Três gerações três tempos escrita por Laslus


Capítulo 12
Capítulo 11 - Alvo Severo Potter, Afinal


Notas iniciais do capítulo

Eu juro que quando eu vi que a última vez que eu atualizei isso foi em 23 de Janeiro, eu asustei. Tipo, sinceramente mais de um mês desde que eu postei? Como isso foi acontecer?
Por que eu já estou escrevendo o capítulo 13 (e acreditem, tanto este quando o 12 estão bem grandinhos comparados com os demais), então na minha cabeça eu já tinha postado o 11. Eu não sei, eu sou confusa, a escola me deixa perdida.
Bom, não sei, tudo que eu posso pedir é que desculpem essa escritora meio retardada, e aproveitem a leitura do capítulo 11

Música: Chocolate - the 1975

Boa leitura! Nos encontramos nas notas finais.

P.S. capítulo dedicado a Julia Bighetto e a Thammy Lemes por estarem me ajudando na tradução dessa fanfic.



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Quando James e Lilian desceram todos os outros os outros já estavam esperando no salão. Não foi uma surpresa encontrar 3 grupos separados de conversa, cada um de seu tempo. Automaticamente os dois andaram em direção aos amigos deles, que estavam num grupo distante dos demais.

—Nós contamos para eles? — murmurou Lilian para James

Ele encolheu os ombros, parando junto ao grupo.

—Eles têm direito de saber — ele respondeu, não se dando ao trabalho de murmurar.

O grupo cumprimentou eles, mas antes que James ou Lilian pudessem falar alguma coisa, Sirius se pronunciou.

—Seja lá o que “nós temos o direito de saber”, vai ter que esperar, eu e Aluado temos que contar algo.

James revirou os olhos.

—Sinceramente almofadinhas, o que nós vamos contar é…

—Nós morremos — interrompeu Sirius — Quero dizer, nós achamos que nós três (eu, você e Lilian) não estamos vivos nesse tempo, e que Remus…

—Remus está vivo agora, mas morto na época dos nossos netos. — Completou James — Nós íamos falar a mesma coisa. Alice e Frank também morreram.

Alice assentiu com a cabeça.

—Nós tínhamos percebido — ela murmurou — Vocês deveriam ver o Neville, acho que nenhum garoto ficou tão feliz em ver os pais.

O grupo ficou em silêncio por algum tempo, apenas se olhando.

—Bom, acho que o que precisamos agora é descobrir os detalhes — disse Lilian — Quero dizer, como, quando, onde, por que?

—Mas… Se nos evitarmos as nossas mortes, isso não vai, vocês sabem, mudar tudo? — perguntou Alice

Ninguém respondeu, e o silencio foi quebrado quando Harry chamou a atenção de todos antes que alguém tivesse alguma ideia do que responder.

—Bom, acho justo contar para todos, uma vez que Alvo já sabe, e ele deve ter contado para toda a família. — Alvo sorriu culpado e acenou levemente enquanto Harry continuava — mas… Eu tenho uma espécie de ligação mental com Voldemort.

Lilian abriu a boca para interrompe-lo, mas ele levantou a mão pedindo para continuar.

—Esse não é o que eu deveria contar, já que todos que não… bom, todos que não são do passado provavelmente já sabiam. O importante é que eu sei que Voldemort sabe que vocês estão aqui, e por isso nós temos que falar com Dumbledore o mais rápido possível. Nós só temos que evitar todos os alunos, então eu, Ron e Hermione vamos na frente com um mapa dos marotos… Alguém mais tem o mapa?

James puxou o pergaminho amassado do bolso da capa, com um sorriso no rosto. Ao mesmo tempo, James Sirius fazia o mesmo movimento, tirando exatamente o mesmo pergaminho, e alguém fazer um barulho irritado no fundo. Harry franziu as sobrancelhas olhando para o filho.

—Achei que Alvo teria o mapa. — Harry declarou

Alvo bufou irritado.

—Eu tinha, mas alguém tirou de mim com o pretexto de “dever de monitor chefe”!

James Sirius corou, mas sorriu culpadamente.

—Eu roubei do papai primeiro! E então você roubou de mim, e eu roubei de volta. Você sinceramente não achou que eu entregaria isso para algum professor, achou?

Harry deu risada.

—Você roubou o mapa de mim? — ele perguntou, achando muita graça para ficar ofendido.

O garoto encolheu os ombros.

—Eu não podia deixar meu pai com um mapa que visse toda a escola o tempo todo. Além do mais, eu não podia ir para Hogwarts sem o mapa do maroto.

—Eu achei que você entregaria, depois de ficar todo certinho para impressionar aquela tal garota. — Reclamou Alvo

James Sirius corou.

—Não tem nenhuma garota! — ele exclamou — e só por que eu não pego uma detenção por mês não quer dizer que eu esteja cumprindo todas as regras da escola.

Harry, junto com todos os outros, estava se divertindo com a pequena discussão dos irmãos, mas eles realmente precisavam ir para a sala do Dumbledore.

—Isso não importa agora. Alguém com o mapa vai no final da fila e alguém com mapa vai no meio. Evitem qualquer pessoa ou professores e especialmente o Pirraça.

Como era esperado, o grande grupo se dividiu entre os três tempos, com um membro do presente em cada caso alguém aparecesse. Sendo assim, o grupo da frente era o grupo do presente (com um rabugento Draco Malfoy), o do meio era o do futuro (com James Sirius e Alvo Severo brigando pela posse do mapa e uma Hermione Granger fingindo que nada acontecia) e o último o grupo do passado (com um Harry Potter que evitava olhar muito diretamente para seus pais ou para seu padrinho).

James Potter, obviamente, tinha o mapa, andando e conversando com Remus e Sirius distraidamente. Lilian, Alice e Frank, um pouco atrás, também tagarelavam tranquilamente. Harry, um pouco desconfortável, andava sozinho no meio, mordendo as bochechas.

—Hey Harry — perguntou James olhando para o filho — o que aconteceu com Pedro?

Harry mordeu a língua e encolheu os ombros.

—ãh… Ele está solteiro, acho, vocês perderam contato com ele com o tempo.

James trocou olhares com Sirius e Remus que fizeram Harry franzir as sobrancelhas.

—Pobre rabicho — disse Sirius distraidamente — espero que ele esteja bem. Nem todos foram feitos para a vida de solteiro, como eu.

Remus deu uma cotovelada no namorado e James deu risada. O mapa do maroto meio fechado na sua mão distraído com os amigos.

—Potter? —exclamou uma voz assim que James virou o corredor.

O sangue dos 4 garotos da frente gelaram, reconhecendo a voz, e James virou o rosto para encarar Severo Snape na sua frente. O rosto já pálido do professor ficou ainda mais branco e ele deu um passo para trás assustado. Atrás de James, Sirius abriu um sorriso amarelo.

—Potter? Black?

Harry apareceu logo atrás deles, o rosto preocupado.

—Professor. — disse Harry passando a mão no pescoço — Eu posso explicar…

O olhar dele caiu para Harry, e irritação tomou lugar da surpresa em seu rosto.

—É claro que nosso herói, Potter, envolvido nisso — Ele disse carregando a fala de sarcasmo.

Ele olhou o grupo de garotos com um desgosto enorme, até que mais alguém virou o corredor.

—Snape? — perguntou Lilian, reconhecendo a voz, aparecendo por de trás de Harry.

O rosto de Severo mudou tão rapidamente para uma expressão nova que Harry teve que piscar algumas vezes para acreditar. Ao invés da amargura sempre estampada no rosto do professor, estava uma surpresa maravilhada encarando a ruiva a sua frente.

—Lilian? — ele perguntou com uma voz baixa, quase um murmúrio, como se ele falasse muito alto ela desapareceria.

A ruiva, ao contrário, parecia encarar ele com certa curiosidade, como se buscando os traços conhecidos do antigo amigo no adulto a sua frente.

—Snape. Harry me disse que você virou professor. E que você é um espião para a Ordem… Ainda bem que você resolveu parar de ser um idiota. Então, eu sei que isso pode ser muito estranho, mas nós precisamos ver Dumbledore.

Ele abriu e fechou a boca algumas vezes, fazendo Harry, Sirius, James e Remus trocarem risadas.

—Ah — Lilian continuou — Eu sinceramente não acredito que você estava indo brigar com Harry. Sinceramente Snape, um adolescente de 16 anos não conseguiria trazer mais de quinze pessoas de tempos diferentes para o mesmo lugar, não seja insensato.

Snape voltou a sua expressão original de confusão.

—Doze pessoas? — ele repetiu olhando para o grupo de sete (oito, com o Harry) a sua frente

Harry sorriu nervosamente.

—Então… Temos mais algumas pessoas indo para a sala do Diretor agora…

Snape revirou os olhos para Harry, mas seu olhar parecia sempre voltar para a ruiva. Ele girou os calcanhares, claramente relutante em faze-lo, em direção ao outro lado do corredor.

—Você deveria ter chamado um professor no momento em que isso aconteceu, Potter.

Ele começou a andar em direção a sala do diretor, escoltando o pequeno grupo.

—Por que eu? — perguntou James indignado — eu não conheço os professores desse ano.

Harry olhou para o pai.

—Acho que ele quis dizer eu.

Snape revirou os olhos.

—Obviamente — grunhiu o professor numa voz arrastada

Quando o peculiar grupo chegou na porta da sala do diretor, eles encontraram o restante dos viajantes no tempo parados na porta, com uma Hermione Granger a frente da estátua de águia, falando em alto e bom som tentativas de senha.

—Harry! — Exclamou Neville feliz, até seu olhar recair para a figura mais velha do grupo — E… professor Snape?

Todos viraram para encarar o professor, que encarava cansado o enorme grupo de adolescentes a sua frente. Não antes de lançar um olhar de puro ódio para Harry, ele se virou para a entrada anunciando a senha “varinha de alcaçuz” para a águia de pedra. Harry revirou os olhos, ele sabia a senha, ele só tinha esquecido de avisar Hermione.

—Eu não esperava o senhor envolvido nessa baderna, Sr. Malfoy. —disse Snape se afastando da entrada e virando para o afilhado.

Draco encolheu os ombros.

—Eu aparentemente tenho um filho envolvido, o que, na cabeça de Potter, me faz envolvido.

Snape levantou as sobrancelhas.

—Filho? Devo dizer que estou surpreso. Srta. Parkinson ou…

Draco empinou o rosto.

—Com todo respeito, professor… — ele respondeu num tom irônico —Não é da sua conta.

Antes que o mestre de poções tivesse algo a dizer, Draco se virou e subiu a escadaria, seguindo o fluxo de pessoas. Snape esperou até a última pessoa subir para fechar a fila. Ele encarou fixamente o cabelo ruivo de Lilian a sua frente, é claro que ela seria a última a subir.

—Lilian… — começou ele suavemente

—Agora não Snape — ela cortou ríspida — eu não estou pronta para conversar com você. Na minha época, você é um idiota, e aparentemente aqui você é um professor terrível para meu filho e os amigos dele.

Snape fez um som indignado, como se fosse se defender, mas ela aumentou o tom de voz dela levemente, continuando a afalar.

—Mas… Mas você é um professor, e não um assassino, e você é um espião para Dumbledore, o que é mais do que eu esperaria que você fosse se tornar… Além do mais, você está muito mais velho, é um pouco estranho falar com você. E pior de tudo, você me deixou casar com o Potter?

A última afirmação foi num tom brincalhão, e ela sorriu levemente ao falar isso para ele, causando um sorriso leve brotar no rosto de Snape. Apesar de parecer quere dizer alguma coisa, ele permaneceu quieto (o que agradou a ruiva) e continuou a subir as escadarias.

Harry abriu a porta receosamente, entrando primeiro na sala do diretor enquanto o restante da enorme trupe esperava espremido nas escadas.

—Senhor? — murmurou Harry.

Dumbledore, com sua barba longa prateada, olhou com os olhos azuis penetrantes por cima de seus óculos de meia lua para o aluno a sua porta.

—Harry? O que te traz aqui tão cedo numa manhã de férias? Nossa próxima reunião não é até depois dos festejos de natal, eu estou certo,

O garoto sorriu para o professor.

—Eu sei, senhor, mas… veja, tivemos um pequeno incidente no salão comunal. Um acidente envolvendo… tempo.

Os olhos do diretor brilharam curiosos por de trás das lentes.

—Nós temos cerca de 16 de viajantes no tempo esperando atrás da sua porta…

Ele abriu a porta atrás dele, e todos os alunos, seguidos por Snape, entraram no grande gabinete do diretor. O próprio se levantou de sua escrivaninha, caminhando até os alunos já conhecidos do passado. Apesar da surpresa, ele trazia uma melancolia nos olhos azuis e no sorriso.

—James, Lilian, Sirius, Remus, Alice, Frank… É um prazer tê-los em meu escritório novamente. Se permitem as manias de um velho, prefiro chama-los pelo primeiro nome, pois se tornaram amigos após deixarem a escola. Ah, a quanto tempo não vejo os senhores, tão jovens e tãos inspirados, no meu escritório… Se bem que, alguns visitaram-no nos tempos de escola mais que outros.

Seu olhar faiscou para os três marotos, um sorriso brincando em seus lábios, fazendo o trio sorrir de volta. O professor andou em direção até o outro grupo, o único formado por desconhecidos, analisando os adolescentes ali parados.

—Creio que, pelo menos ao meu ver, nunca fomos apresentados. Sou Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts de 1996, e vocês são…

—Somos os futuros filhos dos seus atuais alunos, senhor — Disse Rose — Do ano de 2022. É um prazer para nós.

O velho diretor sorriu melancolicamente mais uma vez, mas seus olhos passavam para cada um do grupo.

—Se me permitem, poderia eu tentar adivinhar de qual de meus alunos os senhores são parentes? Um pequeno divertimento para testar a memória de um velho diretor.

Os alunos sorriram e concordaram antes dele continuar.

—Você — ele disse olhando para Alvo Severo — é a cara de seu pai, assim como seu irmão logo atrás, mas ele, se me permitem dizer, tem os olhos de sua mãe, Gina Weasley, se não estou enganado.

Gina corou um pouco, e Harry sorriu olhando para o grupo. Era a primeira vez que ele ouvira isso sem que fosse dirigido para ele.

—E creio que esta jovem, — ele se voltou para Lilian Luna — seja a caçula da família, novamente muito parecida com a mãe, alguns traços do pai, porém, se prestamos atenção no queixo…Bom, a senhorita que falou comigo — seus olhos então faiscaram para Rose — tem o espírito da senhorita Granger, embora a cor de cabelo dos Weasley, ouso dizer que o senhor Weasley mais novo tem o mesmo nariz que a senhorita… O mesmo a se dizer sobre seu irmão ao seu lado, mas ele tem claramente o rosto de sua mãe. — Seu olhar caiu para Scorpius, ao lado de Rose — O senhor, como alguns de seus colegas, é a cópia de seu pai, mas a mãe… Ouso dizer talvez a senhorita Greengrass, amiga do senhor Malfoy…

Seu rosto virou para os gêmeos Longbottom.

—Os senhores se parecem muito com a senhorita Abbot e com o senhor Longbottom…E por último, o metamorfomago. — Dumbledore soltou uma risada — isso seria uma trapaça, se eu não conhecesse uma bruxa extraordinária com tal habilidade, Tonks, e ouso dizer que, se eu a conheço bem, ela conseguiu convencer Remus a finalmente sair com ela.

Seu olhar faiscou para o jovem Remus do outro lado do grupo, que entrelaçou sua mão na de Sirius instantaneamente. Dumbledore apenas sorriu melancólico novamente antes de sorrir para o grupo do futuro, como se esperando o resultado de suas charadas.

—Todos corretos, senhor, — disse Scorpius — embora minha mãe seja Astoria GreenGrass, ela á alguns anos mais nova que meu pai.

Os olhos de Dumbledore faiscaram e se viraram para Draco, que permanecia de braços cruzados olhando para os quadros nas paredes, como se desinteressado por tudo que acontecia.

—Senhor Malfoy, se me permite dizer, estou feliz com sua escolha de esposa… Ou futura escolha.

Malfoy continuou a não olhar nos olhos do diretor.

—Se o senhor me permite, eu prefiro que o senhor não diga.

Dumbledore soltou uma risadinha antes de voltar ao centro da sala, encarando todos os adolescentes.

—Me contem o que aconteceu antes de virem para cá, tudo que vocês podem lembrar, por favor, qualquer detalhe pode ser de extrema importância.

Remus começou narrando o dia dos marotos e seus amigos desde quando se reuniram no salão principal para almoço. O seguinte foi Harry, que narrou o dia dos amigos – que incluiu passar praticamente toda a tarde fazendo guerra de neve. Por último, Teddy disse o que acontecera desde manhã, quando ele chegou na escola.

Não havia nenhuma semelhança se quer se não fosse que, no final do dia, o grupo se encontra no salão comunal da grifinória. Se Harry e Remus acordaram tarde, Teddy havia chego de manhã cedo, acordando os primos e amigos. Se Harry havia passado o dia nos jardins, Remus e os marotos não haviam deixado os muros do castelo e Teddy havia sido buscado por alguns de seus primos em Hogsmead.

—Nenhum dos senhores lembra de algo a mais? Uma palavra diferente, um feitiço que vocês estavam treinando…

Eles negaram com a cabeça, se entreolhando como se alguém fosse sugerir alguma coisa. Com o silêncio, Dumbledore passou a mão nos olhos, segurando os óculos de meia lua na mão mesma mão. O olhar de Harry caiu para a mão preta e morta que ele havia aprendido a evitar olhar durante o decorrer daquele ano. Se possível, ela parecia ainda pior e mais decadente. Harry se pegou perguntando se a maldição estava subindo para o resto de seu braço.

—Eu terei que procurar algum feitiço que possa realizar tal feito, mas com certeza teria que ser feito por um bruxo extremamente poderoso… Temo que nm eu mesmo jamais seria capaz de fazê-lo. Agora, podemos investigar outra coisa: que tipo de viajem no tempo aconteceu. Os senhores estão familiarizados com as três formas possíveis de viajem no tempo?

Embora todos os membros do futuro tivessem assentido, fazendo Rose rir levemente, a maioria do restante do grupo negou com a cabeça. Dumbledore apenas sorriu e explicou as teorias pacientemente, sem se irritar com as perguntas redundantes que muitos jogavam durante sua explicação.

—Então, resumindo — disse Sirius — Nós podemos ou estar fazendo o que deveríamos, por que a viagem do tempo já aconteceu na linha do tempo que a gente vive, ou nós podemos ter criado universos paralelos ou nós podemos destruir toda a nossa linha do tempo, universo e tudo que a gente conhece? Então, ou o Harry-de-2022, pai dos garotos ali, sabia que isso ia acontecer. Ou a gente criou 3 universos paralelos, um aonde o futuro leva em consideração que eu e meus amigos viajamos no tempo, um que leva em consideração que Harry viu os futuros (mas nesse, nós nunca viemos do passado) e um que leva em consideração que os do futuro conheceram o passado (mas nesse, os dois passados não conheciam o futuro)... e todos esses são paralelos ao universo Alfa aonde ninguém viajou no tempo? E a terceira opção é que nós vamos todos morre. Por que o mais simples é o único que eu não gosto?

Rony levantou a mão confuso.

—O que acontece nesse universo paralelo, por exemplo, que leva em consideração que vocês viajaram no tempo?

Hermione virou para o amigo.

—O futuro é re-escrito, sem alterar qualquer outro universo. Então eles podem resolver nunca ter filhos, e Harry e seus desentendes não nasceriam. É como só outro universo, tudo pode acontecer. Voldemort pode tomar o poder e virar um novo ditador, por exemplo.

—Obrigado por nos dar um futuro otimista — riu Alice

Hermione corou e riu nervosa, pedindo desculpas.

—Sirius — disse Dumbledore gentilmente — Sua explicação, embora difícil de seguir, está correta.

O garoto sorriu orgulhosamente para o diretor.

—Bom, — continuou o diretor — tudo que eu posso pedir é que evitem conversar com alguém fora desse grupo, que permaneçam dentro dos muros do castelo e que não contem nada sobre o futuro para membros do passado, pelo menos não até eu descobrir qual viagem no tempo essa confusão se trata.

Hermione levantou a mão timidamente.

—Senhor? Se o senhor não se importa, eu poderia ajudar na pesquisa.

Lilian, Alice, Rose e Remus concordaram veementemente, fazendo o diretor sorrir.

—Eu tenho alguns dos melhores alunos que Hogwarts já teve (e ainda vai ter, se estou certo) para me ajudar, seria tolo de desperdiça-los. Seria uma honra ter o auxílio dos senhores. — os alunos coraram sob o olhar azul do diretor — E creio que os senhores dormiram no salão da Grifinória essa noite? Acredito que deveríamos não abusar dos quartos dos demais alunos… Harry, estou certo que o senhor conhece uma certa sala que pode abrigar todos.

O garoto fez uma careta, se odiando por esquecer da sala precisa.

—Certamente, senhor.

Os sonserinos pareceram aliviados ao saber que não mais dormiriam no salão vermelho e dourado.

—Bom… — continuou Dumbledore — creio que isso seja tudo…

Alvo Severo tossiu levemente, chamando a atenção para si.

—Senhor, eu sei que não devemos revelar nada do futuro, mas eu sei com certeza que o senhor já sabe sobre… O que eu quero dizer é, meu nome é Alvo Severo, é uma honra finalmente poder conhecer o senhor.

Dumbledore olhou para o garoto a sua frente docemente, sorrindo de leve, antes de olhara para Harry.

Snape, no fundo da sala, engasgou na própria saliva, encarando o garoto que se proclamara seu xará enquanto tossia.

—Oh, Harry — ele disse, os olhos brilhando — devo dizer que de todas as honras que eu já recebi, essa deve ser a maior. — seu olhar se voltou para o aluno do futuro, e Alvo Severo podia jurar que haviam lágrimas em volta dos orbes azuis — a honra é toda minha, senhor Potter.

O grupo, seguindo Hermione, começou a se dissipar e andar em direção a sala precisa. Harry foi o último da fila, e Snape se aproximou dele, tossindo, claramente desconfortável.

—Alvo Severo, senhor Potter?

Harry fez uma careta e levantou as mãos.

—Eu não sei, tanto surpreso quando você.

Snape tossiu novamente, e desviou o olhar. Automaticamente seu olhar encontrou o de Lilian, que estava parada na porta de braços cruzados e sobrancelhas levantada, como se soubesse exatamente o que ele estivesse falando. Snape bufou e tornou a falar, sem olhar para Harry.

—Por mais… peculiar que a situação seja… obrigado.

A palavra parecia tão estranha na boca de Snape que ele quase fez uma careta, enquanto Harry o encarava surpreso, a boca meio aberta.

—O que?

Snape empinou o rosto.

—Eu não vou me repetir — ele disse antes de sair em direção à porta (e consequentemente à uma Lilian sorrindo presunçosamente)

—Pronto, pronto — ela disse, acompanhando ele na descida — doeu?

Snape encolheu os ombros, sorrindo para a ruiva.

—Doeu. Sinceramente, Alvo Severo Potter.

Lilian deu risada, e Snape sorriu melancolicamente para o som, olhando a antiga amiga. Ela o olhou curiosamente de volta.

—Você não mudou tanto assim, Snape. Até continua a não lavar os cabelos!

Snape revirou os olhos e virou o rosto, embora ainda sorrisse.

—De novo não Lilian!

Ela riu e mordeu a língua.

—Sinceramente, não é à toa que James e os amigos dele implicam com seu cabelo.

O sorriso automaticamente caiu do rosto do Snape.

James — ele falou ironicamente.

Ela revirou os olhos, tentando esconder que ela corara.

—Você realmente não mudou. Você ainda odeia os marotos tanto assim? A ponto de ser um professor terrível para o meu filho?

Snape encolheu os ombros e não respondeu, fazendo a ruiva revirar os olhos.

—Bom, pelo menos você sobreviveu até aqui — ela murmurou.

Ele parou no lugar, olhando a ruiva que parou logo a sua frente.

—O que… Como…

Ela sorriu tristemente para ele.

—Nenhum de nós é um idiota, Snape.

Ela continuou a andar pelos corredores, ainda seguindo o restante do grupo, que estava bem a frente, obrigando Snape a andar mais rápido para alcança-la.

—Eu sei que nenhum de nós está vivo nesse ano. Só Remus e você sobreviveram, não foi?

De novo, ele ficou quieto, evitando olhar para ela. O silêncio foi a confirmação que ela precisava, e ela notou, surpresa, que ela não queria chorar. Ela queria berrar o mais alto que as cordas vocais dela aguentavam. Ao invés disso, ela apenas sorriu melancolicamente.

—Tudo bem. A gente já tinha deduzido isso… E se você quer minha opinião, nem você nem Remus vão sobrevier essa guerra.

Snape sorriu da mesma maneira que ela. Ele sabia disso, ele havia notado, ele entendia o que o segundo nome do filho do Potter significaria.

—Eu sei. — ele murmurou — Alvo Severo Potter, afinal.


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Notas finais do capítulo

E ai, curtiram?
Eu tentei ~denovo~ explicar viagem no tempo, por que eu ainda tenho gente confusa, e eu não culpo vocês por que é super complicado e confuso, principalmente lendo assim. Eu estava até pensando em fazer um desenhinho explicativo, mas eu desisti.


Eu vou ser chata e teclar na mesma tecla de sempre: o meu número de comentários está caindo muito recentemente, eu só queria saber porque. Tipo se é a história ou a escrita ou a caracterização. Críticas são bem vindas, e eu juro que eu presto atenção nelas! É claro que comentários de qualquer maneira são sempre bem vindos!

Soa cafona, mas a verdade é que eu amo todos vocês só pelo fato de terem aguentado 11 capítulos da minha história.

Espero ver todos vocês nos comentários e nos capítulos seguintes! Ah, alguém aqui viu/está vendo Korra? Acabei de maratonar as últimas temporadas, estou apaixonada.

Vou responder todos os comentários com carinhos amanhã, prometo.

Beijos,

Laslus