High School: Love Now - Interativa escrita por RP C


Capítulo 11
Eu comecei a ouvir um som vindo de algum lugar


Notas iniciais do capítulo

Eu peço MIL DESCULPAS pelo personagem Ethan di Angelo e pelo irmão dele. Não era dessa maneira que era pra ser passado, mas acabou sendo assim. Definitivamente, nenhum deles tem segundas intenções com nenhum personagem. As palavras acabaram confundindo tudo. Minha culpa. Claro, não vou reescrever essa parte da cena, mas vou escrever um capítulo extra pra explicar um pouco o que aconteceu antes da decisão de Ethan. Ele não comprou a Bella, definitivamente. Quanto ao 'feitiço', é simples. Ele é um grande fã de animes, e na cabeça dele, pode fazer qualquer coisa. Inclusive magia. É um bom personagem, uma boa personalidade, não machucaria uma mosca. Eu peço, mais uma vez, desculpas pelo mal entendido.

Enfim, vamos ao capitulo. Esse não teve uma música que combinasse - pelo menos não na playlist que eu escutei hoje. Porém, enquanto eu escrevia o fim da primeira cena, uma certa música começou a tocar. Talvez ela não seja certa, mas eu gostei. Veio num bom momento.
Música tema do j-drama Starman (Kono Hoshi no Koi), Starmann, de Yuki. Ah, esse capítulo também foi maior, em comparação aos outros ^^



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Três semanas para o Halloween. Cinco da tarde. Uma quinta-feira. Bella estava jogada no chão do banheiro feminino, na área das piscinas. O treino feminino havia acabado, por isso não havia ninguém ali. Para socorrê-la. Seu nariz sangrava, ela havia chorado, lágrimas ainda escorriam pelo rosto quente, suado e grudento, as bochechas estavam vermelhas. O cabelo cobria parte de seu rosto envergonhado.

– Não percebe que já chega?

Rose Dalasco estava sentada no chão, perto da pia. Estava entediada e não havia conseguido fazer com que Hillary parasse de atormentar a garota. Mexia freneticamente no celular.

– A garota está em pânico.

Suzanne Block sorriu, debochando. Ela havia dado a ideia pra Hillary. Havia colocado na cabeça da loira que Tony jamais sairia com ela se ela não o afastasse de Bella, nova amiga do jovem.

– Eu quero ter certeza de que ela entendeu. Você entendeu, não entendeu, Bella?

Ela disse ‘Bella’ como se ela fosse um tipo de ser asqueroso que nem mesmo deveria ter seu nome pronunciado ou lembrado. Mas obvio que ela não achou nada disso quando bateu no rosto dela pela terceira vez.

– Perguntei se você entendeu. Responde!

– En-Entendi! Entendi!

As lagrimas continuavam caindo, o gosto salgado da dor entrava na boca da jovem. Ela tentava ao máximo segurar o soluço, a dor na garganta se tornava cada vez mais forte, o nariz escorria. Ela iria, definitivamente, segurar o choro. Bella se recusava a olhar para Hillary, mas esta segurou seu rosto e a fez olhar em seus olhos azuis superficiais.

– Se eu ver você com o Tony novamente...

– Mas o que diabos você está fazendo com ela?

Woo Ho estava encostado na porta, pé esquerdo apoiado, braços cruzados. Quase não era possível ver seus olhos, seus logos cabelos o cobriam um pouco. Rose havia percebido a presença dele antes, mas esperou para ver o que iria acontecer.

– Você – apontou para Hillary. – Sala do diretor.

O sol começava a e pôr. Cinco e quinze. Woo Ho não entrou em momento algum no banheiro feminino. Sabia dos seus limites e respeitaria esse detalhe. Bella teria que levantar e sair sozinha.

– Não vou até lá. Se quiser, me arraste.

Woo Ho sorriu e não evitou em olhar bem fundos nos olhos de Hillary.

– Eu não vou tocar em você, se é isso que quer.

O garoto pegou seu bloco de notas, a caneta prata que sempre carregava e anotou algo. Amassou o papel e o jogou nos pés de Hillary.

– Seu nome será levado a diretoria e o de vocês também – falou para Suzanne e Rose, que ainda olhava o celular. – Não esqueci de vocês.

Suzanne cruzou os braços, querendo se fazer de superior. Apesar de Hillary sempre pousar como líder, era sempre Suzanna que controlava essa boneca. Era sempre ela quem plantava as ideias na cabeça dela. Rose nunca gostou de Suzanne. Mas não iria deixar Hillary sozinha com ela, seria um desastre. Ela sempre soube disso, só precisava fazer Hillary enxergar.

– Você nem sabe nossos nomes.

– Você é idiota, Suzanne? Quem não sabe nossos nomes? Apenas cale a boca. – Ela sempre respondia a ruiva.

– Cale a boca você.

Você é idiota, Suzanne? – Woo Ho repetiu a frase. – Sua voz é irritante, principalmente nesse tom arrogante patético. Deveria ouvir o conselho de sua amiga e ficar calada. Como posso não saber seu nome? Você se declarou pra mim na sexta série. Aqui mesmo na piscina. ‘Eu te amo’, foi oq eu você gritou naquele dia. Como eu poderia não me lembrar dessa cena vergonhosa?

Woo Ho falava como se fosse algum tipo de piada, com o Tom da sua voz e os gestos que usava. Ninguém falou mais nada, o que se podia ouvir era o barulho do pátio coberto e o barulho que Rose fazia para segurar uma longa risada.

– Você não vai sair daí? – Ele perguntou a Belle, que se levantou rapidamente, pegou o blazer vermelho e saiu, tropeçando no próprio pé.

Rose tentava, apesar de não ser muito eficiente, não rir. Woo Ho não segurou um pequeno sorriso ao vê-la.

– Por que não fez nada? Eu sei que você anda com a fita e o bloco no bolso – Perguntou a ela, ainda com um pequeno sorriso.

– Não é meu turno.

Resposta simples e direta.

– É melhor irem à diretoria, antes que chamem o nome de vocês no alto falante – virou-se para Bella. – Você está bem? Vamos à enfermaria.

Ele tirava o lenço da bolsa e o entregou a Bella, que logo agradeceu.

x.x.x

Lily não sabia mais como fazer para evitar Jared. Ela estava tentando evitá-lo desde que recebeu o papel dele, mais de um mês antes. Desde aquele dia, não conseguia ficar sozinha com ele, que dirá encontrar-se com ele depois da escola.

A mesma cena passava era passada várias vezes em sua cabeça.

“[...] Estava sem os óculos e olhava firmemente para o chão. As mãos estavam no bolso. Por um momento, parecia que não sabia o motivo de ter aparecido na frente dela. Até que tirou uma das mãos dos bolsos, e nela havia um pequeno papel. Ele esticou os braços na direção da jovem [...] Ela hesitou ao colocar as mãos no papel. Jared hesitou em soltá-lo. Por um instante, seus dedos se tocaram. O homem finalmente havia soltado e colocado a mão no bolso novamente. Novamente em silencio e sem nenhuma reação aparente, ficou parado. Até, de repente, virar e ir embora, como se nada tivesse acontecido. {...}”

Sim, estava com medo. Um professor havia a beijado e sua madrasta tinha visto essa cena, mesmo que ela não soubesse que aquele era seu professor. Era perigoso. Não só para Jared, mas para ela também. Ele não conseguia ver isso? Lily seria a punica a pensar no quão perigoso tudo aquilo poderia se tornar? E se alguém tivesse visto Jared dando a ela aquele bilhete? Se tivessem contado ao diretor? Como ele poderia...

O recado no bilhete era simples, direto. A letra era a mesma que ela via no quadro negro as segundas, terças e sextas. Era a mesma que corrigia suas provas, trabalhos. Era mesma que assinava suas permissões de saída antecipadas.

Torre do Relógio, 21h.”

A torre do relógio? Não era abandonada. Na verdade, era de uma igreja católica da região, extremamente famosa. A torre ficava do lado esquerdo da igreja, seu único acesso era por uma pequena porta de madeira que rangia e fazia barulhos na igreja toda. Nas segundas, quartas, quintas e domingos a igreja era geralmente fechada nesse horário, e as únicas pessoas que permaneciam ali eram o Freddy Jones, de 25 anos, que decidira que sempre quis ser guarda noturno, e também o velho Thomas, que parecia ser mais velho do que a própria igreja. Era certo de que era um tanto afastada dos prédios e todos os condomínios de luxo que a maioria dos estudantes morava. Mas a igreja ficava nas terras do prefeito, e seu filho, adorava dar festas naquelas regiões. Das grandes. Então podia-se dizer que as 21h da noite, era possível ouvir gemidos e batidas, ao redor e até mesmo dentro da igreja. E não eram fantasmas.

Era justamente por esse detalhe que Lily se recusava a ir. Em que mundo um professor iria se encontrar com uma aluna naquele lugar? Lily queria – e muito – dar u sermão bem elaborado para Jared. Havia repassado várias vezes em sua cabeça. “Você não presta”, “crie vergonha na cara”, “pervertido nojento”. Não importa quantas vezes ela refizesse o discurso, nunca teria coragem de falar. Lily havia tomado cuidado para não ficar sozinha. Sempre com Ninally ou com Bella, Tony ou Marco. E por falar nele, ela havia contado o que tinha acontecido?

– O QUE? MAS POR QUE DIABOS ELE NÃO ME BEIJA DESSE JEITO?

– Fala baixo - ela batia nele com uma revista, cada palavra, um golpe. – Cala-essa-boca. Eu-mato-você.

– Ele beijou você – ele sussurrou. – Por que não foi? Ele poderia ter te pego de jeito atrás daquele relógio velho. Eu desejaria estar no seu lugar.

Lily arregalou os olhos e bateu nele novamente.

– Pare de falar isso, larga de ser desesperado. Eu e um professor? Melhor, eu e Jared? Jared? Você sabe, por acaso que ele é só o professor mais odiado e mais desejado pela escola inteira? Com aquela personalidade dele? Por que eu? O que eu tenho? Que tipo de mel é esse que eu tenho que... Droga, ele tá vindo!

Marco olhou para Jared. Sorriu para ele – o mesmo sorriso maléfico de sempre – e logo depois saiu sem dar uma palavra.

– Espere... Espere! –Ela sussurrava, querendo gritar. – Marco!

– Ah, eu preciso ir ao banheiro, não me siga!

Lily havia levantado, mas logo sentou de novo. O coração acelerado, ela passava a mão no cabelo e limpava a garganta. Jared sentou ao seu lado e logo começou a falar.

– Me desculpe, não foi um lugar apropriado. Eu estava nervoso e não pensei em lugar mais escondido. Eu só quis dividir um brownie com você e resolver...

Lily virou o rosto e olhou para ele. Apestou a revista que estava enrolada em sua mão e começou a bater nele. Do mesmo jeito que fizera em Marco. Cada palavra, ele seria atingido por uma revisa.

– Dividir-um-brownie? Você-tem-cérebro? – Ela parou e ajeitou o cabelo, e voltou a sussurrar. – Tem ideia do quanto é perigoso? E você ainda senta do meu lado pra falar sobre isso? Lembrando que tem um professor do outro lado da piscina gritando com as garotas? Você é estupido? Não calculou as consequências?

Jared apenas continuava de cabeça baixa.

– Você é mesmo imprevisível, nunca no mundo eu imaginaria que teria toda essa estupidez.

As meninas se dirigiam ao banheiro e o professor sumia pela porta. Jared aproveitou e segurou o braço de Lily, que havia levantado para ir embora. Ele mantinha a cabeça baixa. Jared estava envergonhado.

– Por favor, eu ando desesperado. Vou à torre todos os dias. Sabia que não iria aparecer, mas mesmo assim eu ia. Quero apenas que me desculpe. Eu sempre consegui manter distancia. Foram dois anos. Eu sempre fui apenas o Jared sério, seu professor de literatura. O que eu estou fazendo? Eu tenho medo. Tentei não me apaixonar por você, tentei controlar as batidas aceleradas. Tentei controlar meus pensamentos. E no fim, acabei não conseguindo. Eu falhei. Esses foram meus anos negros. Os anos em que eu mais sofri por não poder te ter do jeito que eu queria. Eu... Quero poder segurar sua mão sem medo.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Espero que tenham gostado!
Ah, certo. Pergunta.
Era pra eu ter feito antes, mas sempre esquecia de perguntar.
Clubes. Qual clube você gostaria que seu personagem frequentasse? Bem, eu não darei uma lista de clubes, deixarei que vocês criem. Pode ser qualquer um, De cinema, de rádio. Literatura. Teatro. Música. Mas me digam. Esportes também, caso não queiram um clube. Ou queiram os dois. Enfim, me enviem. Até logo!