Solemnia Verba escrita por Blitzkrieg


Capítulo 18
Capítulo 17: A Origem do Sofrimento.


Notas iniciais do capítulo

A reunião com os anciões se encerra de forma inesperada. Hecate e Waldrich decidem retornar para a fortaleza. Sem muitas opções decidem apenas aguardar o confronto. Hecate analisa a psique de seu adversário junto com seu fiel subordinado, tomando como base as explicações cedidas pela trindade sobre o passado do mesmo.





Enquanto isto, Waldrich decide apenas se entreter um pouco, para afastar os maus pensamentos e evitar que o desânimo que tomou conta de si permaneça influenciando-o por muito tempo. Porém, mal sabe este que terá uma surpresa bastante desagradável. Assim como o último Chernobog que estava preso no futuro.



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A porta se abriu ruidosamente. Após adentrar o imenso cômodo mobiliado com características da Europa do período moderno o desejo de se sentar para ficar a sós com seus próprios pensamentos foi sobressalente. Avistando uma poltrona acolchoada com detalhes vermelhos não pensou duas vezes, desabou no móvel como se suas pernas já não agüentassem mais o peso do corpo. Não demorou muito para descobrir que não estava só, alguém logo se aproximou e repousou uma das mãos no encosto de cabeça da poltrona.


– Me perdoe Yami, não percebi que você estava na sala. – disse Hecate, com um tom triste na voz.


– Algo a preocupa mestra? – indagou o servente.


– Não podemos contar com a ajuda dos anciões, eles estão ocupados com assuntos aparentemente muito sérios. Parece estar havendo um caos total em algum lugar.


– Compreendo. Não podemos desanimar, temos todos os recursos para vencermos uma possível invasão.


– O que me intriga é que Hiero é muito esperto para invadir este local sem algum truque. Tenho muitas poucas informações sobre ele, mas talvez eu tenha conseguido algo valioso na reunião.


– O quê?


– Durante a reunião a trindade discutiu sobre a origem da família Krypsimo. Mesmo havendo algumas omissões que interpretei como propositais, algo que eles fazem com freqüência, foi possível perceber talvez até o que motiva este devatã criminoso que perseguiu Vlad durante tanto tempo a agir desta forma.


– Entendo. Talvez, mestra, ele seja motivado apenas por um desejo assassino que esteja oculto em sua alma.


Hecate suspirou.


– Ambos sabemos, aliás, você sabe mais que eu, como um desejo assassino pode aflorar do nada. A sensação de poder, o domínio sobre a vida de um ser vivo é algo que transcende a vontade até mesmo humana. Ter a oportunidade de retirar a vida de um ser vivo para alguns é uma provação de transcendência. Algo que retira, o potencial assassino, da simples condição de passividade sobre a vida e muitos destes mesmos assassinos acabam considerando isto uma elevação de espírito. Mas não se engane meu caro, isto ocorre para as mentes fracas. Nossas décadas e décadas de experiência nos levam a formar o seguinte juízo: o de que mentes poderosas como a deste Krypsimo não agem simplesmente pelo motivo de satisfação de um desejo pessoal de transcendência. Seres com uma mente já transcendente não sentem necessidade disto. Existe algo grande. O Krypsimo não agiria apenas como um simples assassino narcisista por simples vontade. Eu aprendi a nunca subestimar mentes fortes como a deste devatã. As razões das atitudes de seres assim sempre são tão complexas quanto o impacto de suas próprias ações. Existe uma proporcionalidade. – explicou a Chronus, enquanto colocava a palma de sua mão esquerda em cima da ampulheta posicionada sobre um móvel com apoio circular.


– Concordo mestra. Desculpe minha ingenuidade, mas acredito que todo ser vivo deseja sempre provar seu valor.


– O valor de seu nome? – indagou Hecate, virando o rosto para olhar seu subordinado de soslaio, o mesmo logo se posicionou ao lado da poltrona. A Chronus o observou com seriedade.


– Exato. Todo ser vivo no fundo, deseja provar o valor de sua existência. Deseja deixar um rastro que prove sua existência em vida. Talvez de maneira inconsciente ou até mesmo consciente. – disse Yami.


– Talvez você tenha razão. Porém, se partimos do princípio de que todos os seres vivos possuem tal vontade que pode se manifestar de diversas formas, a morte se torna algo definitivamente desolador.


– Sim. Eu acredito que a rejeição da idéia da morte seja diretamente proporcional a vontade de elevação pessoal, do nome como preferir, procurando deixar a marca de sua existência.


– Será que podemos afirmar que os mais fracos, no sentido de que não conseguem provar seu valor ou se sentem incapazes são aqueles que mais sentem rejeição para a morte?


– Podemos afirmar isto.


– Se afirmamos tal coisa, um assassino que está prestes a matar um ser fraco como este com certeza verá o desespero do medo da morte aflorar de uma maneira diferente de um ser mais forte que possui realizações honrosas em vida.


– Sim.


– Para os assassinos de mente fraca isto provavelmente seria algo prazeroso e alimentaria a preferência de ceifar vidas de vítimas com tal perfil. Mas o que um assassino com mente forte sentiria?


– Um constante sentimento sobre algum tipo de impedimento de realização pessoal, um vazio. Uma sede que não seria saciada. Possivelmente.


– Consequentemente um aumento na intensidade de rejeição a morte por parte deste assassino de mente forte. Isto se reproduziria na sua constante tentativa de não ser pego, procurando achar aquilo que o realizasse.


– Exatamente mestra. Enquanto o assassino de mente fraca sentiria cada vez mais realizado, perdendo a rejeição a morte e consequentemente reduziria seus esforços em não ser pego.


– Isto é o que diferencia os grandes assassinos dos demais. O Krypsimo possui a mente forte então podemos concluir tudo isto sobre seus princípios. Mas como um assassino como este conseguiria a realização pessoal que tanto deseja?


– Talvez somente em um confronto com um semelhante em capacidades que o levasse a utilizar suas habilidades ao limite, talvez somente aí ele compreenderia o quanto se diferenciava do restante. Talvez somente neste momento teria o reconhecimento de seu próprio poder que se diferencia dos demais.


– Pelo autoconhecimento ele se realizaria e a rejeição da morte diminuiria. Poderia aceitá-la.


Alguns instantes de silêncio se sucederam até que a Chronus tomou a palavra novamente.


– Eu irei confrontar o Krypsimo. Serei eu que o levará ao autoconhecimento. Somente assim poderemos impedi-lo.


– Estarei aqui para ajudá-la mestra.


– Muito obrigada, meu caro Shoal.


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Waldrich depois da reunião decidiu caminhar pela fortaleza de Chronus para poder organizar seus pensamentos. À medida que prosseguia com os passos podia notar que uma gama de soldados e arqueiros treinava arduamente. Muitos que o viam realizavam o cumprimento militar típico. O major não respondia, estava visivelmente preocupado e concentrado em seus raciocínios. Desde o começo contou com o apoio dos três anciões. De uma coisa tinha certeza, sua preocupação sobre a invasão aumentou depois da reunião, pois após ouvir as declarações sobre os poderes do devatã que iria enfrentar conseguiu perceber que não seria tão fácil impedi-lo como imaginava.


– Major Waldrich. – disse o general Gordon, se aproximando.


– Ora, general. – disse o major, virando-se para o homem alto com sua armadura metálica realizando logo em seguida a reverência militar que expressava sua inferioridade em patente.


– Como foi a reunião? – indagou o general, demonstrando mais interesse no assunto questionado do que no reconhecimento de sua autoridade.


– Extensa e cansativa. Não conseguimos apoio dos anciões, parece que estão cuidando de algo muito importante no momento.


– Nem mesmo Chronus ofereceu apoio?


– Chronus foi o menos interessado.


– Como pode? Será que ele deseja ver a cabeça de Hecate fincada em algum tipo de bastão pontudo erguido pelo Krypsimo!? – indagou o general com uma visível irritação.


“ Essas analogias espartanas as vezes me incomodam”


– Devemos nos precaver. Senhor! Peço permissão para me retirar. – pediu o major, realizando outra reverência.


– Para onde?


– Preciso de um tempo para analisar as informações que obtive sobre o Krypsimo.


– São confidenciais?


– Sim. A princesa pediu para que qualquer informação da reunião referente ao Krypsimo fosse exposta por ela própria.


– Está certo. Pode ir. – disse o general.


– Obrigado. – logo depois o major realizou o cantio de teletransporte, desaparecendo em seguida.


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Retornando a Londres no período moderno, no ano de 1785, em um beco surge um círculo no chão emitindo uma áurea azul com um pentagrama em seu centro. Surge Waldrich terminando o seu teletransporte, já não trajava mais suas vestimentas militares e sim roupas condizentes com algum burguês da época. Casaco marrom, chapéu e sapatos de mesma coloração. Uma camisa com botões de cor negra e uma calça branca.


– Preciso relaxar. – disse o major para si mesmo e logo depois começou a caminhar.


Logo a alguns metros à frente, podia-se notar uma rua estreita da qual várias pessoas trafegavam. No centro se encontrava a entrada para uma taverna. Foi para aquele lugar que o major se dirigiu. Enquanto entrava no local alguns olhos estavam atentos observando-o de cima.


– Ali está ele. – disse uma voz rouca, em seguida o devatã tossiu.


– Este é o major Waldrich Leviathan. Uma das autoridades do exército de Hecate Chronus. Sua primeira missão será a de capturá-lo para conseguirmos nos infiltrar na fortaleza, pois somente devatãs selecionados pela Chronus e com permissão podem acessar a dimensão da mesma. – disse uma outra voz.


– Capturá-lo? – o outro devatã riu com dificuldade. – Ele será útil de outra forma.


– Faça como quiser. O importante é conseguirmos chegar até Hecate. – o cajado apontou para a porta da taverna. Agora vá. – disse Godard, seriamente, estava em sua forma usual.


– Não seja atrevida, pequena criatura. – disse Sorrow. – Se desejar, pode assistir. Poderá aprender algo.


– Meu dever é ficar de olho em você.


Sorrow riu.


– Então vamos lá.


O velho desapareceu e ressurgiu sobre o solo no centro do beco, com mais alguns passos desapareceu como um fantasma.



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“Um garoto luta valentemente contra vários homens com olhares assassinos.


– Não toquem nela! - grita desesperadamente. – Animus Nocendi! – uma pressão no ar afasta um homem por um ou dois metros, este começa a rir logo depois.


– Você é um garotinho muito corajoso, mas precisa morrer! – gritou um dos homens que estava próximo, em sua mão uma esfera de energia se projetava.


– Afastem-se dele! – outra criança grita. – Não cheguem perto do meu irmão! – uma garotinha de cabelos prateados e um vestido branco como o de uma criança nobre entra na frente do homem com a esfera em uma das mãos.


– Não machuque ela! – grita o garoto puxando a menina para si.


A criança foge dos braços do irmão e sai correndo. Os homens correm atrás dela, um deles grita:


– Cuidem da mais jovem primeiro, depois matamos o garoto!


– Não! – o menino corre, mas apenas enxerga um dos homens desferindo um golpe contra sua irmã. A mesma cai do penhasco. – Não!!!!! – grita, mas já é tarde demais, seus olhos rubros já não conseguem mais enxergar a menina que cai velozmente. Após alguns segundos, um homem surge aniquilando todos os outros devatãs assassinos instantaneamente. – Salve ela! – grita o garoto, correndo em direção ao penhasco, o homem o segura impedindo-o.


– Me desculpe Vlad. – abraça o menino que chora intensamente. – Me perdoe. – sussurra, demonstrando uma tristeza profunda na voz.


– Por que você se atrasou William!?”



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O Chernobog despertou do sono. Estava sobre um tipo de papelão e forros com lençóis velhos dentro da fábrica. Levantou seu corpo para se sentar. Fitou o chão seriamente. Uma lágrima ameaçou escorrer, mas repreendendo-se a segurou.


– Chega. Preciso seguir em frente. – disse para si mesmo.


O devatã se levantou, desapareceu do local com o cantio de teletransporte. Surgiu próximo de um lago. Olhou ao redor, notou que não havia mais ninguém por perto. Ergueu as mãos e as examinou seriamente.


– Meus poderes estão crescendo gradativamente. – comentou para si mesmo. - Transeo. – sussurrou, enquanto erguia uma de suas mãos abrindo-a contra o lago. Uma áurea esverdeada irradiou de seu corpo e expandiu por todo o local cobrindo também a vegetação. A energia se espalhou com o ar atingindo uma grande área ao redor de Vlad. O devatã de olhos vermelhos subitamente fechou sua mão aberta e imediatamente a energia que havia se expandido se concentrou velozmente ao redor de seu punho. – Animus violandi. – disse.


Logo depois uma esfera negra se projetou acima do lago, em seguida expandiu emitindo raios. Vlad foi engolido pela esfera. Agora estava dentro de uma dimensão coberta por um mar de escuridão. Amparava-se sobre um solo com quadrados com arestas esverdeadas e um interior transparente. Era um lugar imenso, dominado apenas por uma penumbra infinita sobre um vasto campo formado por tal solo de aspecto incomum.


“ Acho que terei um pouco de paz, agora que consigo realizar o transio. ”


Consilio transio! – exclamou animadamente. A energia concentrada em sua mão expandiu como um big bang distorcendo todo o ambiente. Era como se a dimensão incomum estivesse sofrendo uma forte interferência modificando sua natureza. A áurea esverdeada projetou uma cópia de tudo que havia tocado quando havia se expandido dentro da dimensão com a penumbra sombria. O solo com quadrados desaparecia, a penumbra se erguia além do céu azul. O devatã de olhos escarlates acabava de conjurar uns dos cantios primordiais, um dos primeiros cantios de elite, para aqueles devatãs com habilidades pertencentes a categoria de classe A. Tratava-se de um poder capaz de copiar um determinado ambiente para que pudesse ser projetada tal cópia dentro da dimensão de violação temporal. Tal cantio era muito utilizado entre os devatãs para fornecer algum tipo de vantagem que tivesse relação direta com as habilidades destes durante uma batalha ou para conjurar algum tipo de ambiente para treinamento. O poder armazenado pela expansão do aliquid de violação poderia ser condensado temporariamente, a não ser que um devatã criasse uma rem, um tipo de material capaz de armazenar o aliquid e tudo que se derivava dele por longos períodos. Assim vários tipos de manifestações de transio poderiam memorizar vários ambientes se coletados e logo depois armazenados em uma rem para posterior conjuração quando houvesse necessidade.


Para se criar uma rem era exigido um poder muito grande, pois o objeto uma vez criado deveria sempre estar com o devatã porque se sua energia se esgotasse ele desapareceria destruindo tudo que foi armazenado. Além disto, a rem agiria como uma espécie de parasita do devatã criador, sempre querendo sugar sua parcela obrigatória de energia, portanto era necessário possuir um grande poder para que não perdesse o controle. A rem também era chamada usualmente de artefato ou amuleto, pois representava o poder de algum devatã específico. Ao longo dos séculos, houve muitos roubos de rem e também criou-se métodos para preservar a identidade do objeto, não deixando-o desintegrar depois que sua energia acabasse, preservando desta forma os vestígios do aliquid de seu criador. Existia também um mercado negro de contrabando de rem, pois uma vez roubada o devatã possuidor dela teria domínio dos poderes do criador do artefato.


Tudo indicava que o Krypsimo havia recebido ordens para tomar a rem de Hecate Chronus para ter o poder de viajar ao futuro para caçar o último Chernobog. Vladimir não fazia idéia de que o devatã criminoso estava planejando algo para invadir a fortaleza de Hecate. No fundo sentia-se seguro, achando que estava longe do alcance do Krypsimo e dos assassinos de sua família. No momento não queria pensar muito, queria apenas esvaziar a mente, mas não deixou de pensar na lei que proibiu sua família de criar qualquer tipo de rem. A justificativa se dava sobre um tipo de maldição antiga existente na família de que qualquer rem criada por um membro desta perderia o controle imediatamente quando algum devatã a toca-se, incluindo um Chernobog. Pois a sede do objeto seria tão grande que levaria qualquer devatã a loucura ou o mataria instantaneamente.


Nunca houve nenhuma comprovação de que isto realmente acontecia ou explicações das causas deste fenômeno, mas havia estórias de que vários Chernobogs que criaram algum tipo de rem foram mortos e que tal lei foi estipulada diretamente pelo Deus dos devatãs. Todos os Chernobogs obedeciam tal lei, mesmo com muitos devatãs da geração atual acreditando que seu Deus era apenas uma lenda que na verdade apenas os 13 aliados reinavam, muitos não acreditavam nem mesmo na existência destes últimos. Vlad sabia, devido ao histórico, assim como com a leitura de arquivos antigos de sua própria família que este ser existia, pelo menos se esforçava em crer que os documentos eram reais. Naquele momento apenas queria afastar tais pensamentos de si, sendo assim, caminhou para mais perto do lago e logo depois pronunciou algumas palavras:


Aquatica carcerem! – exclamou, logo em seguida vários turbilhões de água saíram do lago e serpentearam sobre a superfície. A água se concentrou em uma esfera aquática permanecendo imóvel após assumir a forma esférica. O Chernobog saltou e adentrou a mesma. Ficou quieto por alguns segundos imerso na redoma. – Undo transio. – pensou, sabia que pelo pensamento as palavras também tinham o mesmo poder. A projeção do ambiente da qual se encontrava anteriormente começou a desaparecer, sendo dominada pela penumbra enquanto o solo se transformava no piso incomum de antes. Tudo desapareceu, restando apenas a esfera com a agua do lago com Vlad em seu interior. O Chernobog tocou seu peito, bem onde se encontrava seu coração e apertou o tecido úmido de sua roupa. – Decrusto. – pensou novamente, sua roupa se desmanchou abruptamente como se várias garras a dilacerassem. Os trajes desapareceram subitamente deixando o corpo de Vlad despido.


O devatã de cabelos prateados repousou-se dentro da esfera como se fosse um feto. Silenciou seus pensamentos, seu ritmo cardíaco diminuiu. Como havia treinado bastante, poderia prender por muito tempo sua respiração, uma vez que por não descender de alguma família com poderes de propriedades áquaticas não poderia respirar debaixo d’água. Inevitavelmente algumas imagens de seu passado lhe vinham a mente, mas logo tratava de expulsá-las. Queria descansar, queria dormir. Utilizou um cantio primordial para apenas fugir um pouco da realidade. O silêncio tomou conta finalmente. Uma porção de minutos passou.


– Ele está aqui não é?


– Sim, está sentindo a pequena influência? É uma violação. – disse uma pessoa se aproximando do lago, respondendo ao seu companheiro. – Monstrare. – balbuciou, uma esfera negra surgiu acima do lago do tamanho de um bola de futebol. – Vamos entrar. Invaserunt. – disse e saltou sobre o lago junto com seu colega.


Eu deveria tê-lo seguido. Talvez ele estaria vivo. Agora estou realmente só. Estou em um outro lugar, um outro mundo. Tudo que tenho talvez seja aquele humano tão ingênuo e inocente. Talvez minha vontade de contratuar com ele seja motivada apenas pelo desejo de não deixar a solidão me acompanhar novamente.Eu deverei reconhecê-lo perante alguma autoridade em algum momento nesta época se eu contratuar com aquele humano. Talvez ele seja potencialmente perigoso. Será que o poder lhe subirá a cabeça? Suas motivações são bem suspeitas.Ele me parece tão indefeso. Eu sinto que consigo enxergar ela através daquele garoto. Minha... ”


Uma rajada de areia se dirigiu velozmente ao encontro da esfera de água isolada. Vlad abriu seus olhos subitamente, enxergou a ameaça mortal vindo em sua direção.


“ Já estava na hora deles tomarem alguma atitude. Mas pior momento não poderiam ter escolhido. “


Preview:...


– Estou muito triste. Achei que meu nome havia sobrevivido no tempo, de tal forma que não seria necessário me apresentar. Ora, vamos acabar com isto. Mortos não precisam de explicações. – intimidou Sorrow. – Consilio transio! – gritou e uma massiva dispersão de energia impressionou o major.


Nullitatis! – gritou Waldrich tentando impedir a materialização do cantio. Porém, a energia emitida apenas se modificou levemente em resposta. Logo em seguida tornou a se expandir atingindo todo o ambiente.


– É inútil! Para cancelar isto você precisaria de pelo menos mais cem décadas de vida! – vociferou Sorrow enquanto gargalhava se divertindo com o momento.


“ Não é possível. Eu não estou vendo nenhuma rem, ele não está segurando nada. Está com as mãos vazias.”


Gradativamente a dimensão se alterou. Tudo se transformou assumindo a exata forma do território de Alastor, o cemitério das almas.


Próximo Capítulo: As Batalhas Inevitáveis.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor. ^^