Chains escrita por Priy Taisho


Capítulo 23
Capitulo 22 - Sakura & Sakura


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Capítulo reescrito em 09/03/2021.
Esse capítulo ficou BEM maior do que na versão anterior e algumas (muitas) coisas mudaram hahah
Espero que gostem,
Boa leitura!



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Sakura & Sakura

 

— Consegue projetar isso para todos? – Ela afastou as mãos do cristal para olhar Hinata. – Acredito que todas querem saber o que aconteceu.

— Eu conheço a história. – Hinata murmurou pensativa. – Mas consigo, é claro. – Hinata tocou a bola de cristal e seus olhos reluziram.

Ino e Tenten tocaram a bola de cristal também, mas Sakura me impediu, indicando que eu devia segurar sua mão livre. Os olhos dela brilhavam carmesins e eu consegui ver suas presas por um breve instante.

— Se não tivesse visto tanto em minha vida, provavelmente enlouqueceria por vê-las juntas. – Ino murmurou com um leve riso. – É por isso que Sasuke não podia vê-las juntas.

— Você sabia que isso aconteceria? – Tenten perguntou com curiosidade. Eu sentia que ela estava prestes a ter um colapso, mesmo que tentasse fingir que aquela situação estava de acordo com o seu cotidiano. – Como?

— Sempre fui muito intuitiva. – O sorriso convencido de Ino fez com que Sakura risse.

— E Sasuke também não aceitaria. – Contei para a minha versão que aquiesceu concordando. Provavelmente, ela sabia sobre isso também. – Me disse que quase enlouqueceu enquanto tentava recobrar suas lembranças. – Sussurrei tentando manter isso entre nós.

— Sasuke não pode fazer isso. - O olhar dela tornou-se preocupado por um momento. – O feitiço o enlouqueceria antes que ele encontrasse a verdade. – A repreensão em suas palavras não era direcionada à nenhuma de nós. – Vamos começar, não temos muito tempo.

Ao fechar meus olhos senti que algo me puxava. Minha mente girou como se eu estivesse dentro de um furacão, meus pés pareciam flutuar e então eu vi. O passado.

X-X-X

Era a terceira vez em que ouvia sobre isso. O plano perfeito para levar o nome da família Haruno para níveis que jamais seriam alcançados.

Mebuki Haruno sentia-se orgulhosa enquanto as criadas endireitavam suas vestes. O cabelo louro estava retorcido em belos cachos e preso por um grampo com pétalas brancas feito com ouro branco. Tinha se tornado uma tradição entre as mulheres da família, todas ganhavam um quando atingiam a maioridade (ou casavam-se com um Haruno, como era o caso da matriarca).

O colar com diamantes brilhava, o anel com esmeraldas pesava em seu dedo e ela faria questão de usar o máximo de joias que conseguisse, mesmo que não estivessem em um evento formal.

O vestido escuro marcava-lhe a cintura delimitada e abria-se suavemente conforme seus pés rumavam para a penteadeira. As mulheres ainda não haviam terminado de apertar o espartilho e por isso precisaram se apressar para acompanhar a senhora, que aplicava perfume sobre sua pele com um sorriso satisfeito nos lábios.

— Hoje será um grande dia. – Ela murmurou para si enquanto fitava seu próprio reflexo defronte ao espelho. – Não estraguem tudo, estão ouvindo? – Aumentou o tom de voz para as duas que estavam no outro canto do quarto.

Uma delas tinha cabelos vermelhos como o fogo e havia optado por um vestido da mesma maneira. Ela os deixava comumente soltos, mas naquele dia fizera cachos e um diadema de diamantes que brilhava a cada movimento que ela realizava para admirar a si mesma defronte ao espelho.

— Já sabemos qual será a resposta, mamãe. – Ela disse repleta de arrogância. – Agora que somos convidadas da realeza, somos verdadeiras princesas. – O sorriso orgulhoso desapareceu ao fitar a irmã que estava deitada sobre a cama com uma aparente expressão de tédio. – Pretende usar isso?

— Estou vestindo uma das melhores sedas do reino. – A irmã respondeu após um bocejo. – Acho que é o suficiente, Karin.

— Parece uma plebeia, Sakura. – Karin refutou com cinismo. – Pelo menos coloque uma joia de nossa família, para que saibam que é uma Haruno e não um serviçal.

Sakura não respondeu. Ela e Karin, desde a infância, mantinham aqueles embates sobre como se portar. Agora, no entanto, Sakura não parecia tão interessada em prosseguir com a conversa.

O cabelo rosado caía liso por suas costas, os lábios estavam rosados e ela não usava nenhum acessório como a mãe e a irmã. O motivo era unicamente pela pressa e comodidade, já que passariam meio dia em viagem para o castelo Uchiha.

— Não estou interessada.

Karin revirou os olhos e puxou uma escova para pentear seus cabelos com dedicação. Não havia o que arrumar, mas ainda assim, ela continuou com o movimento.

— Não pode deixar o seu presságio aqui também? – Ela perguntou desinteressadamente. – Naruto não precisa nos acompanhar, vai intimidar os príncipes.

— Naruto não intimidaria nem uma mosca. – Sakura retrucou irritada. – E não o deixaria nem por um baú repleto de ouro. Não insista nessa história ridícula.

— Acho bonita a forma com que você expõe suas garrinhas para protege-lo. – Karin virou-se para a irmã e sorriu. – Não me importo em ter uma competidora a menos para cortejar o príncipe.

— Eu não me importo com isso. – Sakura revirou os olhos e começou a rumar para fora do quarto. – Mas lembre-se de que não é a primeira moça a cortejar o príncipe. Pode ser que ele já tenha uma escolhida.

— O conselho quem decidirá. – A voz esganiçada de Karin fez com que Sakura sorrisse. Havia conseguido irritar a irmã. – EU sou a escolhida.

— É claro irmãzinha, é claro.

X-X-X

— Não suporto a ideia de ficar nesse lugar pelo resto da minha vida.

A voz esganiçada em um murmúrio revoltado atraiu a atenção de Naruto. Ele, que observava a paisagem com atenção, voltou seus olhos azuis para a Haruno que remexia em um dos babados das mangas do vestido com tanta concentração a ponto de fazê-lo desfiar.

— Sobre o que está falando?

— O castelo. – Sakura ergueu os olhos para o melhor amigo. – Estou rezando para todos os deuses que Karin seja a escolhida. Não suporto a ideia de me casar por poder. – Ela suspirou e o sorriso contido de Naruto lhe chamou a atenção. – Por que está sorrindo como se fosse dono da verdade?

— Eu não disse nenhuma palavra. – Naruto ergueu as mãos em sua própria defesa. – Talvez os príncipes não sejam tão ruins como você está idealizando.

O que você sabe sobre isso?

— Talvez eu os conheça. – O loiro sorriu para ela de maneira que a acalmasse. – Acompanhei seu pai até a capital certo dia, eles não mudaram nenhum fio de cabelo.

Você é um traidor!

— Estava apenas cumprindo ordens. – Naruto defendeu-se. – Como minha família é amiga dos Uchihas, seu pai achou que causaria uma boa impressão ter alguém como eu por perto.

— Meu pai é um velho general de guerra. – A forma com que Sakura falava mostrava como ela não dava importância ao assunto. – Os Uchihas estão interessados em nossa força militar. O clã Haruno vêm reunindo uma porção de soldados com o passar dos anos, nós somos como...

— Cuidado com o que vai dizer. – Naruto sinalizou com o indicador o cocheiro e os homens que auxiliavam durante o caminho tinham ouvidos atentos.

— Somos como um próprio reino com força o suficiente para causar dores de cabeça. – Sakura acrescentou baixando o tom de voz. – Não somos capazes de vencer a coroa, não sou inocente a tal ponto. – Ela endireitou a postura e olhou para a janela. – No entanto, sei que os Uchihas ficariam felizes em ter posse de parte dos nossos soldados.

— Eles prometeram que manteriam um Haruno no comando das tropas com essa aliança. – Naruto murmurou ainda desconfiado dos homens que os guiavam. – Neste caso, estamos garantindo que seu pai continue em seu posto de general por muitos anos.

— E quando ele se for, eu ou Karin assumiremos. – Sakura suspirou. – E como nós não somos as guerreiras que o povo precisa...

— O príncipe Uchiha assumirá o comando.

— Exatamente. – Sakura murmurou. – Sem um herdeiro apto para liderar, o Rei Fugaku ganhará um exército de cinquenta mil homens.

— Seu pai não sabe que você está treinando. – Naruto comentou. – Não acha que é um ponto importante? Para preservar...

— Se isso irá influenciar nas decisões do conselho, é melhor que não. – Ela o interrompeu. – Sei que estou nas mãos do destino, mas prefiro não lhe dar mais munições que possam ser usadas contra mim.

— Não acha que está exagerando?

— Você já se apaixonou. – Sakura o respondeu com seriedade. Não havia sarcasmo, dúvida ou acusações em suas palavras. – Quero ter a chance de me sentir assim antes de me prender a alguém pelo resto da minha vida.

— Não sabia que fantasiava com romances.

— Algumas enchem o coração de ganancia. – O comentário sobre Karin não passou despercebido aos ouvidos de Naruto. Faziam anos desde que ele os ouvia constantemente. – Eu só tenho um pequeno espaço para esperança. É a única coisa que me resta.

X-X-X

A recepção feita pela Rainha Mikoto tinha sido calorosa, mesmo que os olhos atentos de Sakura tivessem notado a rigidez em suas palavras nos primeiros momentos. Ela não estava satisfeita com a chegada dos visitantes, era claro como a água cristalina que corria pelos riachos próximos do castelo.

— Sejam bem vindos. – Mikoto sorriu para eles. – Sintam-se em casa, por favor. É um prazer tê-los no castelo conosco.

O contraste entre ela e a matriarca Haruno era gritante. O cabelo escuro de Mikoto caia liso por suas costas, adornado apenas pela tiara com pedras vermelhas que ela utilizava. O vestido azulado parecia reluzir a cada movimento dela, como se tivesse vida própria, as pulseiras em seus braços também reluziam, eram diamantes.

— Seremos uma família. – Mebuki segurou as mãos da velha amiga e o sorriso estampado em seus lábios não brilhavam mais do que a ganancia em seus olhos. – Estas são minhas filhas, Karin e Sakura. – Indicou que as meninas deviam se aproximar.

Os olhos escuros de Mikoto endureceram ao avaliar a apresentação extremamente formal e com muitas ressalvas que Karin havia feito. No entanto, o sorriso permanecia em seus lábios, como alguém da realeza devia agir.

— É um prazer conhece-la, majestade. – Após curvar-se respeitosamente, ambas as garotas Haruno ergueram-se com posturas impecáveis diante da mulher. – É um enorme prazer. – Karin acrescentou.

— Perdoem a indelicadeza do meu marido. – Mikoto disse voltando sua atenção para Kizashi e Mebuki. – Convocaram o rei para uma reunião de emergência com o conselho, mas creio que não demorará mais do que algumas horas. – Ela disse enquanto cruzava as mãos delicadamente abaixo do busto. – Estes são os meus filhos, Itachi e Sasuke Uchiha, os príncipes de Konoha. – A rainha indicou os filhos que aproximavam-se dos visitantes com posturas impecáveis e altivas.

Sakura foi capaz de sentir seu coração acelerar por um instante quando seus olhos cruzaram os de Sasuke. Ele tinha uma expressão serena e mesmo que não sorrisse como a mãe ou o irmão mais velho, ele parecia disposto a ser amigável, ao menos.

Elas os reverenciaram, os homens apertaram as mãos e como se Sakura ao menos estivesse ali, Sasuke conversou com Karin por todo o percurso até o castelo.

— Seja bem vinda à nossa casa. – O príncipe chamado Itachi disse. – Por favor, nos avisem caso precisem de qualquer coisa. – O cabelo dele estava preso em um bonito rabo de cavalo, que atraiu a atenção de Sakura por alguns instantes.

— Obrigada, vossa alteza. – Agradeceu com uma leve mesura. – É muita gentileza.

— Me chame de Itachi, por favor. – Ele disse enquanto cruzava as mãos em suas costas. – Não precisamos de tantas formalidades longe dos curiosos.

Sakura olhou por cima do ombro a tempo de ver Naruto dando instruções para os carregadores e os ouvindo com atenção demasiada. Ela sabia que não era papel dele resolver tais situações, mas o Uzumaki era tão prestativo que tornava-se impossível contê-lo.

— Nunca imaginei que Naruto seria um bom guardião. – Itachi comentou notando onde atenção da Haruno estava. – Ele é desastrado. – A graça nas palavras do Uchiha fizeram com que Sakura risse.

— Nada mudou. – Ela concordou com as palavras de Itachi com um humor melhor do que quando saira da carruagem. – Não sei o que levou Naruto à me escolher, mas as vezes penso que eu deveria protege-lo.

— Não podemos entender quais as razões exatas por trás de uma ligação. – Itachi, como o bom cavalheiro que era, deixou que Sakura adentrasse o salão principal do castelo primeiro. – De qualquer maneira, é interessante observar como elas se desenvolvem com o tempo. – Os olhos do príncipe focaram-se no irmão mais novo que ainda conversava com Karin e Sakura não conseguiu deixar de fazer o mesmo.

Surpreendentemente, os olhos de Sasuke fixaram-se nos seus por um instante. Ele respondeu à algo que Karin dissera, mas não sabia se condizia com a pergunta da garota, porque sua atenção estava focada unicamente nela: Sakura.

X-X-X

Duas semanas haviam passado desde a chegada dos Haruno ao castelo. Enquanto elas eram guiadas por todos os cômodos e aprendiam sobre as normas, Naruto ficou encarregado de encontrar algum lugar que eles pudessem praticar.

Sakura sabia que os livros não eram o suficiente para ater toda a sua atenção e nem que caminhar por toda a cidade gastaria toda a energia que ela precisava empregar a fim de não perder a compostura diante de tantas regras de etiqueta que pareciam aumentar a cada novo dia.

A vampira de cabelos róseos sabia que nunca atenderia as expectativas dos pais. Era frustrante vê-los tentar e ainda mais irritante precisar fingir que um dia as corresponderia.

Nunca.

Sakura gostava, em verdade, da adrenalina do campo de batalha. Sentia emoção em sentir o impacto de sua lâmina contra a de Naruto, de precisar decifrá-lo e analisar qualquer mínimo pensamento que cruzava em sua mente para poder repeli-lo.

— Sinto muito, majestade. – Bradou a Haruno antes de desferir um golpe, possivelmente fatal, contra o tronco de uma árvore. – Não estou disposta a participar de um chá da tarde com as damas da corte. – Ela girou a lamina com tanta fúria e investiu, notando que alguns pedaços de madeira estilhaçavam-se a cada novo ataque. – Sim, estou recusando formalmente, é muita gentileza lembrar de mim, obrigada. – Ensaiava tal discurso há dois dias.

Pensar em como recusar um convite direto da rainha estava lhe dando nos nervos.

Sakura largou a espada no chão e passou a mão pelo cabelo para retirar os fios que grudavam em seu rosto, mesmo presos em um firme rabo de cavalo.

— Pobre árvore. – A voz em meio aos arbustos assustou a Haruno. Era ele. – Fiquei me perguntando o que a pobrezinha fez para ser atacada tão impiedosamente. – Sasuke aproximou-se do tronco e passou os dedos pelas marcas feitas por Sakura há pouco.

Os olhos escuros a analisaram sem descrição alguma. Para a surpresa e grande curiosidade de Sasuke, ele e Sakura estavam vestidos de maneira semelhante. E ele nunca foi capaz de achar que alguém ficaria tão bela usando calças como ela.

A Haruno trajava uma camisa preta que tinha as mangas erguidas até os cotovelos, as calças eram masculinas, mas tinham sido apertadas para facilitar os movimentos durante os treinos e os pés estavam calçados por sapatos marrons.

Sakura não usava nenhuma joia ou pintura, ao invés disso, tinha manchas de suor por todo o corpo e marcas de terra em suas bochechas.

Um soldado.

— Majestade. – Ela fez menção de curvar-se em reverência, mas Sasuke a impediu com um gesto de mão. – Estou apenas...

— Treinando. – Sasuke a interrompeu. – Naruto me perguntou sobre este lugar. – Ele contou fazendo menção à pequena clareira escondida que Naruto havia dito que encontrara. – Venho aqui para treinar também. – Ele contou.

Traídor. Sakura lidaria com Naruto depois, não podia acreditar no quanto o Uzumaki conseguia ser indiscreto.

— Obrigado por ceder seu lugar, majestade. – Sakura disse com formalidade. Ela sentia uma leve ardência em suas mãos, mas não ousou desviar os olhos do príncipe. – Eu...

— Sasuke. – O Uchiha a interrompeu. – Me chame de Sasuke, por favor.

— Eu...

— Sei que trata Itachi pelo primeiro nome. Não precisamos de formalidades. – Apesar da expressão ilegível, havia certo divertimento nas palavras dele. – Sou o mais novo, sabia disso? – Sasuke agachou diante das raízes da árvore e recuperou a espada que Sakura usava.

— Não sabia. – Sakura estava pronta para dizer que não havia estudado sobre a árvore genealógica da família Uchiha, no entanto, reprimiu-se. Era uma resposta malcriada que ela daria apenas à Naruto. – Por que treina sozinho neste lugar? – Trocou o assunto ao notar      que ele analisava a lamina com atenção.

— Não treino sozinho. – Sasuke respondeu em um murmúrio. – Muitos soldados têm receio de nos levar a sério por sermos da realeza. – O incomodo nas palavras dele atingiram Sakura. – Então, eu e Itachi frequentemente treinamos juntos. – Ele ergueu os olhos para ela e sorriu por um instante. Era a primeira vez que Sakura o via fazer isso. – Não temos medo de derrubar alguns litros de sangue.

— Gostaria que Naruto pensasse dessa maneira. – Sakura confessou sentando-se ao chão para descansar por um instante. – Nós não somos as criaturas mais frágeis do mundo. – Ela exibiu as presas por um momento ao sorrir e não notou que Sasuke havia ficado preso aquele gesto. – Aquela árvore me acertou mais vezes do que ele. – O comentário feito em um resmungo fez com que Sasuke risse abertamente.

Ele parecia tão descontraído ali, sendo banhado pela luz do sol em meio às folhas das árvores que não condizia com a imagem séria que ele trazia consigo dentro das paredes do castelo. Sakura, que o notara muito mais vezes do que gostaria de admitir, via-se encantada com aquele som.

— Pretende continuar seu treinamento hoje, Sakura? – A forma com que ele dizia o nome dela era encantadora. – Ou irá embora porque estou aqui? – A provocação nas palavras de Sasuke fizeram com que ela estreitasse os olhos.

— Claro que não irei embora. – Sakura empinou o nariz como um maldito cavalo orgulhoso. – Nunca ouviu falar sobre ordem de chegada?

— Então não tenho escolhas. – O Uchiha levantou-se e caminhou até onde ela estava com paciência. A espada que ele havia recolhido ainda estava em suas mãos. – Me sinto envergonhado, mas terei de dizer isto.

— O que quer dizer com isso? – A Haruno estreitou os olhos, mas estava consumida pela curiosidade. Uma parte dela não entendia o porquê de sentir-se tão confortável ao lado dele. – O que planeja, majestade?

— Permita-me convidá-la para uma luta. – Sasuke estendeu a mão para Sakura para ajudá-la a levantar. – Estou curioso quanto as suas habilidades, senhorita Haruno. – Ele sorriu galanteador, da maneira que faria caso convidasse uma dama para passear diante do céu estrelado.

— Não chore para a rainha quando uma garota lhe derrotar, majestade. – Sakura também era boa em responder provocações. E agora, em uma liberdade que havia surgido tão subitamente, ela se sentia à vontade para falar abertamente com Sasuke. – Não sou boa com agulhas e costura, mas sei como abrir um corte na pele de um homem.

— Estou aterrorizado. – Sasuke entregou a espada à ela e sacou a própria, parecia longe da postura de combate. – Lembre-se que sou da realeza. – A ironia fez com que Sakura risse.

— Pouparei seu rosto de qualquer estrago.

— Muito obrigado. – Sasuke agradeceu formalmente antes de seus olhos brilharem transformando-se em duas pedras carmesins. – Me deixe retribuir a gentileza. – Foram as últimas palavras antes que ele a atacasse.

 


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço reviews? Recomendações? Favoritos?
Hoje eu tenho uma pergunta procêis! De que parte do Brasil vocês são? Sou de São Paulo, moro perto da onde está ocorrendo o Lolla e não fui! Que deprimenteeeeeeeeeeee!
Até ♥