High School: Love Now - Interativa escrita por RP C


Capítulo 8
Quando alguém aquece o meu coração desse jeito


Notas iniciais do capítulo

Boa nooite! Me desculpem por não ter postado ontem. Eu fiquei sem internet. O pc simplesmente não achava o wifi. Enfim, pelo menos estou aqui hoje. A música de hoje é Scouting For Girls - She's So Lovely. É um tanto animada para a pequena tensão do começo do capítulo - mas é uma cena agradavel, eu acho, acho que sou eu acho isso.
Enfim. Espero que gostem.



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– Vocês estão de brincadeira comigo?

Hillary, Tony, Ninally e Yan. Cada um em uma raia diferente da piscina. Jon Woo estava com o rosto fervendo de tanta raiva. Se os alunos se concentrassem bastante, poderiam ver fumaça saindo do professor furioso. Eram quatro da tarde e os quatro estavam usando roupas de banho. Cabeças baixas, um peso enorme na consciência. O resto da escola servia como plateia. Mas todos estavam assustados demais para chegarem perto da piscina, então eles ocuparam três andares para olharem ‘de camarote’ o castigo dos alunos do primeiro ano A. Era assustador demais o fato de Jon Woo, o professor brincalhão e divertido, o homem que não se preocupava com nada e gostava de curtir estava, naquele momento, gritando com intensidade e com vontade. Estava muito, muito, muito furioso com o que havia acontecido. E a culpa havia recaído em cima dele.

– Estão vendo esta piscina olímpica de cem metros de comprimento?

Nenhum aluno respondeu. Jon tornou a repetir.

– Perguntei se estão vendo!

– Sim! – Responderam alto e em uníssono.

– Vocês vão dar dez idas e dez voltas! Não quero ver ninguém reclamando, nem parando, nem pedindo misericórdia. A única coisa que eu quero ver são as articulações de vocês caindo! Por causa de vocês eu levei uma advertência! Eles aparentemente acham que eu não posso cuidar de alunos do primeiro ano com responsabilidade por que não sou adulto o suficiente!

– Jon-ah... – Tony estava disposto a argumentar com professor, mas este não deixou.

– Não me chame de Jon-ah! Hoje eu sou o cruel professor Woo! Agora pulem na droga da piscina e nadem até seus braços e pernas caírem! Sem boias e essas frescuras! Nadem, nadem, nadem mais rápido!

A piscina antes calma tinha suas aguas agora formando ondas. Cada um deles foi se jogando dentro da piscina olímpica. Alguns alunos que estavam nas janelas do segundo andar gravavam com seus aparelhos celulares a situação dos alunos do primeiro ano A.

Eles haviam cometido um grande erro. Na verdade, a culpa, segundo todos eles, era total e completa de Hillary Mc’Bleiy. Estavam em um passeio da escola pela parte da manhã, visitariam um museu para a aula de história do professor Carlos, e Jon teve que acompanhá-los por dois motivos. Um pelo fato de ser o professor responsável pela classe e o segundo motivo era o fato do próprio professor Carlos ter tido uma diarreia no inicio da manhã, pois desobedecera a mulher e havia comido um prato de brigadeiro.

Hillary havia – finalmente – conseguido fazer Tony dar uma pequena escapada com ela para tomar um sorvete. Ela o havia ameaçado que pintaria um dos quadros do museu se este não o acompanhasse. Tony definitivamente não queria confusão. Mesmo pra cima de Hillary, então aceitou. Quando voltaram, - estranhamente, Jon estava distraído demais com os quadros da Pop Art e não percebeu que dois dos seus alunos haviam escapado – Yan, que já havia feito amizade com Tony, decidiu que queria parte do sorvete dele. Hillary logo não permitiu que isso acontecesse e pegou o sorvete da mão do jovem. Sem nenhum motivo aparente, Hillary jogou o sorvete para trás. O sorvete havia caído em cima de Ninally.

Com o espirito de nunca levar desaforo para casa de Ninally e o espirito de nunca perder uma briga de Hillary, ambas começaram a brigar. A gritaria logo começou e Hillary já havia partido para as palavras de baixo calão. Mães haviam sido xingadas e foi exatamente nessa parte que Ninally tinha decidido partir para o mano a mano. Como se fosse um dos combos de uma das belas personagens de Mortal Kombat, o museu rapidamente ficou agitado. Yan e Tony, corajosos em entrar no meio das duas, acabaram, junto de Ninally, sendo empurrados para uma cópia magnifica d’O Pensador. A peça perdeu o equilíbrio e depois disso haviam apenas pedaços da escultura espalhados por todos os lados. Jon, pela falta de cuidado em deixar que os alunos escapassem e deixasse que uma briga tivesse acontecido, levou uma advertência e logo teve que arcar com o prejuízo.

Às sete horas da noite, os quatro já estavam com os uniformes de volta, e Yan estava tentando fazer Tony e Ninally criarem coragem para pedir um pedido de desculpas adequado. Mas nenhum deles tinha coragem de ir à sala de Jon Woo e fazer tal coisa. Ele ainda estava bastante alterado.

– Ninally, - Yan começou – você vai. Sabe, você é boa com as palavras, sabe improvisar muito bem e ele te adora. Você pode abusar dele por um ano. Você é cara-de-pau, pode fazer isso.

Tony havia concordado inteiramente com aquele ponto de vista.

– Cara-de-pau? Ei, comece a medir palavras, garoto. E eu não vou lá. Viu como ele saiu pisando forte? Estava quase quebrando o chão daquele jeito.

Tony deu dois passos na direção de Yan.

– Yan – ele virou de costas para Ninally e abaixou-se. A jovem não entendeu. – Coloca ela aqui, rápido!

Yan logo de cara não entendeu. Demorou pelo menos cinco segundos para que algo penetrasse na mente dos dois. Quando Ninally entendeu, Yan já havia sido mais rápido. Agora Tony corria pela escola carregando Ninally e Yan os seguia.

– Me põe no chão, me põe no chão! Não!

Alguns alunos que ainda permaneciam na escola naquele horário olhavam atentos àquelas três pessoas que corriam e faziam barulho na escola. Mais a frente, Jared começava a reclamar.

– Ei, ei, ei, parem de correr! Ainda no horário dos estudos da noite, por que estão correndo?

– Professor, me tira daqui! Não!

– Desculpe, Jared, precisamos ver o Jon-ah!

Jared não respondeu, apenas deixou um breve sorriso escapar e voltou sua atenção ao café que tomava.

E a sala de Jon-ah já estava na vista deles. Quando chegaram na porta, não bateram. Apenas a abriram e jogaram Ninally lá. Ela tentou voltar, mas a porta já estava fechada e os outros a seguravam por fora, para que ela não abrisse. Ela começou a choramingar, sussurrando.

– Me tirem daqui... Por favor...

– O que faz aqui, Ninally?

– Olá professor Woo... – Ela tentou fazer um sorriso, mas ele não o correspondeu.

– Se tiver algo pra falar, fale. Senão, eu estou muito ocupado.

Ele não olhava para ela, apenas continuava sua atenção em alguma anotação que fazia.

Ninally estava desistindo, curvou-se e estava preparada para tentar abrir a porta, mas assim que colocou as mãos na maçaneta, voltou.

– Professor Woo... – Ela sentou-se na cadeira em frente a mesa e corrigiu o que disse. – Jon-ah. Eu realmente sinto muito pelo que aconteceu hoje. Primeiro, eu não sinto muito pela Hillary, porque ela é do tipo desprezível de pessoa e o Tony só foi com ela porque ela ameaçou detruir um quadro. Segundo, foi ela quem jogou o sorvete primeiro. E terceiro... Me desculpe por eu ter deixado algo assim me deixar levar. Eu não queria fazer isso, digo, eu queria puxar o cabelo da Hillary um dia, e foi legal...

– Nina!

– Não me culpe pelos meus desejos internos! Mas... Por favor, nos perdoe. Nem que a gente limpe a escola por um mês...

– Vocês vão limpar a escola por um mês.

Ninally parou de falar, o ar divertido de Jon estava voltando aos poucos e ao ver o rosto de decepção da morena, começou a rir. Aquela risada alta e gostosa ecoava na sala e fazia o coração dela bater bem rápido. O que era isso? Jon havia parado de soltar a risada e apenas um sorriso leve ficava em seu rosto. Ela tentou esquecer isso.

– Você está falando sério?

– Estou sim, estava assinando os papéis dos castigos de vocês.

– Jon-ah... Já basta a bronca do meu pai...

– Nada disso, nossa, pare de reclamar garota. Se passaram apenas três semanas desde o inicio das aulas e você já está tão acomodada.

Jon levantou, sentou-se na mesa e passou a mãos nos cabelos de Ninally, bagunçando-os. Por que você bate tão rápido toda vez que ele faz algo desse tipo? Seu coração sempre dispara quando aquela pessoa se aproxima, sorri pra você. E fica tão perto assim, toca em você desse jeito. É algo tão maravilhoso e tão bom. Algo tão aconchegante. Por que Ninally não entendia esses sentimentos?

Ninally tirou a mão de Jon da sua cabeça e a segurou com as suas. Passava seus dedos com delicadeza entre os dedos de Jon. Não sabia exatamente o porquê de ter feito isso de repente.

– Você me chamou de Nina.

– Chamei?

Jon tentou tirar sua mão do toque quente de Ninally, querendo mudar de assunto, mas a jovem não permitiu. Ela levantou a cabeça e encarou fundo nos olhos castanhos do seu jovem professor de matemática.

– Eu gostei disso.


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Notas finais do capítulo

E então? Meninas, cadê vocês? Algumas de vocês sumiram T.T