The Alice Heart escrita por Mei Nori


Capítulo 6
Cemitério Preto e Branco.


Notas iniciais do capítulo

Heey!~
Adivinha quem cagou para a correção do capitulo e foi assistir Noragami? *sininho de resposta certa* Exatamente, eu! Desculpe por isso ÇuÇ
Capitulo mais focado em descrição de cenários e não muito nos personagens. Os dialogos não são muito importantes para o capitulo em si, mas isso não diz eles não serão importantes mais para frente.
Sem muita enrolação, vamos ao capitulo!



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...

– Por aqui! – Correu. – Estamos quase lá, não se preocupe!

A cauda dele balançava de um lado para o outro, era de certo modo irritante. Eu estava viajando em meus pensamentos, tudo podia ser um pesadelo certo?
Eu me pergunto o porquê de eu estar sonhando algo assim.

Depois de mais um tempo de caminhada, chegamos àquela bifurcação. Mas, dessa vez, a marionete não estava mais tagarelando sobre assuntos sem sentido, ela estava imóvel. E eu ouvia o som de alguma coisa pingando o tempo todo.

– Está escuro aqui, vamos logo. – Ele olhou para a ampulheta e disse: – Depressa!

Resolvi ignorar o fato de ela estar totalmente parada, era uma marionete afinal. Talvez seu dono tivesse parado de controla-la. Talvez ele tivesse a esquecido aqui...

Seguimos pela direita. O caminho certamente era mais estreito. Não era como o da esquerda, que era baixo, esse era bem fino. Tivemos que passar na lateral algumas vezes.

O resto da viagem foi bem quieta, o gato não disse uma palavra desde que passamos pela bifurcação e eu também resolvi não dizer nada.

Ele parou. Não sabia se tinha uma parede, estava escuro demais para saber. Escutei o som de uma porta sendo destrancada.

– Então, o que acha? – Ele terminou de abrir a porta.

Meus olhos arderam pela claridade mais logo se acostumaram, e então contemplaram uma das coisas mais incríveis imagináveis.

As flores eram do tamanho de arranha-céus, a grama era a mais verde que eu já vi. Os pássaros estavam brincando e cantarolando a “Moonligh Sonata” sem errar sequer uma vez.

Borboletas dançavam pelos ares. Eram de todas as cores, desde branco até o preto. Algumas mais bonitas e outras esquecidas nos cantos.

– É incrível... – Eu falei baixo, paralisada pela beleza do lugar.

Ele riu baixo e depois olhou para a ampulheta, a areia tinha acabado de cair.

– Droga. – Passou correndo e saiu pela estrada de terra. – Meu tour termina por aqui, miss. Siga por qualquer direção ou espere que alguém te encontre, a escolha é sua. Tenho que ir agora, te vejo na caixa.

Eu não tive nem tempo de reagir, ele já havia sumido em meio as enormes flores.

– Ah, que coisa... – Suspirei.

Foi nessa hora que eu reparei que tinha trocado de roupa. Quando isso aconteceu?

Era um vestido verde na altura dos joelhos. Ele era liso, tinha apenas alguns babados na ponta. Uma meia ¾ preta e um sapato formal de couro. E uma bolsa transversal verde-água com o símbolo de paus desenhado em verde mais escuro.

Eu realmente não queria sair dali. Era um lugar agradável, e eu tinha certeza se seguisse em frente acabaria em um lugar como aquele tribunal. Mas, sentia que se eu continuasse ali não acharia a saída.

– Confusa? – Uma voz simpática perguntou. – Se quiser, posso te ajudar.

– Bem, eu procuro a caixa de brinquedos... – Respondi. – Espera, quem esta falando...?

– Perdoe-me senhorita, vou me apresentar. – Disse.

De cima de uma das plantas caiu um jovem de cabelos brancos e de um olho verde e outro amarelo. Usava um terno branco e uma cartola preta e estava sempre sorrindo.

– Lysandre. – Fez uma referencia. – Charlotte, não é?

– É... Como você sabe? – Perguntei. Estava confusa, entretanto, tudo aqui era complicado demais, era melhor não querer entender muito.

– Todo mundo sabe. Fizeram um escândalo ontem de noite, ele te envolvia. – Se espreguiçou. – Você não é como eu imaginava. Nunca contaram que seus cabelos eram curtos.

– Ah... Eu não entendo sobre isso.

– Era de se esperar. Você queria ir para a caixa não é mesmo? – Falou pensativo. – Deixe-me ver... Você pode ir pela estrada, uma hora vai chegar.

– Estrada? Você diz, o caminho de terra? – Perguntei.

Eu olhei para o caminho que o Gato tinha ido anteriormente, só que dessa vez, a estradinha de terra tinha sido substituída por uma de asfalto.

– De terra? – Ele olhou para todos os lados procurando. – Não há nenhuma estrada de terra aqui, madame...

– Ele sumiu... – Olhei sem entender nada. – Bem, obrigada pela ajuda!

Não disse mais nada, apenas sai andando. “Lysandre” ficou ali parado, pelo menos até eu perder ele de vista. Não dei muita importância a isso, tinha medo de voltar e ele ainda estar lá. Seu sorriso parecia mais um deboche e eu não gosto que tirem sarro de mim.

A estrada era extremamente comprida, parecia que nunca ia chegar ao fim. As paisagens do lado também pareciam nunca mudar, era como se eu estivesse dando voltas e mais voltas. Foi então que eu conclui, estava andando em círculos.

Eu comecei a voltar até que uma coisa tinha mudado. Em uma das arvores, desenhado com algum doce, havia duas frases: “Não siga pela direita, não é o lado certo.” e “À esquerda esta errada, tente outra vez.”

Novamente presa em uma bifurcação. Se eu seguisse a logica da primeira, eu deveria tomar a direita, contudo, o primeiro aviso diz para eu não tomar a direita. No aviso de baixo, dizia para eu não tomar a esquerda, que confuso. O que devo fazer? Como devo tentar outra vez?

Talvez eu devesse tentar para trás ou para frente. É impossível pensar nessas condições. Eram arvores, não tinha para onde ir.

A esquerda e a direita não eram certas, as arvores estavam na minha frente e atrás, para aonde diabos eu tenho que ir?

Fiquei pensando por alguns segundos na frente daquela placa. E por fim, eu pensei: “Isso não estava ai antes, então por que eu deveria confiar nisso?”

Corri pelo caminho oposto de que eu tinha ido pela primeira vez na estrada. Acredito ter feito progresso, tudo tinha mudado.

Era uma rua pouco iluminada e a alguns poucos minutos atrás tinha começado a chover. Tudo ficava cada vez mais escuro e mais perigoso, e depois ainda vieram os raios.

Comecei a correr mais rápido em busca de um abrigo ou até mesmo da caixa de brinquedos, até que tropecei em alguma coisa.

Era o cadáver de uma pessoa. Estava jogado e cheio de sangue. Aparentemente, foi atropelado e deixado ali. Foi nessa hora que eu percebi os cones de transito em volta de seu corpo, então ele não tinha sido esquecido, apenas tinha sido deixado ali para ser retirado depois. Uma memoria, eu acredito. Mas de quem?

Ignorei isso também e resolvi prosseguir. Acabei achando um enorme portão de ferro branco enferrujado. Era um cemitério.

Varias lapides, todas com os nomes rabiscados ou pintados com uma tinta vermelha. Era tudo branco, mesclado com as sombras, parecia mais um caderno de rascunhos.

Entretanto, perto do centro, havia uma lapide diferente. Tingida de rosa.

{...}


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram? O que precisa ser melhorado?
Nesse capitulo eu fiz referencia a Shitai-san, de Yume Nikki. Ele não é importante, vocês não precisam lembrar dele. Contudo, eu realmente achei que ele seria o NPC certo para deixar na estrada. Para quem não o conhece, ele é o NPC que te dá o efeito Semáforo. Você pode encontrar ele no meio da estrada, morto.
E também, nosso querido Lysandre de Amor Doce fez uma pequena aparição. Ele não é EXTREMAMENTE importante, mas não é como se fosse apenas uma aparição. E para aqueles que vieram até aqui só por amor doce, ele vai voltar, se acalmem. Vocês viram como ele esta mudado não é? Pois é, podemos se dizer que ele não tem quase nada igual ao original, só a aparência e nome mesmo.
Aliás, o que vocês acham de capítulos mais focados em cenários? Preferem assim ou naqueles mais focados em mini-contos e historinhas?
Enfim, até o proximo capitulo! Beijins e Sayoo~