Solemnia Verba escrita por Blitzkrieg


Capítulo 15
Capítulo 14: A Verdadeira Identidade.


Notas iniciais do capítulo

O pequeno Godard está em busca de um famoso devatã exilado. Sabe que tem que ser rápido, pois seu mestre precisa se preparar para uma invasão colossal. O Krypsimo está preocupado com a invasão, por isto deseja adquirir uma aliança com Sorrow, um devatã cheio de mistérios. Godard se torna a ponte para o sucesso e neste capítulo o Krypsimo decide atravessá-la.



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Em algum lugar do cemitério das almas um devatã trajando uma túnica desgastada direcionava o olhar ao líquido esverdeado. A substância preenchia um recipiente oval soerguido por uma espécie de haste formada de mineral. Aquele estranho recipiente se assemelhava a um cálice incomum. Ao redor podia-se notar uma penumbra densa. O ambiente não era dominado totalmente pela escuridão, pois o líquido o iluminava parcialmente.



Algo se projetava entre a substância. Uma imagem borrada tomava forma. O devatã se aproximou segurando seus ombros, como se sentisse muito frio.



“ Uma criatura viva. “



Houve uma tosse rouca, de um ser doente. O vento soprava lá fora, esgueirando para dentro, desviando pelas estalactites presas ao teto. A caverna era profunda, aquela mesma massa de ar já não chegava ao final de seu destino carregada com a mesma energia. Bem no interior, o devatã ergueu sua mão ossuda envelhecida. Rugiu como um trovão algumas palavras poderosas. Depois tossiu segurando seu peito fortemente e se inclinou sobre o recipiente cheio do sangue de almas, o ectoplasma. Com a mesma mão, bebeu da fonte. Bebeu do líquido florescente. Uma sede insaciável. O gosto amargo de putrefação dominava seu corpo. Um grito de desprezo ecoou por todo aquele lugar. Erguendo o rosto novamente, a luminosidade revelava discretamente, um rosto semi apodrecido, como de um velho moribundo dominado por uma doença terminal. Nos olhos, apenas a esclera se enxergava, como uma pasta de leite disforme presa naqueles buracos feitos de carne podre.



– Será que esse monstrinho é um...não, não é possível. – disse, com a voz enfraquecida. – Está chegando a hora. – acrescentou.



O ser afastou-se do recipiente. Desapareceu na escuridão.



Há alguns quilômetros de distância dali, o pequeno servente do Krypsimo ressurgia após cessar seu cantio. Com os pés sobre o solo, caminhou lentamente, com os olhos amarelos astutos observando todo o local. Estava sendo cauteloso, pois a sensação do aliquid que havia sentido havia sofrido uma oscilação bastante intrigante, desaparecendo completamente após o estranho fenômeno. De repente, ouviu um canto. Reconheceu como sendo de uma voz feminina, muito jovem.



“ É uma armadilha Godard, não seja liasse. “



Mesmo após um momento de hesitação, o pequeno decidiu checar a origem daquele som. Caminhou vagarosamente em direção ao canto.



“ Parece ser uma criança. “



Olhava ao redor a cada passo que dava, procurando alguma menção de ataque. Ele não sabia que não havia muitas opções, julgou que mesmo sendo uma armadilha, pelo menos teria contato indireto com o devatã que vivia naquele lugar. Aos poucos aumentou seu ritmo, tendo a certeza de que estava próximo de concluir sua missão.



“ Talvez seja um chamado. Quem sabe deseja conversar comigo. “



Havia folhas avermelhadas no chão que haviam despencado das árvores com formatos curiosos. Tudo para Godard era suspeito, até mesmo aquelas folhas. Deveria ter cuidado, pois um devatã poderia conjurar qualquer tipo sutil de cantio ou solemnia verba que seriam eficientes de diversas maneiras.



Finalmente avistou a silhueta de uma figura humana. Aproximou-se cuidadosamente e se escondeu atrás de um caule. Olhou novamente, não tinha dúvidas. Era um ser humano que cantava. Uma criança loira, com características européias da época moderna. Uma menina que usava um vestido com detalhes condizentes com a de uma filha de um nobre rico qualquer. Ela cantava com um tom agradável. Godard reconheceu o trecho da opereta de Franz Lehár, Die lustige witwe. Quando finalmente tomou coragem, se dirigiu á garota, que o fitou com seus olhos verdes esmeralda. O canto cessou imediatamente.



– Muito obrigado por ter vindo. – agradeceu a menina gentilmente com uma reverência.



– Quem é você? – Godard perguntou rispidamente.



– Uma mensagem. – respondeu.



O cajado se abaixou, decidiu não tomar nenhuma atitude defensiva naquele instante. Estava claro que era realmente uma mensagem do alvo de sua missão. Ficou feliz por não ter que lutar com alguma criatura poderosa.



– Fille mademoiselle [1]. – disse o pequeno servente de Hiero.



– Merci.[2] – disse a garota, com uma reverência. – Trago uma mensagem do mestre Sorrow. – acrescentou.



Godard se inquietou. Uma suposição estava corroendo-o. Decidiu tentar compreender tudo que ocorria naquele exato momento. Qualquer dúvida poderia ser fatal.



– Dic mihi insidia sit a.[3] – disse, segurando firmemente seu cajado.



– Oh! Palavras poderosas. – gritou a garota, surpresa com algo.



Seus olhos verdes esmeralda se tornaram rubros. Um resmungo grave como a rouquidão de algum tipo de fera se tornou audível.



– Noli ludere iuris de tabularius. Ego aliquid insidia semper fuerit virtuosior. [4] – disse a menina, com uma voz rouca e grave.



O pequeno devatã estremeceu. Percebeu que aquela não era uma mensagem. Era uma insidia, um tipo de armadilha usualmente utilizada por devatãs. Para liberar o conteúdo da insidia era necessário incitá-la com o código do mestre escrivão, senhor das palavras que nomeava a língua utilizada para que a solemnia verba e os cantios se materializassem.



– Efflari! [5] – gritou Godard.



A garota se contorceu furiosamente.



– Você não pode ser um simples mensageiro. Tem a capacidade de libertar uma insidia com seu poder. O que é você nefasta criatura!? – gritou a garota, com uma voz masculina grave, enquanto seu rosto se retorcia, porém com os olhos rubros direcionados ao subordinado de Hiero.



Uma voz secundária junto a voz grave podia ser ouvida quando a insidia mexia seus lábios. Isto chamou a atenção de Godard.



Subitamente a pele da garota se rompeu. Do interior de seu corpo milhares de almas dispararam em direção ao céu. Após uma vertiginosa subida vertical, as almas mergulharam no ar, avançando em direção a Godard, que as esperava com o cajado firmemente apertado em suas mãos. O pequeno devatã estava feliz. Estava próximo de cumprir sua missão. Não sabia que Sorrow seria tão astuto em investigar sua verdadeira identidade. Isto com certeza iria adiantar as coisas. Tinha agora em mãos algo que o levaria direto para o traidor de William. Com uma forte convicção conjurou um cantio.



Dentro da caverna o corpo envelhecido coberto pela túnica negra estremecia. Os olhos leitosos fitavam o recipiente circular com o ectoplasma. O velho soltou uma baforada de indignação. Afastou-se da onde o líquido borbulhava revelando as imagens.



– Maldito inseto. – resmungou.



A penumbra foi dominada por uma fonte luminosa violeta. O velho coberto com a túnica sentiu-se apreensivo. Rapidamente virou-se para a fonte de luz. Surgia um círculo circunscrevendo um pentagrama. Um corpo se materializou abruptamente.



– Encontrei-o finalmente.



– Pelo vestígio de meu aliquid na insidia presumo. Você é um rastreador astuto.



Godard flutuou no ar perante Sorrow e após alguns instantes o círculo com o pentagrama desapareceu. A penumbra dominou o local novamente. Tornou-se visível apenas os olhos amarelados e brilhantes do pequeno devatã, fixos em seu alvo. Seu pequeno corpo estava totalmente imerso na escuridão enquanto o reflexo do ectoplasma iluminava parcialmente o traidor dos ensinamentos de William.



– Foi simples. Precisei apenas fazer algumas comparações e alguns cálculos conscientes.



– Me diga o que você quer. – Sorrow se aproximou ritmicamente.



– Animus necandi. – disse Godard, uma áurea violeta energizou seu corpo.



O alvo recuou.



– Você deseja lutar comigo? – perguntou Sorrow.



– Não. Vim lhe trazer uma mensagem de meu mestre.



– Não me faça rir! Você não é um mensageiro! – exclamou o velho com tom de deboche.



O mesmo círculo violeta surgiu abaixo do corpo do servente de Hiero. Desta vez uma insígnia diferente se projetou no centro no lugar do pentagrama. Um resmungo com uma voz duplicada foi emitido pelo pequeno devatã.



– Vejo que para um moribundo intermitente você se encontra em ótimas condições, Alastor.



– Como!? Quem ousa!? – gritou o velho enfurecido.



– Alastor Anubis, discípulo de William. Conhecido como Sorrow, o senhor das mil almas.



– Quem é você!? Como ousa pronunciar meu verdadeiro nome desta forma seu verme!? – indagou o velho.



– Minha conexão com Godard está um pouco frágil devido ás distâncias dimensionais. Portanto serei breve. Preciso manter a conexão para lhe mostrar algo com a finalidade de que você coopere comigo. – disse Hiero, estava falando por meio de Godard desde o surgimento do circulo com uma insígnia diferente da usual projetada no centro.



– Se não me revelar quem é e me explicar como sabe meu verdadeiro nome irei pulverizar a seu insidia agora mesmo! - ameaçou o ex discípulo de William.



– Insidia? Não seja ridículo! Não percebeu ainda a real natureza de Godard? Suas habilidades de batalha decaíram. Hoje não passa de um velho devatã que tenta se manter vivo por meios deploráveis. Você é patético!



– Como ousa!? – Sorrow estava furioso.



– Atenderei seu pedido, pois iremos nos encontrar mais tarde de qualquer forma. Você irá cooperar comigo. Meu nome é Hiero Krypsimo. Digamos que conheço seu verdadeiro nome, pois certo devatã me ofereceu tal informação. Seu sobrenome é Belobog.



– Belobog!? – as escleras de Sorrow se arregalaram. – O..



– Não diga! Eu gostaria de saborear todas as informações sobre o Belobog pessoalmente. Dê-me um tempo para me preparar.



– Não irei colaborar com você. Agora estou me lembrando. Você é um Krypsimo. Membro da família dos ilusionistas. Eu matei muitos ilusionistas sabia? Eu estive no massacre de Pequim, pobre criança. – Sorrow riu.



Por um instante não foi possível ouvir a voz de Hiero.



– Este passado não me interessa.



– O Belobog...



– Não ouse! – gritou Hiero e sua voz se projetou por Godard.



Uma pressão no ar bateu em Sorrow empurrando-o para trás. O mesmo se apoiou na haste do receptáculo de ectoplasma para não cair.



– Ora, parece que encontrei seu ponto fraco, Hiero.



– Estou aqui para lhe cobrar obediência. Você se juntará a mim para um tipo de invasão. Preciso de sua habilidade principal.



O velho sorriu.



– Acha mesmo que uma criança arrogante como você irá conseguir me convencer de cooperar seja lá qual for o motivo?



– Eu sei uma forma de te libertar deste local. Existe uma vulnerabilidade na barreira de Chronus.



– Eu mataria Charles Chronus com as minhas próprias mãos se eu conseguisse sair daqui.



– Quão grande é seu ódio pela família Chronus? A invasão a que me refiro possui uma ligação direta com uma devatã desta família.



– O quê? – se interessou Sorrow.



– Estou planejando uma invasão á fortaleza de Hecate Chronus, neta de Charles e preciso de sua ajuda. – disse Hiero, dando ênfase nas palavras mais importantes.



– Você sabe muito bem, criança, que não irá conseguir me convencer em apoiá-lo neste tipo de coisa apenas com isto. Meu ódio está direcionado apenas ao Charles.



– Décadas de isolamento pelo que vejo amoleceram este seu coração podre. Como pode um assassino de sangue frio dizer palavras com tamanho teor de imbecilidade?



– Maldito seja! – gritou Sorrow.



– Não faça escândalos! Ouça a verdade sem pestanejar. Velho medíocre! Seus poderes foram subtraídos. Esta prisão lhe fez perder até mesmo o discernimento correto sobre o real sentido do poder. Eu estou lhe oferecendo tudo que lhe foi sugado por aquele juiz que se diz cumprir a justiça. Por um momento eu ainda deposito minha esperança em um ser que uma vez foi conhecido como o assassino de maior nível. Não é possível que estas décadas somadas em séculos apodreceram também o seu orgulho. Não espero que você tenha renunciado a si mesmo e adquirido uma postura passiva perante a sentença injusta sobre seus atos gloriosos.



– Hum... – refletia Sorrow.



– Esta barreira levantada por Charles suprime seus poderes. Pelo que vejo também suprime até mesmo sua racionalidade.



– Prove-me de que é capaz de destruí-la. Necessito de uma prova, Krypsimo, de seus poderes. Mostre-me que é capaz de tudo que disse. Se realmente conseguir me libertar lhe ajudarei nesta tarefa, mas não acredite que me inferiorizarei perante você. Depois da conclusão de sua tarefa, não hesitarei em julgar se você merece ser agraciado com mais dias de vida.



– Certo. Isto já era esperado. Olhe bem para meu subordinado. Olhe bem para Godard e me diga o que vê.



– Uma insidia com um conteúdo desconhecido.



– Não seja tolo! Olhe bem! Uma insidia não possui tais habilidades, pois não passa de um tipo de matéria perecível de curto prazo.



– Tenho outra hipótese.



– Eu sei que tem, mas seus anos de experiência lhe impulsionam a descartar esta hipótese imediatamente. Aí está a fraqueza dos mais velhos. Sempre enxergam com os olhos da ignorância, imersos na densa nuvem da rotina de uma vida extensa. A realidade bruta não aprecia tais olhos, por isso passa bem longe, para não ser vista.



– Hum! – resmungou Sorrow. – Impertinente!



– Observe Godard, meu caro. Verás do que um Krypsimo original é capaz de fazer.



Um recito fracamente audível chamou a atenção de Sorrow. Ele se aproximou, mas não conseguia distinguir as palavras. Percebeu que a insígnia, assim como o círculo violeta, aumentava de luminosidade gradamente. Cordões de energia serpenteavam ao redor do círculo, iluminando algumas regiões da penumbra que revelavam a silhueta de Godard.



Sorrow conseguia sentir a densa energia de origem distinta sendo emanada da pequena criatura que estava se misturando com a própria energia do mesmo, ambas distintas. Podia sentir dois aliquids se fundindo em um só. Apenas por meio desta fusão era possível notar que os dois eram muito semelhantes desde o princípio. O poder do Krypsimo se unia ao de Godard formando uma atmosfera densa e fria ao redor. Uma sensação incomum se apoderava do corpo do velho que se afastava. Algo reacendia em sua memória. Era uma sensação nostálgica. De repente uma densa rajada de energia circundou o corpo do pequeno devatã. Os olhos amarelados e redondos se tornaram vermelhos. Um ronco potente como de uma criatura sombria foi emitido do corpo que parecia se desintegrar. O vento reagia à emanação do conteúdo do aliquid. Perto da manifestação o velho coberto pela túnica abria seus lábios ressecados em uma atitude de espanto e incredulidade.



– Não pode ser....



O corpo de Godard se rasgava como um pedaço de pano sendo afetado por uma forte ventania com efeitos cortantes como de uma lâmina bem afiada. A escuridão no local aonde a energia se manifestava pareceu ficar mais densa, como se solidificasse. A penumbra tornou-se uma só com o corpo e o tecido que cobria o corpo do pequeno servente de Hiero pareceu se alongar. Os olhos vermelhos que eram ovais adquiriram uma forma mais espessa, seu formato tornou-se alinhado. A matéria sombria agora se projetava em garras, tal matéria parecia preencher um tecido que revelava um traje semelhante a uma túnica incomum. Os olhos ergueram-se. Ultrapassaram a altura da testa de Sorrow. Algo se formava naquela escuridão. Um novo corpo. Um novo Godard.



– Um alveus . [6] – sussurrou Sorrow.



Uma gargalhada sinistra foi emanada pela criatura das sombras. A voz era grave. Potente como a de uma insidia, mas com uma sonoridade peculiar que somente um tipo específico de criatura poderia ter.



Prorsus.. [7] – sussurrou a criatura, transmitindo algo sombrio que afetou o ex discípulo de William de maneira profunda. A voz grave e poderosa parecia trazer consigo lembranças que haviam sido apagadas de sua memória há muito tempo. Este sorriu. Parecia que o Krypsimo havia provado seu valor.



Preview:...



Uma porta gigante se abriu lenta e ruidosamente. Símbolos estavam desenhados na mesma, várias linhas seguiam do topo até a região que tocava o solo realizando algumas curvas sutis. A própria porta emitia uma energia com uma influência poderosa. A jovem se apressou. Com passos ligeiros adentrou o extenso cômodo passando pela passarela esculpida com diamantes, o lugar se assemelhava a um templo em ruínas, com pilares destruídos e dominados por vegetações que se enrolavam no substrato. As mesmas linhas da porta se projetavam no solo à medida que se seguiam os passos, emitindo uma áurea azul que ora se alternava em verde e ora uma cor da textura das trevas. Um rapaz loiro com trajes militares azuis marinho e uma capa branca passou a seguir a moça tentando igualar a velocidade dos passos da mesma.



–Venha Waldrich. Precisamos nos apressar. – disse Hecate, postando-se á frente de uma espécie de fosso circular que possuía uma armação de mármore por toda a circunferência.



Três altos pilares estavam erguidos a alguns metros á frente. Todos os três possuíam as mesmas linhas tracejadas por toda a extensão.



– Estou pronto princesa. – disse Waldrich, postando-se ao lado da Chronus.



– Como de praxe, apenas diga algo se lhe dirigirem a palavra está certo? É de suma importância que não se esqueça disto.



– Sim.



Próximo Capítulo: As Três Marteladas.


Notas..:


[1]Fale minha querida.


[2] - Obrigada.


[3] - Me diga se é uma insídia.


[4] - Não brinque com o código do escrivão. Eu sou a armadilha de algo mais poderoso que já existiu!


[5] - Liberte-se!


[6] - Recipiente.


[7] - Exatamente.


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Notas finais do capítulo

Estou testando uma coisa neste capítulo. Gostaria que me dissessem no review se seria necessário traduzir alguns termos por meio de notas como as que fiz neste capítulo. ^^