Chains escrita por Priy Taisho


Capítulo 14
Capitulo 13 - Ponto de Ignição


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Capítulo reescrito em 17/02/2021
Boa leitura!



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Ponto de Ignição

A mansão Uchiha era um verdadeiro caos. Ao menos, para mim, que permanecia de fora de todos os preparativos que aconteciam lá.

Funcionários haviam surgido e não deixavam de me olhar com curiosidade, mesmo que nunca tivessem dirigido uma única palavra para mim.

— Por que eles me olham como se me conhecessem? – Perguntei para Sasuke certa noite. Ele que havia desviado os olhos do computador na minha direção parecia confuso. – Parece que estão me evitando.

— Você pediu alguma coisa?

— Não.

— Então só estão ocupados com o que precisam fazer. – Sasuke voltou sua atenção para o computador. – Teremos uma série de reuniões importantes nos próximos dias.

— Que tipo de reunião?

Sasuke não me respondeu. Eu sabia que ele havia me escutado perfeitamente, mas preferiu manter aquilo em segredo mais uma vez.

Quis perguntar sobre os funcionários mais uma vez. Os homens usavam camisas e calças escuras com um brasão que eu não havia conseguido identificar, enquanto as mulheres destacavam-se pelos vestidos com tonalidades semelhantes, com longas saias e cinturas marcadas. Elas mantinham os cabelos sempre estavam presos em um coque firme e tinham posturas melhores do que a minha.

— Essas pessoas...São de onde você vêm?

— Sim. – Sasuke desistiu de olhar para o computador e me fitou com seus olhos escuros. – São pessoas de confiança, não precisa se preocupar. – Esclareceu ele soando tranquilizador.

— Não estou preocupada. – Murmurei em resposta. – Estive pensando sobre o quanto não sei sobre o que está acontecendo. – Confessei e Sasuke me incentivou a continuar. – Não sei muito sobre Sai, não sei porquê Naruto já faz parte da nossa rotina com tanta presença e sequer sabia que você é de outro mundo. – Minhas palavras eram frustradas e eu não tentei esconder sobre isso.

— Descobrimos o suficiente com Sai. – O Uchiha contou com cautela. – Ele confessou sobre o envenenamento, mas não sabia sobre os demônios do destino.

— Então não foi ele?

— Não confio no que ele diz. – Sasuke afirmou com seriedade. – Mas por enquanto, precisamos ficar atentos.

— Naruto?

— Terá de perguntar a ele. – Sasuke esboçou um leve sorriso ao ver minha careta de indignação. – Mas por hora, posso lhe contar que a relação de vocês é antiga.  – Explicou o Uchiha enquanto levantava-se da cadeira em que estava. – Naruto esteve... Trabalhando para mim por todos esses anos, mas algo fez com que ele retornasse subitamente.

— E você não sabe o que é?

— Não. – Sasuke confessou após um tempo. – Ele é um presságio para problemas. Sentiu que devia voltar.

— Então ter Naruto por perto nunca significa algo bom?

— Muito pelo contrário. – Discordou ele em um tom pensativo. – Ter Naruto por perto significa que temos mais alguém para protegê-la.

— Terei que me tranquilizar agora que sei que tenho um esquadrão de vampiros para me escoltar. – Brinquei tentando aliviar o clima tenso que estava no quarto. – O que foi?

— Ainda sou inocente em pensar que nenhum deles seria necessário.

X-X-X

O livro em minhas mãos era um diário. Apesar de não existir datações, eu sabia disso porque era obvio que a mulher que escrevia estava preocupada em registrar suas memórias porque temia que o tempo lhe fizesse esquecê-las.

A mãe de Sasuke e Itachi, uma vampira.

Eu me sentia mal por invadir a privacidade de alguém, mas julguei que não era o suficiente para refrear minha leitura.

Tive uma briga furiosa com Fugaku. Nada do tipo aconteceu em todos esses anos em que estamos juntos.

Ele diz que suas ações foram tomadas, levando em consideração, o que era melhor para o nosso reino.

Nossos convidados possuíam grande influência militar, um casamento como aquele apenas aumentaria nossas forças em vista de um possível ataque.

Não posso aceitar que meu filho está sendo usado como mercadoria de troca! E ainda mais para ela...Aquela garota mimada.

Entendo que o casamento é inevitável. Só não posso aceitar que motivos tão superficiais foram considerados como parâmetro. Desde quando...

Voltei algumas páginas para ver se em algum momento a dona do diário havia dito o nome de seus convidados. Ela sempre se referia à eles desta maneira, deixando claro que estava insatisfeita com a presença deles em sua casa.

Uma delas era a predestinada de seu filho. E ela a odiava.

A senhora Uchiha também tinha o costume de riscar repetidas vezes palavras que expressavam sua raiva. E não parecia ser algo feito com o esforço de impedir que alguém lesse, pois não passavam de dois riscos que ainda deixavam sua caligrafia inclinada e bonita legível.

Eu tinha a teoria de que aquilo, como o próprio diário, lhe fariam lembrar da raiva que ela sentia enquanto escrevia tais palavras. Mais um lembrete.

— O que está fazendo? – A pergunta repentina de Naruto me fez saltar. – Que tipo de livro é esse?

— Encontrei na biblioteca. – Respondi enquanto observava o Uzumaki ocupando o lugar vago ao meu lado. – Onde você esteve todo esse tempo?

Naruto não me respondeu de imediato. Ele deitou na grama do jardim e usou o antebraço para cobrir seus olhos dos raios de sol.

— Precisei resolver algumas coisas para o Sasuke. – O loiro me respondeu em um murmúrio cansado. – Se soubesse que seria tão trabalhoso, não teria ido.

— E o que você fez exatamente? – A minha pergunta tinha soado o mais ocasional possível. Naruto não parecia desconfiar das minhas intenções. – Não te vejo tem dois dias.

— Refiz os passos...Daquele vampiro. – Naruto respondeu-me após um bocejo. – O rastro dele ia por todos os cantos, mas me ajudou a entender o que ele planejava por aqui.

— E o que ele planejava?

— Não sei bem. – Naruto tirou o braço de cima dos olhos para me encarar. – Mas acho que ele pretendia voltar para Konoha.

— Konoha... – O nome daquele lugar me fez ter arrepios. – Como ir para lá?

— Para a quantidade de gente que ele pretendia levar, ele precisaria de um portal bem grande. – Naruto me contou enquanto refletia sobre suas próprias palavras. – É...

— É impossível fazer algo assim sem chamar atenção, não é?

— Por isso estamos mantendo ele preso. – Apesar da preguiça, Naruto fez esforço para se sentar e me olhou com apreensão. – Não precisa ficar com medo por saber disso.

— Eu não estou com medo. – Revirei os olhos e ele riu. – Então Sai não estava sozinho.

— Nunca achamos que estivesse.

— Sasuke disse que vocês conseguiram a informação que precisavam. – Ainda tentei soar casual, mas notei a desconfiança no olhar de Naruto. - Ele também me disse que você é meu...Presságio.

— Oh.

— O que isso significa?

— A minha família é de guardiões. – Naruto me explicou enquanto coçava o cabelo com o dedo indicador. – Nós somos...Escolhidos para proteger alguém até que uma determinada situação aconteça.

— Que determinada situação? – Franzi o cenho e o Uzumaki pareceu melancólico por um instante. – Você não sabe?

— Muda de pessoa para pessoa. – Ele contou com cautela. – Não é tão simples de explicar, mas basicamente...É um vínculo quase tão forte quanto o que você tem com Sasuke.

— Toda vez que eu abro a minha boca para perguntar alguma coisa, fico mais confusa. – Confessei antes de me deitar na grama como Naruto tinha feito anteriormente. – Vocês vampiros são tão complicados.

— Eu não sou um vampiro. – Naruto corrigiu-me com bom humor. – É a primeira coisa que precisa saber.

— Não está me ajudando. – Apesar da reclamação em minha voz, não consegui deixar de rir. – Acho que você vai precisar me explicar do zero.

— Será uma...

— Agora não.

Desviei os olhos de Naruto para fitar Ino que havia aparecido repentinamente. Ela estava sentada sob um dos galhos da arvore atrás de nós e tinha uma expressão satisfeita ao notar que nenhum de nós tinha notado sua entrada triunfal.

A Yamanaka saltou graciosamente, pousando no chão com tanta leveza quanto uma folha. Ela sorriu para mim e acenou para Naruto antes de sentar-se entre nós dois.

— Quero te perguntar uma coisa. – Ela não iria me dar brechas para fugir de suas perguntas, por mais que eu não soubesse exatamente o que ela queria saber. – E não ouse fugir da minha pergunta. Eu já fui uma bruxa bem criativa.

— Está me ameaçando?

— Estou apenas garantindo que nós duas estamos na mesma página. – Ino sorriu para mim e eu olhei para Naruto que acompanhava a conversa em silêncio. – O quanto você sabe sobre a Tenten?

— Tenten? – Apesar da minha confusão, Ino aquiesceu e esperou paciente até que eu lhe respondesse mais uma vez. – Sei que ela está no colégio Senju há quase um ano.

— E o que mais?

— É tudo o que eu sei.

— Tem certeza, Sakura? – Naruto quem perguntou atraindo a minha atenção para ela. – Não notou nada de estranho nela?

— Não. Claro que não. – Eu estava pronta para defender a minha amiga. – O que vocês querem saber exatamente?

— Quero saber sobre o colar dela. – O semblante sério de Ino me assustou. – Quero saber por quê ela está se escondendo.


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço reviews? Recomendações? Favoritos?
E aí, alguém tem alguma teoria? hm?