Paradoxo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 3
Danger Zone.


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas lindas de todo o Brasil - vulgo JaceCóticaaaaaas!

Eu estou muito feliz com o progresso dessa fic. Tenho mais de 25 leitores em apenas 2 capítulos e isso me deixa 'pulando e mexendo o ombrinho'. kkkkkk Me ignorem, pleeeease.

Vamos então ao capítulo!

Beijões.

Psicoticamente, Diabinha Herondale Uchiha. Afinal, vocês não estão me chamando de perva mesmo?

Eu até ia por uma música da Selena Gomez como tema do capítulo, mas aí eu parei e pensei: Não, é a Selena Gomez! Então resolvi por uma do Fit For Rivals mesmo... hahahaha

Ah, mais uma coisa, e essa é para vocês, meninas que ficam fuçando o Polyvore e curtindo os próximos looks: Eu vou ter que parar de fazer antecipado, é? Sempre é para ser surpresa! Mas vocês ficam vendo, meu! Tem como bloquear o look? Se tiver, alguém me avisa, please. Vocês andam estragando minhas surpresas! x(



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Trilha Sonora do Capítulo:

Fit For Rivals: Damage.

Damage

You don't know anything...
You don't know anything...
You don't know anything about me.

Once it starts it never stops
Discipline it's all i'm not
Can't help myself you listening
Why can't I say just what i want?

You don't know anything
You don't know anything
You don't know anything about me

Steady damage cross the line
What's become clearly defined (2x)

Chain me up hold me down
Just let me go there's always more
I want it all excluding you
Losing control so construed

You don't know anything
You don't know anything
You don't know anything about me

Steady damage cross the line
Whats become clearly defined (2x)
Steady damage cross the line
All that is done is left behind
Steady damage cross the line
You had it all now I got mine

I can't wait to see your face when I make it without you
Nothing seems to go your way you'll never amount to
(Get away, get away, get away from me
Get away...)
You'll never amount to
(Get away, get away, get away from me
Get away...)
You'll never amount to shit

WOOOAAAAHHHHH!

Steady damage cross the line
Whats become clearly defined (2x)

Steady damage cross the line
All that is done is left behind
Steady damage cross the line
You had it all now I got mine

You don't know anything...

Dano

Você não sabe nada...
Você não sabe nada...
Você não sabe nada sobre mim...

Uma vez que começa nunca para.
Disciplina é tudo que eu não sou.
Não pode me ajudar a ouvir?
Por que não posso dizer exatamente o que eu quero?

Você não sabe nada...
Você não sabe nada...
Você não sabe nada sobre mim...

Constante perda ao cruzar a linha.
O que ficou claramente definido. (X2)

Correntes me seguram abaixo.
Apenas me deixe ir, há sempre mais.
Eu quero excluir você de tudo.
Perdendo o controle construído.

Você não sabe nada...
Você não sabe nada...
Você não sabe nada sobre mim...

Dano firme ao cruzar a linha
Que está claramente definido (2x)
Dano firme ao cruzar a linha
Tudo o que é feito é deixado para trás
Dano firme ao cruzar a linha
Você tinha tudo agora eu tenho o meu

Eu não posso esperar para ver seu rosto quando eu fazer isso sem você
Nada parece seguir o seu caminho que você nunca vai ser
(Vá embora, vá embora, fique longe de mim
Afaste-se ...)
Você nunca vai ser
(Vá embora, vá embora, fique longe de mim
Afaste-se ...)
Você não é nada além de um monte de merda

WOOOAAAAHHHHH!

Dano firme ao cruzar a linha
Que está claramente definido (2x)

Dano firme ao cruzar a linha
Tudo o que é feito é deixado para trás
Dano firme ao cruzar a linha
Você tinha tudo agora Tudo é meu

Você não sabe de nada

~||~

POV Clary.

– Ma-Maellyche! Volte aqui Maellyche! - Berrei, mas era em vão. Maellyche não podia me ouvir. - Sabrine! - Continuei a clamar, só que por outra pessoa. - Sabrine, chame por Simon! Chame por Simon!

Mas Sabrine também não podia me ouvir.

Eu estava coberta por sangue, presa em um poço de água benta e, ao meu lado, estavam duas meninas de meu clã - Maellyche e Sabrine. Gêmeas, ex-escravas de sangue de Rafael Dumort.

Para você, pobre mundano que não sabe o que é um escravo de sangue, eis aqui sua explicação: Um vampiro necessita de se alimentar, correto? Escravos de sangue são, nada mais e nada menos que humanos que oferecem-se como alimento em busca de, algum dia, poder se tornar imortal. Ou, nos casos menos comuns, são hipnotizados por algum tipo de feitiçaria e obrigados a prestar servidão.

Mas agora, deixando a aula de semântica de lado...

Olhei ao meu redor e do nada, aparentemente, estava tudo normal. Não havia mais poço, nem água cortante, nem dor. Eu estava trajando um vestido longo e esvoaçante. Branco. A minha cama de dossel, meu abajur azulado, meu grande armário de mogno - aquele era o meu quarto no abrigo do meu clã. Observei cuidadosamente, agora prestando mais atenção ao papel de parede vermelho-sangue e os quadros que eu pintava: um anjo, um demônio, um Jace... Jace?

Não. Eu nunca havia pintado um retrato de Jace antes, então como era possível que ele estivesse na minha parede, com asas belas e lustrosas, com o cabelo loiro e os olhos dourados em uma versão preta e branca só minha?

Oh! Entendi! Eu estava sonhando...

Mas... Eu não dormia, então como poderia estar sonhando? Isso era ilógico! ( Como se uma vampira artista do Kansas fosse algo remotamente possível...).

De repente, Jace - aquela massa compacta de ironia, humor negro e masoquismo, saiu de dentro do quadro e caminhou a passos lentos até a cama. Eu fiquei assustada, afinal, um caçador de sombras todo tatuado havia saído de dentro da minha parede! Eu poderia estar tendo um ataque cardíaco, mas meu coração não batia...

Em sua mão direita apareceu um buquê de flores vermelhas: tulipas, rosas, peônias. Não sabia o porque daquilo, e soube ainda menos ao vê-lo arremessar o buque no ar e ele se desmanchar em suaves pássaros negros e pequenos, que sobrevoaram minha cama até pararem sobre a cabeceira.

– Presas. - Murmurou, com o peito desnudo e tatuado brilhando com um líquido que era, aparentemente, sangue. Minhas presas saltaram ao perceber o quão faminta eu estava. Sem elixir, sem nada. - Uma de nós. Presas. Uma de nós. Uma de nós. Uma de nós. Magnus Bane. Magnus Bane. Magnus Bane...

E Jace repetia e repetia aquelas mesmas palavras, como se achasse que a repetição fosse me ajudar a entender seu código. Não funcionou direito...

– Jace! - Praticamente gritei, erguendo-me. - Jace! Esqueceu de tomar seus remédios?

Mas ele pouco deu ouvidos, apenas aproximou-se ainda mais, segurando-me pelos braços. Sua pele quente esquentou minhas pedras de gelo em formato de membros.

– Uma de nós. Uma de nós. Magnus Bane! Presas! Magnus Bane! - Repetia, olhando em meus olhos, tentando transmitir seu recado. - Submundo! Valentim! Caçadora de sombras!

Acordei sobressaltada e assutada. Se eu pudesse suar, estaria suando frio. Meu coração estaria acelerado, meus cabelos grudados a testa.

Balancei a cabeça negativamente, ciente que aqueles remédios anti-depressivos estavam causando um estrago em minha mente.

Olhei para o relógio. 5:25 da manhã. Rolei na cama do meu mais novo quarto, ciente de que - o que quer que tenha acontecido para que eu tivesse conseguido dormir - não iria acontecer novamente. Resolvi tomar logo meu banho.

Para mim, banho é medicinal. A água lava a alma que eu não tenho e me relaxa profundamente.

Já purificada, fui até o pequeno armário que ali tinha - nem se comparava ao meu antigo armário de mogno no abrigo. Passei meus dedos gélidos por entre os tecidos negros, vendo minhas opções.

Bem, vejamos, o que eu estava afim de usar?

Fiquei indecisa entre uma saia longa de crochê e um vestido semi-transparente. Por fim, optei pelo vestido. Era longo e com partes em renda, portanto tive que por um top simples por baixo. Mais uma vez, 'brincar' de ser vampira, influenciava e muito no meu dia.

~||~

Aquela era a minha segunda semana na Sword&Cross - O reformatório. Não era um lugar horrível para se viver, eu até que estava me adaptando, mas a sede podia dificultar as coisas.

Naquele exato momento eu estava sentada na sala de aula de biologia, com a Professora Albatroz para azucrinar o raciocínio. A última vez que fui alimentada foi há, mais ou menos, 15 dias. Acredite quando digo que ser um vampiro com fome não é nada legal. Nada legal mesmo.

A sala estava quase vazia, a não ser por uma menina de cabelo platinado e olhos esbugalhados cobertos por delineador no final da sala. Reena, acho. Não me lembro muito bem do nome dela, apenas da pulsação. Forte, vigorosa, precisa. Tinha um leve aroma metálico saindo de seus poros, misturado com algo meio floral. Vegetariana - Pensei. Aquele era o cheiro de sangue limpo e vegetariano. Parecia deliciosa...

Pense em coisas agradáveis, Clary! Flores, corações, coelhinhos fofinhos! Só que até coelhinhos pareciam deliciosos naquele momento.

Algo muito parecido com um sinal de presídio tocou e, após um ou dois minutos, a sala foi invadida por vários adolescentes saudáveis.

Conseguia ouvir cada artéria bombear, cada veia pulsar, os pescoços vibrarem, o coração batendo. Minha boca salivou e tive certeza de que minhas presas ficaram em alerta, de modo com que tive que fechar a boca para que ninguém ali as visse.

Isabelle logo chegou, com sua matilha. Jace, Sebastian, Alec, Aline. E, bom, querendo ou não admitir, eu estava começando a fazer parte daquela matilha. Do bando de retardados. Do formigueiro de bizarrices.

A primeira coisa que se chocou contra mim foi o odor forte e atrativo dos caçadores de sombras. Algo entre almíscar e vinho tinto, uma fragrância tão diferente e tão natural, algo único - e provavelmente saboroso.

Depois foi o som da pulsação. A batida desregular de Sebastian, o compasso perfeito de Izzy e Alec, o som preguiçoso de Aline, o coração acelerado de Jace - diferente de todas as outras na sala, que, por sua vez, eram semelhantes. Oh, Senhor possivelmente fictício que habita o céu espiritual, eu devo estar endoidando! Primeiro o sonho maluco, agora a pulsação desigual...

Os livros de Isabelle se chocaram contra minha mesa, causando um baque surdo, atraindo, enfim, minha atenção.

– Está no mundo da lua, presas? - Perguntou, sentando-se na cadeira ao meu lado.

Lacrei os lábios sentindo aquele odor atrativo e dei de ombros, fingindo uma naturalidade calculada. Não queria que eles notassem o que estava acontecendo comigo. Provavelmente me olhariam estranho e suporiam que eu sou um monstro que preciso de sangue.

Mas você é mesmo...

Cale-se, consciência!

Sebastian ocupou a cadeira atrás de mim, Alec sentou-se ao lado de Izzy e Jace ficou na minha diagonal, atrás de Isabelle, ao lado de Sebastian e perto de Aline 'Grude' Penhallow. Aquela garota anormal era um grude, tanto em Sebastian quanto em Jace.

As vezes, bem lá no fundo, eu até me compadecia por ela. Ela era apenas mais uma criança necessitando de atenção. Não que eu me importaria em matá-la. Não, nunca - ela era muito irritante. Mas eu entendia essa parte da atenção.

Talvez, se minha mãe tivesse me dado atenção após a morte do meu pai, eu não virasse uma adolescente problemática. E não sairia com tantos garotos. E nem estaria aqui, sendo uma vampira. Mas foda-se, quem vive de passado é museu.

Jace...– Começou Aline, aos sussurros, enquanto a Albatroz explicava a divisão sanguínea. Tive certeza de que ninguém mais ouviu, mas eu tinha orelhas de vampiro... (E dentes de vampiro e pele de vampiro e olho de vampiro e cabelo de vampiro e...) - Passa lá no meu quarto essa...

Shh, Aline!– Ele ordenou, severo. Mas sua voz estava com um timbre mais de irritado do que de raivoso. - Vá incomodar outro.

Doce feito um limão. Suave como um coice de uma mula.

Pus a mão por sobre a boca para abafar a risada, para esconder as presas ou sei lá o que pretendia fazer ao pôr a droga da mão na boca. Mas Isabelle percebeu e, quando o fez, me olhou inquisidoramente.

Lacrei os lábios novamente e dei de ombros, como que perguntando um O que? silencioso. Mas isso não à convenceu. Ela sabia que eu tinha meus motivos para rir.

Os três tempos de biologia eram de sugar a vida de qualquer um. Mas, o que piorou ainda mais naquela besteira de aula do tio Lúcifer foi a terrível ideia da professora de usar as amostras de sangue.

O topor me invadiu, minha visão ficou turva, minha garganta ardeu ainda mais. Senti minhas mãos contraírem e se retesarem aos lados de meu corpo, como que para evitar uma catástrofe. Me ergui de supetão, ciente de que não poderia ficar ali, e corri porta afora.

Pude ouvir a Albatroz berrar atrás de mim, mas não me importei. Antes um castigo do que um inocente morto.

~||~

Já estava trancafiada em meu quarto. Randy havia me condenado a passar a próxima manhã no cemitério, ajudando a limpá-lo junto dos outros alunos em detenção. Menti dizendo que estava indisposta e pareceu funcionar, pude ficar o resto do dia no quarto - Isabelle jurou solenemente a Randy que traria meu almoço sem envenená-lo.

Meio-dia bateram a minha porta.

Me levantei, já fraca pela sede, e fui até a maldita porta. Esperava encontrar qualquer pessoa a porta, desde Isabelle, Sebastian e até mesmo o Papai Noel, mas não esperava encontrar Jace. O loiro, irônico e arrogante em pessoa.

– O diabo está entregando em domicílio agora? - Murmurei, irritada por sua presença. Não gostava daquele garoto, ele estava classificado como sinistro na minha lista de sinistros - e isso me dava nos nervos.

– Oh, Claro. - Estreitou os olhos naquela arrogância que só ele tinha. - Trouxe sua tarja preta, Presas. - Me empurrou para dentro do quarto, entrando em seguida. Olhou em volta, reparando no desenho que eu havia pintado na parede branca. Uma flor de Lotus. - Uou, bela toca. Foi você quem fez?

Me exasperei.

– Saia daqui! - Ordenei, empurrando seu corpo em uma tentativa falha de tirar aquele empecilho de meu quarto. Será que ele não notava o quão inconveniente estava sendo? - Ande, vai! Saia daqui, eu não quero você aqui.

Ele riu aquela risada debochada. Era irônico, debochado, sarcástico, maldito e tudo mais de ruim que se podia acrescentar a lista.

– Acredite, sanguessuga, que eu também não quero estar aqui. Mas, sabe?, eu tenho uma irmã muito legal - Ironia On–chamada Isabelle e ela está em uma aula nesse exato momento.

E? O que tem a ver você ter uma irmã com você estar sendo inconveniente?

Jace revirou os olhos.

– Não seja tão ridícula em pensar que eu estou sendo inconveniente com você. Eu sou sempre inconveniente, mas é isso que me torna irresistível.

Tentei puxar sua blusa para mandá-lo de volta ao lugar de que veio (O inferno?), mas ele era forte demais. Maldito sangue de anjo!

– Me faça o favor de me soltar antes de quebrar uma unha, Vamp. - Reclamou, indo até a minha cama perfeitamente arrumada e se jogando nela. - Eu só vim ver que diabos aconteceu hoje mais cedo e não saio daqui até obter minhas respostas.

– Não te devo satisfações! - Exclamei, puxando seu pé para que saísse de minha cama.

– Oh, poupe-se das patadas. Meu ego é escudo para palavras ignorantes.

– Então ele deve ser muito grande... - Murmurei revirando os olhos.

– Tenha certeza disso, ele me alimenta.

– Nunca morrerá de fome. - Retruquei. - Olha, eu tenho certeza de que vocês sabem o que me aconteceu. Se veio aqui tripudiar sobre mim e me chamar por nomes feios, pode enfiar suas palavras onde o sol não bate e ir embora. Eu sei me virar, filho do anjo, você pode esquecer esse pingo de altruísmo que lhe apareceu.

Sua postura ficou menos ignorante, mais relaxada. Não entendi bem o porque de seu olhar subitamente preocupado.

– Você não está fazendo caçadas noturnas? - Perguntou.

Revirei os olhos pela décima quinta vez e neguei com a cabeça.

– Estamos em um pântano. Você quer que eu cace o que? Jacarés? - Desdenhei, fazendo um gesto irônico com as mãos.

– Bem... Você ainda pode caçar... sei lá, o que você costumava caçar... Humanos. - Afirmou. - Eles não vão te prender duas vezes, acredite.

Senti meu rosto esquentar em fúria. Não, ele não acha mesmo que eu caço humanos! Não mesmo!

– Talvez eu devesse começar por você, caçadorzinho pedante. - Resmunguei. - Acho que posso até morrer de tanto veneno irônico que escorre nessas veias.

Seus olhos brilharam em um fulgor desconhecido. Ele ergueu-se em um pulo e caminhou até mim.

– É uma ótima ideia! - Exclamou, puxando a manga da camisa de botões negra. - Só evite deixar cicatrizes, presas, porque...

– Não, espere! - O afastei. - Eu estava brincando, idiota!

– Ah. - Pareceu ficar decepcionado. - Me pareceu uma ideia tão boa. Você precisa de alimento e eu juro que sou Friboi. Ande, eu nunca servi como alimento para um vampiro! Deve ser algo bem interessante!

~||~


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Notas finais do capítulo

E então, mereço reviews?

Beijões

Psicoticamente, A.



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