The Alice Heart escrita por Mei Nori


Capítulo 13
Urso de Pelúcia.


Notas iniciais do capítulo

Heey!~
Então né, o quando vocês me odeiam por ficar atrasando capítulos? Lembrem-se que eu não posso escrever se estiver morta... Por favor, abaixem essas armas. ;-;
Enfim! Com esse capítulo encerramos a metade da história e entramos, finalmente, na reta final! Vai demorar um pouco para acabar ainda, mas agora já da para pegar as peças e montar a base do quebra cabeça.
Eu não fiz uma correção toda bonitinha, porque estava com preguiça. Desculpa. Me avisem se tiver um erro muito grotesco, eu vou arrumar na hora. Mas por agora, eu vou deixar assim, outra hora eu venho e arrumo tudo.
Vou parar de enrolar, nos vemos lá embaixo! Boa leitura!~ ♥



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...

Ei, ei! – Exclamei. – Você não ouviu nada do que eu disse?

Ãhn... Não. – O gato disse. – O que você disse?

Olhei para ele visivelmente irritado. Como ele pode?! Depois que aquele outro garotinho veio, ele parou de falar comigo. Isso não deveria ser certo, porra, eu estou aqui a mais tempo!

Eu sou mais velho do que esse intruso com orelhas de coelho, ele não deveria estar aqui. Eu queria poder destruir ele. É! Exatamente isso! Eu deveria apenas destruir com a vida dele!

Esquece, tenho uma coisa mais importante para fazer. – Sai correndo deixando até meu chapéu para trás.

Corri sem parar não ligando para qualquer coisa ao meu redor. Eu sai daquele quarto sujo e empoeirado que nós deram para viver e fui em direção ao quarto da rainha.

Ei, Sr. Urso, você esqueceu seu chapéu! – Escutei a voz do garotinho de orelhas de rato vindo atrás de mim.

Eu estou ocupado demais para isso! – Respondi enquanto acenava para trás. – Não preciso dele por agora! Preciso terminar de uma vez por todas com alguém.

Continuei correndo, eu precisava achar a Rainha, ela poderia fazer alguma coisa. Eu ainda sou o único que tem privilégios. Eu sou melhor que todos os outros. E sou eu quem eles devem dar atenção. Por isso, eu vou acabar com qualquer um que tente roubar a atenção que eu tenho.

Porque é assim que as coisas funcionam. Ganha o mais forte. Eu tenho doze anos e ele sete, eu vou ganhar. HahahaHAahahaHAaAaAahahaAHahAHAH

AaaaaaaaaaaaaaaaAaAAaaAaaAaAaA. alGuÉM me AjuDehhgn...

...

O trilho de trem era velho e enferrujado, parecia que não tinha sido usado a tempos. Eu até pensei que eles estavam tentando me assustar quando me contaram que um trem viria por aqui, afinal, era tudo tão abandonado... Era difícil de acreditar que aquela estrada ainda funcionava.

Segui pelo trilho até o sol começar a se por lentamente no horizonte - que agora estava muito mais visível. -. Eu sentia meu corpo esfriar pela água gelada que agora tocava meus pés.

O trilho de trem atravessava uma fina corrente de água gelada e límpida, deixando o cenário digno de um filme antigo.

Fazia tempo que eu não via uma coisa assim, o mundo mudou tanto... Era uma guerra inútil, de fato. Pessoas morriam sem motivo nenhum. Eram mortes cruéis, feito por pessoas sádicas.

Ninguém merecia isso, era horrível pensar de que milhares de crianças eram mortas por questão financeira. Homens morriam em campo de batalha, mulheres morriam a espera que seus maridos voltassem.

Isso já havia acontecido duas vezes na história. Claro que era cruel, mas nada se compara a viver diante de todas essas noticias.

Bem, eu não deveria estar reclamando. A verdade é que, onde eu vivo, nada disso chegou a atingir. Nossos pais deixaram dinheiro o bastante para sermos considerados ricos, não teríamos que nós preocupar com nada disso.

Isso era injusto com a maior parte das pessoas. Eles eram obrigados a pagar se quisessem viver, e se quisesse viver bem, teriam que pagar mais ainda.

Marshall era um mentiroso de qualquer forma. Ele disse que eles teriam ido para um cruzeiro, é obvio que não. Ele quis deixar o abandono menos triste então disse isso. Como se saber que seus pais não vão voltar por estar em um cruzeiro fosse acalmante.

A verdade só veio à tona agora, quando isso sequer importava. E agora eu penso: Realmente vale a pena voltar para casa?

Eu sinto falta da mamãe. Fazem anos que eu não a vejo. E eu continuo fingindo que esta tudo bem, mesmo que isso não importe mais. Eu precisava manter uma boa postura perto de Niko, eu não podia simplesmente chorar.

Marshall deve se sentir assim também. No entanto, eu nunca soube quando ele fazia aniversário ou coisas do tipo. Para ser sincera, eu tinha informações muito escassas sobre ele. Horrível, não? Não saber nada sobre o próprio irmão.

Ele era bem fechado no mundo dele. Só se importava em nos proteger, era um complexo estranho. De vez em quando eu o via com alguns amigos, mas era bem raro. E eles eram sempre os mesmos.

Arie e Amélia eram irmãos e melhores amigos de Marshall. Com melhores, eu quero dizer, únicos. Afinal, nunca vi ele com outros que não sejam eles. Nem quando ele era mais novo.

Na verdade, eu não me lembro de nada sobre ele mais novo... Que estranho, eu sempre lembraria algo assim. Então, por quê? Era algo tão simples, apenas uma memória.

Eu estava me sentindo horrível por não lembrar de nada sobre ele, era como se ele apenas tivesse aparecido. Algo como: “Oi, agora eu sou seu irmão. Você não lembrará de mim antes, apenas essa informação conta.”

Esse lugar me deixava completamente louca. Ou melhor, talvez eu já fosse louca, tanto que vim parar aqui. Esse lugar é incrível, mas sádico.

Ele parece ter sido criado justamente para fazer as pessoas se desesperarem. Ou algo do tipo, eu já não sei mais. Não sou mais alguém sã o bastante para dizer algo realmente significativo.

Eu estou vendo coisas. Eu estou sentindo coisas.

O trilho continua tocando meu pé e a água que antes era baixa e fraca esta no meu joelho, meu corpo doía muito, quase como se tivesse quebrado, mas não era insuportável. Não estou escutando nenhum som. E eu estou vendo a linda paisagem se formando na minha frente. Um arco-íris monocromático, poético, mas dessa vez, verídico.

Eu via uma garota loira sentada em uma barca. Quando mais eu me aproximava, mas louca eu sentia. Já não conseguia entender minhas próprias palavras. Ela olhava vagamente o nada.

Já não entendia o porquê de tudo isso, mas sentia que ela era a resposta. Ou apenas grande parte dela.

Seu vestido branco foi manchado de vermelho quando a água tocou. Vermelho sangue. Vermelho...

Foi então que eu entendi. Sangue. Eu estava andando por uma corrente de sangue. Eu já não ouvia nada. A dor aumentava. O aviso, o trem.

Luzes vermelhas piscavam, a garota sorriu. O trem veio, eu já não ouvia mais. Não tinha para onde fugir, ele passou. A água vermelha era sangue, meu sangue.

Eu estou morrendo. Isso dói tanto. Minhas pernas estão quebradas, o resto dos ossos também. Eu estou caída no chão. As cores estão sumindo. Verde, azul, amarelo e vermelho. Preto. Branco.

Eu posso ver o céu escurecer lentamente. O que eu imagino que seja a ultima vez. No final, eu não pude voltar para casa, não é mesmo? Eu sou inútil. Não pude voltar.

Vou ver Niko antes do esperado, pelo menos eu acho. É agora, tudo foi clareando. Eu já não sei mais o qu- xxx xxx xxx xxx.

[...]


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram?
Eu tenho que admitir que fiquei bem triste enquanto escrevia essa capítulo. Serio mesmo. Foi triste para mim.
Mas, foi necessário. E eu sei o que vai acontecer, e logo vocês também saberão. *3*

Então gente, eu preciso dizer isso: Estou realmente ocupada terminando de escrever "Lolitas." e começando, agora oficialmente, "Noroi no Chō". Por isso estou ficando meio ausente por aqui. No entanto, não pensem que eu vou desistir daqui, ainda mais que estamos na reta final.

Acho que era só isso por hoje gente. Obrigada a todos que acompanharam até agora, eu fico muito feliz em saber que tem gente que realmente lê. Espero que tenham gostado!
Beijins e Sayooo~ >3



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