A Sombra e a Escuridão escrita por Cris Turner


Capítulo 13
Capítulo 12




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Capítulo 12

 

Não tive reação. Não me movi. Fiquei ali, paralisada pelo choque. Segundos se passaram enquanto a neblina que embaçava meu cérebro era lentamente dissipada.

 

Oh Meu Deus! O que foi que eu fiz!? Em uma reação tardia, pulei do colo dele, caindo direto no chão. Nem tive tempo para sentir dor, pois logo os braços de Edward estavam contornando minha cintura, puxando-me de volta ao lugar onde eu estava.

 

- Está tudo bem, querida? – perguntou, preocupado.

 

Minha língua fora colada no céu de minha boca. Por um breve instante nossos olhares se encontraram e minha vergonha triplicou. Senti cada gota de sangue fugir de meu rosto para, segundo depois se concentrar a litros no mesmo lugar.

 

 O que foi que eu fiz!? Que tipo de mulher eu sou!? Provavelmente uma sem palavra de honra. Há poucas horas prometi tentar estabelecer algum respeito para estabilizar nossa complicada relação.

 

E depois pulo em cima dele!? Acho que quebrei mais promessas nesta semana do que em toda minha vida. Isso é tão frustrante!

 

Ciente de que precisava falar algo, murmurei:

 

- Eu...e-eu sinto muito, Edward. Sinto muito mesmo. Isso não deveria ter acontecido!

 

- Bella.

 

Colocando a mão em meu queixo, delicadamente o empurrou para cima. Continuou a falar quando o olhei nos olhos:

 

- Está tudo bem. Não precisa ficar assim, linda.

 

- Não. Não está nada bem. Com esse beijo, estraguei nossa trégua! – falei, muito rápido. – Mas eu pensei que fosse mais um sonho!

 

Mordi a língua no segundo que as palavras terminaram de sair por minha boca, percebendo o que admitira. Minhas bochechas esquentaram ainda mais quando vi o maravilhoso sorriso torto que iluminava seu rosto. Ótimo! Muito bom mesmo! Não havia passado despercebido o fato de que ter lhe contado que sonhava com ele. Com sua mente super afiada, Edward poderia deduzir que freqüentemente habitava meus sonhos. E o pior é que, se fizesse essa dedução, estaria certo. Algumas vezes eram pesadelos cruéis, outras vezes, doces sonhos. Mas quase toda noite, Edward Cullen ocupava minha mente inconsciente. Quantas outras idéias poderiam provir dessa frase que me escapara?! Poucas palavras me fizeram retroceder centenas de metros em minha jornada para não sofrer ainda mais, mantendo-o longe. Por que eu conheço Edward Cullen o suficiente para afirmar que ele não ignoraria o que fora dito. Já que, por algum motivo – e eu ainda não sabia o qual – meu ex-namorado tentava uma reaproximação. E eu não poderia permitir que isso acontecesse. Meu coração não agüentaria... não dessa vez.

Essa situação precisava ser concertada. Agora!

 

- Não. Não foi isso que quis dizer! – sacudi as mãos freneticamente.  – Sabe. Não é como se fosse uma coisa boa. – cuspi as palavras rapidamente, como se a velocidade fizesse o assunto sumir.

 

Não funcionou. Agora Edward estava se controlando para não rir da minha afobação. Ele não acreditara em uma única silaba. O que fazia sentido, pois nosso tempo de convivência e a intensidade de nosso relacionamento fez com que Edward pudesse me ler muito bem, quase como se pudesse escutar meus pensamentos do jeito que fazia com todos os outros. Sempre precisei me esforçar muito para fazê-lo acreditar em uma mentira e nesse momento eu não tinha condições de me concentrar. A maior prova desse fato são as besteiras que estou falando.

 

- Tudo bem. Está tudo bem, amor. – sussurrou em meu ouvido.

 

Fiquei completamente arrepiada. Edward percebeu e deu uma risada rouca em meu ouvido, apertando de leve minha cintura. Arregalei os olhos ao me dar conta de onde estava. Em um salto estava fora do colo dele e sobre minhas trêmulas pernas. O vermelho voltou a tingir minhas bochechas. Fechei os olhos ao sentir a humilhação lançar seu pesado manto sobre mim.

 

Qual seria a próxima porcaria que eu faria ou diria?!  Pelo menos sabia que o problema não era no meu cérebro. Eu só perdia a noção de tempo e espaço quando estou perto de Edward.

 

Respirei fundo, tentando manter o controle.

 

- Desculpe... mais uma vez. – torci os lábios – Sem querer ser rude... mas o que você está fazendo aqui?! – precisava mudar de assunto rapidamente.

 

- Bom, eu estava passando por aqui e vi seu carro. – deu de ombros.

 

Arqueei a sobrancelha, podia sentir que ele estava escondendo algo sob a camada de educação.

 

- Você viu meu carro e resolveu parar para dizer “oi”? – zombei

 

- Quase isso. – seus lábios se repuxaram em um meio sorriso – Pensei que você não gostaria de ficar sozinha. Então resolvi lhe fazer companhia.  Amigos fazem isso, certo?

 

Amigos? A gente estende a mão e eles já querem o braço inteiro! Eu havia concordado em nos tratarmos como meros conhecido, e, em menos de vinte e quatro horas, Edward já subira a outro patamar. E eu nem podia corrigi-lo, pois meros conhecidos não se beijam como nos beijamos. Amigos não se beijam como nos beijamos. Oh Deus! Existem casais que já completaram bodas de prata e nunca se beijaram do jeito que nos beijamos há alguns minutos! Tem que ter um envolvimento sentimental profundo, o que nós não tínhamos – não da parte dele, pelo menos. O que torna a história toda ainda mais confusa.

 

- Se não for lhe incomodar, gostaria de permanecer aqui com você esta noite.

 

Sim, eu me incomodo! Estava pronta para começar uma discussão. Porém, quando abri a boca, minha consciência, abrasadora como fogo, lembrou-me minha promessa. Ótimo! Muito bom mesmo!, ironizei. Agora meu bom senso resolvia aparecer! Mas onde será que ele estava quando me joguei em cima de Edward!? Realmente era uma coisa bem inoportuna. Contudo, no final das contas, eu não poderia dizer isso. O hospital é público, logo não tenho nenhum direito de opinar sobre o transito de pessoas ali.

 

- Tudo bem. – suspirei, cansada de nadar contra a corrente – Mas você fica ai e eu fico aqui, certo?! – determinei em tom decisivo.

 

Preciso deixar bem claro que, de maneira nenhuma, poderíamos repetir aquelas constrangedoras cenas em que eu estava em seu colo.

 

- Certo Bella. – concordo, risonho.

 

Balancei a cabeça e respirei fundo, voltando à cadeira em que estava antes de adormecer. Tentei relaxar, mas isso parecia impossível com Edward sentado ao meu lado. Míseros centímetros nos separando fizeram minhas mãos formigaram de vontade de tocá-lo. Tentando conter esse desejo, comecei a amassar a barra de minha blusa.

 

Por um longo tempo, encarei a parede branca a alguns metros de distancia. E quando a exaustão chegou, lutei o máximo que pude contra minhas pálpebras pesadas. Perdi.

Em um estado de semi-consciência, ouvi, ao longe, uma voz musical cantarolar uma suave melodia. A última coisa que compreendi, ainda que de maneira vaga, foi essa voz aveludada sussurrando:

 

- Boa noite, meu amor.

 

Adormeci.

 

xxx

 

 

Quando acordei, percebi que a cadeira ao meu lado continua ocupada. Mas era Charlie, com seu inseparável copo de café, que me observava atentamente, não Edward.

 

Cocei os olhos e estiquei os braços, espreguiçando.

 

- Pai, o que faz aqui... – interrompi minhas palavras, cobrindo a boca para abafar um bocejo – O que faz aqui tão cedo?

 

- A casa fica muito vazia e silenciosa sem vocês. – abaixou para dar um beijo em minha testa – Mas tive uma surpresa muito agradável quando cheguei.

 

Arqueei a sobrancelha, esperando que continuasse.

 

- Dr. Cullen avisou que Jack já recebeu alta e poderá voltar para casa hoje! – abriu um sorriso.

 

- Hoje!? Sério!? – meu sorriso era maior que o dele.

 

- Sim. Eles só precisam arrumar alguns curativos, então o levaremos para casa. É claro que seu irmão terá que voltar aqui em alguns dias para renovar esses curativos. E, em pouco tempo, Jack estará completamente curado.

 

Vi raios de alivio brilharem intensamente em seus olhos.

 

Duas horas depois estávamos em casa. Jack resmungou o caminho inteiro sobre as tristezas de viver usando gesso. Agora, já confortavelmente instalado em sua cama, meu irmão continuava se lamentando. Deus! Como os homens são exagerados!

 

Revirei os olhos enquanto ouvia pela milésima vez como ele se sentia entediado e solitário por quase não poder sair de casa graças a perna engessada.

 

- Jack Swan! Eu já disse que lhe farei companhia assim que trocar de roupa. Você já pode parar de choramingar. – falei como se fala com uma criança de dois anos.

 

- Choramingando?! Eu não estou choramingando! – esticou as costas, a coluna ereta.

 

- Assim que eu voltar, ajudarei você a trocar de moletom. Aliás, por que está usando essa jaqueta do papai?! – perguntei, de maneira retórica, já caminhando para porta.

 

- Bom... Há uma explicação plausível para esse fato. – falou, hesitante.

 

 A curiosidade me fez parar e girar o corpo a fim de encará-lo.

 

- Você sabe que eu sou um pouco desorganizado quando o assunto são malas.

 

Sim, eu sabia. Uma vez ele fora acampar e esqueceu-se de levar a mochila com a barraca.

 

- E? – encorajei-o a concluir o pensamento.

 

- Eu dispensei a ajuda das empregadas e a vovó não teve tempo de vistoriar minha bagagem. – sorriu, amarelo – Então, acabei esquecendo minhas blusas de frio.

 

Arregalei os olhos. Como alguém conseguiu ser tão obtuso a ponto de viajar no inverno para um lugar onde também é inverno e se esquecer de levar agasalhos?!

 

- No momento do acidente eu usava o único casaco que trouxe da Inglaterra. E como ele se tornou inutilizável, fiquei sem nenhum. Pedi um emprestado ao papai. E já que não posso ficar usando essas jaquetas dele, mas também não posso sair para comprar, pensei que minha linda irmãzinha far-me-ia um pequeno favor.

 

- O que está tramando, irmãozinho? – perguntei, cautelosa.

 

- Você poderia ir hoje à Port Angeles comprar umas blusas para mim – sorriu, jogando charme – Eu estou doente, sabe?

 

- Mas como foi que você não percebeu antes a falta dessa bagagem?

 

- Eu percebi. E ia aproveitar minha ida à Seattle para comprar esses itens necessários. Porém meus planos foram interrompidos por aquela maluca que comprou a habilitação!

 

- Não brinque com um assunto tão sério.

 

 Não suporto lembrar quão perto estive de perder meu melhor amigo.

 

- Tudo bem, eu vou. – concordei.

 

- Obrigado, Bella. Meu cartão está na segunda gaveta da escrivaninha. Você sabe a senha.

 

Fui até o local indicado e peguei o American Express, colocando-o no bolso traseiro de minha calça.

 

- Avisarei papai que a comida de vocês dois está na geladeira. Então, vou a Port Angeles. – abaixei para beijar-lhe a bochecha – Tchau Jack.

 

- Você já fez o almoço? Quando? – arregalou os olhos.

 

- Antes de vir aqui aturar suas lamentações – me aproximei da saída – Falando nisso, vou comprar umas coisas pra mim. No seu cartão, é claro.

 

- Ei! – foi a ultima coisa que ouvi antes de fechar a porta.

 

 

Peguei minha bolsa, resumi a história à Charlie e sai de casa.

 

No momento em que meu porshe deixou a cidade para trás, eu já estava arrependida de ter concordado em fazer aquele favor. Não arrependida de ajudar meu irmão, eu nunca me arrependeria de algo assim. O problema é que eu não havia pesado a conseqüência que isso me traria: solidão. Agora não havia alguém para me distrair, então as lembranças voltaram com força total.

 

A estrada a minha frente se misturava a imagens dos acontecimentos das ultimas vinte quatro horas. E o rosto de Edward flutuava diante de meus olhos. Cerrei as pálpebras por um segundo, mas obriguei-me a abri-las novamente. Estou dirigindo e não posso arriscar minha vida e a de outras pessoas dessa forma. Além do mais, não havia maneira de bloquear as palavras que zuniam em meus ouvidos. Cada sílaba das ultimas duas conversas com Edward e cada ação que ele teve desde seu retorno, preencheram minha mente. Como pedaços de um quebra-cabeça, eu tentava encaixar tudo para encontrar a razão pela qual Edward estava agindo daquela forma. Porém fracassei terrivelmente, pois a única conclusão que cheguei se mostrava tão absurda que logo foi descartada. Tudo apontava para um possível arrependimento de Edward por ter me deixado. Mas minha consciência gritava quão impossível era isso, lembrando-me de seu adeus.

Apertei o volante com força.

 

Em um gesto desesperado para aplacar meus nervos, inclinei o corpo para o lado, a mão direita remexendo em minha bolsa - a qual estava sobre o banco do passageiro – a esquerda movimentando o volante.  Revezei minha atenção entra a estrada e minhas coisas. Finalmente encontrei o que procurava.  Apertei alguns botões e logo encarei o nome de minha melhor amiga no visor. Porém fui incapaz de completar a ligação, pois ontem Brooke havia mencionado que hoje faria alguma coisa com Lucas. Era injusto estragar o dia deles.

 

Com um suspiro resignado, joguei meu BlackBerry de volta ao banco.

 

Edward. Edward. Edward. Meu pé escorregou no pedal, acelerando o automóvel. Desviei de alguns carros e ouvi uma buzina, mas era como se acontecesse com outra pessoa. A única coisa em minha cabeça era ele. Só recuperei o controle quando vi a primeira placa indicando Port Angeles.

 

Os sons urbanos me faziam mais consciente das coisas ao meu redor. Contudo, por mais que lutasse contra, a culpa tomou conta de mim. Sabia que era totalmente irracional me sentir dessa maneira por estragar nosso trato. Mas era assim que me sentia. Porque, depois de tanto lutar naquela Guerra Fria, finalmente consegui... conseguimos um pouco de paz. E eu fiz tudo ir pelo halo. 

 

Tão perdida estava em pensamentos que passei a rua onde deveria trafegar. Agora, tentando prestar o máximo de atenção que podia, andei mais um pouco até conseguir fazer o retorno. Achei uma vaga ao lado da laja da GAP. Pegando minha bolsa, saí do carro. Enquanto entrava no estabelecimento, decidi que empurraria alguma coisa para meu estômago – porque não estava com fome – assim que terminasse as compras.

 

Uma ruiva gordinha com um sorriso simpático perguntou em que poderia me ajudar. Forcei meus músculos para retribuir-lhe o sorriso ao pedir-lhe que me indicasse onde ficavam os casacos masculinos no tamanho M.

 

- A senhorita está à procura de algum modelo especifico?

 

Ela perguntou quando chegamos a uma parte da loja onde vários cabides estavam cuidadosamente ordenados em cinco recuos na parede.

 

- Não – murmurei – Acho que vou dar uma olhada em alguns. Obrigada – dispensei-a educadamente.

 

- Ok. Se precisar de alguma coisa é só chamar – sorriu antes de se afastar.

 

Passei a bolsa pelos ombros para ficar com as mãos livres. Abaixei a cabeça, tentando me concentrar nas cores e modelos a minha frente, mas aquela culpa intragável continuava pesando em meus ombros.

 

Analisando uma blusa preta especialmente bonita, não percebi a aproximação de outra pessoa até que esbarrei nela.

 

O pedido de desculpas morreu em meus lábios quando vi quem era.

 

- O que você está fazendo aqui? – o tom saiu estridente.

 

Será que eu estava tendo alucinações? Não. Parecia real demais.

 

- Alice me disse que você estaria aqui. – murmurou, calmo.

 

- Você está me seguindo, Edward?

 

Sabia que estava parecendo uma maluca histérica, mas já era muito difícil agüentar tudo sem tê-lo por perto, imagina vendo-o várias vezes por dia?! Eu vou desmoronar!

 

- Não. – franziu o cenho – Eu estava tocando piano quando Alice surgiu completamente desesperada dizendo que teve uma visão. Na visão dela, você me diria que essa idéia de “conhecidos amigos” não estava dando certo, que deveríamos nos afastar completamente e permanentemente. – terminou, muito sério.

 

Meus lábios formaram um perfeito O. Como Alice poderia prever uma coisa que eu não havia pensado!? Ou será que pensei? Talvez essa alternativa estivesse enterrada em alguma parte de meu cérebro, apenas esperando o momento certo para se fazer presente. E, agora que ela se apresentara, parecia ser a única solução possível.

 

- Bella, você está se sentindo culpada porque acha que o beijo desestabilizou nossa tentativa de amizade. – era uma afirmação.

 

- Não! Isso não tem nada a ver! – nossos olhares de encontraram – É! Droga! É isso mesmo! Como você sabe?

 

- Te conheço bem. – sorriu torto – E acho que sei como podemos resolver esse impasse.

 

- Sabe?

 

- Sei. – adotou um tom acadêmico – Você acha que nós estávamos no mesmo... nível. E o fato de ter me beijado – sorri nessa parte – tirou nosso “equilíbrio”

 

 Acompanhei seu raciocínio e tive que admiti que Edward encontrara um jeito de traduzir meus sentimentos e pensamente em palavras. Mas ainda não consegui entender onde ele queria chegar.

 

- Então, para retomarmos nossa amizade, precisamos equilibrá-la novamente. Precisamos porque você precisa. Eu poderia tentar agir como se nada tivesse acontecido. – retorceu os lábios – Por você, eu faria isso. Porém sei que você não conseguiria seguir assim. Seu censo de honra é muito forte e ele acha que, como não cumpriu sua parte, o trato precisa ser desfeito. Mas nós podemos arrumar tudo. – se aproximou.

 

- Como? – perguntei um tanto quanto atônita por ele ainda me conhecer tão bem.

 

- Assim.

 

E em um átimo seus lábios estavam sobre os meus. Braços de aço envolveram minha cintura em um abraço caloroso. A surpresa me paralisou, fechou minha boca e arregalou meus olhos. Edward estava de olhos fechados e sustentava uma expressão de dor, mas os movimentos masculinos eram gentis. Ofeguei de agrado quando ele mordiscou meu lábio inferir, dando-lhe exatamente o que ele queria: passagem para minha boca. Cerrei as pálpebras quando as línguas se encontraram. As batidas cardíacas trovejam em meus ouvidos. Borboletas frenéticas brincavam em meu estômago.

 

Tudo ao redor sumiu.

 

De algum jeito, minhas mãos estavam em sua nuca, puxando-o para mais perto. Então, com muito entusiasmo, eu correspondia o beijo.

 

Puxei o ar aos montes quando, depois de uma pequena eternidade, nos separamos. Mantive minha atenção no chão enquanto tentava estabilizar minha respiração. Sentia seu olhar cravado em mim. Sem conseguir protelar mais, levantei a vista. Edward sorria torto, parecendo muito feliz.

 

- Por que você fez isso?

 

- Porque era única maneira de voltar à estaca zero. Você me beijou, eu te beijei. Estamos iguais novamente. Já podemos retomar nossa tentativa de amizade.

 

Meu cérebro devia ter virado mingau. Pois não conseguia pensar em nada para rebater seu argumento. Apesar de saber que ele estava errado.

 

- Ok. – me ouvi dizendo – Mas não podemos nos beijar desse...jeito. – dei-lhe as costas para que Edward não visse como eu estava curada – Nunca mais.

 

Talvez não devêssemos nos beijar de jeito nenhum. Nem mesmo na bochecha!

 

- Nosso beijo sempre foi e sempre será assim. Como se o resto do mundo não existisse; como se fossemos apenas você e eu. E isso acontece porque nos amamos muito, Isabella.

 

Meu sistema nervoso entrou em colapso.

 

Sobre trêmulas pernas, dei a volta para afundar nas profundezas douras e, com a boca seca, perguntar:

 

- O que você acabou de dizer?


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Notas finais do capítulo

"I have a dream... A song to sing"
 
Amores da minha vida Tudo bom? =D
 
Então, eu to sobrecarregada de trabalhos e provas. Mas assim que eu tiver um tempo eu vou escrever o próximo capítulo. Só não sei qndo será isso...
 
Fiquei muito feliz por vcs teram gostado do ultimo capítulo! õ/
 
Eu tenho uma pergunta,
 
Alguém prefere Peyton e Lucas?  Acho que é meio óbvio que eu prefiro Lucas e Brooke. Mas fiquei curiosa pra saber se alguém que lê essa fic prefere o outro casal.
 
Muito obrigada por todos os reviews =D
 
Love you all ;*