Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 54
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

A ai nervos prontos para os próximos capítulos? Infelizmente esse é o ultimo que eu tenho pronto e então vai demorar mais um pouquinho até eu voltar... Ou não depende muito do quanto eu vou conseguir escrever no computador da minha irma essa semana antes de ir embora e ai só Deus sabe



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Não gosto de selas...

Também não gosto de jardim zoológico desde que consigo me recordar, isso me faz voltar alguns anos atrás em minha vida e lembrar de uma vez que havia ido a um zoológico com Lissa e os pais dela quando éramos pequenas, só de ver todos aqueles animais presos minha garganta começou a fechar e me deu uma imensa vontade de sair correndo e então presa naquela sela com aquelas barras de ferro e o concreto pesado me cercado me fez ter a sensação de entender exatamente como um bichinho de zoológico se sente. Parecia que as paredes iam se espremer e o teto ceder encima de mim, eu não queria morrer assim, era vergonhoso.

– Ei! Eu exijo um advogado! Ei, você é surdo por acaso seu idiota? –Gritei para o guarda Dhampir a poucos metros de mim sacudindo as barras de ferro com desespero. –Eu estou falando com você!

O guarda Dhampir simplesmente continuou parado de frente para a minha sela e ignorou todos os meus berros desesperados e descontrolados e então só me restava uma saída, voltar para cama de concreto que havia num dos cantos da sela e tentar não desmaiar de desespero, resolvi fechar os olhos e me concentrar para não enlouquecer. O que honestamente seria uma tarefa quase impossível.

Houve uma movimentação e um falatório num ponto cego do corredor que levava a entrada da prisão real e então... Deus o abençoe dali saiu Abe Mazur.

– E ai velhote, o que está fazendo aqui? –Perguntei de testa franzida. – Você não parece do tipo que visita os filhos na cadeia.

– Sou seu advogado, estou aqui para orientar você. –Disse ele com um pequeno sorriso como quem estava tramando algo.

– Desde quando você é advogado velhote? –Questionei fazendo careta. –Ah deixa pra lá, você tem que me tirar daqui. Cometeram um erro feio.

Mazur franziu a testa mediante meu apelido para ele e se limitou a acenar para que abrissem a cela, imediatamente o Dhampir estúpido que havia me ignorado abriu a cela e deu passagem, Mazur entrou e sentou ao meu lado.

– Rose qual era o seu problema com a rainha Tatiana? –Perguntou Mazur sério ao cruzar os braços no peito. –E por favor, não se atreva a ocultar informação, mentir não vai te ajudar em nada agora, vai por mim. Você já esta encrencada o suficiente por um longo prazo de tempo mocinha.

Meu sangue ferveu em segundos com aquelas palavras e então eu não iria nem sonhando sentir culpada pela minha reação.

– Está me zoando, né? Que saco, porque será que de repente todo mundo deu para achar com convicção que eu matei aquela velha irritante de uma figa? –Explodi saltando da cama e jogando as mãos pra cima.

– Senta aqui, agora. Primeiro, eu não acusei você de nada Rose, apenas fiz uma pergunta para entender o que esta acontecendo, segundo que para sua informação foi a sua estaca que estava no meio do peito da Rainha Tatiana e sem contar as suas digitais espalhadas por toda a parte, fibras de cabelo e roupa e até mesmo sangue. Então quando eu pergunto qual era seu problema com ela, não é por acreditar num bando de evidências bem idiotas, que apontam fatos, que só para constar são totalmente absurdos sobre a minha filha, eu quero saber o que você tem a dizer a respeito. –Explicou Mazur de forma urgente, porém controlada.

Olhei para o teto com as duas mãos na lateral da cintura e depois para o chão tentando colocar meus pensamentos em ordem para conseguir falar.

– Sempre tive minhas diferenças com ela e isso não é segredo para ninguém tanto da Corte quanto na São Vladimir e todo mundo sabe disso, Tatiana me tirava do sério insultando Lissa e a humilhando na frente de todos pelos deslizes que cometíamos juntas antes mesmo de fugirmos daqui meses atrás, mas eu juro que nunca passei dos limites das ofensas verbais e elevação de voz algumas oitavas do normal para uma conversa com ela. Droga, eu nunca teria coragem de machucar um Moroi nem sem cem anos, a minha vida toda fui criada e treinada para protegê-los e não machucá-los a sangue frio. Eu não sou assim velhote. –Falei soluçando e então me liguei que estava chorando. –Eu sei que não me deve nada, mas me ajuda velhote. Eu não vou aguentar ficar aqui.

Mazur ouviu me ataque com atenção, mantendo a postura seria de sempre e então quando terminei ele se colocou de pé, veio para perto de mim ao modo que ficou bem na minha frente e então para a minha surpresa ele me abraçou.

– Não se preocupe com mais nada agora filha, eu já estou trabalhando nisso. Vai ficar tudo bem, prometo. –Disse ele antes de me soltar e ir embora.

Voltei para a minha cama no fundo da cela, fiquei ali segurando os joelhos com as pernas encolhidas e então antes que percebesse, eu adormeci.

Percebi que estava num sonho induzido por espírito quando reconheci o cenário a minha volta, o ringue de patinação ao qual Dimitri havia me levado.

– Aposto que esse lugar tem um significado especial para você. –Disse uma voz conhecida em minhas costas.

– Adrian? Ah meu Deus! Adrian, eu realmente sinto muito pela sua tia... Pode não acreditar em mim e querer me mandar para o inferno pela eternidade se quiser fazer isso, mas juro que não tive... –Comecei a tentar me explicar, mas ele ergue a mão no ar me bloqueando e então me encarou nos olhos.

Desde que conheci Adrian nunca o havia visto tão debilitado e no fundo do poço, ele tinha olheiras profundas, lagrimas que desciam dos olhos sem parar.

– Eu acredito em você, sei que não fez isso com a Tia Tatiana. Então cala a boca e só me escuta! – Disse ele após algum tempo em silencio.

– Como foi que você disse? –Perguntei surpresa com as palavras dele. –Então você não acredita nessa acusação?

– Rose, por favor, não vamos ser idiotas e pensar como os inteligentes que eu sei que podemos ser diante dessa confusão, tudo bem? Todo mundo dentro e fora da Corte Real sabe que você e minha tia-avó brigavam mais que cão e gato todas as vezes que estavam no mesmo cômodo, mas você cometer assassinato e ainda por cima dentro da Corte? Fala sério, isso é completamente ridículo e é exatamente por isso que eu estou aqui falando com você. Porque você precisa saber disso, entender que em momento algum eu acreditei nas noticias desde que as notas começaram a sair e se expandir feito água pela Corte. –Disse Adrian agora parando bem ao meu lado e me puxando para um abraço que assim como as palavras dele, também me pegou de surpresa.

O abraço durou alguns segundos, mas deu para sentir que ele realmente estava acreditando em minha inocência e isso tirou um peso enorme dos meus ombros.

– O que exatamente eu estou perdendo? –Perguntei quando ele finalmente me soltou e nos dirigimos até um dos bancos do ringue de patinação.

– Vejamos... Minha mãe não para de chorar, praticamente triplicaram a segurança em todos os lugares, o seu querido pai Mafioso está furioso com as acusações, sua mãe está vindo para cá e provavelmente vai chegar em dois dias no máximo, Lissa, Christian e Mia estão sendo mantidos em segurança máxima junto comigo desde que você foi presa e provavelmente as eleições começam em três dias. –Respondeu Adrian encarando o chão de gelo o tempo todo.

– Espera, você disse eleições? -Perguntei franzindo a testa sem entender. – Juro que essa eu realmente não entendi.

– É exatamente isso que você ouviu Dhampirinha. Olha o enterro da minha Tia será provavelmente em dois dias, então precisam urgente de alguém para assumir o lugar dela no poder aqui na Corte. Isso é meio que bem normal até. –Disse ele dando de ombros deixando e bufando de irritação e com isso deixando claro que não dava a mínima para o que estava acontecendo com a parte governamental e política do nosso mundo. –É algo relativamente muito simples e tedioso de se fazer acontecer, os candidatos são um membro de cada uma das 12 famílias Reais. Os escolhidos passam por provas especiais, os níveis sobem e descem e então só vai restar um Moroi que será o novo Rei ou Rainha.

Tentei processsar aquela infromação e então senti algo me deixar sem ar, olhei para frente e tudo estava ficando fora de foco.

– Merda, minha mãe deve estar tentando me acordar... Mais antes, tem uma coisa que precisa ver. O seu pai vai te entregar uma coisa, não mostre a ninguém. –Disse Adrian com a voz urgente.

Franzi a testa com aquelas palavras e antes que pudesse pensar em fazer perguntas, senti que alguém estava parado bem na minha frente.

– Espero que sejam boas noticias. –Falei antes de abrir os olhos.

– Trouxe algo para você, Adrian me fez jurar que faria isso chegar em suas mãos. –Disse Abe Mazur com a voz séria.

Mediante aquelas palavras abri meus olhos e sentei quase que dando um moral no mesmo momento que Mazur me estendeu um emvelope. Era uma carta.

– Finalmente! –Falei olhando para ele com ansiedade. –Uma carta? Isso não faz sentido, faz ?

Mazur deu de ombros e saiu, e então sem ter o que fazer abri a carta e fiz uma rápida leitura silenciosa do conteúdo.

Queridos sobrinho-neto Adrian, Rosemarie Hathaway, Vasilissa Dragomir e Christian Ozera... Ou qualquer outro que possa estar lendo...

E honestamente espero que seja Rosemarie ou meu querido sobrinho-neto, pois algo me diz que ambos saberão exatamente o que devem fazer com as informações que estou prestes a revelar.

Se alguém está lendo isso é porque algo muito grave aconteceu comigo que não haverá volta e então existe coisas que precisam vir a tona com o máximo de urgência possível para as pessoas certas se prevenirem, em primeiro lugar é vital que o mínimo de pessoas tensa acesso a essas informações pois não haverá muitos em quem confiar após minha queda e em segundo lugar aqui vai um segredo que jurei guardar com a minha alma até a morte, mas honestamente aprendi tarde demais que algumas promessas nunca devem ser feitas e então, bem lá vai... Vasilissa Dragomir, a encantadora e poderosa filha de Eric e Reah Dragomir, e irmã de André Dragomir não é filha única da linhagem real, sim Eric Dragomir era um bom homem em vida e tinha um coração de ouro, mas como qualquer homem é de esperar que ele cometa erros perigosos e insanos e isso o levou a ter um filho fora do casamento ao qual ele manteve o máximo de segredo possível por segurança da criança e pessoal, poucas pessoas sabiam isso, apenas Eric, eu, alguém que poderia vigiar esse filho de perto, como um professor... Sonya. Sim, ela tem uma informação chave para a localização dessa criança seja feita com êxito total. E ai vai outra verdade sobre o nosso mundo que também temo ter aprendido tarde demais, ninguém liga para funerais e então com isso logo alguém vai assumir o poder e coisas realmente absurdas podem vir a começar a acontecer e muitos erros vão ser cometidos. Alguém tem que impedir isso a tempo e fazer tudo voltar para o seu devido lugar.

Atenciosamente e provavelmente já morta,

Rainha Tatiana Ivashkov.

A carta escorregou de meus dedos e paralisei por algum tempo para realmente conseguir processar corretamente o que havia acabado de ler ali. Eric Dragomir com todas as suas qualidades teve um filho fora do casamento, Lissa tinha um irmão e por alguma razão era importante que o mesmo fosse encontrado, mas porque? Merda, eu precisava falar com meus amigos! Porém presa eu não iria a lugar algum por um bom tempo. Merda, merda, merda! Eu precisava pensar rápido, tudo estava prestes a mudar em nosso mundo e segundo Tatiana já morta era minha tarefa fazer as coisas não irem para o buraco. A meu saco, os mortos e suas manias para ainda assim comandar os vivos era de dar nos nervos.


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Notas finais do capítulo

Bem amores creio que agora só nós vemos lá pela quinta ou sexta e ai eu vou correr o maximo que eu puder para ter bastante material para quando eu voltar!! Bjos!!!



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