Três gerações três tempos escrita por Laslus


Capítulo 11
Capítulo 10 - Manhãs Grifinórias


Notas iniciais do capítulo

FELIZ 2015 23 DIAS ATRASADO.
espero que o começo de ano de vocês tenha sido tão fantástico quanto o meu, que incluiu uma viagem incrível e visitar uma de minhas melhores amigas que eu não via a 5 meses. O que é o motivo que eu não posto a 23 dias. E eu espero que vocês tenham uma justificativa pela falta de comentários, por que eu sempre sinto que é minha culpa. Se for, avisem que eu tento arrumar e melhorar a fanfic!
Bom, esse capítulo é basicamente Harry/Gina, James/Lilian e um pouco de outras coisas. Só inclui a nossa amada familia Potter.
Vejo vocês nas notas finais, por enquanto aproveitem o capítulo
Música: Hit It - American Authors que eu acabei de descobrir numa playlist do 8tracks.com



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Harry foi o primeiro a acordar, quando os raios de sol já estavam entrando pelas brechas da cortina em torno na cama. Ele sentou de súbito na cama, antes de conseguir assimilar nada do que estava acontecendo (muito menos que havia uma outra pessoa na sua cama). Seu coração estava bombeando com força em seu peito, as batidas ecoando nos seus ouvidos enquanto ele respirava rapidamente e passava as mãos sobre o rosto suado. Fazia meses desde que tivera um pesadelo tão vívido quanto aquele.

Ele assustou e contraiu seu corpo quando uma mão pousou em seu braço, abraçando-o de lado. Ele virou o rosto para encontrar Gina sentada do seu lado na cama, o cabelo bagunçado e as vestes amassadas, olhando para ele com preocupação.

—Calma, Harry. Sou eu. O que aconteceu?

Ele tentou sorrir enquanto forçava sua respiração a voltar ao normal, mas não respondeu. Gina sorriu de volta, apesar de obviamente ainda estar aflita com a situação do namorado. Sua mão em torno dele subia e descia em seu braço, como se confortando-o. Quando Harry pareceu mais calmo, ela tentou perguntar de novo o que acontecera. Ele demorou para respondeu, e ela pensou que talvez não fosse o melhor momento para perguntar, mas ele começou a falar antes que ela pudesse completar o pensamento.

—Eu… eu tive um pesadelo. Do tipo de pesadelo que eu tinha quando Voldemort ainda tinha acesso a minha mente.

Ele parou de falar por alguns segundos, fechando os olhos e soltando um suspiro. Por que as coisas não podiam ser normais? Ele se perguntou, passando as mãos sobre o rosto novamente. Por que eu não podia só acordar do lado dela, sem complicações, sem viagens do tempo do outro lado da cortina, sem o lorde das trevas?

—Ele sabe que eles estão aqui… Ou pelo menos ele sabe que ouve uma… como aquele comensal disse? — ele paro um pouco, desconfortável de tentar lembrar o próprio pesadelo — uma “Perturbação no tempo”.

Gina beijou suavemente a bochecha dele.

—Hey, não se preocupe, é só mais um problema para a enorme lista. Vamos contar tudo para Dumbledore, e ele claramente vai achar a solução, e enquanto isso, você pode conhecer seus pais.

Ele virou o rosto e beijou ela delicadamente apesar da posição ser desconfortável.

—Eu te amo. — ele disse olhando para os olhos castanhos dela.

Ela sorriu.

—Eu sei. Eu também te amo.

Ele negou com a cabeça.

—Não. Eu te amo mesmo. Pra valer.

Ela deu risada, colando a testa na do namorado.

—Harry. Eu sei. Eu também. Nós temos nossos filhos enviados do futuro dormindo nas camas do lado.

Ele deu uma risada fraca, entrelaçando a mão nos cabelos dela.

—Sim, mas isso não significa nada. Muitos casamentos não funcionam ou…Ou eu poderia não te amar ainda, ou…

Ela riu novamente da ansiedade do garoto, beijando-o suavemente para impedi-lo de continuar.

—Ou você me ama, e eu te amo, agora. — ela terminou para ele — e vai funcionar.

Ele fez uma careta, o que só a fez rir de novo.

—Eu estou sendo dramático de novo, não é?

Foi a vez dela de fazer a careta.

—Só um pouco. Mas tudo bem, é pra isso que eu estou aqui.

Ele deu a primeira risada desde que acordara e a beijou de novo.

—Eu te amo. — foi a vez dela dizer — Vamos levantar?

Ele soltou um lamento e caiu na cama de novo, puxando-a junto pela cintura até que eles estivessem deitados dividindo um travesseiro.

—Ou… — ele sugeriu abrindo um sorriso para a ruiva — nós podemos ficar aqui mais um pouco e…

—Vocês sabem que nós podemos ouvir tudo, não é? — disse uma terceira voz vinda de fora do que lhes parecia uma parede de cortinas. — Vocês poderiam pelo menos lançar um feitiço silenciador ou algo parecido.

Harry e Gina coraram automaticamente, reconhecendo a voz como sendo de Alvo.

—Alvo Severo Potter — disse Gina — não fale tão alto, você vai acordar seus irmãos.

Harry olhou-a impressionado ao ver a interpretação de “voz de mãe” da garota. Ela apenas sorriu marotamente mordendo a língua, e deu de ombros. Ela parecia estar se divertindo tanto quanto ele.

—Nós já estamos acordados, mãe — disse Lilian Luna sonolentamente — só o vô James e a vó Lilian ainda estão dormindo.

Foi a vez de Harry se pronunciar.

—Então não falem tão alto para não acordarem eles.

Sua voz não era nem de perto tão potente quanto a de Gina, mas ele se divertiu de qualquer maneira, antes de abrir as cortinas e pular para fora da cama.

Os três já estavam acordados, como Lilian Luna afirmara, mas apenas Alvo havia saído da cama. Tanto ela quanto James Sirius estavam confortavelmente deitados nas enormes camas, se movendo sonolentamente sob as cobertas. Alvo, por outro lado, estava se espreguiçando ao lado da cama, como se tivesse dores nas costas.

—Eu não sei como vocês dormem nessas camas, as da Sonserina são mil vezes mais confortáveis.

James Sirius revirou os olhos e sentou na cama, passando a mão no cabelo bagunçado.

—Você só está implicando, as camas do salão da Corvinal são exatamente iguais.

Gina, levantando da cama, lançou um olhar sugestivo ao garoto.

—Elas são? E como você sabe sobre as camas da Corvinal?

James Sirius corou com a insinuação.

—Não tem nada a ver com isso. Meu melhor amigo, David, é um Corvinal, e ele tem uma cama sobrando no quarto dele, então as vezes eu durmo lá.

Harry franziu as sobrancelhas.

—Isso não é contra as regras?

James Sirius corou um pouco mais.

—Só é contra as regras se você é pego — ele respondeu colocando os óculos quadrados no rosto.

Harry e Gina deram risada.

—Seu nome é apropriado. — riu Harry — mas eu culpo os genes de sua mãe.

Gina sorriu, dando a língua ao namorado.

—Disse o garoto que quebrou todas as regras da escola.

Ele deu de ombros, mas não disse nada. Um silencio caiu por alguns segundos no quarto até que Lilian Luna, ainda deitada, perguntasse apreensivamente:

—É verdade? Voldemort sabe que estamos aqui?

—Ele sabe que algo aconteceu.

Alvo encolheu os ombros.

—Eu nunca pensei que Voldemort seria um dos nossos problemas.

—Bem vindo a minha vida. — bufou Harry — Chamem as famílias dos andares de cima e nos encontrem no salão comunal, temos um Dumbledore para encontrar.

Lilian saltou da cama no mesmo instante.

—Eu fico com o quarto do Hugo! — Ela exclamou antes de sair pela porta.

Alvo e James Sirius olharam para a porta, agora entreaberta.

—Eu acordo Scorpius — declarou Alvo — tem um feitiço novo que eu quero tentar.

O irmão mais velho deu de ombros.

—Eu acordo Alicia e Franek.

Os dois saíram pela porta, deixando o casal sozinho no quarto – com exceção de Lilian Evans e James Potter, que dormiam tranquilamente na última cama do quarto. Harry andou até a cama, puxando vagarosamente a grossa cortina vermelha que caia em torno deles. Apesar da luz que entrara, nenhum dos dois reagiu, dormindo profundamente.

Harry levou uma mão em direção a eles, mas ela parou no ar, e ele só encarou os dois por algum tempo. Apesar de terem dormido em lados opostos da cama os dois tinham se movido o bastante para acabarem emaranhados no centro. Lilian, deitada de lado, tinha a cabeça no ombro de James, e apesar da coberta por cima deles, Harry podia deduzir que ela tinha um braço jogado sobre ele também. James, por outro lado, estava deitado de barriga para cima, um dos braços em baixo dela, a cabeça levemente inclinada como se estivesse apoiando-a na cabeça da ruiva.

Gina se aproximou dele devagar, abraçando os ombros dele.

—O que foi Harry?

Ele negou com a cabeça;

—Nada, é só estranho.

Harry se forçou a sair do transe e chacoalhar o ombro do garoto que um dia seria seu pai.

—Hey… James… Pai, acorda.

James abriu os olhos lentamente, completamente confuso. Os olhos de Lilian também faiscaram verde-esmeralda, acordando com a movimentação. Assim que ela percebeu aonde estava seu rosto se tornou quase do mesmo tom do cabelo dela, e ela pulou para longe, quase caindo da cama. James, por seu lado, ficou no mesmo lugar, ainda meio perdido de sono, assistindo a ruiva se equilibrar na beirada da cama.

—Bom dia pra você também, Lily. — ele murmurou rindo sonolentamente.

Lilian bufou e levantou da cama, ajustando a saia amassada.

—Eu estou com muito sono para aguentar você, Potter. Harry, Gina, bom dia.

Ela saiu para o banheiro quase tropeçando nos próprios pés e James teria dado risada se ele mesmo não estivesse com problemas para manter os próprios olhos abertos.

—Ela é sempre assim bem humorada de manhã? — perguntou James

Ele se xingou mentalmente ao terminar a fala. Ele sabia que Harry não o tinha conhecido, pelo menos fora o que os garotos do futuro haviam dito. Harry encolheu os ombros, uma onda de melancolia se passou pelos seus olhos.

—Às vezes. — ele mentiu — nós vamos estar lá em baixo, esperando.

James assentiu com a cabeça.

—Que horas são?

Gina olhou no relógio do lado da cabeceira de Harry.

—Nove horas. Se dermos sorte vamos ter tempo de tomar café depois de falarmos com Dumbledore.

O garoto piscou várias vezes, olhando o casal de pé.

—É isso que vamos fazer agora? Falar com Dumbledore?

Harry assentiu,

—Ele vai saber o que fazer.

James afundou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos. Era muito cedo e ele estava muito cansado para lidar com confusões do futuro.

—Eu já desço, podem ir.

Os dois pareceram aceitar a sugestão, por que James podia ouvir passos se afastando da cama e uma porta se fechando. Só então ele abriu os olhos e se forçou a levantar. Olhando em volta, ele podia quase fingir que estava no próprio dormitório, no próprio tempo. Tinha uma cama extra e pôsteres desconhecidos nos lugares errados, mas ainda tinha uma essência do próprio quarto: o cheiro, a bagunça, o vermelho-e-dourado, as vassouras de quadribol.

Lilian saiu do banheiro parecendo menos sonolenta (mas ele não ousaria dizer que ela parecia “acordada”). A presença da ruiva quebrou a tentativa de criar uma fantasia de estar de volta: Lilian nunca havia saído de seu banheiro do dormitório com um rosto cansado. Para falar a verdade, Lilian nunca sequer havia entrado em seu quarto.

—Eles vão nos encontrar lá em baixo. Vamos conversar com Dumbledore.

Ela suspirou.

—Eu sei, deu para escutar. E eu não estou mal-humorada, Potter.

James riu enquanto arrumava a camisa.

—Claro que não, Lírio, Você está um poço de alegria e raios de sol.

Ela deu a língua para ele.

—É Evans para você.

Ele bagunçou o cabelo com a mão, fazendo ele deixar de ter um bagunçado acabei-de-acordar para um estava-voando.

—Achei que depois de um encontro eu poderia te chamar pelo primeiro nome.

Ela andou em direção a porta.

—Esse direito é exclusivo para depois do terceiro encontro apenas, e eu não sei se você sobrevive até lá.

Ele sorriu de lado.

—É um desafio, Lírio?

—Evans. — ela insistiu antes de sair e descer as escadas, com ele em seus calcanhares.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, é um capítulo mais fofo do que importante, mas os próximos serão cheio de trama e tudo mais... eu estou notando que essa fanfic está ficando muito, muito grande... ops? Se vocês não conhecem minha fanfic "maldição Black" ela tem 200 páginas e totalmente conta conta como "tamanho de um livro". E nem é tão grande assim. Bom, ignorem a propaganda (mentira, não ignorem, vão ler).
Bom, quero agradecer muito a duas leitoras magníficas minhas que atendenderam minhas preces de garota-terminado-o-médio e me ajudaram/estão me ajudando a relaxar e aproveitar e escolher um curso: a Dazinha Monteiro (que escreveu um texto lindo) e
Luly Mashiro Di Ângelo Malfoy, que aparentemente não tem mais conta!
Bom, como sempre quero agradecer a vocês, leitores lindos, e principalmente a aqueles que escrevem um comentário, hunf. Ah, isso me lembra que eu vou responder os comentários amanhã, por que são 3 da manhã e eu ainda tenho que postar isso outras 3 vezes.
Bom, acho que é isso! Espero ver vocês no capítulo 11, lembrando que qualquer crítica é sempre bem vinda!
Ah, mais uma coisa, se alguém estiver interessado em me ajudar na tradução dessa fanfic, eu agradeceria muito! É só mandar uma PM!
Beijos,
Laslus