Voce ainda vai me amar? escrita por Francielle Santana


Capítulo 7
Capítulo 7 - O confronto




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/536515/chapter/7

A noite estava um pouco nublada. Mas André havia marcado um passeio entre amigos e eu não poderia faltar. Quando cheguei no carro ja avistei Kamila e Sergio no banco de tras. Se não fosse a insuportabilidade que Mila tinha por Sergio, aquilo pareceria um encontro de casais.

Decidimos ir numa sorveteria, mas o tempo não estava ajudando muito e começou a piorar. Depois de alguns comentarios e opiniões eles decidiram pedir uma pizza e ficarmos todos na casa do André.

Quando cheguei la percebi que ele mais parecia morar sozinho, a casa estava em total silencio, sem mãe, sem pai. Só um cachorro husky siberiano, muito lindo e carinhoso.

– Ted, fica quieto mocinho. Não assuste as visitas. - André falava enquanto fazia carinho no mascote.

Notei que a sala tinha um sofá preto em L, uma mesa de centro com algumas revistas. Me perguntei porque não tinha algum enfeite, sei la. Mas lembrei do possivel motivo quando senti duas patas sobre meu quadril. Ted, o possivel demolidor. Ri.

Depois de uma longa discussão pra saber qual filme assistir, não assistimos nenhum por completo. Kamila só queria terminar a pizza dela. Quando os três encheram literalmente, eu aproveitei pra ir lavar os pratos, e tentar limpar a zona que eles fizeram. Fui até a cozinha que era bem espaçosa por sinal.Lavei os pratos e copos que tinha levado. Acabei me acostumando com essa mania de limpeza. Não me considerava uma psicopata por manter tudo intacto, mas se eu poderia fazer isso né.

– Finalmente posso te ver só.

Sergio chegou com as caixas das pizzas e passou direto, amassando e colocando numa lixeira proximo de onde eu estava. Sua proximidade me causava um misto de sensação, mas a principal era raiva.

Ele se encostou na pia, ficando ao meu lado enquanto me concentrava em tirar não só o excesso, mas todo resquício de agua que estava se acumulando na pia.

– Não pensei que pudesse te encontrar novamente nessa escola. Acho que te devo um pedido de desculpas, Mari.

Pedido de desculpas? Ele estava louco? Seu cinismo parecia exalar. Senti meu estomago embrulhar, enquanto ria nervosamente.

– Pedido de desculpas? Pelo que? Não precisa pedir desculpa por ser quem voce é. Muito menos por eu não ter percebido isso antes. O que voce quer agora?!

Precisava cochichar por que a cozinha não era tão distante da sala, e a qualquer momento o André poderia aparecer.

– Não foi assim, Mila. Sei que errei mas voce entendeu tudo errado. Eu não estava no meu juizo perfeito. Voce lembra era uma festa, e eu tinha bebido muito. Mas tenta olhar o lado bom, eu não te maltratei.

Aquilo foi o cumulo pra mim. Não consegui me conter, minhas pernas tremiam, me voz ja estava embargada.

– Não? Voce acha pouco eu ter perdido minha virgindade com voce e depois descobrir que tudo não passava de uma brincadeira?!

As lembranças vinham como uma cachoeira de informações. Uma noite supostamente maravilhosa, apesar dele ter bebido um pouco alem. Tudo se apagou. Quando despertei no mesmo quarto ele ja não estava mais la. Tentei levantar mas sem sucesso, estava muito tonta. Um copo no criado mudo, uma cama bagunçada. Bebi mais um gole, estava com muita sede. Saí me segurando e tentando me mostrar uma pessoa apresentavel. Eu não havia bebido tanto, nunca bebia assim. A visão continuava turva, e um pressentimento de que tudo poderia mudar ainda rondava. Quando desci as escadas me apoiando no corrimão e ja sem os sapatos de salto, vi o Thiago, um amigo do Sergio. Onde estava um estava outro. Segui ele, os olhares vindo em minha direção em alguns momentos. “É, essa daí teve sua primeira ressaca, rs.” Eu ouvia, mas não tinha forças nem disposição para contrariar. Do lado de fora da casa vi Sergio e os amigos.

“Tenho que assumir, voce é um canalha.”

“Sim sou, mas consegui o que queria. Voce apostaram comigo, né?! Amanhã mesmo vou no banco com voces.”

“E ai, ela é gostosa?”

“Nem digo o quanto, valeu pelo remedio, ajudou muito.”

Lagrimas agora, lagrimas antes. Não conseguia mais escutar nada. Todos os sentidos se perderam e quando acordei estava na casa de Kamila. Voltei a realidade, a atual realidade. Meus olhos fitando os de Sergio.

– Voce é um animal, Sergio. Voce não tem noção do quanto me senti suja e do quanto isso repercutiu depois. Toda minha vida mudou. As pessoas ao redor não tinham convicção de nada, alem dos seus amiguinhos nojentos. Mas eu tinha e isso bastava. Porque voce me enganou? Por que durante tanto tempo?! Porque brincar com minha cara. Fui uma imbecil e voce ainda me pede meras desculpas?!

Sergio olhava para a porta atras de mim.

– O que esta acontecendo?

André estava olhando abismado para nós, eu acabei me exaltando um pouco, ele provavelmente tinha ouvido o final da historia. Kamila estava atras dele, com aquela cara de quem tentou impedi-lo de chegar até ali.

Não consegui responder, passei correndo por eles, com o rosto banhado em lagrimas, peguei minha bolsa e sai daquele apartamento. Entrei no elevador apertando o botão para o terreo freneticamente. Não tinha um pensamento especifico, tudo parecia muito confuso. Uma avalanche sobre mim. Peguei um onibus que ja estava passando. Por causa do horario o coletivo estava vazio pra minha sorte. Me perguntava o que poderia acontecer daqui pra frente. Meu celular vibrou, era o André. Desliguei sentindo que estava encerrando uma conexão com ele na vida real. Adeus, André. Pensei.

A noite estava um pouco nublada. Mas André havia marcado um passeio entre amigos e eu não poderia faltar. Quando cheguei no carro ja avistei Kamila e Sergio no banco de tras. Se não fosse a insuportabilidade que Mila tinha por Sergio, aquilo pareceria um encontro de casais.

Decidimos ir numa sorveteria, mas o tempo não estava ajudando muito e começou a piorar. Depois de alguns comentarios e opiniões eles decidiram pedir uma pizza e ficarmos todos na casa do André.

Quando cheguei la percebi que ele mais parecia morar sozinho, a casa estava em total silencio, sem mãe, sem pai. Só um cachorro husky siberiano, muito lindo e carinhoso.

– Ted, fica quieto mocinho. Não assuste as visitas. - André falava enquanto fazia carinho no mascote.

Notei que a sala tinha um sofá preto em L, uma mesa de centro com algumas revistas. Me perguntei porque não tinha algum enfeite, sei la. Mas lembrei do possivel motivo quando senti duas patas sobre meu quadril. Ted, o possivel demolidor. Ri.

Depois de uma longa discussão pra saber qual filme assistir, não assistimos nenhum por completo. Kamila só queria terminar a pizza dela. Quando os três encheram literalmente, eu aproveitei pra ir lavar os pratos, e tentar limpar a zona que eles fizeram. Fui até a cozinha que era bem espaçosa por sinal.Lavei os pratos e copos que tinha levado. Acabei me acostumando com essa mania de limpeza. Não me considerava uma psicopata por manter tudo intacto, mas se eu poderia fazer isso né.

– Finalmente posso te ver só.

Sergio chegou com as caixas das pizzas e passou direto, amassando e colocando numa lixeira proximo de onde eu estava. Sua proximidade me causava um misto de sensação, mas a principal era raiva.

Ele se encostou na pia, ficando ao meu lado enquanto me concentrava em tirar não só o excesso, mas todo resquício de agua que estava se acumulando na pia.

– Não pensei que pudesse te encontrar novamente nessa escola. Acho que te devo um pedido de desculpas, Mari.

Pedido de desculpas? Ele estava louco? Seu cinismo parecia exalar. Senti meu estomago embrulhar, enquanto ria nervosamente.

– Pedido de desculpas? Pelo que? Não precisa pedir desculpa por ser quem voce é. Muito menos por eu não ter percebido isso antes. O que voce quer agora?!

Precisava cochichar por que a cozinha não era tão distante da sala, e a qualquer momento o André poderia aparecer.

– Não foi assim, Mila. Sei que errei mas voce entendeu tudo errado. Eu não estava no meu juizo perfeito. Voce lembra era uma festa, e eu tinha bebido muito. Mas tenta olhar o lado bom, eu não te maltratei.

Aquilo foi o cumulo pra mim. Não consegui me conter, minhas pernas tremiam, me voz ja estava embargada.

– Não? Voce acha pouco eu ter perdido minha virgindade com voce e depois descobrir que tudo não passava de uma brincadeira?!

As lembranças vinham como uma cachoeira de informações. Uma noite supostamente maravilhosa, apesar dele ter bebido um pouco alem. Tudo se apagou. Quando despertei no mesmo quarto ele ja não estava mais la. Tentei levantar mas sem sucesso, estava muito tonta. Um copo no criado mudo, uma cama bagunçada. Bebi mais um gole, estava com muita sede. Saí me segurando e tentando me mostrar uma pessoa apresentavel. Eu não havia bebido tanto, nunca bebia assim. A visão continuava turva, e um pressentimento de que tudo poderia mudar ainda rondava. Quando desci as escadas me apoiando no corrimão e ja sem os sapatos de salto, vi o Thiago, um amigo do Sergio. Onde estava um estava outro. Segui ele, os olhares vindo em minha direção em alguns momentos. “É, essa daí teve sua primeira ressaca, rs.” Eu ouvia, mas não tinha forças nem disposição para contrariar. Do lado de fora da casa vi Sergio e os amigos.

“Tenho que assumir, voce é um canalha.”

“Sim sou, mas consegui o que queria. Voce apostaram comigo, né?! Amanhã mesmo vou no banco com voces.”

“E ai, ela é gostosa?”

“Nem digo o quanto, valeu pelo remedio, ajudou muito.”

Lagrimas agora, lagrimas antes. Não conseguia mais escutar nada. Todos os sentidos se perderam e quando acordei estava na casa de Kamila. Voltei a realidade, a atual realidade. Meus olhos fitando os de Sergio.

– Voce é um animal, Sergio. Voce não tem noção do quanto me senti suja e do quanto isso repercutiu depois. Toda minha vida mudou. As pessoas ao redor não tinham convicção de nada, alem dos seus amiguinhos nojentos. Mas eu tinha e isso bastava. Porque voce me enganou? Por que durante tanto tempo?! Porque brincar com minha cara. Fui uma imbecil e voce ainda me pede meras desculpas?!

Sergio olhava para a porta atras de mim.

– O que esta acontecendo?

André estava olhando abismado para nós, eu acabei me exaltando um pouco, ele provavelmente tinha ouvido o final da historia. Kamila estava atras dele, com aquela cara de quem tentou impedi-lo de chegar até ali.

Não consegui responder, passei correndo por eles, com o rosto banhado em lagrimas, peguei minha bolsa e sai daquele apartamento. Entrei no elevador apertando o botão para o terreo freneticamente. Não tinha um pensamento especifico, tudo parecia muito confuso. Uma avalanche sobre mim. Peguei um onibus que ja estava passando. Por causa do horario o coletivo estava vazio pra minha sorte. Me perguntava o que poderia acontecer daqui pra frente. Meu celular vibrou, era o André. Desliguei sentindo que estava encerrando uma conexão com ele na vida real. Adeus, André. Pensei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Voce ainda vai me amar?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.