Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 34
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Gente vamos interagir com a escritora????
Digam o que esperam para os proximos capitulos...
O que eu deveria melhorar, não me abandonem.



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De todos os possíveis lugares para me manter em cativeiro até a decisão de me despertar num mostro for tomada, São Petersburgo era realmente o último lugar que eu imaginaria que me levassem um dia. Era loucura. Tudo bem que depois que conhecer e conviver com Dimitri, eu comecei a pegar certo gosto por coisas relacionadas à Russa – Em especial as que o envolviam em particular, como a casa onde ele viveu na infância, de onde ele aos 14 anos expulsou o pai a base da porrada por bater em sua mãe, sobre as minhas dele e principalmente sua avó bruxa medonha que era assustadora só o mandando para o quarto de castigo.

Na época lembro perfeitamente que me dava até vontade de realmente ter a oportunidade conhecê-los de tanto que Dimitri falou deles na noite que comemoramos seu aniversario – mesma noite que nos entregamos à paixão avassaladora que sentíamos, resultando na perda de minha virgindade e o melhor sexo que eu poderia ter feito em toda a minha existência. Ainda assim nunca passou por minha cabeça um dia realmente poder vir para esse lugar; no entanto aqui estou eu. Na Rússia, cidade natal de Dimitri. Agora eu tinha que encontrar um modo de sair dali antes que Donovan decidisse me matar – ou na pior das hipóteses formadas, me despertar numa Strigoi.

Tentando pensar com coerência em como deveria agir voltei a me sentar na cama com as pernas cruzadas e fiquei imóvel encarando uma mancha de sangue no chão. Comecei a maquinar uma possível rota de fuga. Donovan costumava me ver aparentemente no mesmo horário de sempre, mesmo que eu não pudesse definir dia ou noite com exatidão isso já era um ponto de partida. Nas ultimas visitas não se alimentou do meu sangue e isso significava que provavelmente eu já estava bem o suficiente para encarar uma luta corpo a corpo se isso fosse necessário.

E então só ficava faltando arranjar algo que pudesse me servir como arma auxiliar, mas o que poderia servir? Varri todo o cômodo com os olhos e uma cadeira de madeira num dos cantos da parede me chamou a atenção quase que instantaneamente, como se estivesse gritando para mim. Era perfeita!

Levantei rapidamente da cama, agarrando a cadeira por uma das pernas da frente e tomando o cuidado para não me machucar muito bati ela contra a parede com força. Para minha total frustração não havia acontecido nada. Então me veio uma ideia bem insana e mesmo sabendo o quanto estava ariscando tentei canalizar a parte obscura dos poderes do Espirito, quase que no mesmo segundo eu consegui sentir o Espírito moldar-se a minha aura como uma segunda pele. Funcionou.

Quando a cadeira bateu pela sétima vez contra a parede de concreto uma das pernas trincou. Sorri e bati a cadeira novamente contra o concreto e de novo e então a cadeira não aguentou fazer-se de durona pra cima de mim e se desmontou como pudim no meio de outra pancada violenta, dessa vez espalhando lascas por toda parte e aquela parte trincada se desligou criando uma ponta perfeita e fina. E lá estava minha nova estaca!

Minhas mãos estavam bastante vermelhas e doía um pouco, minha respiração saia ofegante e irregular devido à pequena luta injusta contra a cadeira. Então sabendo que havia a grande possibilidade de alguém ter me ouvido voltei a me deitar na cama; tomando o cuidado de esconder minha estaca improvisada embaixo de meu travesseiro. Segundos depois a porta foi aberta e Donovan entrou por ela com uma expressão de surpresa fingida.

Donovan parou no meio do cômodo de frente para as lascas do que costumava ser uma cadeira, me encarou com as sobrancelhas arqueadas, voltou a encarar as lascas e voltou a me olhar, parecendo tentar entender o que havia acontecido em sua ausência. Naquele momento temi que ele notasse que faltava uma das pernas, porém para meu alivio ele se limitou apenas a dar de ombros e sorri para mim.

– Uau! Fiquei imaginando quanto tempo levaria até você começar a mostrar quem realmente é por baixo desse rostinho bonitinho de garotinha. –Disse ele parecendo orgulhoso ao se aproximar um pouco de mim. –Depois que despertá-la eu vou sugerir aos meus superiores que a coloquem no comando de algumas de nossas células iniciais. Você será uma perfeita treinadora para os nossos futuros “soltados”, disso eu não tenho duvidas... Nem o que restou da cadeira.

– Interessante. –Falei lutando para não dar um sorriso que poderia estragar tudo.

– Que bom que gostou dos meus planos, porque é assim que sua vida será em breve. Muitos iguais a mim odeiam você, mas quando for uma de nós, irão de ver como a nossa líder. A rainha dos Strigoi. –Disse ele com um sorriso esperançoso.

– Acontece que existe uma pequena lacuna nos seus planos Donovan. –Falei num tom superficialmente calmo e indefeso.

– E o que seria essa lacuna, exatamente? –Questionou ele fechando a expressão ao me aproximar novamente.

Eu precisava que ele desse só mais um passo pequeno.

– Se vai matar alguém ou lhe roubar a alma, faça logo de uma vez. Não fique se crescendo antes da hora, porque então é você quem morre! –Falei pulando da cama e como o peguei de surpresa foi moleza chegar ao seu coração.

A adrenalina tomou tonta de mim, me coloquei em pé num salto e fui para a porta que por sorte estava destrancada. Ao sair me deparei com três corredores diferentes e me senti num daqueles joguinhos de uni-duni-te. Porem antes que pudesse me mover um único milímetro, senti algo passar a centímetros de minha cabeça e uma sombra cair.

Alguém havia acertado a cabeça de um Strigoi com uma faca de caça. Virei o corpo na direção de uma garota loira, que por sua vez me encarava num misto de cautela e curiosidade calculada, em sua bochecha havia uma espécie de tatuagem dourada e isso a deixava, estranhamente muito bonita.

– Quem é você e porque está aqui? –Questionei franzindo as sobrancelhas.

– Sou uma alquimista, você não deve saber o que é isso, mas vou explicar depois e pode me chamar de Sidney. Esse é o meu nome. –Disse ela dando de ombros.

– Tá legal... Então Sidney, né? Teoricamente isso aqui é um cativeiro de um sequestro, como conseguiu entrar aqui sem ser morta por um Strigoi? –Questionei quando começamos a andar por um dos corredores.

– Usei o duto de ventilação principal, tenho acesso a um mapa de todo o local. –Respondeu ela sem me olhar. Parecia ter medo de mim.

– Kirova não anda muito bem da cabeça mesmo. –Resmunguei irritada.

– Oi? –Sidney me encarou erguendo as sobrancelhas.

– A Diretora maluca da minha escola... Ela não devia ter mandado você assim sem... Espera! Não foi enviada pela São Vladimir? –Questionei sem entender, ela fez que não com a cabeça. –Então quem mandou você aqui atrás de mim?

– Abe Mazur. –Respondeu ela asperamente, mostrando que seja lá quem fosse ela não gostava muito dessa pessoa, ainda assim era fiel a ele.

– Tudo bem, quem é esse babaca com nome de fresco? –Questionei impaciente por não estar conseguindo juntar as peças necessárias

– Nossa você é realmente um doce de garota, sabia disso? E mais cuidado com a língua, porque esse “babaca” é o Moroi mais rico e influente no meio mafioso do mundo de vocês. Está me dizendo que nunca ouviu falar dele? –Ela questionou parecendo incrédula. –Deus, eu pensei que você morasse numa escola.

– Eu moro numa escola, mas aprendemos coisas realmente mais importantes. Pularam a parte dos mafiosos. Então me desculpe por não conseguir entender porque um mafioso desse porte teria interesse em me ajudar. –Falei fechando a expressão, me controlando para não socar a cara dela.

– Olha só, Mazur me mandou aqui para ajudar você a sair desse lugar e é o que vou fazer. Por favor, guarde suas perguntas para ele quando o encontrarmos. –Disse ela virando-se e depois me olhando novamente. –Quase esqueci. Acho que vai precisar disso. –Acrescentou ela me entregando uma estaca de prata.

– Espera um momento, não podemos sair daqui Sydney. Ainda não. –Falei segurando o braço dela para obriga-la a parar de andar.

– Enlouqueceu ou sempre teve uns parafusos a menos garota? –Questionou Sidney parecendo incrédula. –Precisamos sair daqui e tem que ser agora.

– Na verdade eu meio que já nasci sem eles sabe, então não estou nem ai para o que você quer que eu faça ou para quem você trabalha. Temos que encontrar o meu Mentor, sei que ele está aqui em algum lugar precisando de mim e não vou embora sem levar ele junto com a gente Sidney. Tenho que encontrá-lo imediatamente antes que seja tarde, então ou você vem comigo e me ajuda, ou me deixa para trás. Escolhe. – Falei de repente me vendo totalmente desesperada.

– Mazur vai me matar se isso continuar a fugir do controle desse jeito... Tudo bem, eu vou ajudar você a encontrar seu professor, mas saiba desde agora que seu professor não está aqui. Não mais. –Respondeu ela cautelosamente.

– Começa me chamando de Rose, é o meu nome. E como você pode ter tanta certeza que Dimitri não está aqui, sendo que você nunca o viu antes? –Perguntei sobressaltada com as palavras dela.

– Porque eu sou realmente muito boa no que faço Rose, então sei que vai dar trabalho encontra-lo, principalmente com vida. Muito trabalho. –Respondeu ela checando seu mapa. –Primeiro temos que sair daqui, essa parte é fácil e depois tenho que fazer contato com Mazur e ai nós veremos como isso fica.

– Vamos nessa alquimista, temos pouco tempo até que mais Strigois cheguem aqui e percebam que eu sumi. –Falei recomeçando a andar rapidamente.

Admito que mesmo não confiando muito nas palavras de Sidney e na razão real dela estar aqui me ajudando a mando de um mafioso poderoso e provavelmente perigoso, ela era uma garota muito esperta para a idade que tinha. E por possuir a planta do local facilitou nossa fuga em níveis animadores. Como ela mesma havia dito há minutos atrás, aquela parte havia sido moleza. Agora vinha a parte difícil do plano, entrar em contato esse tal de Abe Mazur.


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