – E depois tentar matar a Lena, mas o tal amuleto a protegeu. Katherine tentou pegá-lo, mas quando ela pegou na pedra, ela queimou e desistiu. Ela só havia me dito que uma vampira muito forte havia cruzado a vida dela e da mãe. Hoje sei que é a Katherine.

– E por que a Barbara queimou o grimório? – Damon perguntou imediatamente.

– Lena disse que havia feitiços poderosos demais. Por isso, Barbara destruiu. Lena poderia ter sido uma bruxa, mas como sabem, ou você é bruxa, ou você é vampiro.

– Então a Lena descende de uma linhagem de bruxas poderosas? – Stefan concluiu, franzindo o cenho a cada palavra. – Linhagem Gray... Nunca ouvi falar.

Klaus sorriu. Era aquele sorriso que Damon sabia perfeitamente bem o que significava. Klaus sabia de algo a respeito disso e provavelmente, não contaria ou faria mistério antes da grande revelação.

– O que você sabe? – Stefan finalmente falou o que estava entalado na garganta de Damon. – Eu sei que sabe de algo.

– Por que eu contaria algo tão importante? – Klaus ironizou. – Você deveria saber, pois ela é sua irmã. Eu nunca pensaria sobre isso. Quando falei de você, ela não demonstrou nada. Nem sequer algum sentimento de ódio.

– Diga, Klaus – Damon praticamente implorou e esse não era mesmo o seu forte. – Lembra-se do pacto? Você contra nós e todos nós contra Lena. Esse é o lema.

– Ok. – Klaus se acomodou no sofá. – A linhagem Gray descende de uma linhagem espanhola de bruxas, conhecida como Di Sanchez, de mais de mil anos atrás. A linhagem Di Sanchez era conhecida como louca e poderosa. O último bruxo morreu há quase mil anos e tinha as características que eu disse há pouco. A linhagem Gray descendeu indiretamente e era conhecida como inovadora e secreta. Por isso a Lena nunca soube de suas origens.

– Então a Lena era a última da linhagem? – Damon perguntou.

– Provavelmente – Klaus respondeu. – Vocês são irmãos dela. Se tivessem descendentes, eles poderiam herdar os poderes da linhagem dela. Mas como não podem...

– Zach – disse Stefan rapidamente. – Ele...

Klaus deu de ombros.

– Talvez. – As palavras saíram como um mistério. – Mas as habilidades de bruxas de Lena podem ter se perdido após ela se tornar uma bruxa.

– E como você sabe sobre isso? – Damon perguntou.

– Minha mãe era uma bruxa, Damon – Klaus respondeu. – É claro que eu iria descobrir através dela. E mesmo assim, eu ainda sei que tem mais. Lena finge não saber de suas origens, mas é claro que sabe. E aquele amuleto tem algo de muito valioso nele.

Ficaram em silêncio por um tempo. As palavras de Klaus faziam todo sentido. Lena bruxa. Lena vampira. Damon não sabia dizer se preferia alguma ou se preferia mesmo nunca saber que Lena era sua irmã ou que seu pai tivera um relacionamento nada demorado com a mãe de Lena. Se nem ele e nem Stefan tivessem se tornado vampiros, poderiam estar carregando nas costas as origens de Lena.

– O que mais você sabe? – Stefan finalmente quebrou o silêncio.

– Apenas isso – Klaus respondeu. – Lena era uma bruxa. E se tornou vampira. Usa um amuleto secreto feito pela mãe e descende de uma poderosa linhagem de bruxas.

– Alguma vez você conheceu algum James? – Damon perguntou. Ele se lembrou da reação de Lena ao ver o garoto entrar. Ele parecia ter uns vinte anos no máximo. Damon não havia reparado muito no garoto, mas as reações de Elena e Caroline estavam lhe dando nojo. – Ela disse o nome dele algumas vezes.

Klaus tomou uma postura pensativa.

– Hm... Não. Nenhum James passou pela minha vida enquanto eu conheci a Lena.

Damon se virou para Stefan.

– Agora eu sei exatamente como descobrir mais sobre nossa querida nova irmã.


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Notas finais do capítulo

Deixem suas opiniões! O que a Lena realmente tem dessa linhagem de bruxas? ^^
Nada de leitores fantasmas!



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