Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 33
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoas como estamos???
E ai bora ler?
PS: Quero comentarios!!!
Poxa de fantasma nessa fic ja basta o Mason ok?
Não me deixem na mão, please!!!



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Naquele momento após abrir meus olhos não consegui dizer o que havia me deixado mais surpresa, perceber que não estava morta ou constatar que não era uma Strigoi. E então me veio à terceira constatação, eu havia sido sequestrada pelos Strigois que invadiram a Academia. Maldição, de novo não!

Ergui o corpo rapidamente, esse movimento me levou com os joelhos de encontro ao chão, o quarto que eu fora colocada era espaçoso e relativamente bem organizado apesar da falta de iluminação. Olhei na direção da janela e percebi com uma pontada de irritação que a mesma havia sido barrada por um murro de concreto reforçado.

Levei minha mão na cintura e bufei irritada, é claro que o sequestrador idiota havia me levado à estaca e o feche de luz. O único errado deles era terem me mantido viva e Dhampira achando que eu não daria um jeito de reverter toda aquela situação ou que os Guardiões da Academia não iriam vir a minha procura; especialmente minha mãe e Dimitri. Quer dizer, tinha que haver um modo de sair daquele lugar, outra saída.

Fala sério, eu não iria morrer assim numa boa, ainda tinha muitas baixas para causar nos Strigois. Eu era Rosemarie Hathaway e sendo assim se fosse morrer merecia um final mais épico do que ter a alma roubada pelos dentes dos Strigois. De jeito nenhum! Eu simplesmente estava recusando a proposta de finalizar minha vida de um modo tão sujo e humilhante como aquele que estavam tentando impor sobre minha pessoa sem me dar o direito de interferir. Poxa, eu podia admitir que era péssima em muitas coisas, porém praticamente tinha doutorado em formar planos malucos quando precisava salvar a pele das pessoas que amava com urgência e então estava mais que na hora de dar um jeito de reverter àquela situação a meu favor.

– Decepcionante. Você não é exatamente o que eu esperava. –Disse uma voz masculina fria atrás de mim e isso me deixou em alerta.

– Quem você pensa que é para falar assim comigo? –Perguntei virando o corpo na direção da voz fria.

– Pode me chamar de Donovan. Sou o responsável pelo seu sequestro e pela mordida em seu pescoço. Devo acrescentar que o gosto do seu sangue... Você é irresistível garotinha. –Disse Donovan com um largo sorriso.

Garotinha? Sério isso? Ele havia realmente me chamado de garotinha? Quantos anos ele pensava que eu tinha? Oito aninhos? Ah vai tomar no... Filho da mãe! Eu era praticamente uma Guardiã e não tinha saco para ouvir baboseiras de um sádico como ele. Donovan era como qualquer Strigoi, pele pálida, caninos saltados, anéis vermelhos no lugar de uma coloração mais normal para os olhos como azul, castanho ou até mesmo âmbar e para completar meus motivos para querer pular no peito dele e faze-lo em pedaços, ser sarcástico aparentemente era seu segundo nome. Isso não ia ficar assim por muito tempo. Eu não era o Christian, mas iria fazer a batata daquele Strigoi assar direitinho. Ele escolheu a Dhampira errada para sequestrar e tentar roubar a coroa de sarcasmo.

– Sabe de uma coisa Donovan... Algo me diz que você tem muita sorte de eu não estar devidamente preparada, porque caso contrário eu garanto que essa nossa “conversa” estaria sendo completamente diferente. –falei rispidamente usando um tom ameaçador. Bem, se eu realmente fosse morrer, então seria ao estilo Rosemarie Hathaway que iria acontecer.

– Respondona? Tudo bem, gosto assim também, quando mais selvagem melhor pra mim. Tem sorte de eu ter gostado do seu rostinho de criança, porque caso contrário, você pode ter absoluta certeza de que eu já teria quebrado seu pescoço há muito tempo. –Disse ele com um largo sorriso.

– Isso não vai ficar assim por muito tempo seu sádico dos infernos, eu ainda vou matar você. –Falei completamente furiosa.

– Acorda para cuspir, você está no meu Império agora bonequinha, não vai a lugar algum até que eu permita que aconteça. E se fosse realmente me matar como está dizendo já teria feito e ainda não aconteceu é porque você não é capaz de me enfrentar. Então fica na sua, antes que eu me irrite e no meio de uma alimentação acabe matando você ou te despertando antes da hora. –Disse ele desfazendo o sorrido ao se mover até a porta, digitar alguns códigos e sair.

Irritada me joguei no sofá de couro vermelho que havia na frente da cama, ao meu lado sobre uma cadeira havia algumas revistas e um calendário. Sentei e encarei os números, ao que parecia eu havia sido sequestrada a dois ou mais dias. Que ótimo. Bem, para eu ter ficado tanto tempo fora do ar, Donovan provavelmente drenou quase todo o meu sangue. Eu realmente precisava descobrir onde estava presa e como faria para sair dali com vida. Adormeci.

Franzi a testa em sinal de confusão ao perceber que estava no ginásio da São Vladimir e isso não fazia o menor sentido para mim. Senti braços me envolverem por tras, então girei o corpo usando meu peso para levar meu oponente ao chão e quando estava pronta e na posição perfeita para quebrar o nariz de meu atacante com um belo soco, travei meu movimento a milímetros da pele dele.

– Adrian! –Falei arregalando os olhos, tamanha foi minha surpresa ao vê-lo.

– Você vai quebrar o meu braço Dampirinha! –Disse ele fazendo careta ao olhar sugestivamente para baixo, onde eu fazia pressão.

– Desculpa! –Falei o soltando e me colocando de pé. E então o puxei para um abraço. – Eu nunca pensei que ficaria tão feliz em ver você, Ivashkov.

– Bom saber que você está viva, Lissa estava quase arrancando os cabelos. E se ela não parar de chorar, algo me diz que vamos precisar de um barco logo. –Disse Adrian demostrando alivio em sua voz e ele estava estranhamente sóbrio. –E também, porque não seria nada justo perder nossa segunda melhor Guardiã.

– Espera? Quem disse que sou a segunda melhor? -Questionei franzindo a testa.

– Todo mundo sabe que você é a segunda melhor futura Guardiã... Olha isso não importa agora. Você esta viva, isso já basta. Não podemos perder você também. –Disse ele com a voz urgente. –Por isso tem que me dizer onde você está.

– Eu não faço a menor ideia do que você está f... Espera. Por acaso você não tem noticias do meu mentor, tem? –Perguntei com certa dificuldade, eu não sabia se estava pronta para ouvir aquela resposta dele, mas ainda assim precisava saber.

– Se eu responder a essa pergunta, promete não surtar e me bater? –Perguntou Adrian no que pareceu uma tentativa horrível de fazer uma piada ruim.

– Adrian fala logo. O que houve com Dimitri? –Questionei sentindo o pânico me consumir, de algum modo eu já sabia a resposta. Ainda assim, precisava ouvir.

– Pelo que eu soube dos Guardiões, a sua mãe encontrou o casaco dele lavado de sangue dentro do ginásio. Estão cogitando que os Strigoi tenham matado ele. Você também iria fazer parte da lista, mas como está falando comigo isso é o bastante para desfazer essa suposição. –Respondeu ele de forma cautelosa, provavelmente temendo levar um soco.

E eu quase fiz isso de verdade, mesmo não sendo culpa de Adrian, uma fúria imensa me atingiu e eu queria socar alguma coisa até estourar minha mão. Ao ouvir aquelas palavras sobre a possível morte horrenda de Dimitri eu senti meu sangue congelar, minha visão escureceu e minhas pernas viraram algo como gelatina. Felizmente, por estar sóbrio descobri que Adrian tinha bons reflexos quando ele se moveu com rapidez, passando um braço por minha cintura e isso impediu que eu caísse para trás ou com os joelhos de encontro ao chão.

– Ei vai com calma Dampirinha. Você está legal? –Adrian perguntou me encarando com preocupação.

– Lissa está segura agora? E quanto ao Christian? –Perguntei praticamente implorando por boas noticias. Tinha que me manter calma de algum jeito.

– Todos estão seguros e mantidos juntos, temos vinte Guardiões dentro e fora do nosso dormitório. O restante dos Morois estão ajudando na reconstrução do escudo de proteção. –Respondeu ele me encarnado com atenção e o mesmo tom de preocupação. –Presta atenção, você precisa descobrir sua localização para que eu possa lhe mandar ajuda. Consegue fazer isso Dampirinha?

– Está de brincadeira né? Eu estou trancada num quarto horrível... Fui nocauteada por um Strigoi que consegue ser mais irritante do que eu. –Falei ficando irritada.

– Sabe de uma coisa? Isso está se tornando perturbadoramente uma situação irônica. –Disse Adrian com a voz áspera e isso me surpreendeu.

– Do que está falando agora, Adrian? –Perguntei lutando para não perder o restante de minha paciência e acabar batendo nele.

– Percebeu que toda vez que junto nossos subconscientes, você está nas mãos de algum Strigoi? –Perguntou ele fechando as mãos em punho, mas seu rosto estava começando a desfocar. –Olha só, Lissa deve estar tentando me acordar para obter noticias suas e a conexão vai se quebrar logo. Por favor, Dampirinha tente descobrir sua localização para que eu possa te ajudar. Nós nos vemos logo.

De volta a minha própria realidade desastrosa, senti a náusea me atingir mostrando que eu não estava sozinha. Havia um Strigoi por perto e eu tinha quase certeza de que era Donovan.

– É tão interessante assim me ver dormindo babaca? –Questionei asperamente ao abrir os olhos e me colocar sentada rapidamente.

– A questão é que você é realmente interessante. Agora eu entendo porque ele ficou falando seu nome, implorando para que não matássemos você. O que foi realmente muito ridículo. –Disse Donovan que me encarava sentado no pequeno sofá de frente para a cama que eu estava.

Demorei alguns segundos para finalmente conseguir entender que aquele Strigoi idiota estava falando de Dimitri. Imediatamente me vi concentrada, tramando um de meus conhecidos planos potencialmente insanos e ainda assim funcionais.

– Certo, deu pra ver que você é louco de pedra. Vai ao menos dizer onde estamos exatamente? –Questionei cruzando os braços, torcendo para que ele não percebesse o que eu estava pretendendo fazer.

– Isso não importa você nunca sairá daqui e também definitivamente não vera o Beli... O outro prisioneiro. –Disse Donovan dando de ombros com um sorriso.

Que babaca! Donovan era o Strigoi mais burro que já havia enfrentado, ao ponto de que nem percebera o fato de ter facilmente soltado uma das informações que eu ansiava obter respostas. Quando estava prestes a se retirar Donovan acabou deixando cair um folheto de hotel do bolso de se casaco e eu quase sorri quando ele saiu pela porta sem se alimentar de mim como geralmente fazia.

Coloquei-me de pé num salto e peguei o folheto do chão, quase caindo para tras diante do que encontrei. Minhas notas em línguas eram péssimas, ainda assim novamente conhecer Dimitri tinha suas vantagens, principalmente quando ele dizia algumas coisas em Russo que me despertaram curiosidade o bastante para estudar essa língua em especifico... Ele costumava falar muitos palavrões nessa língua e depois de um tempo entendi porque usar o Russo para fazer isso, e então não me surpreendia tanto ele passar a usar esse método para me elogiar de forma carinhosa, porque assim ele podia fazer isso sem ser pego por alguém. Ou por mim. Por algum tempo, pelo menos. A questão é que pelo que estava descrito naquele folheto era a mesma linguagem. Aquilo estava em Russo e o endereço do hotel era de São Petersburgo que por sua vez se localizava... Inacreditável!

– Só pode ser brincadeira... Não acredito que realmente me trouxe justamente para a Rússia! Ai Donovan eu te mato! –Praguejei completamente incrédula.


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