Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 36
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, como voces sabem eu demoro pra postar (não me odeiem por isso), porem quando eu volto trago comigo bastante capitulos a serem liberados e então por isso ai segue mais um pra voces que alias é um dos meus favoritos.
Aproveitem, nos vemos nas notas finais.
Boa leitura Morois e Dhampiros que adoro.



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A viagem de carro estava sendo incomodantemente silenciosa, Sidney havia ligado o rádio numa estação qualquer e cantarolava baixinho junto à música, parecia conhecer toda a letra. Naquele momento desejei ter coragem para começar um questionário exatamente como Dimitri havia feito momentos atrás, porém eu me limitei apenas em cruzar os braços bem firmes sobre o peito e encarar o teto do carro, porem momentos depois meus olhos se fixaram no rosto de meu mentor incrivelmente sexy dormindo profundamente ao meu lado.

– Porque algo me diz que você gosta mesmo dele Rose? Tipo gosta como quem está perdidamente apaixonada por ele? Estou certa, não estou? –Perguntou Sidney me sobressaltando, ela havia parado de cantar e estava me encarando pelo espelho do carro. –Você o ama, mas acha que não pode ficar com ele.

– Ele é meu Mentor, deixa de ser doida e continua dirigindo porque eu estou com fome, por favor. –Argumentei fazendo uma careta, tentando parecer incrédula.

– Relaxa garota, ele é homem e você é... Bem, você já é quase uma mulher então... Olha é absolutamente natural ter atração por homens mais velhos na idade que temos agora, pode confiar em mim. Não precisa fingir, está escrito na sua testa o que sente por ele. –Disse Sidney com um pequeno sorriso lateral.

– Deus! Só dirige Sidney antes que eu me irrite de verdade e quebre o seu nariz com um soco, e algo me diz que você sabe que eu farei isso de verdade se não calar a boca agora. – Falei asperamente voltando a encarar as janelas.

Mais alguns minutos e finalmente havíamos chego a um pequeno hotel no centro de São Petersburgo, Sidney nos instalou e eu fui acordar Dimitri que aparentemente realmente dormiu como uma pedra a viagem inteira, o que era meio incomum vindo dele, mas ainda assim aceitável, afinal ele teve um dia tão tenso quanto o meu havia sido. Quando toque em seu rosto ele me encarou assustado e eu sorri apontando o lado de fora do carro, ele assentiu e saiu.

Dentro do hotel pegamos dois quartos, um para Sidney e o outro eu dividiria com Dimitri. O que mais me surpreendeu foi saber que isso havia sido ideia de Sidney e que por uma razão desconhecida Dimitri havia concordado sem pestanejar.

– Sidney conseguiu ser mais irritante do que eu me menos de 24 horas hoje, ela falou na minha cara que acha que eu tenho uma queda por você. –Soltei quando entramos no quarto e largamos nossas poucas coisas sobre a cama.

– Eu sei disso Rose, na verdade eu meio que ouvi vocês duas conversando... Discutindo sobre isso no carro. –Respondeu ele tirando seu casaco e sentando numa cadeira de frente para a cama. – E só para constar eu temi que você realmente considerasse bater na pessoa que salvou a sua vida.

– Eu pensei que você estivesse dormindo, não espionando minha conversa com uma alquimista irritante e que realmente merecia um belo soco na cara. –Acusei estreitando os olhos, sentindo minhas bochechas perderem a cor, eu abaixei o rosto meio sem graça com o que havia dito, mas não me arrependia.

– Ela está certa com o que disse? –Perguntou ele após alguns segundos.

– Hãm? –Levantei o rosto para olha-lo e me surpreendi ele estava parado bem na minha frente, com o rosto quase colado ao meu.

– Sidney estava certa, com o que disse? Você tem uma queda por mim? –Perguntou ele contendo um sorriso malicioso que eu conhecia muito bem.

– É mais que isso camarada, eu amo você. –Respondi retribuindo o sorriso.

E então simplesmente não foi preciso dizer mais nada. Nossos lábios se encontraram num beijo ardente, nossas mãos removiam as roupas um do outro com agilidade, andamos pelo quarto abraçados e quando dei por mim estávamos dentro do banheiro, à água quente estimulou a continuarmos com as carícias e momentos depois estávamos na cama e novamente como naturalmente acontecia o que fizemos superou as linhas de apenas “sexo”, tinha sempre o toque de paixão selvagem no modo que nossos corpos se moviam quando conectados, quando nossas mãos se uniam e quando nos beijávamos também.

– E o que acontece agora camarada? –Perguntei deitando sobre o peito dele.

– Acredito que voltaremos para São Vladimir muito em breve, então você se gradua para Guardiã em dois meses, provavelmente vão designá-la para a Princesa e tudo volta ao normal de novo. –Respondeu Dimitri encarando o teto.

– Que empolgante, eu acho. Escuta, você lembra o que disse pra mim uma vez? –Perguntei erguendo o corpo para me sentar e assim poder olha-lo nos olhos.

– A respeito do que exatamente? Eu pedir transferência de Guarda porque te amo ao ponto de fazer esses sacrifícios? Porque vou abrir mão de proteger Lissa por você? –Perguntou ele sério agora também se sentando.

– Não, estou falando sobre a sua família aqui na Rússia. –Falei séria e ele fez uma careta olhando para a parede ao lado dele. – Sem bico pra cima de mim essa hora da noite camarada, você mesmo vivia dizendo durante os nossos treinos que tinha vontade de poder voltar aqui para revê-los um dia. E olha só que coincidência, nós estamos na Rússia, você poderia ir até lá e falar com eles Dimitri.

– Não acho uma boa ideia fazer isso Rose. Eu não estou dizendo que não queria, porque é o que eu mais queria poder fazer. Porém, eu preciso que entenda que faz tanto tempo desde que sai de casa para ser Guardião que sinto que voltar seria um grande erro, voltar para depois partir de novo pode bagunçar tudo na vida da minha mãe, minha avó e principalmente para as minhas irmãs que talvez nem se lembrem de mim direito. – Disse ele abaixando a cabeça, parecendo triste.

– Escuta algo me diz que não vamos a lugar algum até eu falar com esse tal de Abe Mazur e descobrir o que ele quer de mim e porque me ajudou a fugir dos Strigois, portanto nós todos vamos ficar aqui por um tempo camarada. –Falei colocando-me de pé. –Pode pelo menos pensar no assunto, por favor? É sério.

– Falando nisso, porque esse cara quer tanto falar com você? –Perguntou ele voltando a se deitar, mas seus olhos não se desgrudavam de meu corpo nu.

– Eu sei lá, Sidney não é do tipo que gosta de responder perguntas ou ser pressionada, então vamos ter que esperar para perguntar pessoalmente ao Mazur. –Falei voltando a me sentar, pegando um pente para desembaraçar a confusão que estava meus cabelos. –A proposito porque vocês Mentores nunca mencionaram sobre isso na Academia? Sabe, sobre os Alquimistas? Merecíamos saber esse lado presente em nosso mundo, teria sido bastante útil. Eu acho.

Dimitri me encarou com uma expressão como quem pedia desculpas pelas coisas que claramente a Academia vinha escondendo há tanto tempo e então suspirou.

– Os Alquimistas são uma espécie reduzida agora, são pouco tolerantes ao que nós Dhampiros somos e o que fazemos ou a quem protegemos com nossas vidas. Não era uma informação essencial para se considerar uma vez que é praticamente impossível cruzar com eles. Na vida. –Disse ele dando de ombros.

– Por isso ela não quis dividir o quarto com a gente e ficou muito feliz quando você sugeriu que ficássemos separados, porque ela pensa que vamos matá-la no meio da noite. –Falei com um meio sorriso debochado, a ideia era tão ridícula.

– Acontece que alquimistas jovens como Sidney naturalmente possuem grande dificuldade em confiar em nossa espécie por causa dos Strigoi, por conta disso quando fomos nos instalar nos quartos pensei que deixá-la em outro quarto poderia deixá-la menos desconfortável por ter que ficar perto de nós dois por tanto tempo. – Respondeu Dimitri colocando-se de pé. –Eu vou tomar um banho porque estou realmente precisando e depois vamos tentar dormir, amanhã teremos um dia cheio.

Assenti com um meio sorriso quase me derretendo quando ele se levantou revelando seu belo corpo escultural, possuindo curvas e cavidades perfeitamente desenhadas como uma pintura de Leonardo Da Vinci, que eu já havia memorizado e decorado de tantas vezes que tocara aquela pele rosada e com aroma de colônia Russa.

Depois que Dimitri saiu do banho com uma toalha envolvendo sua cintura foi a minha fez de entrar no chuveiro e me limpar, ao parar de frente para um espelho que pegava toda uma parede só para ele senti repulsa de mim mesma, eu tinha hematomas e machucados por toda a parte de meu corpo e isso não me incomodou nenhum pouco, porque naquele exato momento meus olhos só enxergavam o estado que atualmente se encontrava meu pescoço e as dezenas de marcas de dentes que havia ali espalhadas em marcas nítidas.

Era uma visão horrenda, algo que eu lutei tanto para evitar estava ali diante dos meus olhos. No tempo que me manteve prisioneira não havia conseguido perceber o que estava acontecendo durante as visitas de Donovan, ele estava me usando como fornecedora, só que de uma forma mais vulgar, ele havia feito de mim uma prostituta de sangue.

Senti meus joelhos cederem de encontro ao piso de mármore branco e lágrimas imediatamente tomaram meu rosto. Com certa dificuldade me coloquei de pé novamente e entrei na banheira tingindo a agua com o vermelho intenso de meu sangue isso me deixou ainda mais apavorada que o necessário. Então, me vendo desesperada para acabar com aquela cena, eu peguei uma buchinha de banho e comecei a esfregar meu pescoço devagar com medo de provocar um sangramento no local que estava sensível, logo sentindo as lágrimas aumentarem e logo eu estava chorando de forma histérica e descontrolada.

– Rose? –Ouvi Dimitri perguntar batendo na porta. –Está tudo bem ai dentro?

Não consegui parar de chorar para responder e sabia que era uma questão de tempo até Dimitri perder a calma e então estourar a porta para descobrir o que havia de errado comigo.

– Rose o que está acontecendo ai dentro? Você está bem? Fala alguma coisa, por favor, qualquer coisa. Eu posso entrar, por favor? –Dimitri perguntou com a voz tremula, realmente estava perdendo o controle.

Antes que eu pudesse me recompor de alguma forma para conseguir responder Dimitri já tinha perdido o restante de sua calma e arrebentado a fechadura com um chute e no momento seguinte estava paralisado na minha frente, seus olhos estavam fixos em meu pescoço, recomecei o choro histérico de antes.

– SHHH, está tudo bem Rose. Acabou, está tudo bem. Você está segura agora, eles não podem mais lhe machucar. Vou proteger você, eu prometo. Está tudo bem. –Disse Dimitri vindo para perto de mim com uma toalha grande.

Dimitri me tirou da banheira enrolando-me na toalha, me acomodando em seus braços como se eu fosse um bebê e então me tirou da banheira e já comigo enroscada em seus braços me colocou na cama com cuidado, sem dizer nada pegou uma caixa de primeiros socorros dentro de uma mochila no canto do quarto que provavelmente pertencia a Sidney e concentrado no que fazia lentamente começou a cuidar de meu pescoço, limpando cada mordida que ainda sangrava bem devagar, sempre tomando o cuidado para que eu não sentisse ainda mais dor, algum tempo depois eu já estava com um curativo cuidadosamente feito por ele.

Dimitri finalmente me encarou diretamente e pareceu aliviado por me ver calma, depois cuidadosamente ele me ajudou a deitar na cama, mesmo que só de roupão e ao se colocar ao meu lado me puxou para os seus braços e após um tempo eu me acalmei por completo, Dimitri era meu porto seguro. Meu paraíso pessoal.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam??? Todo mundo se ligando no sentimentos que cercam Dimka e Rose.... Nossa Alquimista Sidney quase levando um soco por não saber guardar as coisas para si mesma e por fim o surto de Rose no banheiro do hotel e por fim como voces acham que vai ser o encontro de Rose com Abe???



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