Paradoxo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 4
Sangue por sangue.


Notas iniciais do capítulo

Hey JaceCóticas!
Eu postei essa merda de capítulo ontem e não foi. Hoje, quando fui ver o porque de não ter recebido nenhum review, vi que não foi essa bosta. Então estou tentado rescrevê-lo o mais rápido possível!

Fui eleita representante de turma contra minha vontade... '-' É, ok né... não posso mais fazer merda...

Para aquelas fissuradas em Damon Salvatore, Luan Santana e outras celebridades do gênero, sigam @telepatialuanjo no twitter. Nic é uma fofa, gente!
Bjs



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> Anjinha Herondale

Trilha Sonora do Capítulo:

My Chemical Romance: Welcome To The Black Parade

Welcome To The Black ParadeWhen I was a young boy,
My father took me into the city
To see a marching band.

He said, "Son when you grow up,
would you be the savior of the broken,
the beaten and the damned?"
He said "Will you defeat them,
your demons, and all the non-believers,
the plans that they have made?"
"Because one day I'll leave you,
A phantom to lead you in the summer,
To join The Black Parade."

When I was a young boy,
My father took me into the city
To see a marching band.
He said, "Son when you grow up,
would you be the savior of the broken,
the beaten and the damned?"

Sometimes I get the feeling she's watching over me.
And other times I feel like I should go.
And through it all, the rise and fall, the bodies in the streets.
And when you're gone we want you all to know.

We'll carry on,
We'll carry on
And though you're dead and gone believe me
Your memory will carry on
We'll carry on
And in my heart I can't contain it
The anthem won't explain it.

A world that sends you reeling from decimated dreams
Your misery and hate will kill us all.
So paint it black and take it back
Let's shout it loud and clear
Defiant to the end we hear the call

To carry on
We'll carry on
And though you're dead and gone believe me
Your memory will carry on
We'll carry on
And though you're broken and defeated
Your weary widow marches

On and on we carry through the fears
Ooh oh ohhhh
Disappointed faces of your peers
Ooh oh ohhhh
Take a look at me cause I could not care at all

Do or die, you'll never make me
Because the world will never take my heart
Go and try, you'll never break me
We want it all, we wanna play this part
I won't explain or say I'm sorry
I'm unashamed, I'm gonna show my scar
Give a cheer for all the broken
Listen here, because it's who we are
I'm just a man, I'm not a hero
Just a boy, who had to sing this song
I'm just a man, I'm not a hero
I! don't! care!

We'll carry on
We'll carry on
And though you're dead and gone believe me
Your memory will carry on
We'll carry on
And though you're broken and defeated
Your weary widow marches on

Do or die, you'll never make me
Because the world will never take my heart
Go and try, you'll never break me
We want it all, we wanna play this part (We'll carry on)

Do or die, you'll never make me (We'll carry on)
Because the world will never take my heart (We'll carry on)
Go and try, you'll never break me (We'll carry)
We want it all, we wanna play this part (We'll carry on)


Bem Vindo a Desfile NegroQuando eu era um garotinho,
Meu pai me levou à cidade
Para ver uma banda marchando.

Ele disse, "Filho quando você crescer,
Você seria o salvador dos destruídos,
Dos derrotados e dos condenados?"
Ele disse "Você os derrotaria,
Seus demônios, e todos os incrédulos,
Os planos que eles fizeram?"
"Porque um dia eu o deixarei,
Um fantasma para guiá-lo no verão,
Para me juntar ao Desfile Negro."

Quando eu era um jovem garoto,
Meu pai me levou à cidade
Para ver uma banda marchando.
Ele disse, "Filho quando você crescer,
Você seria o salvador dos destruídos,
Dos derrotados e dos condenados?"

Às vezes tenho a sensação de que ela está me observando.
E outras vezes eu sinto que eu deveria ir.
E por isso tudo, a ascensão e queda, os corpos nas ruas.
E quando você se for nós queremos que todos vocês saibam.

Continuaremos,
Continuaremos
E ainda que você esteja morto, acredite em mim.
Sua memória prosseguirá
Continuaremos
E em meu coração eu não consigo conter
O hino não o explicará.

Um mundo que te manda carretéis de sonhos dizimados
Sua miséria e ódio matarão todos nós.
Então pinte de preto e leve de volta
Vamos gritar alto e claro
Desafiando até o final nós ouvimos o chamado

Para continuar
Continuaremos
E ainda que você esteja morto, acredite em mim.
Sua memória prosseguirá
Seguiremos em frente
E ainda que você esteja destruído e derrotado
Sua viúva cansada marcha

Em frente e em frente seguiremos através dos medos
Ooh oh ohhhh
Rostos desapontados dos seus pares
Ooh oh ohhhh
Dê uma olha em mim porque eu não poderia me importar mesmo

Fazer ou morrer, você nunca me tornará
Porque o mundo nunca pegará meu coração
Vá e tente, você nunca me romperá
Queremos isso tudo, queremos interpretar esse papel
Não irei explicar ou pedir desculpas
Estou desenvergonhado, mostrarei minha cicatriz
Dê um viva por todos os destruídos
Escute aqui, porque é quem nós somos
Sou apenas um homem, não sou um herói
Apenas um garoto, que teve que cantar esta música
Sou apenas um homem, não sou um herói
EU... NÃO... LIGO!

Continuaremos
Continuaremos
E ainda que você esteja morto, acredite em mim.
Sua memória prosseguirá
Prosseguiremos
E ainda que você esteja destruído e derrotado
Sua viúva cansada marcha em frente

Fazer ou morrer, você nunca me tornará
Porque o mundo nunca pegará meu coração
Vá e tente, você nunca me romperá
Queremos isso tudo, queremos interpretar esse papel (Seguiremos em frente)

Fazer ou morrer, você nunca me tornará (Seguiremos em frente)
Porque o mundo nunca pegará meu coração (Seguiremos em frente)
Vá e tente, você nunca me romperá (Seguiremos em frente)
Queremos isso tudo, queremos interpretar esse papel (Seguiremos em frente)

~||~

No Capítulo Anterior de Paradoxo:

"– Talvez eu devesse começar por você, caçadorzinho pedante. - Resmunguei. - Acho que posso até morrer de tanto veneno irônico que escorre nessas veias.

Seus olhos brilharam em um fulgor desconhecido. Ele ergueu-se em um pulo e caminhou até mim.

– É uma ótima ideia! - Exclamou, puxando a manga da camisa de botões negra. - Só evite deixar cicatrizes, presas, porque...

– Não, espere! - O afastei. - Eu estava brincando, idiota!

– Ah. - Pareceu ficar decepcionado. - Me pareceu uma ideia tão boa. Você precisa de alimento e eu juro que sou Friboi. Ande, eu nunca servi como alimento para um vampiro! Deve ser algo bem interessante!"

POV Jace.

Ok, aquela poderia não ser a ideia mais atrativa para pessoas comuns, mas é que eu precisava daquilo. O fato era que Isabelle já havia namorado um vampiro e o alimentando - Um tão de Sirus ou algo do tipo, nunca me interessei muito pela vida afetiva de Izzy - então, ela estava a minha frente na coleção de experiências bizarras.

Ah, fale a sério! Você, adolescente em pleno século XXI, vai dizer que nunca sonhou com uma mordida de vampiro? Um Cullen, talvez? - Ok, admito que uma vez peguei um livro na prateleira de Isabelle e a experiência não deu muito certo. Eu esperava ler sobre matança em livros de vampiro, não romance do tipo meloso e doentio... - Só que eu seria um vampiro muito mais foda. Por que? Porque eu sou lindo, másculo, sádico e sanguinário - o que me levaria a matar, matar e matar... Parece-me divertido. - Ah, e além disso, eu sou um presidiário... Ou quase isso.

Há um ano que aconteciam muitos homicídios aqui por parte dos lobisomens e a Clave precisava de pessoas que pudessem se misturar aos demais, para controlá-los. Eu me ofereci e Alec, como meu parabatai, veio junto. Logo Isabelle, Sebastian e todo o resto dos adolescentes do instituto de Nova York havia "se mudado" para o lar de jovens infratores chamado Sword & Cross.

Ah, chega de "reflexão do Jace"! Onde estávamos mesmo? Ah sim, meu sangue!

Tá ok, não era só pela experiência bizarra que eu me ofereci como alimento... A menina estava com fome, ora. E meu pai havia me ensinado que não se deve deixar garotas na mão e essa ruiva irritante estava precisando de uma nutrição adequada.

Quando eu era mais novo, no solar Herondale - onde eu fui criado antes dos Lightwood me "adotarem", eu costumava caçar esquilos. Acho que poderia arranjar alguns esquilos, mas - se eu fosse um vampiro - eu não os comeria. Hmm... Sei lá, não me parecem nada apetitoso. Se eu tivesse de escolher entre matar um humano e comer um esquilo, eu mataria o humano. Sinceramente, um mundano a menos não faria diferença. Eles nem influenciavam tanto na cadeia alimentar...

Aos poucos, fui abrindo minha camisa. Botão por botão. Uma tortura lenta e agonizante - para ela, é claro. A presas mantinha o olhar sem foco, desajustado. Não me olhava, subitamente envergonhada. A sua vergonha era admissível, afinal, ela nunca mais veria um peito desnudo como o meu. O resto seria pura decepção.

Três já botões já haviam saído de suas respectivas casas quando ele deu um passo a frente. Foi pego de surpresa quando a garota soltou um granido agonizado e tenso, cobrindo a boca e o nariz com a própria mão - como se evitasse sentir o cheiro de algo que supus ser meu sangue.

Mas não me intimidei, apenas terminei de desabotoar a camisa de botões e me aproximei ainda mais. Ela soltou outro grito agonizado.

– Hey, Calma, Calma! - Pedi, erguendo as mãos em sinal de inocência. - Eu só quero te ajudar, então não complique as coisas.

– Não! - Berrou. Aquela sua pose de arrogante confiante havia se desfeito feito uma camada de poeira em uma casa recém-varrida. Ela era apenas uma menininha assustada, afinal. Eu preferia-a arrogante - era mais sexy assim. Sem contar que o efeito que aqueles saltos causavam em mim eram surpreendentes. - E-Eu não posso fazer isso! Saia logo daqui antes que eu te machuque!

Ela estava nervosa. Talvez, se eu conseguisse fazê-la rir com alguma de minhas bobagens...

– Olha, não fique nervosa, viu? Eu sei que você está constrangida por me ver assim, sexy, lindo e gostoso. Mas você não tem culpa de eu ser tão lindo, Ok? - Ela se viu concordando antes mesmo de pensar em algo. Depois ficou constrangida e passou a fitar os próprios pés. - A quem eu estou enganando? Eu não preciso de confirmação! Você não precisa ficar com inveja por eu ser o predileto do possível Deus que habita o paraíso espiritual. - Presas soltou uma risada baixa. Risada! Era um bom sinal! Vamos, continue Jace! - Mas, felizmente, esse Ser Divino me fez lindo e de bom coração, e eu não posso deixá-la morrer de fome quando você já está morta, presas.

Cruzei os braços sobre meu peito e soltei uma risada baixa e rouca - ciente que só enfatizariam "meus atributos", afinal, que ser resiste a tal técnica de sedução? Se você pensou Ninguém, a resposta está certa.

Clary, ou melhor, presas desviou o olhar e corar-ia se pudesse. Mas não podia. Porque era uma vampira. E vampiras não sangram, seus vasos capilares não se dilatam e elas simplesmente não coram.

– Saia já de meu quarto! - Ordenou, apontando para a porta.

– Me obrigue. - Murmurei.

– Eu vou chamar a Randy! - Disse, com a voz abafada pela sua mão.

– Ah, você não vai fazer isso mesmo! - Declarei. - Porque eu vou falar para ela que você me trouxe aqui pedindo para que eu te ajudasse em uma matéria, me agarrou, molestou, tirou minha camisa e só está me pondo para fora porque eu me recusei a te dar um trato.

A Vamp arquejou, agora constrangida e furiosa.

Um trato?– Se exasperou. Sua expressão de menina indefesa já havia saído de si, deixando somente a boa e velha presas no lugar. - Eu não preciso de um trato seu, babaca! Foi por causa de um trato como o seu que eu sou desse jeito, então vaza logo do meu quarto antes que eu te dê um belo de um trato nessa sua cara de marginal adolescente, filho do anjo.

Ah, não. Ela não iria me desrespeitar de tal forma. Não mesmo.

Dei algum passos a frente, vendo-a recuar. Só que então suas costas chocaram-se contra a parede e eu aproveitei a deixa para encurralá-la com meus braços.

Clary fraquejou, gemeu de agonia e tentou se debater para me afastar, mas eu não permiti.

– Não faça isso! - Suplicou, com o olhar ardendo em chamas verdes. - E-Eu não tenho muito auto-controle...

Mas ela já havia feito isso antes. Claro que deveria saber se conter. Ela só queria complicar! Era complicada demais!

– Eu não estou te perguntando se você quer me morder! - Afirmei. - Eu estou dizendo que você vai e pronto. Agora prepare logo essas suas presas e tente não deformar muito minha pele.

Sua mão saiu de sua boca e colou em meu peito desnudo, como que para me empurrar. Mas meu coração acelerou com o breve toque, permitindo-me ouvir minha pulsação estalar em meu ouvido. E então tudo aconteceu em um borrão.

A mão que tocava meu peito arrastou-se para meu braço em um terço de um segundo e sua outra mão agarrou suavemente meu pescoço - puxando-o para a direita, permitindo uma exposição. Logo depois, veio um barulho como o provocado por um balão d'água se rompendo - uma camada fina sendo estourada enquanto líquido vaza da mesma - e uma suave queimação. Era uma sucção baixa, suave e gostosa de sentir - havia uma dor residual, mas era o tipo de dor que, para masoquistas não tementes a Deus como eu adoram.

Após breves segundos assim, quinze no máximo, a baixinha parece recobrar a consciência e tenta se afastar. Mas eu não quero isso. A sensação é tão boa, tão viciante, que acho que meu sonho de infância era me tornar escravo de sangue.

Não a deixo se afastar. Rodeio um de meus braços fortes por sua cintura e com o outro pressiono sua cabeça contra a parte onde seus dentes afiados estão cravados. E pronto! Todo o pingo de auto-controle que ela tem se esvai. A enervante sensação de adrenalina percorre minhas veias em questão de segundos e eu sinto toda a euforia. Presas separa-se minimamente de meu pescoço, lambe o fino rastro de sangue que ali estava escorrendo e volta a me morder.

Não sei bem quanto tempo passamos ali, talvez alguns breves minutos ou algo além disso, mas pude dizer que foi uma ótima experiência bizarra.

Depois de algum tempo, sua presas retraíram-se e sua boca afastou-se de minha veia. Suavemente, ela limpou o ultimo fio de sangue, plantou um beijo ali e colou suas costas na parede novamente.

Pareceu, então, notar o que de fato havia feito.

– Ai, meu De... - Sua voz falhou e vacilou. Vampiros não podiam recitar nomes divinos. - Me-Me desculpe... Eu não sei o que me deu... Em geral eu tento me comportar e...

– Hey, relaxa... - Digo, afastando-me dela a passos curtos. - Você já tem experiência nisso, sabia o que estava fazendo, presas.

– Hmm... - Hesitou. - Na verdade... Eu nunca havia mordido um humano antes...

Soltei uma risada nervosa diante da expressão encabulada dela. Mas, assim que percebi que ela não estava brincando, explodi.

Hã? Como? Oque? Ela era uma vampira mesmo?

– SUA LOUCA! VOCÊ PODERIA TER ME MATADO, SABIA? - Berrei. - E SE VOCÊ NÃO TIVESSE CONSEGUIDO SE CONTER? O QUE VOCÊ IA FAZER?

– Hã? Mas foi você que pediu...

– NÃO INTERESSA! O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA, HEIN? TITICA DE POMBO? E SE VOCÊ TIVESSE ME MATADO? SERIA UM DESPERDÍCIO DE ROSTO BONITO! AI MEU DEUS, EU PODERIA TER MORRIDO...! SUA LOUCA, LOUCA!

Ela começou a gargalhar. Deveria ser um bom sinal, mas eu estava em pânico. Eu poderia ter morrido!

– Estou começando a achar que você tem transtorno bipolar, Jace... - Murmurou. - Porque você...

Não consegui entender o final de sua frase porque a adrenalina havia morrido e a escuridão me rodeou. Parece que a presas não sabe mesmo se controlar...

~||~

Quando eu recobrei minha consciência, haviam vozes murmurando. Femininas. Reconhecíveis.

E... E se ele não acordar bem, Iz? Acho que tomei muito sangue... – Era a voz da ruiva só que, dessa vez, preocupada.

Hey, Hey! Relaxe, Ok? Ele é forte, vai acordar fazendo uma daquelas piadas sobre alguém querer o corpo nu dele. E, além disso, vaso ruim não quebra. Ele vai ficar bem, prometo. - Isabelle respondeu.

Resolvi então abrir meus olhos, encarando as duas silhuetas que estavam de pé ao lado da cama. A primeira era de Isabelle. Usava um vestido negro e curto em renda, com detalhes coloridos na gola. Sempre fora bonita e sabia disso - arrogantemente, até. Só que a beleza de Izzy nunca me chamou atenção, afinal, ela a usava como usava um chicote de electrum.

A segunda era dela. Eu esperava encontrá-la com um vestido longo, com a boca pintada de vermelho e saltos de 30 centímetros. Mas me surpreendi, acho que ela estava tentando inovar. Seus seios eram comprimidos por um top curto e apertado de couro, coberto por uma jaqueta curta de igual material - deixando assim uma extensa camada de pele, das costelas a cintura, desnuda. A calça era apertada de tal modo que eu tive que pensar em mil e uma maneiras de estripar um demônio para evitar a súbita vontade de agarrá-la. Não havia batom vermelho, apenas algum tipo de gosma brilhosa em seus lábios. Acho que ela não deveria usar roupas assim, para o bem da população masculina - e algumas meninas que ali se incluem. Minha cabeça latejava, meus olhos estavam ardendo e minha garganta estava seca e com um gosto metálico. Ressaca, logo pensei.

– Pelo anjo, quem me deixou beber tanto assim? - Perguntei, bocejando. O gosto metálico tornou-se mais forte. - Caramba! Que foi que eu bebi? Gasolina?

– Hmm... Você não bebeu nada. - Isabelle começou. - Mas a Vamp aqui...

Clary lhe deu uma bela de uma cotovelada nas costelas e sorriu nervosamente.

– Ai, meu De... Senhor que habita o céu espiritual! - Murmurou, aliviada, assim que viu meus olhos abertos. - Pensei que você ia ficar bancando a bela adormecida para sempre...

– Oh, me ame menos, por favor. - Desdenhei. - Esse teu amor me sufoca, mulher!

Por fora, ela revirou os olhos e fez um gesto obsceno com a mão. Mas, se canto, eu pude ver um sorriso aliviado.

– Já são sete e meia, Jace! A Albatroz vai te matar se você não for para a aula! - Declarou Isabelle. - Eu fiz uma iratze no seu pescoço e depois nós conversaremos sobre seus atos irresponsáveis, Ok? Vou-me indo, tenho que ajudar o Alec a sair do quarto da filha do diretor antes que ele o pegue. Até logo.

Me ergui da cama enquanto via Iz sair do quarto com passos saltitantes. Percebi então que estava sem camisa e que havia um pequeno band-aid no meu pescoço. Presas soltou uma risada baixa e eu não consegui identificar o porque.

– O que foi? - Perguntei, o pânico então me invadiu. - Ah, merda! Por favor, me diga que você não se aproveitou do meu estado de coma para riscar minha cara com caneta permanente! - Supliquei, vendo-a fazer uma careta.

– Não é isso... - Murmurou, envergonhada. - É que o Band-aid é do Bob esponja...

Dei de ombros, com um sorriso de canto, e o arranquei, amassando-o e o jogando na lixeira ao lado da porta. Cesta! Ela me olhou inquisitivamente.

– Não preciso. - Expliquei. - A Iratze cura os ferimentos.

– Ah, sim...

Me levantei e catei minha blusa e meus sapatos no chão. Calcei os sapatos e pus a blusa, mas não fechei os botões. Presas desviou o olhar, envergonhada.

– Não precisa desviar o olhar, presas. Aproveite enquanto você pode ver meu peito nu, porque daqui para frente, qualquer outro que você for ver será só decepção. - Declarei.

Vamp revirou os olhos e fez outro gesto obsceno com a mão. Que menina de pensamentos sujos! Oh, Raziel!

– Bem, eu tenho que ir. Vou rezar para minha desculpa de "me atrasei porque passei a noite na cama da Vamp depois de uma tarde alucinada" funcione com a Albatroz. - Digo, caminhando para fora do quarto antes mesmo de ver sua reação. Mas ela veio atrás de mim.

– Você não vai dizer isso! - Arquejou.

Virei-me para ela e comecei a andar de costas.

– Oh, não? Pois veja então... - Desdenhei, com um sorriso.

– Jonathan Christopher! Você. Não. Vai. Falar. Nada! - Murmurou entredentes.

– Não vou falar o que? - Me fiz de desentendido. Logo em seguida elevei a voz para que todos que ainda estavam ali em seus quartos pudessem me ouvir. - Que eu passei a noite na cama da aluna nova depois de uma tarde selvagem, recheada de mordidas? Ah, fique tranquila, acho que ninguém vai ouvir!

Clary já estava perto de mim, me estapeando. eu tentava segurar seus braços em meio às risadas.

– Ah, querida... - Continuei, falando alto. - Você ficou muito gata com essa calça toda apertada, mas eu prefiro muito mais sem... Oh, continue me batendo, gosto de você bem selvagem!

Os tapas ficaram mais fortes, então saí correndo em direção ao meu quarto - que ficava na virada do corredor - e deixei-a ali. Pude ouvir portas se abrindo, mas não me virei para vê-la. Sabia que ela estava envergonhada. Muito mesmo.

Eu era um homem morto.

~||~

TO BE CONTINUED


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews?