Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 17
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Agora voltamos a narração habitual de Rose...
Esse ficou meio pequeno, desculpem eu estava meio que sem criatividade sabe.



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Senti uma dor quase que insuportável nas laterais do corpo que se estendia pelo restante, aquilo estava muito desconfortável, por fim irritada eu tentei me levantar para saber o que estava danificado. Não consegui ver de onde surgiram, mas como num passe de mágica par de mãos grandes, rosadas e quentes seguraram-me no lugar pelos ombros me mantendo deitada na cama macia e desconhecida para mim assim como o restante do ambiente a nossa volta. Porém só de sentir aquele toque antes mesmo de ouvir aquela voz ou então sentir o aroma de loção pós-barba tomando conta de mim. Já era tranquilizador, eu me sentia segura. Ele era o meu porto seguro.

– Não, não faça isso ainda Roza. Você se machucou feio em Spokane, não pode se mexer ainda para não piorar as coisas. – Protestou a voz autoritária de Dimitri reforçando o aperto ao me abaixar de volta no colchão.

– Onde exatamente, nós estamos Dimitri? –Perguntei abrindo os olhos, minha visão estava um pouco borrada, porém logo consegui encontrar os olhos dele.

– Em segurança, não se preocupe com nada. –Respondeu ele sentando ao meu lado com cuidado. –Precisamos começar a consertar você. Onde dói mais?

– Tudo, mas acho que minhas costelas estão piores que o restante. Algumas com certeza foram quebradas pelos Strigoi durante a luta. –Informei tentando manter a calma e afastar as lembranças dos momentos de terror que eu vivi.

– Quando a coloquei no carro você reclamou de seu ombro também. Primeiro eu vou imobilizar sua cintura com um colete até voltarmos para a Academia e irmos para a enfermaria averiguar com mais detalhes e depois colocarei seu ombro no lugar, as duas coisas vão doer, bastante. Especialmente as costelas. –Disse ele levantando-se e pegando uma mochila grande do outro lado do cômodo.

Dimitri era sem sombra de duvidas o melhor enfermeiro que eu já havia conhecido em toda a minha vida dentro e fora da Academia, suas mãos grandes e quentes funcionavam muito bem manejando objetos perigosos como estacas, ele tinha uma força e autocontrole de dar inveja, ainda assim as mesmas tocavam os pontos danificados de minha pele com tanto cuidado e leveza que eu quase não senti dor alguma. Exceto quando ele teve que colocar duas de costelas no lugar que não estavam quebradas, apenas deslocadas.

– Obrigada por cuidar de mim Dimka. –Falei quando ele me ajudou a deitar.

– Faço isso com o maior prazer Roza, agora tente descansar. Você fez um ótimo trabalho, mas precisa se recuperar se quiser voltar à ativa em breve. –Respondeu ele colocando-se de pé rapidamente.

Naquele momento eu estava com uma espécie de colete de gesso envolvendo toda a minha cintura, enquanto me enfaixava com cuidado e atenção Dimitri descobriu que eu não havia exatamente deslocado o ombro como inicialmente havia pensado ter acontecido, na verdade era bem pior que isso, eu havia quebrado o braço inteiro e trincado partes da estrutura óssea. De novo. Que droga, aquilo estava quase se tornando um habito. A dor estava realmente muito intensa após um tempo, tomei um remédio forte e isso me ajudou, agora eu tinha que descansar para poder me recuperar mais rápido e assim voltar à ativa.

– Onde estão meus amigos Dimitri? –Perguntei de repente preocupada com eles, eu não havia recebido informações sobre o que acontecera depois que fomos resgatados. –Fiquei tão fora de mim durante a luta depois de perceber o que havia acontecido com Mason, que me esqueci de protegê-los. Desculpe.

– Assim que chegamos ao local indicado pelo Príncipe Ivashkov, os encontramos escondidos em segurança atrás da casa sob o sol. E sim você os protegeu com êxito Rose, cumpriu com seus deveres exatamente como uma perfeita Guardiã experiente faria. Graças a você eles foram encaminhados de volta para a Academia com segurança, em breve nós iremos para lá também. –Informou ele ficando completamente sério e rígido perto de mim. Eu já falei como odiava muito aquela postura de Guardião dele? Era de dar nos nervos. Os meus nervos.

– E quanto ao... Bem você sabe. Corpo de Mason? –Perguntei sentindo minha garganta travar quando lembrei que meu melhor amigo estava morto.

– Está aguardando sepultamento no necrotério Dhampiro de Montana. Tudo será resolvido assim que retornarmos para lá. O que será breve. –Respondeu ele meio relutante, porem aparentemente com dificuldades em esconder essa informação.

– A culpa foi toda minha sabe. –Falei sentindo lagrimas invadirem meus olhos.

– Do que está falando exatamente Rose? –Questionou ele me encarando com preocupação e um toque de confusão em sua voz.

– Mason. Estou falando sobre a morte dele Dimitri, a culpa foi toda minha. Eu tinha oportunidade de ir embora com todo mundo, mas quis ficar e confrontar os Strigoi. Ele quis me ajudar com a luta, me distrai e isso o matou. –Esclareci sentindo um grito se formar em minha garganta, mas o reprimi.

– Ah Roza, você não deve que se culpar pelo que aconteceu ao Sr. Ashford. Você pode até ter feito algumas escolhas não muito boas quando decidiu procurar por seus amigos, sozinha, mas as decisões finais foram do próprio Mason e somente dele. Não se culpe mais, por favor. –Disse Dimitri sentando-se ao meu lado, seus olhos me encaravam com ternura e preocupação.

Meus olhos voltaram a se encher de lágrimas com aquelas palavras, inacreditável como mesmo estando contido ele conseguia ser doce comigo. Nesse momento Dimitri ergueu meu corpo cuidadosamente, colocando-se atrás de mim e quando me baixou de novo eu estava deitada no peito dele, era melhor que me recostar no travesseiro mais macio do universo. Seus braços me envolveram com cuidado e seu queixo estava apoiado em minha cabeça.

– Tive tanto medo quando estávamos dentro daquela van, reconheci que o motorista era humano e isso não me chocou em nada, até que percebi o que o restante deles era, eu pensei que iria morrer ou virar uma deles se continuasse mais tempo presa lá. Um monstro. Tive medo de que nunca mais fosse ver meus amigos ou qualquer um, ainda sendo eu mesma. Temi por inúmeras razões e ainda tenho medo. Tenho medo de morrer, pensei que iria acontecer quando estava lutando contra os últimos Strigoi. Eles quase me mataram, eu não parava de cuspir sangue e quebraram minhas costelas, uma seguida da outra. E de novo. E de novo. Foi assustador. –Confessei escondendo meu rosto na camisa dele.

– Não vai acontecer nada dessas coisas com você Roza, eu não vou deixar nada de mal acontecer. Eu juro que vou te proteger sempre e para sempre. – Prometeu ele apertando-me ainda mais em seus braços.

– Obrigada camarada. – Respondi com um pequeno sorriso.

– De nada Roza. – Respondeu ele com a voz mais relaxada, como se somente naquele momento ele percebesse que realmente eu estava em segurança.

Após aquelas palavras doces não consegui pensar em mais nada, pois os lábios macios e quentes de Dimitri estavam nos meus, movendo-se com uma doçura e perfeição fora do comum. Ele deslizou o corpo para o lado saindo de baixo de mim sem me machucar um só momento e com os braços esticados e apoiados cuidadosamente na cama se inclinou sem realmente tocar o corpo no meu por conta de minhas costelas, seus lábios passaram para o meu pescoço e desceram até a linha dos seios e então... Droga! O celular dele começou a tocar.

– Maldição! – Praguejou Dimitri em Russo, o que provavelmente era um palavrão pesado, paralisando sobre mim quase que instantaneamente. Reação essa que me vez dar um pequeno sorriso que ele não viu.

– Não vai atender Dimitri? – Perguntei respirando com certa dificuldade, lutando para ser racional. Isso era estranho, eu estava responsável demais. Bizarro!

– Não, deixa tocar. Estamos ocupados. –Respondeu ele voltando os lábios para o meu pescoço. O empurrei e ele congelou de novo. – Que foi? Machuquei você?

– Você sabe que precisa atender, pode ser importante. Até mesmo informações de alguém da Academia. Atende, por favor. –Protestei com um aceno negativo da cabeça ainda o empurrando para longe até que ele desistiu e finalmente levantou.

– Está ficando estranhamente responsável muito rápido Rose, isso é meio estranho pra mim. –Brincou ele sorrindo ao ecoar parte de meus pensamentos antes de pegar seu celular que tocava insistentemente em sua cintura. –Pronto Belikov falando. Ah Olá Guardiã Janine Hathaway. Sim, ela está bem, estabilizada agora.

Guardiã Janine Hathaway? Dimitri estava falando de mim com a minha mãe? Jesus algo nisso me soava ironicamente estranho. Era bizarro. Era como se eu tivesse fugido de casa para me encontrar as escondidas com o namorado odiado pela minha mãe e como num passe de mágica ou pura intuição ela tivesse descoberto isso e estivesse ligando para ameaçá-lo e dizer que iria nos encontrar e que quando o fizesse eu provavelmente seria trancada as sete chaves no meu quarto e ele receberia um sermão acompanhado por um pé na bunda.

– Rose? Rose você ainda está ai dentro? –Perguntou Dimitri parado ao lado da cama com a expressão de Guardião preocupado, já havia desligado o telefone.

– Sim, desculpe. –Respondi balançando a cabeça para voltar a me concentrar.

– Tudo bem, calma. Era a Guardiã Hathaway, infelizmente não teremos resgate imediato. Não tem ninguém para vir e não querem que eu a leve sozinho, então ficaremos aqui mais um tempinho. –Disse ele me encarando com cuidado.

– E quanto tempo é esse “tempinho”? –Questionei reprimindo um sorriso.

– Dois dias, eu acho. Talvez três ou quatro no máximo. Mais é para a sua segurança, então eu não questionei e você também não fará isso. – Respondeu ele neutro, porem um ar de sorriso começou a dançar em seus lábios perfeitos.

– Tudo bem camarada. –Respondi sentindo meu sorriso se formar.


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Notas finais do capítulo

Bem espero que eu esteja deixando a historia coom um enredo legal.



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