Chains escrita por Priy Taisho


Capítulo 41
Capítulo 40 - Fronteira Leste


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Capítulo reescrito em 27//07/2021.
Aviso brevemente que este capítulo possui hentai (talvez não tão bom quanto o esperado, mas me empolguei reescrevendo ahahaha)
Capítulo dedicado à HarryCherry, obrigada pela recomendação.
Sem mais delongas,
Boa leitura!



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Fronteira Leste

A Hyuga estava surpresa pela abordagem. Era a primeira vez, em semanas, que ela e Naruto ficavam a sós.

Os olhos perolados eram fáceis de serem lidos, mesmo que o rosto de Hinata se mantivesse ilegível por puro capricho. Ela sabia da capacidade de Naruto para lê-la e por isso, aguardou em silêncio e com os braços cruzados acima dos seios.

Não facilitaria para ele.

A presença dela no castelo Uchiha tinha sido requerida por Neji. Uma mensagem de fogo que exigia que ela fosse até o encontro dele e de Tenten o maís rápido que pudesse.

— Pretende ficar me encarando ou vai dizer algo? – Disse Hinata. O tom de voz dela era manso, mas não trazia carinho algum. Ela deixava claro que aquela situação era um incomodo.

— Precisamos conversar. 

Abordar Hinata naquele momento não tinha sido uma das melhores ideias de Naruto. Ele não conseguia tirar de sua mente a lembrança dos últimos dias. 

A forma com que Sasuke e Sakura pareciam sofrer, era semelhante ao que ele sentia em relação à Hinata, mesmo que já não tivesse certeza sobre ela.

— Não tenho tempo para este tipo de conversa — Hinata declarou antes de erguer as barras do vestido preto e seguir para o caminho que estava atrás de Naruto.

— É sempre assim, não é? — Naruto questionou virando-se para ela. Ele conseguia notar a tensão nos ombros de Hinata mesmo que não fosse capaz de ver o rosto dela. — Nenhum de nós tem tempo.

— Eu não preciso perder tempo com uma situação que não vejo solução — Hinata replicou entredentes. A mágoa em suas palavras atingiu Naruto. — Queremos coisas diferentes agora, Naruto.

— Pare de fingir que é inalcançável — O Uzumaki ralhou dando um passo na direção da mulher que não se moveu. — Pare de fingir que nada te atinge...

— Você já conseguiu me alcançar — Hinata mal piscava enquanto dizia tais palavras. — Já foi capaz de me atingir...

— Nunca seria capaz de ferir você.

— Porque você não é mais a fraqueza do meu coração — A Hyuga disse duramente. E mais uma vez os olhos dela entregavam a amargura que Hinata escondia.

— Então tudo o que sentia por mim era uma fraqueza? — Os olhos azulados de Naruto ficaram foscos. A voz dele era baixa, inquisitiva, indignada.

— Não somos tão diferentes assim — Hinata rebateu com acidez. — A minha fraqueza pode ser esse maldito sentimento, mas a sua está na sua palavra. Você não mente, Naruto. E por isso é tão difícil odiar você.

— Não vamos terminar assim.

— Essa é mais uma de suas promessas que você levará a eternidade para cumprir? — O ataque de Hinata, dessa vez, não tinha sido sútil.

— Fiz uma promessa de que protegeria Sakura até que fosse necessário.

— E você prometeu que me amava — A voz de Hinata subiu algumas oitavas. Mentalmente, ela agradeceu por ter apenas ela e Naruto naquele corretor. — Não faça promessas que não pode cumprir, Naruto. 

— Prometi que voltaria pra você.

— E sumiu por milhares de anos em busca da sua protegida — As mãos de Hinata fecharam em punhos. — Não finja que...

— Você tinha obrigações com a sua família. Não podia ir comigo. 

— Eu sempre disse que não me importava!

— Estava disposta a abandonar tudo, Hinata? — Naruto questionou com frustração. — Francamente, você estava disposta a abandonar todo o seu poder por mim?

Hinata o encarou em silêncio. Os olhos perolados estavam marejados e alguns fios de seu cabelo fora do lugar. Ela mantinha os lábios pressionados em uma linha rígida e, pela primeira vez desde que haviam embarcado naquela conversa, ela não tinha respostas. 

— Eu jamais pediria isso a você — Naruto enfatizou aproximando-se mais uma vez. — Você é a próxima na linha de sucessão do clã Hyuga. 

— Não ligo para o trono. 

— E eu não posso deixar que você cumpra minhas promessas. 

Eles se encararam em silêncio e lentamente abraçaram um ao outro. Havia receio, desconfiança e a sensação de que seriam apunhalados pelas costas no início.

Logo veio a nostalgia, o remorso, a pressão no peito que insistia para que dissessem algo.

— Até quando ficaremos assim? 

— Espero que não seja por centenas de anos.

— Não estou falando sobre o abraço — Naruto riu baixo e pela primeira vez, pode ouvir Hinata rir também.

— Nem eu — Ela ergueu o rosto para encará-lo e pode sentir a respiração de Naruto batendo sutilmente contra sua pele. — Estou falando sobre nós dois. 

— Não quero ser a fraqueza no seu coração — Naruto sentiu o coração acelerar e sem perceber, aproximou seu rosto lentamente do de Hinata.

— Isso é o que acontece quando um Hyuga se apaixona... Ele se torna fraco — Hinata sorriu de canto e antes que Naruto pudesse protestar, ela o beijou.

X-X-X

 Após superar a vergonha e os olhares debochados de Naruto, o que sobrou para mim foi a nostalgia.

Eu nunca saberia explicar com palavras a sensação quente em meu estômago e a forma com que minha mente vasculha cada rastro de memória para compará-la com o que meus olhos estão vendo. 

Meu quarto é um bom exemplo disso. Sasuke havia mantido cada pedaço intacto, assim como a última vez em que eu estive nele. 

Os mesmos produtos estavam sobre a penteadeira, a mesma cama com armações retorcidas na cabeceira, o mesmo roupeiro com as infinitas roupas que eu, talvez, nunca voltasse a usar. 

Ainda assim era possível notar pequenas mudanças. Um pedaço da parede que estava descascando, tão insignificante que Sasuke só foi capaz de notar porque me viu andando de um lado ao outro no quarto em busca dessas modificações.

De provas de que o tempo havia realmente mudado.

Ele me confessou que a minha antiga cama tinha sido trocada. Com o tempo, as flores de metais na cabeceiras haviam enferrujado e ele buscou os melhores ferreiros para reproduzir uma semelhante. 

— Não teria notado a diferença, se não tivesse me dito — Confessei olhando para o móvel por um longo instante. — O que mais mudou?

— Há alguns anos o castelo sofreu de pequenas inundações — Sasuke olhou para o teto e eu fiz o mesmo que ele. — Toda essa estrutura é nova — Ele suspirou.

— Por que fez isso?

— Em partes porque sou egoísta — Sasuke confessou levantando-se da cama para me abraçar por trás. As mãos dele me apertavam sutilmente. — Quando tudo se resolver, quero ter a chance de voltar de onde paramos.

— E como não podemos voltar ao passado...

— Eu o mantive. Ao menos aqui — Ele completou em um sussurro. — A outra parte é que eu sabia que o castelo sofreria com muitas mudanças, a tecnologia e quis manter um lugar em que você se sentisse em casa. 

— Eu estou em casa — Olhei para Sasuke por cima do meu ombro e sorri. — Mas acho que teremos que fazer algumas mudanças por aqui... No futuro. 

— Essa é uma conversa que estou interessado em ter — Sasuke beijou-me levemente e me fez rir. A nuvem de preocupação que o assombrava desapareceu por um momento. — Agora vai me dizer por que está tão preocupado?

— Acho que tenho motivos o suficiente para isso — Sasuke respondeu em um resmungo. Ele depositou um beijo na base de meu pescoço e se afastou para sentar na beirada da cama. Fiz o mesmo. — Orochimaru está procurando por você.

— Isso não me parece uma dúvida.

— Não é — O semblante de Sasuke endureceu. — Tenho informações sobre uma movimentação estranha em nossas fronteiras nós últimos dias. Homens desaparecendo, desenhos que aparecem em nossos muros sem quaisquer explicações...

— Acha que são avisos?

— Sim — Sasuke engoliu em seco e entrelaçou seus dedos. — Temos um exército, Sakura. Mas quantos desses homens realmente são guerreiros? 

— Por que está dizendo isso, Sasuke?

— Você não devia conseguir se infiltrar na floresta pela lateral do castelo. Naquela vez em que veio me ver. — Sasuke me olhou com seriedade. — Eu não devia conseguir pular a janela do meu quarto e encontra-la sem ver, ao menos, um guarda. 

— A segurança do castelo é uma das mais rígidas que existe. 

— Mas não estávamos prontos para um ataque — Sasuke me contradisse. — Mesmo com as tensões de guerra...

— Ninguém pensa que o castelo será atacado diretamente — Completei entendendo o que ele queria dizer. — Sasuke...

— Mandei reforçar todas as fronteiras e dobrei o número de guardas que estão patrulhando o palácio — Ele explicou e em seguida suspirou. — Fiz a mesma coisa com o esconderijo subterrâneo e nossos armazéns. 

— Você fez o certo. 

— Há algo errado, Sakura — Sasuke me encarou e aquiesci. — Não podemos ser pegos de surpresa. Sei que você já disse tudo o que sabia sobre os guerreiros de Orochimaru, mas se tiver algo, qualquer coisa que achar relevante não hesite em me dizer. 

 — O aviso de Sasori sobre a Tenten...

— Fiquei surpreso com isso, na verdade — Sasuke Confessou antes de se levantar da cama.

Sasuke franziu o cenho levemente e caminhou até a janela, a brisa bagunçou seu cabelo e ele ficou quieto pelo que me pareceu uma eternidade.

— Eu acredito quando você diz que ela é importante — Sasuke disse sem me encarar. Seus olhos estavam focados nos guardas que passavam abaixo de nossa janela naquele momento.  — Mas não vi nenhuma utilidade nela quando decidi trazê-la até aqui. 

— O que?! — Sasuke certamente se incomodou com o aumento em minha voz, mas não esboçou nenhuma reação. — Ela é a filha da Midori...

— Ela é uma garota perdida, Sakura. 

— Tenten não...

— Não estou dizendo que ela é inútil — Sasuke interrompeu meu protesto e virou-se na minha direção. — Tenten não tem nenhuma família viva, até onde sabemos. 

— Ela me disse que foi criada com os avós.

— Estão mortos — O choque em meu rosto não foi capaz de desestabilizar a expressão ilegível de Sasuke. — Pedi para que investigassem a vida dela antes de sairmos do mundo humano. A família adotiva dela morreu em um ataque sob circunstâncias misteriosas...

— Você contou isso à ela?!

— Não — Sasuke cruzou os braços sob o peito. — Não tenho nenhum tipo de vínculo emocional que faça com que a notícia soe menos... Assustadora para ela. 

 — Ela precisa saber. 

— Por isso contei aos Hyugas hoje, durante a nossa reunião — Sasuke me disse com paciência. — Eles são os responsáveis por ela no momento.

Aquiesci, embora uma parte minha se sentisse culpada por não ter tido a chance de ajudar Tenten naquele momento. 

 — Acha que devo ir falar com ela agora?

— Ela é sua amiga. Como acha que ela lida com o processo do luto?

Baixei os olhos enquanto refletia sobre as palavras de Sasuke. A última coisa que Tenten precisava no momento era de alguém como eu em cima dela.

— Falarei com ela pela manhã — Murmurei com um suspiro. — Acha que eles estavam procurando por informações, Sasuke? — Ele aquiesceu e não pude conter um palavrão. 

 — Essa é a única coisa da qual não tenho dúvidas. 

 Fechei minhas mãos em punhos e soquei minha perna na esperança de que aquilo aliviasse a onda de estresse que havia em meu corpo.

— Essa não é a solução...

— Então você tem uma solução para isso, Sasuke? — Rosnei e me levantei. Havia uma adrenalina em meu corpo que me impedia de ficar parada. — Não há como vencermos sem uma batalha. Uma merda de guerra depois de tantos séculos de paz!

— Vamos fazer o que for necessário para acabar com isso — Sasuke aproximou-se de mim, mas fiz um gesto de que não queria que ele me tocasse naquele instante. Eu estava possessa. 

— Vai dizer isso para cada um que morrer durante o conflito? — Meus olhos ardiam. — Vai dizer isso para os familiares e dar a eles moedas de ouro para compensar o vazio? — Cuspi as palavras e me arrependi no momento em que vi algo na expressão de Sasuke mudar. — Sasuke, eu...

— Não sou o seu inimigo, Sakura — Sasuke me interrompeu com seriedade. Ele não estava agindo como o Sasuke próximo a mim, mas como o líder que havia sido instruído para ser. — E não ouse falar como se eu estivesse pronto para sacrificar o meu povo. 

— Eu não quis dizer isso...

— Você quis ser cruel no que disse — Sasuke rebateu minhas palavras. O tom de voz dele era baixo e seus olhos sérios. — Sei que está frustrada, mas lembre-se que somos aliados. 

Baixei meus olhos e respirei fundo. Eu tinha sido uma completa idiota na minha escolha de palavras.

— Me desculpe — Olhei para Sasuke com o máximo de sinceridade que pus. — Estava frustrada.

O Uchiha me encarou em silêncio por longos instantes antes que nós aproximássemos. Os braços de Sasuke envolviam o meu corpo quando ergui meu rosto na intenção de beijá-lo.

Ainda havia resquícios de raiva em nossos corações, mas nossos corpos se entrelaçavam com volúpia. As mãos dele apertavam meu quadril, impulsionando-me contra ele com desejo e me fazendo arfar enquanto sua língua brincava com a minha de uma forma inebriante.

Sasuke me prendeu contra a parede, impulsionando meus quadros para cima até que minhas pernas estivessem enlaçadas em sua cintura. Meu pé bateu em um dos vasos de porcelana que estavam sobre um aparador perto da janela e o barulho dele espatifando contra o chão foi abafado pelo gemido de Sasuke enquanto eu mordiscava seu pescoço pouco antes de abrir a camisa que ele trajava sem cerimônia alguma.

— Não estou mais machucada — Murmurei enquanto arrastava minha unha do dedo indicador sobre a pele dele, deixando-a vermelha por instantes. — O que vai te impedir agora? — Senti o aperto de Sasuke em minha bunda e sem esperar por uma resposta, ele me beijou novamente, suas mãos subindo pela lateral das minhas costelas e rasgando os fechos do meu vestido.

Sasuke livrou-me do tecido sobre meus ombros, beijando e lambendo a minha pele a medida que a revelava, direcionando suas carícias para o vale de meus seios. 

— Não sabe por quanto tempo esperei por isso — Sasuke murmurou antes de lamber um dos meus seios demoradamente. Eu conseguia senti-lo entre as minhas pernas também, pressionando-se contra a minha intimidade para me provocar. — Para ouvi-la gemer o meu nome de novo, Sakura — Ele soprou meu mamilo esquerdo levemente antes de abocanha-lo.

Sua mão livre apertava meu seio direito, deixando a pele vermelha antes de puxar o tecido do vestido, deixando-o apenas sobre os meus quadris. 

— Também gosto de ouvir você — Murmurei inclinando-me sobre Sasuke apenas para aproximar meus lábios de seu ouvido. Sentir que a pele dele se arrepiava com aquele breve contato me fez sorrir. — Sasuke — Dizer o nome dele era proposital, mas o gemido me me tomou fora completamente involuntário. A mão de Sasuke que antes acariciava meu seio havia descido por minha coxa e acariciava meu ponto mais íntimo por cima da calcinha. 

Arranhei suas costas e fechei os olhos por um breve momento, sentindo a trilha de beijos que Sasuke distribuiu por minha pele, pescoço, lóbulo e maxilar. A sensação de que seus lábios estavam levemente pousados sobre os meus me fizeram abrir os olhos. 

— Quero ver seus olhos — Ele passou a ponta da língua pelo meu lábio inferior delicadamente. O seu movimento era semelhante ao ritmo de sua mão que continuava a me acariciar por baixo dos tecidos remanescentes de meu vestido. — Enquanto eu fodo você, Sakura. Quero ver seus olhos. — Arfei sentindo a ponta de seus dedos contra a minha pele. Sasuke apertou e arranhou a pele entre minhas coxas com a ponta da unha antes de afastar o tecido de minha calcinha e massagear meu clitóris com empenho. 

O desejo por Sasuke refletia em todas as partes do meu corpo. Desde minha pele arrepiada, minha respiração descompassada, meu coração acelerado, meus lábios que clamavam por cada toque dele mesmo que demorado, mesmo que torturante, mesmo que o ritmo fosse apenas um pretexto para que cada um de nós implorasse por mais. 

Eu senti a pele dele se arrepiar quando eu baixei minha mão direita pelo pequeno vão entre nós, o corpo de Sasuke ainda me mantinha firme contra a parede e ele havia tomado meus lábios mais uma vez quando sentiu meu toque sobre seu membro. Era sutil, uma carícia mais comedida em relação ao que ele fazia em mim.

— Porra, Sakura — A revolta em suas palavras foram acompanhadas de uma mordida dos meus lábios e de um suspiro pesado que me fez rir. — Que tipo de feitiço você fez em mim? — Ele murmurou roçando o nariz no meu por um momento. — Porque eu quero tanto você... 

— Deve ser o mesmo que você fez em mim — Sorri de canto e aproximei meus lábios dos de Sasuke apenas para chupar seu lábio inferior. — Porque eu também quero você, Sasuke. — Me afastei de seus lábios e me aproximei de sua orelha para dizer: — Dentro de mim.

Aquilo foi o suficiente para que Sasuke me puxasse e me jogasse sobre a cama, da maneira eufórica que costumávamos fazer quando éramos mais novos. Em minhas outras vidas

Meus dedos tremulos o ajudavam com suas roupas, enquanto que paras minhas, apenas alguns puxões bastaram para que o tecido se desfizesse nas mãos dele. 

— O meu vestido — Ralhei antes que Sasuke me cobrisse com seu corpo mais uma vez. 

— Te comprarei quantos quiser — Ele murmurou antes de me beijar novamente. O acesso de suas mãos estava livre por meu corpo, apertavam minhas pernas, marcavam minha cintura. — Apenas para rasga-los depois, minha imperatriz. — Não consegui continuar com a minha expressão de falsa revolta, pois enquanto se preparava para abocanhar meu seio novamente, a mão de Sasuke furtivamente voltou para o meio de minhas pernas e seus dedos me penetraram lentamente, me fazendo arfar e impulsionar meu corpo em sua direção em busca de mais. 

 — Faça o que quiser comigo, majestade — Mordi o lábio inferior e reprimi um gemido.

O que eu quiser?

 Um arrepio percorreu minha pele ao ouvir a pergunta de Sasuke. Ele me beijou demoradamente antes de lamber a lateral do meu pescoço e trilhar um caminho com saliva por meu corpo, contornando meus seios, meu abdômen e meu baixo ventre com lambidas demoradas antes de contornar meu clitóris com dedicação.

Prendi a respiração e apertei os lençóis entre os meus dedos enquanto sentia os dedos de Sasuke me penetrarem com força, ao mesmo tempo em que sua boca me estimulava com tamanho desejo que enlacei meus dedos em seu cabelo para incentiva-lo a permanecer ali.

A língua de Sasuke fazia pequenos círculos em meu ponto íntimo. As vezes lentamente, enquanto seus dedos se movimentavam com velocidade e as vezes rapidamente, enquanto seus dedos iam e vinham devagar. 

Seus olhos, no entanto, permaneciam sobre os meus. Cada resposta para seus estímulos o faziam continuar. Quando meus olhos de fechavam Sasuke diminuía o ritmo e quando eu o encarava, ele aumentava a intensidade, motivado pela forma com que meus olhos enevoados o encaravam em uma suplica silenciosa por mais. 

Quando meu ápice estava próximo, Sasuke aumentou o ritmo, apoiando meus quadris com a mão esquerda enquanto aumentava a intensidade de seus movimentos em mim. Era impossível de reprimir os meus gemidos e os espasmos que tomavam meu corpo, mas Sasuke manteve-se ali até ter certeza de que deu havia chegado ao primeiro clímax da noite.

Minha pele formigava e meus lábios entreabertos formaram um sorriso pequeno quando notei que Sasuke levava os dedos que estavam em mim para sua própria boca. 

A atração que sentíamos era avassaladora. Eu não queria mais nada a não ser estar ligada à Sasuke de todas as formas. Eu o queria. E era mutuo. Sempre foi.

O puxei em minha direção, beijando-o rapidamente antes de inverter as nossas posições. 

— É a minha vez de fazer o que quiser? — Perguntei sentindo suas mãos sob minhas panturrilhas. — Majestade? — Mordisquei o lábio de Sasuke e me sentei sobre ele, sentindo seu membro rígido contra mim, embora eu não precisasse senti-lo para ler as expressões dele.

— Faça o que quiser — O sorriso de canto dele me fez ter vontade de beija-lo. E eu o fiz, arranhando a pele de seu peito com minhas unhas e pressionando meu corpo contra ele.

Beijei o maxilar de Sasuke, o pescoço e distribui beijos em seu peito, mordiscando a pele dele da mesma forma com que Sasuke fez em mim.

 As mãos de Sasuke apertaram minhas coxas mais uma vez e ele me pressionou contra si, após um suspiro abafado.

A mão esquerda dele passeou pela lateral do meu corpo, apertando minha cintura antes descer para os meus quadris.

As segurei e levei ambas em direção aos meus seios, enquanto rebolava demoradamente sobre Sasuke. Algo na expressão dele soava como um aviso de que eu estava prestes a provoca-lo além do limite.

O Uchiha arqueou as sobrancelhas e eu apenas me limitei a beijar seu pescoço, pressionando meus seios contra seu peito, beijei seu abdômen definido deixando uma trilha de saliva por onde meus lábios passaram e vi o olhar extasiado de Sasuke assim que eu toquei em seu membro, masturbando-o lentamente.

— Olhe para mim, Sasuke. – Murmurei quando ele fez menção de fechar os olhos. – Você gosta disso, não é? – Perguntei de forma inocente acelerando o ritmo e em seguida movimentando seu pênis devagar. Os lábios dele estavam entreabertos e ele não fazia questão de esconder seus gemidos, que aumentaram assim que encostei meus lábios em seu membro, chupando-o vagarosamente como ele tinha feito comigo.

Os dedos dele se enroscaram em meu cabelo e embora estivesse tentado, Sasuke deixou que eu determinasse o meu próprio ritmo, enquanto sua respiração tornavam-se cada vez mais acelerada e seu corpo tinha pequenos espasmos. 

Os olhos de Sasuke estavam nublados, mas ele não desviou sua atenção de mim por nenhum momento. 

Ele me puxou para si e inverteu nossas posições, beijando-me com ardor antes de me penetrar lentamente. 

Gemi, parte dele sendo abafada pelos lábios de Sasuke sobre os meus. Ele mantinha seus olhos fixos no meu, enquanto aumentava a velocidade de suas estocadas com o pouco controle que ainda lhe restava. 

Sasuke voltou-se para o meu pescoço e o chupou lentamente, mordiscando-o antes de voltar sua atenção para os meus seios. 

— Por que demoramos tanto para fazer isso? — Perguntei fechando os olhos por um momento. O aperto de Sasuke em meus quadris e a forma com que ele trocou nossa posição me fizeram rir baixo. 

— Quero ouvir você — Sasuke murmurou enquanto encaixava-se atrás de mim. Suas mãos impulsionavam meu quadril em direção ao seu membro e o queixo de Sasuke apoiou-se contra o meu ombro. — Quero saber se está gostando, Sakura.

Gemi, sentindo o aperto de Sasuke em meus quadris e arfei ao sentir uma de suas mãos passeando por minhas costelas até que agarrassem um dos meus seios. 

Ouvir os sussurros de Sasuke em meu ouvido me causavam arrepios. Os seus toques em minha pele me deixavam em combustão. Eu o queria cada vez mais, mesmo quando sentia que estava prestes a chegar no clímax novamente. 

Sasuke se afastou de mim para me virar em sua direção e com seus olhos fixos nos meus, o ritmo da estocadas acelerou. Nossos corpos estavam suados, nossa respiração entrecortada e todas as nossas emoções estavam amplificadas pelo desejo (e principalmente, pelo pacto). 

Sasuke entreabriu os lábios e apertou meu rosto como se estivesse prestes a dizer algo, mas balancei a cabeça negativamente, apenas pedindo com meus olhos para que ele não dissesse nada.

Sasuke dera mais três estocadas fortes antes do clímax nos atingir. Estremeci enquanto o calor percorria meu corpo e aos poucos dissipava-se em minha região mais intima, o meu coração batia desenfreadamente, mas mantive meus olhos abertos, fixos nele até que tudo o que restasse fosse apenas nossos corações acelerados. 

Sasuke nos cobriu com o lençol e abraçou-me, acariciando meu cabelo e eu me concentrei em ouvir as batidas de seu coração.

— Você vai dormir? – Murmurei fechando meus olhos. Estava cansada, embora não estivesse com sono.

— Não – Sasuke respondeu-me baixo. – Nunca entendi o porquê de você gostar tanto de dormir.

— Podemos sonhar. – Respondi abrindo os olhos e ergui o olhar para observar suas feições. Sasuke observava o teto do quarto e parecia pensativo. – Você não gosta?

— Só consigo dormir quando você está por perto. – Respondeu ele calmamente e eu sorri, dando um beijo em seu peito antes de me deitar novamente. – E eu não quero dormir.

— Tudo bem. – Concordei sem vontade alguma de continuar questionando sobre sua aversão ao sono. – Então vamos ficar quietinhos. – Murmurei aconchegando-me em seus braços, disposta a aproveitar as carícias que ele estava me proporcionando. – Somente nós e o silêncio, é, eu estou disposta à isso.

— Sakura, você não cala a boca?

— Quanta grosseria.

— Irritante.

Não disse nada, mas foi inevitável não lembrar dos momentos que passei enquanto estava com Orochimaru. Não dormi, nenhum segundo sequer. Permanecia sentada sobre a cama no quarto, minha espada ao meu lado pronta para ser usada, os ouvidos atentos a qualquer barulho que denunciasse um ataque.

Sasuke passava pela mesma coisa, embora nunca houvesse admitido isso. Ele temia que a inconsciência o deixasse vulnerável e mesmo que dormisse algumas vezes, não era sua primeira opção.

Passamos horas em silêncio. Eu sentia os toques de Sasuke em minha pele e mesmo que gostasse de nossas conversas, o silêncio entre nós era confortável. 

— Sakura?

— Hm?

— Tem alguém vindo para cá. – Murmurou Sasuke e eu abri os olhos. Olhei para a janela e ainda estava escuro. – Diretamente para cá – Ele continuou com seus braços ao redor do meu corpo, embora estivesse atento aos passos que ecoavam nos corredores.

Fiquei quieta, atentando-me aos passos que ficavam cada vez mais altos. Quando a pessoa estava em frente a porta, afastei-me de Sasuke e procurei minhas roupas pelo quarto. 

Sasuke apenas abriu a porta quando nos estávamos cobertos pelos roupões que ele encontrou no guarda-roupa.

— O que quer aqui, Itachi? – Perguntou ríspido e eu caminhei até parar ao seu lado. Itachi estava sério, o cabelo preto preso em um rabo de cavalo e os olhos vermelhos me analisaram por um momento. Sasuke colocou-se em minha frente e eu revirei os olhos.

— Desculpe atrapalhar a festinha de vocês – Ele disse e um sorriso rápido brincou em seus lábios. — Estamos sendo atacados.

A sensação de que tínhamos ido de um extremo ao outro colaborava com a estranheza de nossas ações. Eu conseguia ouvir as pessoas indo em direções opostas as nossas, os pedidos urgentes de que os civis que trabalhavam no castelo deveriam ir para os túneis subterrâneos e aguardar por possíveis ordens de evacuação.

— Onde está a Tenten? — Perguntei para Itachi enquanto meus olhos vasculhavam o fluxo de pessoas em busca da Mitsashi.

— Está protegida — Itachi respondeu-me olhando rapidamente em minha direção. — Não se preocupe.

 As ordens de Sasuke sobre os reforços nas entradas do castelo eram o que me preocupava. A possibilidade de que o ataque na fronteira Leste fosse apenas uma distração para algo maior era uma de nossas melhores teorias.

Saímos do castelo em um rompante, correndo junto de soldados para a fronteira Leste no mesmo instante em que houve uma explosão. Alguns dos homens olharam em direção as chamas e pareceram vacilar, mas voltaram a correr ao ouvir o comando de Itachi. Sasuke estava à frente e permanecia em silencio, as sobrancelhas franzidas, os olhos atentos a qualquer movimento que fosse suspeito.

Eu sabia que ele também conseguia sentir o cheiro dos lobos, eles ficavam mais fortes a cada passo que nós dávamos. Senti também o cheiro de um ser em particular e me preocupei, um dos principais peões de Orochimaru estava bem à nossa frente.

— Vossa realeza! – A voz estridente e debochada de Suigetsu atingiu meus tímpanos como facas. — Sakura, que prazer em revê-la!

Suigetsu sorria animado e apoiava a espada com tamanho descomunal em suas costas, sua largura era do tamanho do meu antebraço e quando fincada no solo seu comprimento ia até a altura dos ombros de Suigetsu. A lâmina estava suja de sangue e pingava, ele não parecia incomodado com isso. Aos seus pés jaziam partes dos membros de alguns dos guardas, os lobos o rodeavam protegendo-o de qualquer ataque.

— Shikadai – Murmurei observando a criança que estava amarrada à um lobo. O garotinho chorava baixo, embora tentasse manter a compostura. Seu rosto estava sujo de lama e sangue, mas ele não parecia ferido. — Solte a criança, Suigetsu — Falei olhando para o vampiro com o máximo de indiferença que consegui.  

— Ah, isso? Te incomoda, Sakura? – O homem de cabelos platinados olhou para o garoto com um sorriso ladino. – É minha garantia de que meu comunicado será ouvido.

— O que tem a dizer? – Sasuke questionou ao notar que minhas mãos começavam a se fechar em torno do punho da espada. - Não costumo ser paciente com invasores, então seja rápido. —  Tive certeza de que Suigetsu conseguiu sentir a ameaça por trás das palavras de Sasuke, pois assim que o Uchiha proferiu a última palavra o olhar de Suigetsu tornou-se atento e o sorriso desapareceu de seus lábios.

— Um dos primeiros avisos é de que traidores não serão perdoados, mesmo que seja uma excelente guerreira — Suigetsu olhou para mim, mas manteve um tom de voz neutro. — É hora de voltar, enquanto ainda há uma alternativa para você. Não restará muito deste lugar para que você chame de lar, Sakura.

Nada respondi, mas senti que Sasuke havia ficado tenso ao meu lado. Os lobos que estavam à sua frente rosnaram quando Sasuke deu um passo em direção à Suigetsu.

— Não posso me esquecer da garota cigana — Os olhos liláses de Suigetsu passearam por nossos soldados em busca de Tenten. Ele parecia genuínamente decepcionado. — É uma pena que ela não esteja aqui, facilitaria para todo mundo. – Rosnei ao ouvir a menção dele sobre Tenten. Levei minha mão direita instintivamente até a espada, mantive meus olhos fixos no homem, embora estivesse procurando uma alternativa de tirar Shikadai do fogo cruzado o quanto antes. – Como prova de que ele é um oponente justo, adiará o primeiro ataque caso suas exigências sejam cumpridas.

— Você acha que elas estão em negociação? – Itachi tomou a frente pela primeira vez. Sasuke o encarou de relance e permaneceu em silencio. Ao seu lado estava uma vampira loira que segurava o punho de sua espada com força, o maxilar dela estava trincado e seus olhos estavam fixos no garotinho. Ele, por sua vez, esfregou as palmas das mãos nos olhos e tentava controlar sua respiração.  — Fora de cogitação.

Deixei que meus olhos vagassem para o lobo que estava ao lado de Shikadai. Não me surpreendi ao encontrar os olhos dele fixos em mim, ele exibiu seus caninos e fez menção de avançar em mim. Eu pude reconhecer aquela postura exibicionista, Paul mais uma vez vinha se mostrando uma das marionetes principais de Orochimaru.

— Quem é você? – Sasuke perguntou em um tom desinteressado. Os olhos dele estavam vermelhos e ele já estava pronto para um ataque. – Um peão prepotente que acha que pode invadir meu território e fazer exigências.

— Meu nome é Suigetsu Hozuki, vossa realeza. – Suigetsu fez uma breve reverencia e o sorriso debochado voltou ao seus lábios, seus olhos lilases brilharam com expectativa. – Há pouco mais de vinte anos, eu trabalhei para o Rei Fugaku. – Ele chutou a cabeça de um guarda e ergueu os olhos para Sasuke. - Minha missão era garantir que a cabeça de sua mãe continuasse sobre o pescoço.

Sasuke avançou e sua espada colidiu com a de Suigetsu. Ele chutou uma das pernas do Hozuki e por pouco a lamina da espada de Suigetsu não atravessou seu pescoço. Sasuke acertou-lhe o braço e girou o punho a tempo de defender-se de mais uma investida mortal de Suigetsu, a lâmina fez um corte na bochecha do Uchiha e eu instintivamente ergui minha mão até minha bochecha. Rosnando, Suigetsu atacou Sasuke mais uma vez e ele desviou, aproveitando a deixa para chutar o abdômen do Hozuki e arremessá-lo contra uma árvore.

— SAKURA! – O grito de Naruto despertou-me de um transe. – CUIDADO! – Abaixei no mesmo instante em que um lobo saltou por minha cabeça.

Saquei minha espada e olhei para o lobo negro que flexionava as patas dianteiras. Havia uma corda solitária partida na pata onde há poucos instantes Shikadai estava preso. Aos ver os caninos do lobo sujos de sangue, avancei com a intenção de decapitá-lo.  Ele cravou os dentes em minha espada e tentou puxá-la, agarrei a lâmina com força, meus dedos sangravam e eu não tive escolha a não ser solta-la. Aproveitei a distração dele para chutá-lo, arremessando-o para cima e em seguida em direção à uma arvore, Paul atingiu um lobo menor que estava lutando com um dos guardas e levantou-se rugindo enquanto corria em minha direção.

Agarrei minha espada as pressas e corri para o interior da floresta. Paul estava atrás de mim, eu conseguia ouvir suas patas quebrando os galhos e antes que eu me virasse senti suas patas contra as minhas costas, derrubando-me no chão. A espada que eu segurava escapou por entre os meus dedos e a lateral de meu rosto colidiu com uma rocha, o sangue quente escorria por minha bochecha. Levantei-me olhando ao redor a procura do lobo.

Um barulho à minha direita fez com que eu me virasse, usando o cotovelo acertei o rosto de Paul, que estava em sua forma humana. O nariz dele estava sangrando e ainda assim, ele sorriu. Com o punho acertou meu rosto e puxou meu cabelo com violência, desferindo um golpe em minha cabeça; chutou-me e meu corpo rolou até bater contra uma pedra.

— Eu não sei como você consegue continuar viva. – Disse aproximando-se de mim com curiosidade. – Devia ter te matado daquela vez.

— Devia ter me matado agora. – Retruquei agarrando-o pelo calcanhar e derrubando-o no chão. Levantei-me e desferi um chute em suas costelas, ele gritou e cuspiu sangue, suas mãos estavam transformadas em garras e ele as cravou em minha coxa, gritei afastando-me em um rompante.

O imbecil arremessou uma das rochas em minha direção e eu tive de me esconder atrás de uma arvore para que eu não fosse acertada. O ferimento em minha perna doía, mas não me impossibilitava de lutar.

— Acha que vai se esconder, Haruno? – Paul agarrou meu pescoço e me ergueu enquanto pressionava meu corpo contra a arvore. – Onde está o soldado sanguinário que Orochimaru tanto fala?

Sanguinário.

Paul socou meu rosto com violência e eu cuspi sangue, enquanto as palavras dele ecoavam em minha cabeça. Ele me bateu novamente, minha visão oscilou, mas eu não conseguia reagir. Algo parecia ter estalado em minha mente.

— Você é fraca. – Ele socou meu rosto mais uma vez, mas eu não me mexi. Continuei a observá-lo, enquanto ele parecia surpreso por minha reação. O aperto em meu pescoço se intensificou e eu entreabri meus lábios. – Por que está sorrindo? Vou matar você.

— Vou te contar um segredo, Paul. – Sussurrei mantendo o sorrisinho cínico em meus lábios. O aperto em minha garganta se intensificou, mas não me importei. – Se quiser me matar, vai ter que fazer muito mais do que apenas falar. – Ergui meu braço e o soquei, chutando seu abdômen em seguida. Ele ergueu o rosto desnorteado e eu o acertei com o cotovelo, quando Paul fez menção de cair segurei sua cabeça e a levei de encontro com o meu joelho.

Rolou pelas folhas secas e apoiou-se em um dos braços, enquanto vomitava sangue no chão. Levantou-se cambaleante e fez menção de correr, mas eu fui mais rápida. Segurei seu braço esquerdo e com um movimento brusco o quebrei, o lobisomem urrou, chutei suas costelas e agarrei seu pescoço como ele tinha feito comigo. Paul colocou a mão direita sobre a minha, tentando impedir meu que eu aperto se intensificasse.  

Paul rosnou e seus olhos ficaram amarelados, suas garras furaram meu antebraço e a intensidade de meu aperto em seu pescoço diminuiu. Antes que Paul se transformasse eu impulsionei seu corpo contra uma arvore, ele caiu de bruços, tossindo e engasgando-se com o próprio sangue. Aproximei-me dele e com um puxão virei seu corpo para cima.

— Você é um demônio... – Ele rosnou baixo, sua respiração era irregular e as batidas de seu coração estavam rápidas demais. – Uma...

— Sou a chave para a paz e a catalisadora para a destruição. – Afirmei encarando Paul com pena. O rosto dele estava inchado, por seus lábios corriam sangue e ele mal conseguia respirar. Toquei seu rosto com ambas as minhas mãos, ele tentou fugir do meu toque, mas eu apenas intensifiquei o aperto de meus dedos contra sua pele ferida. – Todos temos escolhas, Paul. Eu escolhi o lado certo. – Ele rosnou e eu o encarei enjoada. – Você devia ter feito isso também. – Murmurei apertando ainda mais o aperto de meus dedos em sua pele. Quebrar o pescoço dele seria a melhor opção.

— Sakura! – A voz de Sasuke me trouxe para a realidade. Ergui a cabeça alarmada e o procurei pela floresta. – Vai matá-lo? – Questionou ao aproximar-se. Sasuke estava sujo de sangue, mas fora isso, parecia bem.

Desviei os olhos dele para observar Paul novamente. Ele estava agonizando, mal conseguia abrir seus olhos, acabar com a vida dele seria um ato de misericórdia. Matá-lo era uma opção tentadora, uma parte minha queria ver todo o sangue dele esvaindo-se através dos ferimentos em seu corpo. Ergui a cabeça de Paul e a bati contra o chão. Era o suficiente para deixá-lo desacordado.

— Envie o corpo para Orochimaru. – Pedi enquanto me afastava do lobisomem em passos lentos. – Ele não sabe de nada, é um mero peão. – Olhei para Sasuke que desviou os olhos do corpo de Paul para mim. – Onde está Suigetsu?

— Fugiu. – Respondeu-me simplesmente. – Eles não estavam preparados para uma retaliação.  

— Shikadai? – Perguntei lembrando-me do garoto assustado. – O que aconteceu com ele?

— Hinata e Naruto conseguiram resgatá-lo, não se preocupe, ele está bem. – Sasuke disse analisando minhas expressões com cuidado. Se meu exterior estivesse refletindo meu interior, eu estava péssima. – Você está bem?

— Estou.

— Por que não o matou?

— Eu não sei. – Respondi tentando limpar o sangue de minhas mãos em minha calça. Se Sasuke não tivesse aparecido, eu teria o matado. Sasuke aproximou-se de mim e retirou um galho do meu cabelo, antes de colocar suas mãos em meus ombros.

— Você queria matá-lo. – Afirmou ele convicto e eu fiz menção de baixar o rosto, mas Sasuke segurou meu queixo, obrigando-me a encará-lo. – Porém, optou pela coisa certa. Não há motivos para ficar se martirizando.

— Se você não tivesse aparecido...

— Você iria parar de qualquer jeito. – Sasuke interrompeu minha fala e deu um pequeno sorriso de canto. Acariciou minha bochecha com o polegar, seus olhos aos poucos deixaram de ser vermelhos para voltarem ao ônix. – Faz parte de quem você é, Sakura.

— Está dizendo que eu não consigo matar ninguém?

— Muito pelo contrário. – Sasuke respondeu-me olhando para Paul por um breve momento. – Você consegue fazer um belo estrago quando quer, Haruno.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Mereço reviews?
Um beijão e até o próximo capítulo!



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