Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 2
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Mais um pra voces amores.
Por favor digam o que estão achando.



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Dimitri parou na frente de uma cabana de tijolos cinza escuros que a Academia possuía há anos, todas essas instalações eram construções bem simples e nada chamativas, pelo que eu sabia antigamente algumas dessas costumavam servir como base vigia para os Guardiões mais antigos – provavelmente da época em que Dimitri ainda usava fraldas ou algo assim. Ele soltou minha mão com certa relutância por parte de si mesmo o que me deu vontade de rir, remexeu os bolsos de seu inseparável guarda-pó, tirando dali um molho de chaves pequeno e meio barulhento, abriu a porta rapidamente e virou para mim.

– Aprendizes primeiro Hathaway. –Disse para mim apontando para dentro.

– Engraçadinho. –Falei revirando os olhos ao entrar com ele logo atrás de mim.

Baseado na quantidade atual não tão volumosa que atualmente a São Vladimir dispunha de Guardiões perfeitamente formados – Em especial mulheres. - Devidamente treinados para enfrentar um verdadeiro exército, não era de se admirar ninguém mais usar aquelas cabanas como ponto de vigia do perímetro onde eram localizados os conhecidos escudos invisíveis de proteção contra os temidos e amaldiçoados Strigoi. Por conta disso novamente me vi surpresa ao perceber que o ambiente estava muito limpo e consideravelmente organizado.

– Você merecia ao menos ganhar um presente de verdade, como férias. Aposto que você iria curtir tirar umas férias, camarada. –Insisti quando ele trancou a porta com a chave e se aproximou de mim cautelosamente.

– Tenho um presente diante dos meus olhos bem agora, com você ao meu lado não preciso de mais nada Roza. Minha Roza. –Sussurrou ele envolvendo-me com um dos braços puxando-me de encontro ao próprio corpo. A máscara de Guardião durão havia se desfeito com aquele ato.

– Espera um segundo! Nada de lição de moral zen dessa vez Belikov? –Perguntei para provocá-lo ao colocar meus braços, cautelosamente envolta do pescoço dele com certa dificuldade uma vez que ele era muito alto, ainda assim incapaz de deixar tal oportunidade passar mesmo que pudesse estragar tudo.

– Não hoje Roza, ao invés disso, nós dois faremos algo que deveríamos ter feito há algum tempo. É errado ceder dessa forma e justamente aqui, mas também é muito forte para continuar a ser contido. –Disse ele com a voz aveludada e sedosa como quem havia se deixado render pelos instintos.

Uma sensação de dejavú invadiu uma parte de meus sentidos, fazendo-me lembrar da vez que eu havia ido até seu dormitório para reportar uma dedução de um problema envolvendo Lissa e então o ataquei depois de fugir do baile do Equinócio, o beijando com uma vontade avassaladora e descontrolada, nossas roupas se removendo com fúria, ele colocando meu vestido de baile no fogo da lareira de seu antigo dormitório, e então quando pensei que teríamos uma noite mágica de amor ele puxou algo de meu pescoço; o colar de prata cravejado de diamantes, que Victor Dashkov me dera um dia antes do baile como uma espécie de agradecimento por eu tomar conta da de sua filha que era desastrada e que por sua vez vivia grudada em nós desde que consigo me lembrar.

A questão é que isso seria um gesto encantador se aquela porcaria de colar não estivesse encantada com um Feitiço do Amor, então não era como se tivéssemos controle e pior que isso tudo foi pensar que eu só havia quase transado com Dimitri por causa de um encanto e não porque ele realmente quisesse fazer aquilo comigo por me querer também. A verdade é que meu Mentor mais parecido com um deus grego me amava tanto quanto eu o amava, ainda assim graças a seu compromisso de ser um dos Guardiões de Lissa assim como eu também seria, nenhum de nós dois poderia ceder plenamente aos nossos sentimentos; e lá vamos nós para o manual dos Guardiões. “Os Moroi vêm primeiro”.

– Isso é realmente estranho. –Falei ecoando uma parte de meus pensamentos.

– O que disse Roza? –Perguntou Dimitri franzindo a testa ao me olhar.

– Nada, deixa pra lá. –Falei balançando a cabeça para afastar meus devaneios.

Dimitri deu de ombros com um pequeno sorriso malicioso e me apertou com mais força contra seu corpo quente e extremamente macio, sua boca perfeita, geralmente expert em disser coisas moralistas e sensatas agora estava na minha envolvendo-me num beijo ardente cheio de desejo, amor e um toque um tanto perigoso de luxúria, causando-me arrepios muito fortes e prazerosos.

– Dimitri, eu realmente acho que... -Tentei argumentar racionalmente usando minha última cota de sanidade que geralmente pertencia a ele, porém fui calada com outro beijo ardente que me desarmou completamente.

– Não! Eu entendo o que está tentando fazer Roza, mas dessa vez é só você e eu aqui. As bobagens escolares ficam lá trás, isso aqui é vida ou morte. –Protestou ele puxando meu, sobretudo para baixo, deixando o mesmo cair no chão.

Aquelas palavras dele me fizeram querer ter um ataque de risos, eu lembrava-me da vez que ele dissera algo parecido numa das vezes que fomos treinar fora do ginásio. Por outro lado à última frase dele fazia grande sentido, se eventualmente fossemos pegos daquele jeito gravemente comprometedor. Na certa eu seria expulsa da Academia no mesmo segundo, anulando minhas chances de ser Guardiã até mesmo de uma mosca e Dimitri seria despedido sem direito a se explicar, seria afastado de sua posição de Guardião e depois provavelmente preso por se envolver com alguém que além de sua aluna ainda era menor de idade, ou então ficaria encarregado de fazer Serviços Administrativos pelo resto da vida, o que na visão de alguém completamente acostumado a ficar na ativa o tempo todo era pior do que lidar com uma orla de Strigois sozinho.

Por conta desses pequenos-grandes problemas e mais alguns outros que em breve poderiam começar a aparecer, eu nunca desejei tanto fazer aniversário em toda minha vida! Uma vez que quando eu completasse os assustadores 18 anos e consequentemente passasse para maior idade seria uma barreira a menos para enfrentar se fossemos mesmo levar aquele relacionamento ariscado para frente.

Sempre tive uma idealização bem estranha de como exatamente deveria ocorrer à primeira vez de uma garota, no entanto, naquele momento estando tão segura, nos braços fortes, quentes e gentis de Dimitri; do mesmo modo como inúmeras vezes eu havia sonhado em estar sem ter que me preocupar com o restante a minha volta, algo estalou em minha cabeça e então foi ai que me dei conta de que o local em si não tinha grande importância real e sim com quem você estivesse compartilhando tal experiência extremamente íntima e se você o amava, pelo menos o suficiente para se entregar dessa forma. – Eu amava tanto Dimitri.

Nossas bocas voltaram a se encontrar com uma urgência devastadora, nossas línguas pareciam simplesmente dançar ao se chocarem uma contra a outra, repetidas incansáveis vezes, como numa espécie de luta coreografada e perfeitamente ensaiada, minhas mãos guiadas pelo desejo grudaram nos cabelos macios e grossos dele constantemente o puxando cada vez mais para mim mesmo com nossos corpos já totalmente colados. Embora que uma parte de meu subconsciente soubesse que dependendo das reações imprevisíveis dele tudo poderia mudar – o que eu torcia para não acontecer, porque assim nossos corpos ainda poderiam se fundir ainda mais do que já estavam conectados.

Numa tentativa necessária de recuperar o fôlego que começava a faltar em meus pulmões, desviei o rosto levemente rompendo o contato louco que nossas bocas protagonizavam com tanta intensidade. Por sua vez, Dimitri provavelmente ardendo de desejo tanto quanto eu; aproveitou essa “vulnerabilidade” para depositar beijos no vão entre meus seios, fazendo-me arfar de prazer de um jeito que chegava até a doer.

Após algum tempo decidi que estava mais que na hora de aluna superar seu perfeito Mentor gostoso em alguma coisa importante, principalmente uma vez que uma rápida olhada ao meu redor me revelou tudo o que eu precisava para concretizar meus recentes planos tecnicamente inapropriados e ainda assim perfeitos para o momento que estávamos vivendo. Portanto me preocupar em assustá-lo com minhas atitudes nada contidas sutilmente com a palma da mão aberta e apoiada no centro do peito macio dele lentamente eu empurrei Dimitri para trás, consequentemente indo junto com ele já que seus braços formavam um elo férreo e inviolável em minha cintura mostrando a recusa evidente em deixar meu corpo tomar qualquer tipo de distância maior do que dois centímetros. Isso ocorreu até ele finalmente cair sobre uma cama de casal alta e macia que havia num canto menos iluminado da cabana.

Ele sorriu maliciosamente, aprovando meu atrevimento e percebendo que minha altura não me ajudaria a subir na cama com facilidade sozinha, colocou os braços em minha cintura e sem esforço algum me puxou para cima de si ao modo que assim ficasse totalmente submisso a mim! Recomeçamos o beijo ardente de antes, as mãos dele voltaram a correr por toda e extensão de meu corpo como se estivesse tentando memoriza-lo, assim como minhas mãos faziam com o peito dele e até eu acompanhar com racionalidade o que estava acontecendo minhas roupas já estavam espalhadas por todo o chão, juntamente com as dele.

– Gosta do que está vendo camarada Belikov? –Perguntei da forma mais sedutora e provocativa que pude ao perceber o olhar dele para o meu corpo coberto apenas pelas peças intimas que ele me dera.

Isso me fez lembrar de uma vez que ele me pegara numa situação constrangedora e comprometedora com um Moroi da Realeza na sala de Recreação Real e sob o efeito de Guardião carrancudo chato me dera uma bronca enorme, porém discretamente correndo seus olhos por meu corpo, eu estava de sutiã e calça e para provoca-lo eu havia dito algo parecido ou idêntico aquilo.

– Está perfeita como imaginei. Agora, por favor, tira! –Implorou ele sorrindo de um jeito sedutor, provavelmente lembrando-se da mesma coisa que eu.

Decidi que se todos os nossos momentos íntimos aconteciam como se fosse à última vez que viveríamos algo assim, poderia muito bem tornar tudo inesquecível. Ainda com isso em mente lentamente comecei a retirar minhas peças íntimas, logo Dimitri livrou-se da cueca Box também. Ver meu doce Dimitri daquele jeito tal como veio ao mundo causou-me uma serie de sensações obscenas e pensamentos relativamente pervertidos ou no mínimo impróprios demais para ousar dizer em voz alta.

Durante mais algum tempo um fio de silêncio confortável passou entre nós, depois nossas bocas novamente se uniram e nossas intimidade timidamente se fundiram com uma intensidade e luxúria fora do comum, como se nossos corpos tivessem sido feitos um para pertencer ao outro desce que nascemos. A partir dai nossos corpos tornaram-se parte um do outro, era mágico, todas as barreiras haviam sido temporariamente afastadas.

Protegida nos braços fortes de Dimitri, eu pude perceber com clareza tudo mudar em algum lugar em nossas almas, já não éramos mais apenas aprendiz e mentor, também não éramos apenas Rose Hathaway; a garota Dhampir louca, impulsiva, agressiva e irresponsável ou Dimitri Belikov, Guardião experiente, instrutor mestre em dar lições de moral zen irritantes, verdadeira máquina mortal quando em ação contra o que estivesse em seu caminho, com estrutura corporal e habilidades o suficiente para ser legitimamente um deus grego. Éramos muito mais que isso tudo, poderíamos quebrar as regras que quiséssemos e agir em perfeita sincronia como estava acontecendo durante o sexo.

Ainda assim naquele exato momento éramos muito mais que qualquer coisa, tudo isso porque agora éramos um só. – Duas personalidades fortes, dois corações apaixonados pelo proibido, duas pessoas tornando-se uma só por uma razão simples e complicada capaz de desencadear uma guerra ou acabar com todas elas; estávamos apaixonados. Era por essa e outras razões que quando nossos corpos finalmente se uniram era difícil – quase impossível identificar onde começava um corpo e terminava o outro, nossos movimentos por sua vez eram muito precisos, intensos e únicos. Nossas bocas raramente se desgrudavam uma da outra e quando isso acontecia era apenas para que fossem explorar outra parte do corpo provocando tremores e arrepios, nossos gemidos eram casa vez mais presentes à medida que o prazer se intensificava. Por fim um último gemido sincronizado por nós dois revelou que havíamos alcançado ao ápice juntos.

Completamente exaustos após termos feito amor louco, calmo e intenso em todos os cantos possíveis daquela cabana estávamos abraçados, nossos corpos colados e entrelaçados ainda quentes pelo sexo eram protegidos por uma manta fina. Um braço de Dimitri envolvia protetoramente minha cintura com firmeza junto ao próprio corpo e a outra estava apoiada em minhas costas. Como eu estava de bruços a mão dele desenhava pequenos círculos imaginários em minha pele.

– Eu amo você Roza. –Sussurrou Dimitri beijando minhas costas; algo me dizia que ele jamais se cansaria de ficar dizendo aquelas palavras à noite inteira.

– Eu amo você Dimka. –Falei beijando as costas da mão dele, certa de que também não me incomodaria em permanecermos ali a noite toda, naquela posição, repetindo aquelas mesmas palavras.

O silêncio que se propagou no ambiente pela primeira vez em muito tempo não era algo incomodo, na verdade era bom, mesmo com a ausência de palavras o que sentíamos era tão forte ao ponto de quase poder ser sentido com os dedos, estava tudo tão perfeito, tão bom, tão sem barreiras, isso até...

– Vai amanhecer dentro de algumas horas, temos que voltar antes que notem nossa ausência e comessem a procurar. –Disse Dimitri de repente ficando rígido embaixo de mim, lá estava sua voz dura de Guardião em ação. Que droga!

– Aposto que essa é a parte onde você diz que devemos esquecer o que fizemos aqui e que nunca deveria ter cedido ou que não vai se repetir. –Reclamei asperamente ao me levantar rapidamente e começar a vestir minhas roupas.

– Pelo contrário, nunca se esqueça desses momentos Roza. Nunca. –Disse ele inesperadamente me puxando pela cintura e dando-me um beijo carinhoso ao me ajudar a vestir meu, sobretudo.

– E o que mais tem a me dizer Dimitri? –Perguntei soltando meu cabelo e balançando a cabeça para que eles caíssem a minha volta.

– Porque acha que tem algo mais a ser dito por mim? –Perguntou ele me encarando com a testa franzida depois de vestir seu guarda-pó.

– Vamos lá camarada, está faltando o habitual sermão zen. Não acredito que logo você tenha esquecido. –Falei apoiando os braços na cintura com um sorriso debochado. Certo, em algum momento muito próximo usar o sarcasmo ao modo Rose Hathaway não iria mais funcionar com tanta perfeição, mas mesmo assim eu não poderia demonstrar fraqueza. Não perto de Dimitri por enquanto.

– O que sentimos por questões de preservação deve ser segredo absoluto para todos da Academia, pelo menos até você se formar, sairmos os dois daqui e não enfrentarmos mais tantas barreiras e questões aluna-mentor. Até isso acontecer vamos aproveitando as lacunas que encontramos. –Disse Dimitri com a expressão severamente séria; artifício para esconder que estava chateado.

– Então você não pretende me deixar depois da minha graduação para Guardiã da Princesa? –Perguntei franzindo a testa em confusão. –Sabe muito bem que nós dois somos a escolha central para proteger Lissa. Os Moroi... Ah você sabe.

– É eu sei. Isso ainda é um problema a ser revisado Rose, principalmente quando como você mesma acabou de citar, somos as melhores opções para Guardar a segurança da Princesa. –Refletiu ele franzindo a testa ainda mais que antes, aborrecido. –Teremos bastante tempo para pensar sobre isso. Até lá, acalme-se. –Acrescentou ele com um meio sorriso esperançoso.

Quando estávamos devidamente vestidos, novamente num ato que eu não esperava acontecer já por estar quase acostumada as reações contidas dele, Dimitri me puxou para seus braços entrelaçando nossos dedos e abriu a porta da cabana tomando o cuidado de me manter atrás de si ao colocar o tronco para frente e varrer todo o local com os olhos atentos em busca de qualquer coisa que pudesse nos colocar em grandes apuros. Felizmente o caminho estava livre.


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Notas finais do capítulo

Prontinho amores e ai o que acharam?
Esses dois não tem jeito mesmo né?
Não importa o que aconteça quando o assunto foca apenas nos sentimentos nem mesmo a pose de Guardião perfeito do nosso amado Dimitri consegue refrear as coisas e Rose sabe muito bem disso.



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