Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 39
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

E mais um capitulo sera liberado hehe.
Aproveitem!!!
Nos vemos lá embaixo nas notas finais.



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A casa não era muito grande mesmo contendo dois andares, era bastante simples e ainda assim muito bonita e encantadora aos olhos de quem a observasse com a devida atenção, tinha um jardim muito florido e perceptivelmente bem cuidado. O portão de ferro fundido branco tinha arabescos complicados e adornos de rosas vermelhas, a casa tinha um tom verde água muito alegre e gostei do lugar.

Dimitri ficou completamente paralisado no lugar encarando a casa e comecei a realmente me preocupar que talvez ele estivesse entrando em choque, pensei até em dar um tapa nele como havia feito com Abe momentos atrás, mas me contive quando ele puxou minha mão junto a dele, entrelaçando nossos dedos com força.

– Tem certeza que está realmente pronto para fazer isso camarada? –Perguntei o encarando com preocupação, ele realmente não parecia muito bem.

– Não, eu não estou nenhum pouco pronto para esse momento. Vamos. –Respondeu ele recomeçando a andar lentamente.

– Me desculpa Dimka, eu não queria forçar você a vir aqui. Só pensei que iria ser algo bom pra você. –Falei quando já estávamos na frente do portão da casa.

– Está tudo bem Roza, de verdade. Eu só não... É um pouco estranho para eu estar aqui de novo após tanto tempo. Eu vou ficar bem. –Disse Dimitri sem me olhar.

– Acha que deveríamos chamar, ou algo assim? –Perguntei encarando a casa.

Estava tudo realmente muito quieto na casa pelo que pude observar aquela distancia e isso me preocupava um pouco. Já não bastava eu tê-lo praticamente pressionado para vir, e agora ele não iria conseguir falar com ninguém.

– Não, vamos entrar direto pela porta da frente, minha mãe nunca tranca o portão principal e nem a porta da cozinha esse horário. Vem, vamos entrar. –Disse ele abrindo o portão e entrando em passos lentos e bastante cautelosos.

Engraçado que naquele momento estávamos realmente prestes a rever a família de Dimitri e, no entanto eu me sentia quase tão nervosa e completamente inquieta quanto ele provavelmente estava se sentindo por estar ali.

– Nossa, faz realmente tanto tempo. Respira Dimitri, você consegue. –Sussurrou Dimitri no que pareceu uma tentativa de acalmar a si mesmo.

– Você vai sobreviver a isso camarada, elas são a sua família. Relaxe, aposto que ninguém lá dentro vai tentar te morder de verdade. –Falei com um pequeno sorriso, tentando acalmá-lo. –Além disso, você está comigo, prometo te proteger.

– Isso parece realmente tranquilizador, muito obrigado por estar aqui comigo hoje Roza. –Disse Dimitri sem me encarar, porém senti que estava sendo sincero.

Finalmente após mais alguns segundos infinitos Dimitri girou a maçaneta da porta e lentamente entramos na cozinha. O rádio estava ligado numa estação de música Russa, havia movimentação no andar superior e antes que eu pudesse pensar em dizer algo uma Dhampira de meia idade entrou no cômodo com uma tigela nos braços; pelo aroma que invadiu o ambiente no momento que ela entrou, parecia estar fazendo biscoitos ou algo desse tipo.

– Ah meu Deus! –Ela gritou assustando-se quando nos viu parados perto da porta de entrada, a tigela transparente em sua mão escapou e foi para o chão, partindo-se no piso branco e espalhando farinha com chocolate por todo o lado, principalmente no vestido florido que ela usava.

– Mãe? Mae você está bem? –Ouvi uma voz feminina perguntar e passos se formaram na direção da cozinha. –Mãe o que... Ah meu Deus! Dimitri! –Os braços da garota envolveram Dimitri num abraço apertado.

– Rebekah, você... Deus você está linda! –Disse Dimitri quando se soltaram. –Mae, senti tanto a sua falta durante esses anos. Senti falta de casa, da sua macarronada. –Acrescentou ele envolvendo a mãe dele com os braços.

Observei a cena que se formou a minha frente por um longo momento e me senti satisfeita com o que via. Era algo tão lindo de presenciar, não é todo o dia que você consegue ver Dimitri com toda aquela estrutura corporal nos braços de sua mãe, toda a postura de Guardião havia sido removida e naquele exato momento ele realmente parecia incrivelmente tão pequeno e estranhamente vulnerável.

Passado o momento de vulnerabilidade Dimitri soltou as duas e encarou uma pequena Dhampira que nos observava no meio da escada com os olhos arregalados como quem estivesse diante de um fantasma. E eu tinha certeza que poderia reconhecer uma reação daquelas diante de um fantasma. Com certeza.

– Victoria vem aqui querida, Dimka veio nos ver. Venha falar com ele. –Disse a senhora Belikov com um sorriso entre as lágrimas que ainda lhe caiam rosto abaixo sem intervalo.

Victoria continuou paralisada no lugar como se estivesse em choque, Dimitri a encarou e então deu alguns passos na direção dela e abriu os braços num convite praticamente irrecusável para que ela o abraçasse de volta. Quando ela finalmente voltou a se mover pegou a todos nos de surpresa com o que havia feito diante da postura de seu irmão. Ela simplesmente levantou a mão e então deu um tapa no rosto de Dimitri com força e aparentemente quando a Senhora Belikov pensou em repreendê-la pelo ato insano, Victoria puxou Dimitri para seu peito o apertando conta si com força, então abafou o choro em seu ombro.

– Nunca mais fique sem dar notícias depois de enfrentar um confronto tão intenso contra os Strigoi, pensamos que estivesse morto ou coisa pior. Recebemos uma carta da São Vladimir comunicando o que havia acontecido por lá e sobre o seu desaparecimento e entramos em pânico. Mamãe chorou por dias, Bekah e eu nem conseguíamos sair do quarto. –Disse Victoria sem soltá-lo um só momento.

Todos nos reunimos na pequena sala, às irmãs de Dimitri sentaram uma de cada lado dele evidentemente recusando-se a soltá-lo um minuto que fosse e a mãe dele se sentou na poltrona de frente para o filho também se recusando a deixá-lo, então eu me coloquei num canto do cômodo, de pé observando a cena.

– É realmente ótimo ver você irmão, mas não deveria ter voltado para São Vladimir imediatamente depois que conseguiu sair das garras dos Strigoi? –Perguntou Rebekah o encarando com seriedade e preocupação. –Quer dizer todo mundo por lá devem estar preocupados e precisando de você pra ajudar.

– Sim, eu deveria ter voltado há algum tempo, mas surgiu uma coisa para resolvermos por aqui e então Rose sugeriu que eu deveria vir falar com vocês já que estávamos por aqui. –Disse ele me lançando um olhar de agradecimento.

– Inacreditável! Você não mudou nada mesmo garota. Na verdade mudou sim, ficou ainda melhor do que antes, agora consegue botar medo num Guardião de quase dois metros como o meu irmão, isso é o máximo. Parabéns Rosy. –Disse Rebekah me encarando com um sorriso amigável e franzi a testa.

– Desculpa, mas por acaso nós duas já nos conhecemos antes? –Perguntei confusa com o modo que ela havia dito meu nome. Principalmente porque vagamente conseguia lembrar que uma garota costumava me chamar daquele jeito antes de eu fugir da Academia com Lissa há um ano.

– Sou eu, A pequena Bekah... Não acredito que não se lembra de mim Rosy, você me salvou de uma briga quando comecei a estudar na São Vladimir, uns dois antes que você pudesse ter a ideia de partir com a Princesa Dragomir, essa história das brigas chegou aos ouvidos de minha mãe, que mandou uma carta para Dimitri que por sua vez solicitou uma transferência quando ainda era Guardião do Lorde Zeklos e conclui meus estudos para Guardiã em San Blázio anos mais tarde. Éramos o trio mais encrenqueiro da Academia, a Diretora Kirova vivia nos aplicando punições severas. –Disse ela com o mesmo sorriso.

Algo dentro de meu cérebro se acendeu e finalmente consegui me lembrar dela, eu ainda era muito pequena quando nos conhecemos, eu estava com Lissa no refeitório e umas garotas do 6º ano estavam implicando com Rebekah por ela não ser muito boa em se defender e por ser novata por lá, a cena fez meu sangue subir em segundos e sem parar para pensar em como poderia estar me colocando em confusão com Kirova pela milionésima vez eu entrei no meio da briga, mesmo sob as intermináveis advertências de Lissa sobre como eu poderia me dar muito mal por estar brigando daquele jeito ainda estando de castigo, mandei Rebekah se retirar e bati em todas as sete meninas. Fiquei sem sobremesa por dois meses inteiros, mas valeu a pena. Só nunca imaginei estar com a irmã de meu atual amor. Tipo ela era a minha cunhada, era estranho agora.

– Éramos mesmo terríveis, pequena Bekah. Alias você era mestre em se meter nas piores confusões do mundo na Academia, todo o dia tinha alguma coisa errada acontecendo e você estava no meio. –Concordei com um pequeno sorriso.

– E você era mestre em mandar os alunos mais velhos para a enfermaria por causa disso. Metade da escola tinha medo do seu nome naquela época porque você batia em todo mundo sem dó. –Acusou Rebekah rindo.

– Você ainda é bastante terrível às vezes quando quer Roza. –Acrescentou Dimitri me lançando um olhar divertido, porém severo.

– Você também não ficou para trás quanto a isso Dimka, eu lembro muito bem que você se metia em mais problemas do que eu conseguia contar na época que estava na escola. –Disse a senhora Belikov com um sorriso.

– Mae! –Dimitri a censurou de forma brincalhona com um pequeno sorriso culpado. –Eu era um garoto, isso é mesmo de se esperar na idade que eu tinha.

– Um garoto que ia para a detenção pelo menos três vezes por semana todos os meses, e que quase foi expulso pelo menos três vezes por explodir os armários dos professores. –Disse ela rindo e todos nos fizemos o mesmo.

– Ei, qual é a do “Roza” Dimka? –Rebekah perguntou franzindo a testa.

– É o meu nome. Só que em Russo. –Falei antes que pudesse me conter.

– Eu sei disso, sou naturalmente Russa bobinha. Nasci aqui. –Disse Rebekah com um pequeno sorriso. –Só achei diferente ouvir seu nome ser pronunciado assim.

– É como um apelido, eu gosto de chamá-la assim às vezes. –Disse Dimitri calmamente e eu sorriso para ele aliviada por ninguém ter feito mais perguntas.

E então algo me chamou a atenção, do outro lado do pequeno cômodo perto de uma porta havia uma senhora nos observando com a expressão apavorada.

– Dimitri. –Chamei com a expressão séria, apontando para a velha.

– Vovó vem falar com o Dimitri. Ele veio ver a gente. –Disse Rebekah colocando-se de pé e puxando-a pela mão.

A velha se moveu lentamente para onde estávamos, porém para minha surpresa ela se deteve onde eu estava encostada na parede, me encarou de um jeito particularmente pavoroso e disse algumas palavras rapidamente que eu não consegui entender por mais que tivesse prestando atenção diretamente nos lábios dela movendo-se com evidente urgência. Ainda assim o que fora dito de forma desconhecida conseguiu me atingir o bastante para que meu corpo estremecesse por inteiro e me deixasse completamente assustada.

– Um tradutor seria realmente mito bem-vindo agora. O que exatamente ela está dizendo para mim? –Perguntei olhando para Dimitri totalmente assustada.

– Vick, você ajuda a vovó a voltar para o quarto dela, por favor? –Pediu a senhora Belikov com um meio sorriso sem graça. –Rebekah leva a aluna do seu irmão para conhecer o andar superior? Eu gostaria de falar com Dimka. Sozinha.

Todos imediatamente se moveram conforme as ordens da mãe de Dimitri que foi a única a não se mover do lugar e para minha surpresa Dimitri também não se moveu e nem mesmo se atreveu a me lançar algum tipo de olhar, engraçado que eu mesma não tive coragem de desobedecer ao que fora ordenado e prontamente segui Rebekah pela escada quando ela puxou meu braço até o segundo andar da casa, que no fim das contas era bem maior do que imaginei.

– Rebekah, será que dá para você me explicar o que exatamente aconteceu lá embaixo agora? –Perguntei quando entramos num dos quartos, que aparentemente pertencia a ela. –O que foi aquilo que sua avó disse pra mim com aquela expressão assustadora? A reação da sua mãe?

– Desculpe por aquilo Rose, vovó tem estado agitada há dias e piorou quando a notificação da Academia chegou sobre o ataque dos Strigoi e o desaparecimento do meu irmão no meio da batalha. –Disse ela parecendo realmente inquieta.

– Ei você não devia estar protegendo algum Moroi importante e indefesso por ai Bekah? –Perguntei encarando o ambiente a minha volta com atenção. Era particularmente agradável estar ali com a família de Dimitri, eu quase conseguia me sentir como se estivesse em minha própria casa. –É o que acontece depois da graduação dos aprendizes, você deve ser designada para proteger alguém.

– E eu certamente fui solicitada para proteger um Moroi, mas estou na minha semana de folga, volto à ativa em três dias. –Respondeu ela dando de ombros.

– Legal, mas assim quem foi o Moroi completamente doido e bastante corajoso que a solicitou Bekah? –Perguntei imediatamente curiosa.

– Lorde Erik Zeklos, filho do antigo protegido do meu irmão. –Respondeu ela meio a contra gosto e de um jeito a entregou no mesmo segundo. –Ele está participando de um evento especial na Corte Real junto aos outros membros de sua família, então me deu uns dias de folga e resolvi rever minha mãe e Victória.

O jeito que Rebekah falou do Lorde Zeklos a entregou no mesmo segundo, mas resolvi não comentar nada para não deixa-la desconfortável, então conversamos sobre outros assuntos não relacionados à Academia.

Ainda assim mesmo presa na conversa com uma das pessoas que eu mais gostava no mundo eu não conseguia parar de pensar no que havia acontecido na sala há poucos minutos, à reação de todos perante o acontecimento e estava mortalmente curiosa para saber o que a mãe de Dimitri queria conversar de tão sério com o filho ao ponto de que ninguém poderia estar presente.


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Notas finais do capítulo

Protinho Morois e Dampiros amados de my life!!! E então o que acharam do cap?
Na boa chorei escrevendo esse capitulo, gente perdoem mais eu esqueci o nome da mae do nosso Dimka! OMG!
E ai gostaram das irmãs de Dimitri? E esa reação da Vick heim? E que historia é essa do Dimitri mandar as regras que ele passou a vida seguindo e simplesmente beijar Rose na frente de todo mundo???
Espero que tenham gostado. Beijos e até o prosimo.
PS: Favoritem, comentem, recomentem.... Participem garanto que não cai o dedo e faz uma escritora muito feliz.
Aviso: Gente essa fic sera beeeeeeeeeeeeeemmmm longa. Motivo: Estou juntando os seis livros da coletanea da Richelle em volume unico, alem do fato de que não estarei seguindo a historia original a todo o momento (Jura?) Então isso significa que ficarei com voces por um bom tempo e então não me abandonem que eu não faço o mesmo com voces ok?



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