Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 1
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo liberado pra vocês, espero que gostem.
Beijinhos e nos vemos lá embaixo nas notas finais, ok?



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Depois de meses que eu estava sendo literalmente jogada, contra o chão como uma folha de árvore durante os exaustivos treinamentos extras de luta na escola São Vladimir como parte da minha punição por fugir de um local teoricamente seguro e ainda por cima ter a audácia de levar um membro da realeza Moroi junto comigo. Eu como Dhampira e com muita sorte futura Guardiã da Princesa Moroi Vasilisa Dragomir – Lissa ou Liss para os mais próximos – que alias era minha melhor amiga e a quem eu removi da escola por quase um ano inteiro antes de ser pega.

Lissa infelizmente era última representante de sua linhagem Real Moroi, uma vez que seus pais e o seu único irmão, André morreram num grave acidente de carro graças a um motorista bêbado que perderá o controle do próprio veículo e saiu da estrada jogando o mesmo contra o nosso. Gerando um acidente horrível ao qual que eu também havia sofrido e só havia sobrevivido graças à curiosa magia declarada por Lissa; O Espírito.

Pelo que eu sabia a respeito do Espírito poucos Morois dispunham de um dom tão incomum como aquele que ela havia despertado desde o dia do acidente de carro. Uma dessas pessoas foi o próprio São Vladimir, fundador original da Academia e também a nossa querida Professora a Srta. Karp. Esse dom era algo tão raro, e muito forte para carregar e tão incrivelmente perigoso.

Depois de Kirova fazer a besteira de mandar uma dúzia de Guardiões atrás de nós duas no Oregon, me obrigando a dar uma surra na maioria deles e providenciarem a nossa volta forçada para a Academia em menos de quatro meses as coisas têm tomado rumos enlouquecedores de lá pra cá, primeiro tem minha ligação maluca com Lissa por meio de um laço psíquico criado quando ela me salvou da morte tornando-me o que era conhecido como “Beijada pelas Sombras”, isso criou uma espécie de ligação entre nós que me permite sem controle escorregar para dentro da cabeça dela, sentir o que ela sente ver tudo o que ela vê sempre puxa-la da escuridão que envolvia seu dom.

Era estranho puxar a Escuridão da Aura dela para dentro da minha, mas se eu podia salvá-la de se machucar, provocar cortes no corpo e na pior das hipóteses se tornar uma Strigoi como nossa professora havia feito consigo para se ver livre dos pesadelos, a ansiedade por libertar o poder fundido a sua essência, às alergias e todo o restante que gradativamente ia se mostrando presente. Bem não importava o quanto isso era complicado, confuso e anormal, eu faria qualquer coisa para protegê-la, mesmo que fosse de si mesma... É como diz a primeira regra de nosso manual de futuros Guardiões: Os Moroi vêm primeiro. No todo posso dizer que o Espírito era uma habilidade muito prestativa que me permitia salva-la quase sempre uma vez que eu era puxada para dentro da cabeça dela especialmente quando havia algo errado, ou quando ela usava sua magia de cura para me manter inteira e nas outras vezes era apenas um grande pé no saco.

Naquele momento o orgulho ainda corria forte em minhas veias, afinal eu finalmente havia conseguido levar meu Mentor Dimitri Belikov para o chão depois de inúmeras vezes que vinha sendo derrubada com facilidade – muito embora eu desconfiasse que ele deixou-me ganhar dele uma vez que não tinha como eu ter derrubado alguém daquele tamanho, principalmente quando eu tinha que fazer isso com um braço só já que o outro estava impossibilitado por uma tala de gesso graças ao meu recente confronto com uma Strigoi. Na verdade essa Strigoi era ex-aluna da Academia, ela era minha... Não exatamente amiga, estava mais para colega de turma, mais o pai dela Victor Dashkov era como um Tio para Liss uma vez que era o melhor amigo de seu falecido pai Eric Dragomir e para mim era algo semelhante a isso já que eu sempre estava por perto por causa da minha amizade com Lissa. Então podia dizer o quanto à filha dele era bem próxima de nós duas também; a desastrosa Natalie Dashkov. Falando em Victor, atualmente ele estava em uma das celas especiais da Corte Real com vigilância de alto padrão, aguardando seu julgamento depois de machucar minha Moroi.

No entanto por um instante quase valia a pena desistir da ideia de derrubar Dimitri como eu havia feito, principalmente, por que uma vez que quando nossos olhos se fixaram pude perceber que por baixo de toda aquela pose de deus grego fodão, ele ansiava por aquele beijo quase um pouco mais do que eu ansiava. Quer dizer, após tanto tempo reprimindo e mentindo severamente para si mesmo na esperança de manter o controle impecável de sempre o Camarada Belikov – o meu Dimka finalmente deixou transparecer que inegavelmente me amava.

Meus devaneios foram abruptamente cortados por três batidas, sutis e firmes na porta de meu dormitório, o que era realmente algo muito estranho de acontecer uma vez que não eram nem 04h00min da manhã ainda – o que significava que não deveria ter ninguém a minha procura antes das 10h00min ou no máximo as 08h00min. Por outro lado à insistência mediante as novas batidas fizeram com que eu ficasse irritada e jogasse minhas pernas para fora da cama num pulo que me impulsionou para frente da porta, que destranquei bruscamente – quase caindo na sequência quando tomei ciência de quem era: Dimitri.

– Dimitri? –Perguntei me vendo incrédula e surpresa ao mesmo tempo.

Era como se a presença dele fosse totalmente inesperada ou surreal de acontecer; o que no caso dele era mesmo algo inesperado e completamente surreal.

– Desculpe, acho que acordei você. Não sei que horas são. –Disse ele com sua habitual postura rígida irritante de instrutor indiferente. Era de dar nos nervos.

– Eu não estava dormindo, não se preocupe. Do que você precisa camarada? – Perguntei levemente desestabilizada pela presença dele, em especial àquela hora.

– Preciso que vista isso e me encontre atrás da Academia, pegue a trilha que leva aos fundos do ginásio principal e tente não ser vista ou certamente terá problemas sérios. Esteja lá em uma hora se possível. –Pediu Dimitri me entregando uma sacola preta grande antes de virar e ir embora como se nada tivesse acontecido.

Confusa com o que acabara de acontecer tranquei a porta novamente, sentei no meio da cama com a sacola e ainda surpresa eu comecei a remover seu conteúdo misterioso que me fora entregue. Imediatamente sentindo a surpresa tomar conta de mim com mais força aos poucos: Tênis, meias, regata, calça de ginástica, sobretudo, um elástico de cabelo e um bilhete curto que continha uma mensagem com a elegante caligrafia que ele possuía:

“- Use o cabelo preso.”

D.B

Revirei os olhos com um pequeno sorriso dançando na lateral de meus lábios mediante a nota dele, isso me fez lembrar de uma vez que estávamos treinando perto das árvores a alguns metros longe do ginásio e da Academia, os raios do sol tocavam minha pele como uma caricia fortalecedora e foi quando numa atitude infantil refleti com angústia sobre quando eu começasse a exterminar os amaldiçoados Strigoi – Para cada morte eu receberia as chamadas “marcas molnija” e para que as mesmas pudessem ser expostas quando era no caso de uma Guardiã, elas sempre cortavam os cabelos bem curtos e eu não queria ter que fazer isso. Então numa atitude que eu pensei que jamais iria acontecer Dimitri pegou uma mecha de meu cabelo que escapará do elástico, começou a enrolar entre os dedos grossos e macios, evitando fixar os olhos nos meus como se estivesse com medo do que eu poderia encontrar e após alguns segundos disse para que eu nunca o cortasse, ao invés disso poderia prendê-lo num rabo de cavalo ou coque alto. – daria para ver as marcas assim também.

Ainda refletindo sobre essas lembranças percebi que havia algo mais na sacola e quando vi o que era travei por completo; atitude que tirou meu equilíbrio quase me fazendo cair da cama com a cara de encontro ao chão tamanha foi à surpresa que me atingiu; era um conjunto de lingerie. Todas as peças eram pretas.

Por um breve momento ao me colocar de pé analisei todas aquelas coisas espalhadas pela minha cama, porém não consegui pensar em nada concreto o bastante para me ajudar a entender aquela escolha de roupas e especialmente o estilo incomum que compunham as peças íntimas; em grande parte porque foi Dimitri que as escolhera. Quer dizer, saber meu tamanho exato de vestimenta? Teoricamente era algo muito normal, já que quem encomendava os uniformes geralmente eram os instrutores mesmo. Agora a sensualidade erótica que o tecido da peça íntima transmitia? Bem isso era outra coisa longe de fácil compreensão.

Mesmo sem ter a mínima ideia do que tudo aquilo significava de verdade eu tomei um rápido banho, me vesti curtindo o modo confortável das peças – em especial as íntimas. Prendi meu cabelo num coque firme e bem alto como me fora recomendado e segui para trás da Academia, pegando a trilha principal do ginásio exatamente como Dimitri havia me instruído a fazer.

Fiquei particularmente bastante satisfeita por não encontrar dificuldades de qualquer nível para sair do prédio dos aprendizes Dhampiros, logo imaginando que isso possivelmente havia sido arranjado por ele. O que era ótimo, uma vez que eu não precisava de mais problemas com a diretora se fosse pega vagando pelo campus no meio da madrugada. – A respeitável, insuportável Senhora Kirova. Outro ponto que não me passou despercebido foi o fato de que em geral os instrutores tinham essa marca em comum de estarem acostumados a proferir ordens ao invés de pedidos abertos para recusa e o fato de Dimitri claramente não usar desse artifício me deixou em alerta. – Eu não estava muito afim de um treinamento surpresa e nem mesmo estava preparada para qualquer modalidade que fugisse de um ataque puramente corporal.

– Você veio mesmo! –Exclamou Dimitri de forma muito calorosa e totalmente diferente do que eu estava acostumada a ouvir vindo dele.

– Não se recua diante da ordem direta de um Mentor camarada. –Respondi sarcasticamente; algo bem ao estilo Rose Hathaway, virando-me para ele num giro rápido, quase perdendo o equilíbrio junto com o ar ao fazer isso.

Naturalmente sempre fiz inúmeras notas mentais de como Dimitri era um verdadeiro deus grego com toda a sua estrutura corporal estonteante, no entanto, naquele momento ele definitivamente havia se superado em tudo. As roupas dele naquele momento eram relativamente tão simples e casuais quanto as minhas. – Regata, calça de moletom folgada, tênis, sobretudo – ou no caso dele o habitual e inseparável guarda-pó, e cabelo preso com um elástico. Tudo isso o deixando quase igual a mim – quase. Afinal como sempre de alguma forma inexplicável sua beleza sobrepunha-se a minha e a de qualquer outra pessoa – sendo, humano Dhampir ou mesmo um Moroi; pertencente ou não da realeza de nosso mundo.

– Vindo de alguém acostumada a ignorar ordens e regras dadas, as suas palavras quase me surpreenderam de verdade agora Rose. Quase. –Devolveu-me ele sério, agora estendendo a mão para mim. –Venha comigo, por favor.

– Ei camarada isso não é justo, desde que voltei pra cá não tenho desobedecido quase nenhuma regra, quase nunca me meto em confusão com os alunos e Mentores, tenho obedecido aos toques de recolher e à boa parte das limitações impostas pela nojenta da Kirova, além disso, não fui eu quem deixou todas as saídas do primeiro andar livres e a porta dos fundos destrancada, assim como o restante dos acessos até aqui. – Defendi-me fazendo contato visual constante.

– Venha comigo Rose, por favor. –Repetiu Dimitri ainda com a mão estendida.

– Se vamos treinar ao ar livre como da outra vez, devia ao menos ter me avisado para trazer a estaca de treinamento. – Reclamei pegando a mão dele, de repente me vendo um tanto irritada ao perceber que estava totalmente desarmada.

– Não lhe chamei aqui para treinar Roza. –Esclareceu ele relaxando o corpo e sua expressão facial ao entrelaçar os dedos longos e macios nos meus.

– Então o que nós dois viemos fazer aqui essa hora da madrugada com metade da São Vladimir ainda dormindo? –Perguntei sobressaltada pela mudança corporal dele, fixando os olhos em nossas mãos unidas lutando para não parar de respirar.

Como aluna em treinamento para me tornar uma Guardiã havia aprendido a ficar em alerta total com tudo a minha volta que pudesse oferecer ameaças, ou pelo menos ter concentração o suficiente para perceber qualquer tipo de alteração no ambiente em que eu estivesse em especial se tivesse que proteger alguém que não fosse unicamente a mim mesma, além disso, minha convivência constante com Dimitri havia me tornado capaz de detectar as mudanças mínimas em qualquer coisa que fosse particularmente relacionada a ele.

– É o meu aniversário Roza, eu pensei que você fosse gostar de passar algum tempo desse dia incomum comigo. – Revelou-me ele com um leve ar de sorriso brincando em seus lábios ao notar que, como sempre, havia me pego de surpresa.

– Se tivesse me contado isso algumas semanas ou dias atrás eu provavelmente teria pensado em uma festa ou algo desse tipo. Tarde demais. Droga. – Praguejei ainda sob o efeito inebriante da presença tão próxima dele.

– Bem, nós ainda vamos comemorar o meu aniversário, bobinha. Só que faremos isso do meu jeito. Por isso chamei você aqui a essa hora da madrugada, longe o suficiente da Escola e olhares de Dhampiros e Morois fofoqueiros. –Explicou ele ainda com o ar de sorriso em seus lábios.


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Notas finais do capítulo

Ufa! E ai o que acharam do primeiro capitulo de Escuridão do Espirito?
Por favor comentem, favoritem, participem.
Essa fic só terá seguimento a base da colaboração de vocês meus amados leitores.
Ai faremos um trato, não me deixem na mão que eu não deixo vocês ok?



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