Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 30
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Mais um pra voces.
Narração do nosso Dimka



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537083/chapter/30

Por Dimitri Belikov.

Após aplicarmos a punição adequada em Dean por estar consumindo bebidas alcoólicas pelo campus da escola e fazer descaso do teste de campo e de sua Moroi provisória, ouvimos instruções da Diretora Kirova e então finalmente fomos liberados para cumprir com o nosso cronograma comum o restante do dia. De volta ao prédio dos Guardiões ao entrar em meu dormitório me permiti abrir um largo sorriso. Eu estava dolorido em pontos específicos do corpo e em especial na pele de meu rosto, porem também estava orgulhoso.

Ela havia conseguido. Rose havia conseguido realmente encarar seu primeiro teste pratico com êxito. Minha doce Roza era perfeita em tantas coisas e quando nos enfrentamos isso confirmou tudo. Eu sabia, mesmo antes de me colocar em seu campo de visão e partir para o ataque, sabia que ela iria conseguir provar a todos os Guardiões e alunos da Academia como tinha potencial para ser digna do titulo de Guardiã. Alem disso, a pele vermelha e dolorida de meu queixo era uma das provas disso. Rose como Guardiã seria perfeita, e quando tivesse que entrar em combate então... Ela seria letal.

A água quente do banho me ajudou a ficar inteiro novamente e após me vestir com algo confortável, um perfume Russo completou o pacote e então fui para o ginásio a fim de me encontrar com Rose, tínhamos uma longa conversa a ser feita e por alguma razão eu sentia que tinha que ser naquele momento.

Quando o ginásio finalmente entrou em meu campo de visão ouvi um som estranho e consegui visualizar uma sombra se ocultar na arvore a minha esquerda. Agachei como se fosse amarrar meu tênis, criando uma brecha proposital e então a sombra saltou na direção de minhas costas, porem eu girei o corpo lhe dando uma rasteira e trazendo-a para os meus braços e sussurrei próximo de seu ouvido com um pequeno sorriso.

– Ruidosa demais, vou ter que incluir ataques surpresa em nossos treinamentos particulares. –Falei rindo ao soltar aquele corpo que tanto amava tocar.

– Legal, o primeiro a ir para o chão faz corrida extra pelo campus. –Propôs Rose sorrindo ao passar os braços por meu pescoço.

– Você vai perder, não tem pratica. –Falei ao me endireitar e sorrir. Isso era algo que eu raramente fazia, porém perto dela era quase impossível me conter.

Só que dei conta de que Rose não estava mais andando ao meu lado quando senti seus pés baterem em minhas costas com força. O golpe inesperado me pegou de guarda baixa, então quando perdi meu equilíbrio por alguns segundos mínimos e cai com os joelhos de encontro ao chão, ela pulou de novo e imediatamente se colocou sobre mim. Pensei em me mover para me libertar e quando o fiz as mãos dela travaram as minhas acima de minha cabeça, seus lábios foram para minha orelha e sua voz saiu num tom debochado.

– O que estava dizendo mesmo, Camarada? – Perguntou ela reforçando a pressão de seu aperto em meus pulsos.

– Ou talvez você não esteja. Agora, por favor, sai de cima antes que nos peguem aqui. –Falei com a expressão séria, usando minha postura rígida de Guardião, mas pela primeira vez desde vi ela no Oregon isso não pareceu intimida-la.

Após mais alguns segundos que nossos olhares estavam fixos e nossos lábios muito próximos, Rose se colocou de pé num salto que me deixou confuso por mostrar tanto autocontrole e estendeu a mão para me ajudar a levantar.

– Porque exatamente você me chamou aqui, Dimitri? –Perguntou ela assim que entramos no ginásio e acendi as primeiras luzes.

– Queria conversar, parabenizá-la pela luta contra três atacantes de uma vez só... Sei lá. –Falei dando de ombros, porem sabia que isso não seria o suficiente para engana-la. Ela me conhecia, talvez bem até demais. –Me acertar não é para qualquer um, é quase impossível de acontecer e mesmo assim você conseguiu.

– Hurum, sei. E eu sou a cachinhos dourados. –Rebateu ela sarcasticamente ao fechar a expressão, com certeza não se deixando levar por minhas palavras. –Dimitri, com quem acha que você está falando? Você é claramente um verdadeiro deus quando está lutando do jeito que aconteceu há algumas horas atrás, mas por outro lado é mil vezes pior do que eu mentindo. –Acusou Rose com rispidez ao franzir a testa e me encarar com olhos reprovadores.

– Como um... Deus? O que isso quer dizer Rose? –Perguntei franzindo a testa sem entender o que aquilo queria dizer.

– Isso é um detalhe insignificante, deixa pra lá... A questão é que quero saber por que viemos para cá. No ginásio. –Disse ela cruzando os braços, impaciente.

– Certo você tem razão. O motivo de eu ter pedido que viesse até aqui é porque precisamos tomar algumas decisões sérias. –Comecei sentando de pernas dobradas sobre um colchonete e apontando outro a minha frente para que ela fizesse o mesmo. –Rose eu amo você.

– Eu também amo você, sabe disso. Pelo menos depois de tudo que já vivemos aqui se isso ainda não ficou obvio tem algo errado. –Disse ela ainda irritada.

– É claro que eu sei disso bobinha, não foi o que eu quis dizer. –Expliquei com um meio sorriso ao pegar uma das mãos dela e apertar contra as minhas. –Se eu fosse livre para escolher... Eu escolheria viver ao seu lado e...

– Só que você não é. E eu também não. –Rose me cortou encarando nossas mãos ainda unidas com força. – Além disso, acho que eu realmente não preciso lembrá-lo de que convocaram a nós dois para garantir a segurança de Lissa depois que ela sair daqui. Talvez ela vá para a faculdade ou receba algum convite especial da Rainha e nós temos que segui-la. Esse era o plano desde o começo e sabe disso camarada. Porque diabos, nós estamos discutindo isso de novo?

– Porque têm que haver outra forma de resolver isso, deve existir algum modo de conciliar todas essas coisas ao modo de conseguir com que funcionem juntas. –Disse a ela tentando manter minha voz e expressão controlada.

– Resolver o que, exatamente Dimitri Belikov? –Perguntou ela surpresa, o choque a fez levantar o rosto e me encarar com curiosidade.

– Pior que ver Victor tentando nos expor para todo mundo aquele dia é não lutar para continuarmos juntos. Eu te amo e não a nada de errado nisso, então temos que achar outra solução. –Disse e ela com a voz urgente, porem ainda controlada.

– Isso é insanidade camarada e você melhor do que qualquer um sabe que não podemos fazer nada a respeito para mudar as regras agora. “Eles vêm primeiro”, lembra? Você me ensinou isso. –Rebateu Rose com a voz urgente e naquele momento senti como se estivesse falando com um espelho que jogava na minha cara todas as coisas que eu mesmo já havia dito. –E fora isso tudo, Lissa ainda precisa ser protegida, em especial agora que está grávida. É nossa função.

– Não, esse ainda não é o fim Rose. Nós ainda podemos tentar uma coisa. –Falei após um longo momento de silencio ainda sem soltá-la.

– Por mais que ainda esteja confusa com toda essa conversa que não faz o menor sentido, você conseguiu me deixar curiosa. Vou ouvir o que tem a dizer camarada. Por favor, prossiga. –Cedeu Rose ainda com a expressão séria e provavelmente pensamentos desordenados mediante ao modo que eu estava agindo. Engraçado que isso a deixava mais linda do que ela já era naturalmente. Tudo nela era sempre assim. Roza era a personificação da beleza.

– Após sua graduação daqui a alguns meses e designação para ser Guardião pessoal da princesa for oficializada, vou pedir transferência. Se nós dois protegermos Lissa teremos que focar nela e nunca teremos um tempo realmente só nosso, porém se protegermos Morois diferentes as coisas podem ficar bem mais flexíveis e conciliáveis. É claro que ainda não vamos nos ver o tempo todo, mas podemos combinar nossas folgas e isso já ameniza um pouco as coisas. Talvez possa funcionar. –Falei mantendo-me sério e rígido.

– Existe uma pequena falha no seu plano “perfeito” camarada. –Disse ela criando aspas no ar com os dedos ao me encarar ainda séria, o que me deixou um tanto desconfortável. Eu não estava acostumado a vê-la levando as coisas a sério.

– E o que seria isso? –Questionei franzindo a expressão, sem entender.

– Você realmente está se ouvindo? De novo o que está tramando é insanidade Dimitri. –Argumentou ela de forma exasperada e irritada ao mesmo tempo.

– O amor é insano Rose, não eu. –Contra-ataquei com um meio sorriso tocando o rosto dela devagar. A pele dela era tão macia e rosada. Perfeita.

– Então, você está abrindo mão de algo que ansiou ter por meses a fio, por minha causa, Dimitri? Sério? –Perguntou ela ainda incrédula, como se pudesse ter ouvido errado, mas esse não era o caso, eu já havia tomado minha decisão.

– Exatamente. É isso mesmo que estou fazendo Roza, mas não é exatamente só por você. Isso é por nós dois, isso é porque nos amamos com a força de nossas almas e merecemos viver isso como qualquer pessoa que ama de verdade. –Concordei encarando os olhos dela, pela sua expressão eu podia imaginar que ela devia estar pensando que fui sequestrado por alienígenas e que tivessem feito algum tipo de lavagem cerebral nos meus neurônios.

– Dimitri isso é loucura! Sério. Isso é loucura até pra mim, imagina pra você que é todo certinho, nunca comete erros ou desconsidera regras e ordens impostas pelas leis do nosso mundo. Ok, porque isso tudo agora? –Perguntou ela colocando-se de pé num salto.

– Às vezes... Às vezes precisamos saber nos colocar em primeiro lugar Roza. Decidi que esse era o momento de fazer isso. –Falei com um sorriso ao me colocar de pé também e puxa-la para os meus braços.

No que parecia estar se tornando um habito romântico, quando encerramos a conversa que não chegou exatamente num ponto de solução, nós fomos para a cabana que tivemos nossa primeira noite de amor. Mesmo sabendo que corria o sério risco de dar de cara com algum Guardião mantive nossas mãos unidas, não dizíamos nada. Não era algo necessário, desde que estivéssemos juntos.

Deitamos na cama que guardava mais segredos eróticos, sobre mim e Rose do que eu poderia classificar. Viramos um de frente para o outro. Novamente não dizíamos nada e o silêncio que se formou com a ausência de palavras pela primeira vez em muito tempo não era desagradável.

Agora Rosa tinha a expressão de alguém que estava completamente exausta e por fim adormeceu no meio de uma frase sobre como estava orgulhosa com os resultados de seu primeiro teste prático. Sorri a trazendo para os meus braços e então decidi que também poderia me entregar ao sono e após depositar um selinho em Rose e aconchegar meu corpo junto ao dela fechei os olhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.