The Alice Heart escrita por Mei Nori


Capítulo 14
Porcelana Suja.


Notas iniciais do capítulo

Heey!~
Bom final de tarde gente ♥ Estou de super bom humor, dormi a tarde inteira!
Sim gente, eu tinha tirado férias. Eu viajei e precisava de um tempo para me organizar e tudo mais. Masss, aqui estou eu! Para fechar TAH de uma vez.
Acredito que com o final do capítulo passado, vocês perceberam que estava bem no fim. Porém, não vai acabar ainda. Ainda tem mais alguns capítulos para irem ao ar.
"Mei, mas TAH quarta-feira? Não era sempre na Quinta?" Pois é, eu resolvi postar na quarta agora. Era muito apertado postar na quinta para mim.
Enfim, vou parar de enrolar! Nos vemos lá embaixo~~



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“ O meu amor só me trouxe mais inimigos.”

– Suigintou (Rozen Maiden)

A noite caiu e os sinos badalaram. Os servos da rainha corriam de um lado para o outro, todos com medo do que ela faria. Ninguém queria contar a verdade para ela, seria perigoso demais.

A garota estava morta, agora ela não tinha chances. E o pior de tudo era que a assassina era, nada mais nada menos, que a própria Alice.

Podia até dizer que fora suicídio. Bem, ela estava andando em uma linha do trem enquanto o trem vinha, não teria outra hipótese.

Era muito difícil acreditar que isso tinha acontecido, talvez eles tivessem escolhido a garota errada.

Não. Com certeza era ela. O erro foi dos cães de guarda da rainha.

Eles seriam castigados por isso, provavelmente. Iwee nunca perdoaria um erro tão fatal, ela pode morrer por isso.

As Rozen Maidens acordam hoje... A rainha vai quebrar.

A porcelana é fina e frágil, qualquer coisa pode danifica-la. Assim que isso acontecer, ela não irá servir para nada. Uma boneca podre, defeituosa e suja. Um lixo imperfeito.

Essa é a lei aqui. Enquanto uns choram, outros riem. Uma nova Alice sobe o trono e a antiga cai aos pedaços. É assim que funciona, o dado de um superior continua rodando enquanto suas marionetes são controladas.

Sofrimento e ódio fabricado para o entretenimento de um público sádico e cruel. As títeres caem e choram enquanto todo o resto ri de sua desgraça.

A rainha controla todos com cordéis invisíveis, pelo menos até outro pegar o guia e destruir aquela também.

É sempre assim, um ciclo infinito de ida e volta, de vida e de morte. Não tem jeito de impedir, porque esse é o jogo da vida, e ele é o único jogo de azar que nunca vai quebrar ou parar.

Esse é o triste destino de todos os seres feitos por elas e para elas. Um show de horror que se repete mil e uma vezes até que as cortinas do primeiro ato se fechem. E, quando se abrirem para o segundo ato, uma nova sequência começa, e todo o desespero continua.

Geração por geração, vida por vida. É tudo tão frágil, tão delicado... Tudo perfeito. Um mundo ideal para a própria Alice, seu País das Maravilhas pessoal.

É como reescrever uma história. O mesmo conto, apenas com palavras mais bonitas. Sem fim, repetitivo. Eliminar, destruir, explodir. Queimar. Quebrar.

...

Eu vi minha irmã na cadeira de balanço, indo para frente e para trás. Fazia tempo que eu não a via, eu queria muito abraça-la, mas, quando eu cheguei lá, eu vi.

Tinha acontecido de novo, eu não queria ter visto. Eu sou apenas uma criança, não devo ser exposto a uma coisa tão horrível e grotesca.

Na verdade, eu era uma criança. Agora, sou apenes um rato carniceiro que preferem evitar.

Uma criatura nojenta, asquerosa e suja. Algo que colocam veneno para aniquilar de suas casas. Algo que comeria qualquer coisa que fosse oferecida, até mesmo a própria irmã.

Eu estou com fome. Morrendo de fome. A rainha nunca me deu comida desde que eu cheguei, é como se eu não prestasse para servir ela. Todavia, sou mais competente que todos os outros.

Um foi embora, outro só sabe seguir novelos, o do meio odeia ficar sozinho e o último chora o tempo todo. Logo, sou o único que serve para alguma coisa. Um cão de guarda carniceiro, o que faz todo o trabalho sujo por baixo dos panos.

Eu mato, desfio e como. É para isso que eu sirvo. A punição, o resto. Um rato podre, apenas isso.

Entretanto, eu não odeio a rainha. Ela me acolheu quando eu estava sozinho. Uma criança de cinco anos pobre e imunda andando pelos escombros de uma guerra que devastou uma cidade. Uma criança que teve que aprender a ser um adulto e gostar de qualquer coisa que derem.

...Ou não. Eu não sou uma criança, não mereço esse nome. Apenas um rato, nada além disso. Parece que soa melhor, afinal, que graça tem ser apenas uma criança? Sou diferente deles, é isso!~ ♪ Lalalalalaalalaalala~~ ♥

...

Todos os súditos da rainha se reuniram para uma mini assembleia, para eleger um mensageiro. Aquele que contaria a má noticia, e provavelmente morreria mais tarde.

Primeiro pensaram em mandar o brinquedo mais velho, ele já estava lá por tempo demais, mas, como era de se esperar, ele recusou. Depois tentaram com o brinquedo mais rico, entretanto ele negou.

Por fim, todos eles tomaram uma decisão. Se um de nós vai morrer, por que não ser um dos prisioneiros?

Que mal teria um escravo morrer? Todos os dias isso acontece, por que não deixar mais um? E foi o que eles fizeram.

O mensageiro foi escolhido de forma injusta, entre os próprios prisioneiros.

“Iwee não seria tão cruel a ponto de assassinar uma criança. Então, que vá o mais novo de nós!” Disse a garota de cabelos lilás para livrar qualquer dedo apontado para ela.

Mesmo sabendo que isso era mentira, todos optaram por isso. Ninguém queria ser o mensageiro, então que vá o mais novo e inocente. Pelo menos ele não vai entender o que esta acontecendo, e com sorte, não sofrerá tanto na hora de morrer.

Sem contar que não havia duvida de quem seria o escolhido. Só tinha uma criança, as outras não tinham mentalidade o suficiente para fazer o que mandaram.

Então lá foi ele. O garotinho de cabelos levemente ondulados e castanhos. Por hora, ele não parecia ter medo. Porém, ele acabou sentindo o que o aguardava.

A criança esperneava e implorava para não se vestir assim, apenas mudou de ideia com a “cruel” ameaça da velha empregada movida a vapor.

As bailarinas de porcelana ajudaram o menininho a se vestir e logo fizeram sua maquiagem. Um perfeito palhaço, apelidado cruelmente pela bailarina sem um dos olhos de “Pierrot”.

Não era nada demais usar uma roupa colorida e uma maquiagem branca sorridente. O único problema era o próprio garoto. Ele tinha pavor de palhaços, por isso fizeram com que ele usasse essa roupa.

Senhorita... – O Palhacinho com voz estridente. – Ela... Bem, ela...

Vamos logo com isso! – Disse a boneca usando uma coroa prateada. – Eu não tenho o tempo todo para te receber.

O “Palhacinho” engoliu seco, e tentou continuar a falar. Porém, ele não estava mentalmente bem para passar à notícia a rainha. Depois de muito tempo tentando se estabilizar, ele conseguiu.

Ela esta morta. – Disse firme.

Quem esta morta? – Disse a boneca maldita, esperando um pedido de ressurreição. – Pessoas morrem o tempo todo.

A garota. Charlotte. – Fechou os dois olhos esperando o pior.

[...]


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram? ♥
Eu tenho que dizer uma coisa, esse final de capítulo saiu meio forçado. Assim, eu queria muito escrever, mas eu não estava conseguindo "puxar a criatividade". Então, eu fui escrevendo de acordo com algumas ideias antigas e encaixando tudo.
Eu até gostei do resultado, mas acho que poderia ter sido melhor. De qualquer forma, esta bom para a volta~~
Espero que vocês tenham gostado ♥ Acho que por agora era só.
Beijins e Sayoo~~ ♥ >3



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