The Alice Heart escrita por Mei Nori


Capítulo 12
Orelhas de Coelho.


Notas iniciais do capítulo

Heey!~
Ohayo gente! Enfim, vamos logo a parte II do capítulo passado.
Sem mais enrolações, vamos ao capítulo!
Boa Leitura!~ ♥



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...

Era uma vez uma criança. Onde e quando isso aconteceu não é importante, por agora você só precisa saber que ele era um menino e tinha sete anos quando seu fim chegou.
A criança nascera em uma família problemática, que estavam pensando em se divorciar pela traição da mulher.
Como vingança, o pai levou a criança embora para viver com seu amante. Irônico, não?
A criança viveu muito bem com seus dois pais até completar seis anos. Um dia, indo comprar o jornal como pedido por seus pais, acabou por encontrar com sua mãe biológica, que o reconheceu na hora.
Ela, preocupada com a criança, resolveu a seguir. E então descobriu que ela também havia sido traída, e por muito mais tempo, antes mesmo das brigas frequentes que o ex-casal tinha.
Cegada pelo ódio, a mulher que já estava velha contatou a informantes do rei que naquela casa havia um casal homossexual que praticava rituais em praças publicas.
O rei por sua vez ficou abismado com a noticia e mandou tirar tudo que a família tinha, deixando-os apenas com as roupas que tinham no corpo.
Seu pai biológico, com medo de que seu filho mais novo fosse assassinado ou mandado para viver com a sua mãe, que estava visivelmente louca, preferiu vender a criança para uma família rica das redondezas, achando que assim ele teria uma chance de ser feliz.
Entretanto, o destino não foi muito bom com ele.
A verdade é que a casa para onde ele ia tinha o comprado com uma única e simples intenção: Ter um escravo.
O seu irmão mais velho soube disso antes da criança ser enviada, e como não tinha contato com o pai, preferiu seguir o irmão para poder cuidar dele.
Os irmãos se tornaram empregados da mansão e trabalharam dia e noite esperando que um dia seriam salvos.
Porém, um dia, o mais novo foi chamado na sala do dono. Que, sem dó nenhuma, estuprou o garoto e disse inúmeras vezes que ele nunca sairia dali porque o pertencia.
Isso se repetiu varias e varias vezes. Logo não só o dono mas também os outros empregados passaram a usar aquela criança, que se tornou completamente louca.
Ele aguardava a morte todos os dias, não aguentava mais ter que aguentar todos aqueles abusos, não aguentava mais ter não poder contar nada a seu irmão, não aguentava mais ter o apoio apenas de outro garoto que nem sequer parecia estar vivo.
E então, a luz veio para ele. Uma boneca convidou-o para ir embora para o pais das maravilhas, e tudo que ele tinha que fazer em troca era dar todas as suas memórias. Ele e seu irmão seriam felizes de novo, ou talvez ela estivesse o enganando.
Ele não tinha esperanças, era verdade. Mas queria o melhor para seu irmão mais velho, que sempre zelou por ele, mesmo não sabendo dos males que já tinha enfrentado.
E mesmo assim, também sabia que se ele fosse morrer, morreria sozinho. E era o que ele queria, então aceitou em hesitar. Xxx xxx xxx.

...

Eu não estava enxergando nada e eu não sabia se continuava ali. Fizeram tudo de novo, e mesmo eu estando acostumado, doeu muito.

Eu sei que não tem para onde eu ir, e eu também sei que isso nunca vai parar. Uma vez eu gostei de alguém, mas ele morreu. E então eu tentei de novo. E de novo. No entanto o final era sempre o mesmo.

Eu já não sei mais como era meu irmão, aquele que fez de tudo para me proteger. Numa dessas, eu poderia ter contado tudo para ele. Talvez ele aliviaria minha dor. Todavia não adianta mais, eu não lembro de como ele era, só sei que eu passei minha maldição a ele. E agora, eu não sei mais quem ele é. Eu estou sozinho de novo.

A luz começou a surgir e meus olhos arderam quando eu finalmente vi algo. Eu estava de novo no meu mundo falso. E eu realmente posso dizer que ele é meu, já que tudo aqui é sustentado por mim.

Entretanto, isso aqui não é meu país das maravilhas e eu não sou Alice. Eu sou servo dela, e sou totalmente leal a minha rainha. Afinal, ela é a única que poderia acabar com meu mestre, e de certa forma, é o que eu mais desejo. Porque eu não quero apanhar de novo.

“Está vendo aquele trilho atrás da tenda? Siga ele e você certamente chegará lá. Entretanto, vá rápido. O trem passa ao entardecer, e você com certeza seria atropelada.” – Disse uma voz que eu acho que conhecia.

Meus olhos se acostumaram totalmente com a claridade e então eu vi. Era Charlotte, que parecia feliz como se tivesse encontrado alguma coisa.

Ela foi embora com um grande sorriso nos lábios e foi ai que eu me aproximei deles.

Eles não eram parecidos, mas estavam no mesmo corpo. O que parecia ser o dono do corpo era sorridente o outro tinha uma cara de mau.

– O que o garotinho quer? – Perguntou o que sorria. – Está perdido? A propósito, belas orelhas.

– Para onde vocês mandaram a garota que estava aqui? – Perguntei em voz baixa.

– Huh, você quer saber? – O outro falou desfazendo a cara de mau e sorrindo sombriamente. – Podemos de mostrar.

Ele me lembrava alguém, só que com algumas coisas a mais. Seu rosto me passava segurança, todavia suas palavras me deixavam assustado. Não tendo muita escolha por agora, eu resolvi o seguir para onde eles tinham a mandado.

O outro sorriu da mesma forma quando percebeu que eu realmente iria, e então eles me levaram por um caminho estreito até uma barraca mais escondida.

Meu raciocínio não é muito bom e demorou um pouco para eu entender que aquilo não era o caminho que Charlotte tinha ido. E quando eu percebi, já era tarde demais.

Eles abriram a barraca e eu vi o que eu não queria lembrar. Tinha vários de mim dentro, me encarando, chorando, pedindo ajuda. Alguns feridos, outros mortos. Uma visão cruel e grotesca, algo que eu não queria relembrar.

Isso era coisa da rainha, ela usava minhas memórias para isso. Então, meu passado se repetia inúmeras vezes em vários lugares diferentes.

Naquele momento eu perdi a consciência dos meus atos. Aqueles dois me revenderiam várias vezes. Ganhariam dinheiro em cima do meu sofrimento. E eu não deixaria isso.

Eu os esfaqueie sem dó com a faca que o mestre havia deixado. Enfiei a faca incontáveis vezes seguidas até ter certeza de que eles tinham morrido. E depois eu fiz de novo. E de novo. E de novo.

AaaaaaAAaaaAaaAAAAaAaaaaaA

404 ERROR – Not Found.

{...}


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram?
Tudo focado em um personagem em especifico. Eu falei que ele era importante, vocês sabem quem é? Está fácil.
Talvez algumas coisas fiquem repetitivas, mas lembrem-se: É uma criancinha narrando, é normal repetir palavras.
Por que eu parti o capitulo em dois? Porque ele estava gigantesco. Tanto que eu tive que cortar muitas partes, tipo, muitas mesmo.
Se por acaso tiveram curiosidade de ver como está a versão original, posso fazer alguns capítulos extras ou até mesmo mandar o anexo. No entanto não garanto que seja em breve, porque eu vou ter que procurar o resto e ainda recorrigir.
Enfim, espero mesmo que tenham gostado! Obrigada por lerem! Beijins e Sayooo~



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