Chains escrita por Priy Taisho


Capítulo 18
Capitulo 17 - A Guarda


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Revisado em: 22/02/2021
Outro capítulo que mudou total. Se alguém me disser que prefere a versão anterior eu desisto! hahahah
Dedicado à Gaby Haruno, obrigada pela recomendação ♥
Espero que gostem,
Boa Leitura!



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A Guarda

— Esta é a sua última oportunidade.

— Não é o que nós acordamos. – A voz ríspida da mulher sobressaía o barulho ao fundo. Eles estavam em um pub no centro da cidade, onde o caos, a confusão e o álcool eram sempre presentes. – Eu ainda tenho tempo.

— Da próxima vez farei do meu jeito. – O homem proferiu o alerta. – Quatrocentos anos e não conseguiu trazer o Uchiha para o meu lado. – A mulher engoliu em seco e baixou os olhos enquanto pressionava os punhos com frustração. – Da próxima vez, faremos do meu jeito.

A voz do homem era baixa e quase como um sibilo, mas a seriedade em suas palavras não dava brechas para mais contestações. Ela sabia disso, mesmo que não acatasse as ordens.

— O que devo fazer agora?

— Aguarde minhas próximas ordens. – O homem dissera. O reflexo no espelho mágico era distorcido em meio à escuridão. – Buscarei reforços.

— Ninguém ousaria aliar-se com você.

— Tem razão. – O sorriso maligno instaurado na face do homem causou arrepios à ela. – Ninguém viria até mim caso tivesse opções.

— Certo. – Cuspiu as palavras antes de erguer os olhos. – O que... – A gritaria do lado de fora do cômodo atraiu a atenção da mulher. – O que está acontecendo? – Sua voz exaltada foi direcionada para o homem que invadiu a sala.

Ele tinha um sorriso selvagem nos lábios e olhos turquesas que brilhavam em excitação. O cabelo branco estava despenteado, uma das maçãs do rosto estava manchada de sangue e a sua mão parecia pronta para puxar a espada a qualquer momento.

— Eles nos encontraram, Karin. – Ele disse enquanto a confusão do lado de fora aumentava. – Precisamos sair daqui agora.

— Como eles foram capazes, Suigetsu? – Karin gritou enquanto recolhia suas coisas. O espelho que ela usava como ponto de comunicação caiu ao chão e estilhaçou-se por todos os lados. – Merda. – Praguejou ao cortar a mão quando tentou recolher um único caco.

Os gritos ficavam cada vez mais altos. Agora, Karin conseguia senti-los.

Os cheiros inconfundíveis, o barulho de suas laminas ceifando todos aqueles que ousavam ir contra suas ordens.

A Guarda.

Sasuke estava ali.

Suigetsu não dera tempo para que ela pensasse no que fazer. Rapidamente a puxou para fora do cômodo, rumando para os cantos mais obscuros daquele lugar maldito para que eles pudessem escapar enquanto os outros vampiros aliados à eles servissem como barreiras humanas.

Ainda enquanto corria, a presença atrás de si crescia a todo instante. Eles não teriam tempo, não quando a guarda estava tomando conta do lugar cada vez mais rápido.

De alguma maneira, os humanos haviam desaparecido. Karin não conseguia sentir seus cheiros nem com muito esforço. Isso significava que haviam feiticeiros com eles.

Suigetsu derrubou uma das portas com os ombros e a empurrou para dentro do cômodo antes de bloquear o caminho com um dos armários que estavam lá. Eles não tinham tempo para pensar em nada mais útil.

Logo, eles pularam a janela, sentindo os cacos de vidro fincando-se contra a pele e passaram a correr desenfreadamente em direção à parte extrema da cidade embrenhando-se em becos escuros enquanto as presenças atrás de si aumentavam.

Karin sabia que o próprio Sasuke estava ali, correndo atrás dela como uma maldita sombra. Ela conseguia sentir o cheiro do sangue dele, embora não soubesse quem o acompanhava.

— Temos que ir para a floresta. – Ela gritou para Suigetsu quando eles atravessaram uma das avenidas tão rápido que os humanos que ainda estavam na rua sequer notaram suas presenças. – Precisamos... – Uma flecha a atingiu tão violentamente que ela perdeu o equilíbrio e caiu.

E então ela o viu.

Como um anjo da morte Sasuke marchava na direção deles com seus soldados. As roupas escuras exalavam o cheiro de sangue, bem como a lâmina que ele havia acabado de desembainhar para ataca-la.

— Não posso acreditar que vai me matar. – Ela gritou para o Uchiha que parecia inquebrável. Karin conhecia a dureza do coração de Sasuke. – Não depois de tudo o que passamos.

— Você serviu ao seu propósito. – A voz de Sasuke feriu Karin como lâminas em brasa. – Naruto.

Ao ver o Uzumaki o coração de Karin parou. Ela o conhecia muito bem, tão bem como as palmas ensanguentadas de suas próprias mãos. Naruto não havia mudado em todos esses anos.

O loiro puxou a corda do arco com firmeza, a flecha envenenada estava a ponto de acertá-la no coração. Bastava apenas uma ordem para que tudo estivesse terminado.

— Não hoje. – Karin murmurou antes de forçar seu próprio corpo a levantar. Puxar a flecha fincada em seu braço havia lhe causado uma dor maldita, mas ela sabia de uma coisa que eles não sabiam. O que guardava a passagem para a segurança que eles estavam procurando na floresta. – Não hoje.

Quando Suigetsu surgiu, acompanhado de quatro lobos gigantes, Karin pode apreciar a surpresa no rosto de Sasuke que precisou correr para defender-se do impacto dos lobos que pulavam em sua direção com o único objetivo de mata-lo.

A luta, se possível, tornou-se ainda mais brutal. E aquela foi a deixa que a vampira precisou para fugir sendo acompanhada de Suigetsu que limpava a lâmina de sua espada nas próprias roupas.

Eles embrenharam-se entre as arvores tão rápido quanto relâmpagos e despareceram em meio à escuridão.

Enquanto isso, Sasuke lutava com um lobo de pelo escuro que lhe causou uma lembrança assombrosa. O bicho ganiu quando a lamina da espada perfurou uma de suas patas e investiu com suas presas até alcançar o ombro do Uchiha, atracando-se a ele furiosamente.

Sasuke conseguia sentir que a qualquer momento todos os ossos de seu braço direito partiriam-se diante da mordida do lobo e por isso usou as próprias presas para afastá-lo. O gosto do sangue não era agradável, mas o veneno foi o suficiente para que o lobisomem largasse o Uchiha e ganisse de dor enquanto mancava para longe.

O veneno dos vampiros para os lobos era quase mortal.

Quando o lobo preparou-se para fugir, Sasuke o acertou. O enlace na clavícula do lobo fora tamanho que os ossos partiam-se ruidosamente, era possível sentir cada um desfazendo-se sob os braços do vampiro impiedoso.

— Diga-me quem lhe enviou e eu o deixarei vivo. – A proposta foi recusada, no entanto, por uma última tentativa de sobrevivência do lobo que tentou investir contra o Uchiha que quebrou seu pescoço o deixando ao chão. – Levem todos os sobreviventes para as masmorras. – Sasuke orientou enquanto afastava-se do corpo inerte do lobo que começava a se transformar em um rapaz com longos cabelos escuros.

Ele sentia que seu ombro latejava. Provavelmente demoraria algumas horas até que os movimentos de seu braço fossem normalizados.

— Está tudo bem, cara? – Naruto que tinha as mãos sujas de sangue aproximou-se do Uchiha com seriedade. – Seu ombro...

— Vou ficar bem. – Sasuke o interrompeu olhando para os soldados que os acompanhavam. Por sorte, haviam tido poucas baixas. – Devia ter acertado Karin quando teve chance.

— Os lobos me distraíram. – Naruto coçou a nuca e ousou dar um sorriso para acalma-lo. – Ela sabe que estamos atrás dela agora, não vai facilitar.

— Karin não me interessa. – Sasuke olhou para a floresta que delimitava o fim da cidade com seriedade. Eles haviam percorrido um longo caminho desde que estiveram no pub. – Quero saber por que decidiram agir agora.

Naruto olhou na mesma direção que o amigo e aquiesceu em concordância. Sasuke estava certo, Karin era apenas uma ponta minúscula do quebra-cabeça que os envolvia.

— Voltarei para o colégio. – O Uzumaki avisou atraindo a atenção de Sasuke para si. – Com sorte, Sakura não percebeu minha ausência.

— Agradeça a Ino por mim. – Sasuke pediu e Naruto concordou com um aceno. – Retornarei até o entardecer.

— Não faça promessas que talvez não consiga cumprir. – Naruto disse enquanto começava a se afastar na direção oposta.

Aquela não era a primeira noite em que eles vagavam pelo mundo humano em busca de respostas.

X-X-X

— Obrigado, Ino. – A voz baixa de Naruto havia me despertado. – Nós conseguimos.

— Pode me contar os detalhes depois. – Ino disse em um tom de voz parecido. – Ela não percebeu a troca.

— Espero que não.

As palavras de Naruto me fizeram fechar os olhos. Eu sabia que eles deviam ter seus motivos para ocultar isso de mim, mas eles deviam saber que eu não era estúpida para não notar que Ino havia substituído Naruto em meu quarto durante a noite.

Eu não sabia o que tinha feito com que ele saísse com tanta pressa, mas o seu retorno antes do amanhecer significava que estava tudo bem.

Por enquanto bastava.

X-X-X

Eu não contei à Tenten sobre o que aconteceu e nem agi de maneira que atraísse desconfianças sobre mim. Naruto tinha sido um quase bom companheiro de quarto, então eu não tinha do que reclamar.

— Vou precisar de te deixar um pouco hoje. – O Uzumaki avisou enquanto estávamos na lanchonete. – Acha que consegue se virar sem mim?

— Ficarei bem. – Concordei antes de mordiscar um pedaço de pão. – Por que tanta preocupação?

— É, por que tanta preocupação? – Tenten insistiu com sua melhor expressão inquisidora. Os olhos castanhos estavam vermelhos por causa do sono e ela estava em sua terceira xícara de café. – Você é algum tipo de fugitiva?

— Diria que eu sou quase como o presidente. – Ri e tive minha atenção tomada por Ino, que caminhava em nossa direção como uma modelo. – Ino com certeza seria a primeira dama.

— Não me enquadraria em nada desse tipo. – Ino parou ao lado de Naruto no instante em que ele levantou. – Agora andem logo, temos muitas coisas para fazer hoje.

— O que?

— Você pode ir embora. – A Yamanaka não foi sutil em dispensar a presença de Naruto. – Comam com calma, meninas. – Ela gesticulou em nossa direção antes de se sentar no lugar que antes era ocupado por Naruto.

— Vejo vocês depois. – O Uzumaki avisou antes de seguir para a saída do refeitório.

— Você podia ter sido mais sutil. – Murmurei olhando para ela com reprovação. Ino não pareceu incomodada com que eu disse. – Qual o motivo de toda essa agitação?

— Acho que encontrei a solução dos nossos problemas. – Ino sorriu diabolicamente e inclinou-se sobre a mesa para dizer: - Vamos ao prédio C.

— É proibido.

— É quase isso. – Ino ergueu os ombros com descaso. – Vamos descobrir sobre o seu colar e suas memórias. - Ela olhou para Tenten e em seguida, fixou seus olhos em mim.

— Acha que isso é possível lá? – Agora que eu estava interessada no assunto, mal tocava no meu café da manhã. – Por que?

— Eu tenho uma boa intuição. – Ino parecia orgulhosa de si mesma. – A sala dos espelhos pode nos ajudar. Precisei usá-la uma vez para descobrir quem estava atacando Suna.

— Então você tem permissão para entrar lá. – Afimei e Ino negou com a cabeça. – Como então...

— Permissão é a última coisa que eu tenho. – Ino me interrompeu. – Mas conheço alguém que pode nos ajudar. Só precisamos ir até lá no momento certo.

— Quando vamos saber qual o momento certo? – Tenten perguntou com receio. – Não sei Ino...Você é uma vampira, não podem fazer muita coisa com você.

— E não podem tocar em um fio de vocês sem permissão. – Ino disse com seriedade. – Estou falando sério, é a nossa melhor opção. Confiem em mim.

— Tudo bem. – Concordei meio receosa. – E quem é essa pessoa?

— Hinata Hyuga. – Troquei um olhar alarmado com Tenten. Aquela mulher mais uma vez. – E ela pode ajudar com isso também. – Ino segurou minha mão e ao virar a palma para cima, exibiu a marca vermelha que não estava nem perto de cicatrizar.

— Ela é curandeira?

— Você não precisa de cuidados médicos. – Ino balançou a cabeça negativamente. Eu gostava quando ela exibia seu lado extrovertido, principalmente porque a seriedade de Ino podia ser sufocante. – Isso é uma maldição. E apenas uma bruxa pode removê-la.

Refleti sobre as palavras de Ino e baixei os olhos para observar o sinal em minha mão. Como aquilo tinha acontecido?

— Eu não entendo.

— Nem eu. – Ino sorriu fracamente na intenção de me reconfortar. – Mas há algo que pode bloqueá-lo, por isso que ficamos com você essa noite. Provavelmente você vai encontrar algum saquinho com ervas próximo da sua cama, não se assuste.

— Você sabe que eu estava acordada? – A Yamanaka aquiesceu. – Eu...Por que continuam escondendo as coisas de mim? – A frustração em minhas palavras atingiu Ino em cheio, a fazendo recuar.

— Tem que prometer que não falará disso com o Sasuke. – Ino me advertiu com seriedade e apenas se prontificou a falar quando eu e Tenten juramos manter segredo. – Ele não quer que você saiba sobre o conselho de Guerra.

— Ele me disse que eram apenas reuniões.

— É um bom termo. – A vampira não parecia surpresa com as minhas palavras. – São assuntos confidenciais, então não posso te contar mais do que isso.

— Por que Sasuke está me escondendo sobre o conselho de guerra?

— Ainda é incerto.

— Contra quem?

Ino balançou a cabeça negativamente e por fim, indicou que nós deveríamos nos levantar como ela tinha feito. Eu sabia que a Yamanaka não me contaria mais do que aquilo, mas ficava feliz em saber que ela estava disposta a me ajudar com minhas memórias e o que quer que eu precisasse descobrir.

— Ah, Sasuke não pode saber que estamos indo ao Prédio C.

— Então temos que ir agora. – Tenten falou apressando o passo para nos acompanhar. – Ele não está, não é Sakura?

— Disse que volta ao entardecer. – Me lembrei da mensagem que havia recebido dele. – Podemos ir agora. – Afirmei.

— Não, não podemos. – Ino discordou pensativa. – É perigoso ir hoje. Iremos daqui a dois dias.

— Por que tanto tempo?

— Porque vocês precisam se preparar para o que nós encontraremos lá.

 


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço reviews? Recomendações? Críticas?
Me contem a teoria de vocês, tenho visto umas que noooooooooooooooooossa, estão indo MUITO pelo caminho certo (oi?) uahuah bjão ♥