The Alice Heart escrita por Mei Nori


Capítulo 17
O Coração da Alice.


Notas iniciais do capítulo

Heey!~
Cara, vocês não tem nem ideia de como demorou e foi difícil escrever esse capítulo. Principalmente por ser o último. Eu passei uma semana batendo a cabeça no teclado, sem conseguir escrever uma sequer palavra. E quando eu consegui escrever, eu descobri que não sei escrever cenas de luta na narrativa.
Eu queria pedir desculpas pela narrativa um pouco mal feita - pelo menos eu meu ver. -. Eu realmente tentei deixar ela o melhor possível, mas foi bem difícil. Também sinto que repeti algumas palavras muitas vezes, mas isso eu não vou conseguir notar hoje, então outra hora eu corrijo. Se vocês verem alguma coisa errada, por favor me avisem. Eu vou mudar na hora!
Li esse capítulo umas dez vezes antes de postar, mas como ele acabou ficando gigantesco, deve ter um erro de coerência ou de português que ficou para trás. Me avisem sobre os mais grotescos, os outros eu vou corrigir mais tarde, quando esfriar a cabeça.
Agora, sem mais enrolações, nos vemos nas notas(lê-se: Lugar onde eu vou chorar virtualmente por ser o final)!~~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/536908/chapter/17

— Uma Hora Para O Inicio do Jogo. —

A sala de espera estava praticamente vazia, exceto pelas três crianças sentadas nas poltronas no fundo da sala.

– O coração de uma Alice é uma joia extrema-

– Não começa! – O garoto de cabelos castanho quase gritou.

Depois de ouvir a reclamação, o outro sorriu e então prosseguiu bem mais alto:

– Extremamente preciso e rara. Muitos qu-

– Cala a boca! – Berrou. – Eu não aguento mais isso! – Ele tampou suas orelhas e começou a cantarolar.

– ... Deu? – O garoto com cabelos alaranjados arqueou uma das sobrancelhas e esperou ele parar de cantar. – Ótimo. “Muitos querem tê-la para saber de tudo, já outros, apenas para vender-

– Para eu conseguir o coração de uma Alice eu devo fazer ela confiar e blá blá blá! E eu tenho que manter seguro, eu já entendi! – O garoto de cabelos castanhos falou em tom de deboche, irritado com as citações.

– O certo seria “faze-la”... – O menor de todos eles, com cabelos realmente vermelhos, disse.

– Cala a boca você também! Eu sou o mais velho! – Mostrou a língua.

– Ninguém se importa com isso! – Gritou.

– Ei! Parem de!- – O garoto das orelhas de coelho aumentou o tom, porém, quando a atenção se voltou para ele quase sussurrou: – parem de falar tão alto.....!

Os três começaram a discutir sem parar até que eles ouviram os sinos badalarem e então todos ficaram quietos. Eles nunca tinham os ouvido bater daquela forma. Na verdade, eles nem sequer sabiam que os sinos podiam fazer um barulho diferente das batidas clássicas.

Era bem diferente, quase impossível de explicar. Normalmente eles fariam “Ding-Dong”, mas daquela vez fizeram algo como “Dong-Dong”.

Com a sala toda em silêncio, os três se entreolharam e espiaram pela janela o que estava acontecendo.

Bagunça. Todos os moradores da capital corriam de um lado para o outro, pisoteavam uns aos outros. Eles gritavam, choravam, e também se escondiam.

Silêncio mais uma vez. Os gritos pararam, a capital parou. Mas dessa vez durou apenas alguns segundos, de fundo, deu para ouvir um som de tiro. E em seguida mais gritos.

As três crianças se assustaram com o barulho alto, e logo depois correram para lugares diferentes se escondendo.

Os três já teriam matado muita gente, e eram realmente fortes, no entanto, não eram imortais. No mundo onde eles viviam, armas de fogo não existiam. Matar os moradores coloridos dessa forma era um golpe sujo e baixo.

Mais tiros e gritos durante alguns minutos torturantes. Por fim, o som mudou. No entanto, não era melhor.

Um rangido de porta se abrindo. A porta da sala de espera. O atirador estava entrando, e eles se esconderam da melhor forma possível.

Gritos.

O atirador revirou todos os buracos que pode, e não achou nada. Até que percebeu algo branco tremendo no canto do cômodo, escondido dentro do balcão.

Ele provavelmente teria conseguido se safar disso se não tivesse orelhas tão grandes. O atirador chegou mais perto e abriu um imenso sorriso quando viu o garotinho de orelhas de coelho choramingando encolhido.

– Por fav- – Suplicou.

Mais uma vez, um som de tiro. O sangue cobriu toda a sala.

Os outros dois aproveitaram o momento para saírem vivos dali. Quando viram que o atirador estava guardando a arma, os dois saíram correndo pela portinha da cozinha.

O cenário da capital estava horrível. Corpos e sangue para todo o lado, cabeças estouradas, doces... Uma verdadeira bagunça.

Correram o máximo que puderam até chegar a enorme tenda de circo que estava abrigando todos os sobreviventes para assistir um espetáculo. Os dois entraram correndo a pararam ao lado da entrada para respirar.

Depois de alguns segundos estabilizando a respiração, o garoto de cabelos castanhos começou a rir e murmurar coisas sem sentido, enquanto o de orelhas de rato começou a lamentar pela morte horrível de seu companheiro – Na verdade, ele lamentou porque sabia que o seu destino seria o mesmo, mas também ficou abalado pela brutalidade da morte do outro. –.

Os murmúrios do pré-adolescente cessaram e foram substituídos por gritos de comemoração e seguidos de uma risada incessante e histérica.

Foi nessa hora que a rainha os chamou para apresentar a entrada dela. A cidade inteira compareceu ao show, ou pelo menos aqueles que não morreram com a chacina que o atirador desconhecido cometeu.

Todas as peças estavam posicionadas e todas as Mediuns estavam logo na frente. Seus Sources estavam acorrentados ao lado, esperando pela morte.

Porém, dessa vez, Iwee só tinha uma médium. Se ela continuasse assim, iria perder. Mas o jogo iria começar de qualquer forma, e ela não poderia desistir.

Agora era a hora. Ela tinha que vencer.

— NãO há CoMo fUgiR agORa. —

O garoto de orelhas de gato girou a grande bola transparente e esperou o que iria cair. Depois de pelo menos dois minutos girando, duas bolas menores e coloridas caíram. Uma rosa e uma Prateada.

Luna deu um passo à frente e então murmurou algumas palavras que ninguém conseguiria decifrar. Vindo do chão algumas criaturas com formas de gato, porém com o corpo todo remendado e aparência realmente grotesca apareceram.

Ela não precisava de uma médium para fazer isso, era o básico. De qualquer forma, ninguém realmente tinha visto a sua médium.

Alicel, a outra convocada, sorriu e seu corpo foi tomado por fitas azuis e cor-de-rosa. Depois de algum tempo se contorcendo, de dentro saiu outra garota de cabelos loiros e olhos azuis.

Em um piscar de olhos todas aquelas fitas derreteram e ela saiu correndo em direção de Luna, apunhalando em seu peito uma rosa branca.

Já contando com a sua vitória, a médium sorriu abertamente enquanto Luna caia no chão, cuspindo um liquido desconhecido de aparência viscosa.

O público berrava em desespero, suplicando para serem soltos e não terem que ver esse tipo de coisa.

Antes que a Rozen Maiden caísse completamente e perdesse a batalha, os seres que ela havia invocado antes correram em direção da outra e começaram a despedaça-la, deixando que sobrasse apenas sangue cor-de-rosa e peças de porcelana quebrada.

Luna se levantou devagar e cambaleando um pouco foi até seu posto. Estava fraca já que foi atingida diretamente, e não com uma médium.

Do outro lado, Alissa deu um grito e correu em direção da boneca quebrada no chão. Ela tocou todo o sangue cor-de-rosa e tentou usar como cola, para salvar a outra. O que, infelizmente, não chegou nem perto de dar certo.

– Alicel...! – Soltou os destroços de porcelana no chão e correu em direção da outra.

A boneca de cabelos cacheados e presos pisou nas pernas da outra que estava caída no chão, se recuperando.

Deu para ouvir de longe os gritos de desespero da boneca que só cessaram depois de longos minutos agonizantes para todos os telespectadores.

Ela começou a sapatear em cima dos cacos quebrados da outra, e depois de alguns minutos fazendo isso ela passou para suas coxas e quadril. Foi uma coisa tão brutal e ao mesmo tempo tão delicada, ela simplesmente dançou em cima do corpo da que estava caída.

Desceu até o rosto da boneca que chorava desesperadamente e disse “Maintenant la grande finale”, por fim arrancou as tiras de metal que sustentavam a mandíbula e usou-as para arrancar a rosa mística presa no peito da boneca.

– Nã-! – Nem teve tempo de completar a frase, a outra boneca cega pelo ódio estourou a rosa na mão e apenas restou uma boneca quebrada em meio de poeira lunar.

A de cabelos cacheados – agora bem bagunçados – caiu em cima dos entulhos, ofegante. O picadeiro inteiro estava em silencio, estavam horrorizados com o que tinham assistido. Cortando o silencio, vindo de um dos cantos, a boneca mais delicada de todas começou a aplaudir pausada e secamente.

– Vamos acabar logo com isso, eu quero batalhar com a Iwee!~ – Cantarolou enquanto levantava em um pulo.

Foi saltitando até a outra e então estendeu a mão para ela, que hesitou um pouco para segurar.

As duas deram alguns passos para trás e deram inicio a segunda batalha, mesmo que a primeira não tenha sido muito valida.

A de cabelos brancos abriu sua mão e um bonito lírio cresceu, amarrando todo o seu braço com o caule verde vivo que crescia mais a cada segundo. Não demorou muito para que todo o seu corpo seja completamente coberto pela folhagem e que de dentro saísse a sua médium.

Uma coisa parecida aconteceu com a de cabelos cacheados, mas de dentro de sua mão havia um pequeno relógio, que depois de badalar algumas vezes, um líquido carmesim escorreu de seus olhos e por onde passava mudava o seu corpo.

– Meia-Noite. – Disse Alissa bem baixo.

Alguns dos telespectadores foram soltos das cadeiras e desceram ao palco, encurralando Sayuri. Eles agiam como zumbis, deixando de lado todo o aspecto fofo que eles tinham antes.

Os três que foram soltos empurraram a garota até um relógio enorme sem ponteiros, seguraram os braços da médium e apontaram para cima, como se fossem ponteiros marcando o relógio.

– 00h00min20segundos. – Continuou.

Os olhos da médium se encheram de lágrimas quando os três moradores doces levantaram sua perna até onde ficariam os segundos. Fazer aquilo era realmente possível, mas sem nenhum tipo de aquecimento tornava tudo mais doloroso e perigoso.

– Cartas! – Ela gritou rindo da situação da outra.

Cartas de baralho vieram em uma velocidade indescritível e perfuraram as mãos e pernas da garota, fazendo-a gritar.

– Soldado pisa em Alissa! – Gritou o mais alto e rápido que pode.

O chão treme um pouco, e abrindo um enorme rasgo na tenda do circo um soldadinho de chumbo bem maior que a torre do relógio entra. Todo o circo começou a cair, e segundos depois tudo estava no chão e só se pode ouvir o som de porcelana quebrando.

...

Eu vi toda a tenda caindo e corri até a saída. Eu poderia ganhar o jogo se saísse viva dali, mesmo sem ter lutado. No entanto, eu não tive tempo.

Tudo caiu em cima de mim, mas eu continuava consciente. Eu me arrastei até o primeiro buraco que achei. Não sentia mais minhas pernas, mas preferi pensar que elas só estavam amortecidas.

Quando eu finalmente consegui sair, eu vi o que tinha acontecido.

E-Eu... Não que-quero ser uma xxx...! Minhas pernas foram xxx pela xxx que caiu xxx delas... Eu não posso mais ser ecilA... Eu sou apenas um pedaço de xxx... Eu não...

Vi uma pessoas segurando uma arma se aproximar de mim, eu sabia o que ia acontecer. Essa nunca foi a minha história, eu sou apenas a antagonista. Agora a vilã vai morrer e.... xxx irá subir ao trono.

A pessoa que segurava a arma chegou bem perto de mim e eu pude ver o seu rosto mesmo que embaçado pelas minhas lágrimas. Alice.

No final, o jogo não teve nenhum vencedor. E assim teria que terminar. O jogo empatou para os dois lados, nem o bem e nem o mal vence. E eu irei ver a minha irmã no inferno.

– Eu só voltei para esmagar sua cabeça. Não se preocupe você vai morrer com todo o reino sendo seu. – Ela disse com aqueles olhos azuis completamente vazios. – Antes era você que me deixava presa em uma dimensão vazia e morta. Agora é minha vez.

Eu olhei para baixo e apenas sussurrei um “Vá em frente.” e fechei meus olhos.

Rosa, azul, verde, branco, preto... Vermelho.

Um som alto, o gatilho.

Corra.

Sem cor, nada. Preto e Branco. Vazio... Vermelho...!

AaaaAaAAaaaAAAAaAh!-----

XXX XXX XXX XXX

...

The Alice Heart: Game over.
No tickets. ERROR 404.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram?
Como eu já disse nas notas iniciais, foi um inferno escrever esse capítulo. Mas eu gostei bastante do resultado, apesar de continuar confuso xD Ainda existe mais uma fanfic para completar a saga, e um desafio para mim mesma que vai sair em breve.
Eu não escrevi sobre vários personagens e sobre o destino deles, justamente porque a Saga The Alice Game ainda não acabou. TAH chegou ao fim, mas ainda nos veremos! ]
Eu quero agradecer imensamente a todos que me ajudaram, comentaram, gostaram e leram até aqui! Pouco me importa se você comentou ou não, eu realmente fico feliz em saber que vocês leram até aqui.
Eu queria citar o nome de todo mundo agora, mas isso iria demorar para caralho. Então, um abraço e um beijo para todos ♥ Só tem uma pessoa em especial que eu preciso mandar um beijo, que é a minha Onee-san, que não só leu tudo mas também me ajudou a escrever e me aguentou em todos os bloqueios criativos dnasjdbsajh Duvido que ela leia as notas de qualquer forma xD
[editado:] Eu quase esqueci! Eu cortei algumas cenas para o capítulo não passar de 2.000, é provável que eu ainda poste o último capítulo original em uma história separada ou eu posso mandar o docx para quem se interessar. Me digam nos comentários se vocês querem ler o capítulo.
Novamente, obrigada a todos que leram até aqui. E nos vemos nos comentários? Se não, eu já mando por aqui um abraço e um beijo. >3<
Espero vocês em outras fanfics da saga e até mais! Beijins e Sayooo~~ >3